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Apostilha Markting ADM
Apostilha Markting ADM
Educação a Distância
Recife
Revisão Diagramação
Letícia Alves Melo Jailson Miranda
Conclusão ............................................................................................................................................. 87
Referências ........................................................................................................................................... 88
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Sucesso nos estudos e avante!
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Competência 01
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Competência 01
É difícil falar em marketing sem citar o Philip Kotler, pois ele pode ser considerado
seu maior ícone, chegando a ser reconhecido como o Pai do Marketing. Ele
publicou sua primeira obra em 1967, quando as ações de marketing ainda não
eram tão conhecidas pelo mercado. E, chegou a escrever mais de 50 livros na área
de gestão de negócios, que já venderam milhões de cópias e foram traduzidos para
20 idiomas. Ganhou importantes prêmios na área, e é professor de marketing em
renomada instituição internacional. Além disso, ministra palestras sobre marketing
em várias partes do mundo e entre suas principais criações, estão conceitos como
“demarketing” e “marketing social”.
Em outro conceito, Kotler (2000, p.25), ao explicar o escopo do marketing, define-o como
a tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes, sejam estas pessoas físicas ou
jurídicas. Ou seja, tanto para pessoas como para empresas o marketing objetiva a entrega de algo, e
de forma criativa, não é simplesmente entregar um produto ou serviço simplesmente por entregar,
mas algo que representa um valor agregado que traz um sentido para aqueles que o consomem.
Já Peter Drucker, citado por Kotler (2003), sustentou que o propósito do marketing é
tornar supérfluas as atividades de vendas. Isso representa tornar o processo de venda desnecessário,
ao ponto do produto ou serviço se vender de forma independente. Assim, o Marketing possui como
meta chegar ao alvo (mark), que seria um público específico.
Peter (2000, p.4) também afirma que “o Marketing é o processo de planejar e executar a
concepção, estabelecimento de preços, promoção e até mesmo a distribuição de ideias, bens e
serviços a fim de criar trocas para que possam satisfazer as metas individuais e organizacionais”.
Assim, ele pode ser considerado algo que envolve toda uma sistemática, que analisa e busca executar
ações para alcançar resultados que atendam e desenvolvam as organizações.
McDonald (2004, p.2), afirma que a ideia central do marketing é a de uma
compatibilização entre as capacidades das empresas e os desejos dos consumidores, com o fim de
realizar os objetivos de ambas as partes. Entende-se a partir da ideia de Macdonald que tanto as
necessidades da empresa, como as dos consumidores precisam estar alinhadas, ou seja a empresa,
mesmo com limitações, precisa atender a necessidade de seus consumidores, e os consumidores se
sentirem satisfeitos com o que estão consumindo.
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Competência 01
Alguns estudos recentes têm mostrado que o ponto principal para o desempenho
lucrativo das empresas é conhecer e satisfazer as necessidades e desejos de clientes-alvo com ofertas
competitivamente superiores. Esse processo acontece hoje em um ambiente global, competitivo e
de inovações tecnológicas constantes.
O marketing tem sua origem no fato de que os seres humanos têm necessidades e
desejos, isso cria nas pessoas um estado de desconforto que é aliviado pela compra de algum produto
e ou serviço saciando assim as suas necessidades e também os desejos. Uma vez que muitos produtos
podem satisfazer uma dada necessidade, a escolha do produto é guiada pelos conceitos de valor,
custo e satisfação. Esses produtos são obtidos das seguintes maneiras:
• Produção própria;
• Coerção;
• Mendigação;
• Troca;
Muitas das sociedades modernas trabalham com o princípio da troca, o qual significa que
pessoas se especializam em produzir produtos específicos e trocá-los, por outras coisas de que
necessitam. Esse princípio envolve transações e construção de relacionamentos. Entende-se que
mercado é um grupo de pessoas que compartilham uma necessidade similar. O marketing abrange
as atividades que representam o trabalho com mercados e a viabilização de trocas potenciais.
Na Revolução Industrial tinha uma canção que entoava o fabricante e que dizia “isto é o
que eu faço; alguém quer comprar? ” A convocação atual é a do consumidor, que sempre diz “isto é
o que eu quero: alguém quer fabricá-lo? ”
Essa concepção dá uma ideia bastante clara de quanto e como as coisas mudaram. Você
estudante, talvez deve ter ouvido falar da máxima de Henry Ford quando o mesmo começou a
fabricar os seus veículos e na oportunidade falou: – “Vocês podem comprar um carro de qualquer
cor, desde que seja preto”. Esta mensagem incitava os consumidores a terem um carro, um Ford
preto. Naquela época a campanha de Marketing da Ford foi ousada, e até inovadora, pois a ela estava
intrínseco o objetivo de produzir veículos, com uma redução significativa de custos, e que também
tornasse o preço de venda mais acessível para os consumidores, e atendesse às suas necessidades
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Competência 01
mínimas, em especial, ao seu desejo de possuir um veículo como meio de transporte. Observe na
figura a seguir, a imagem da linha de produção do carro modelo T.
A forma de produzir carros pela Ford trouxe muitas inovações, impactando não só nas
relações de compra e venda, mas trazendo muita competitividade ao mercado. Ela focava no
consumidor.
PARA SABER MAIS, leia “Seu Ford Modelo T pode ter qualquer cor, desde que
seja preto. Será mesmo?
https://flatout.com.br/seu-ford-modelo-t-pode-ter-qualquer-cor-desde-que-
seja-preto-sera-mesmo/
Agora, pergunto a você estudante, quantas empresas que você conhecia sumiram do
mercado nos últimos cinco ou dez anos?
Com raras exceções, vimos grupos e famílias perderem seus negócios porque não tiveram
a capacidade de se adequar à nova realidade do mercado que exige uma percepção mais exigente
sobre os desejos, anseios e as necessidades das pessoas, que são os consumidores. Esses negócios,
ficaram com os braços cruzados atrás do balcão, esperando que alguém chamasse, gritasse ou
implorasse para ser atendido. Mas, felizmente, esse tipo de cliente não existe mais, hoje estamos
mais exigentes. Ninguém mais aceita a condição de chegar a uma empresa e não receber de imediato
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Competência 01
Agora estudante, inicia-se uma breve viagem na evolução do marketing, assim é possível
observar quão grande foi o seu progresso. De acordo com SOUZA (2004), são 11 gerações que
constituem o processo evolutivo. Vamos lá?
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Competência 01
• Anos 50 e 60 – 1ª Geração
A primeira geração do marketing caracteriza-se pela organização das primeiras
ferramentas, como vendas, promoção e distribuição que, até então, estavam
espalhadas pela empresa. Jerome McCarthy enuncia os 4 P`s (produto, preço,
promoção e praça), que ainda são recebidos pelo mundo (com exceção dos EUA) com
cautela. Eles estão representados na figura a seguir.
É possível perceber, através da imagem, ainda de forma basilar, o que representa cada
um dos 4 P’s no contexto do Marketing. Eles possuem variáveis a serem analisadas, são elas: 1)
Produto - representado pelo que está sendo oferecido ao cliente, e se os benefícios esperados por
eles estão sendo supridos, ou seja, as suas necessidades atendidas; 2) Preço - quanto custa o produto
ou serviço oferecido. Se o valor é acessível e quais as estratégias de composição de preço. 3) Praça -
Onde a ação de marketing acontece, como é o entorno e como é a interação com os postos de
distribuição; 4) Promoção - como serão as estratégias para divulgação efetiva para o público de
interesse. Acredito que foi possível entender um pouco sobre eles, mas adianto que ao longo da
disciplina, esse assunto será retomado de uma forma mais detalhada.
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Competência 01
FICA A DICA
Jerome McCarthy é um autor norte-americano criador dos “quatro P’s”: Produto,
Preço, Praça e Promoção, que compõem o “Composto de Marketing”. McCarthy
foi professor de marketing da Universidade Estadual de Michigan.
• Anos 70 – 2ª Geração
O marcante nesta década é o fato de as empresas terem constituído departamentos
de marketing para coordenar, por meio de diretor e ou gerente de marketing, a
utilização das ferramentas. E algumas delas se desenvolvem rapidamente; entre elas,
a distribuição. Multiplicam-se os supermercados, nascem os shoppings centers e se
institucionaliza as franquias. Observe na figura adiante um renomado shopping da
capital paulista.
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Competência 01
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Competência 01
Figura 08 – Marketing um a um
Fonte: https://images.app.goo.gl/Cw6KswLahYHi2YdB6
Descrição: A figura em formato retangular, de fundo na cor azul, possui um boneco sentado em uma cadeira com os
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Competência 01
braços levantados, uma mesa na cor azul com um computador sobre ela e uma mão saindo do computador com um
saco de dinheiro.
• 1995 – 7ª Geração
Com a chegada dessa nova poderosa ferramenta de comunicação, a WWW, as
empresas começam a busca da interatividade da comunicação e, mais que isso, a
internet viabiliza e flexibiliza o PPT – Place & Promotion Together (em portugês
significa Lugar e Promoção Juntos). É a geração do ONLINE & INTERACTIVE
MARKETING. A figura a seguir representa essa poderosa ferramenta de comunicação.
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Competência 01
• 1998 – 8ª Geração
Ao final de quase 50 anos de práticas, o tratamento individualizado permanece como
a melhor das estratégias. O novo ingrediente é que, de posse de todo o ferramental
e a tecnologia, as empresas dedicarão a maior parte de seu tempo e seus recursos
aos momentos após a primeira compra, para o AFTERMARKETING.
Outra preocupação que se consolida nessa geração é com o SHARE OF CLIENT, ou
seja, em fazer com que o cliente permaneça completamente apaixonado por sua
marca, seu serviço; consuma mais e seja um agente de difusão.
FICA A DICA
Aftermarketing é o termo criado por Terry G. Vavra, na década de 1990, para
designar o período pós-venda, visando a fidelização do cliente. O conceito vale
para produtos, serviços, imagem ou qualquer atividade desempenhada.
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Competência 01
• 2000 – 9ª Geração
A partir do ano 2000, as empresas (organizações) tomam consciência da existência
de uma palavra importantíssima, que é o chamado tempo. Assim, faz-se necessário
facilitar a vida de seus clientes ao máximo. Se os mesmos não conseguem se deslocar
até o local da prestação de serviços, o próprio prestador de serviços vai até o local
onde o cliente se encontra. Tornando-as mais fácil a vida dos clientes. Estamos na
TIMELESS SOCIETY. Observe a figura a seguir com ilustração que representa essa
geração.
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Competência 01
Figura 13 – Networking
Fonte: https://images.app.goo.gl/cQc3yGfPk6KDUY5V6
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Competência 01
Descrição: A figura com fundo na cor azul, possui um aperto de mãos bem centralizado, sendo uma mão na cor branca e
outra na cor azul escura, e várias pessoas correndo sobre os braços em direção ao centro do aperto de mão. As pessoas
estão com bolsas, e setas e algumas empurrando a outra para frente.
Quando se fala sobre as tarefas de marketing moderno é possível citar três tipos:
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Competência 01
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Competência 01
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Competência 01
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Competência 01
pratos quanto pela experiência que proporcionam aos clientes. O objetivo é adicionar
drama e entretenimento e oferecer aos clientes experiências memoráveis.
• Marketing de relacionamento: o capital de relacionamento é a soma do
conhecimento, experiência e confiança que a empresa desfruta perante os clientes,
empregados, fornecedores e a comunidade. Os relacionamentos geralmente valem
mais que o capital físico da empresa e determinam o valor futuro do negócio.
Além desses tipos de Marketing apresentados, outros autores podem trazer mais tipos.
Assim, sugere-se que, você, para aprofundar seus conhecimentos, pesquise outros tipos de Marketing
e como eles se aplicam no mercado.
Agora, avançando os estudos, no tópico adiante, será tratado sobre a relação entre
marketing e vendas.
Siga firme na construção do conhecimento!
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Competência 01
Vale a pena salientar que as atividades de vendas são muito importantes, inclusive
também, para os consumidores e clientes, por possibilitarem a eles o livre acesso aos produtos e
serviços desejados e necessários para a satisfação das suas necessidades.
Dica
Consumidor, cliente e shopper são expressões que podem ser usadas como
sinônimas. Entretanto para efeitos mercadológicos. Cliente é quem compra o
produto e ou serviço, podendo consumi-lo ou não. Shopper é o consumidor que,
em algum momento e por algum motivo, ele decidiu que irá comprar um
produto e começará sua busca. E por fim o consumidor é quem efetivamente
consome o produto. Outra forma que podemos diferenciar consumidor e cliente
é reportar a esse um relacionamento de longo prazo com a empresa e aquele,
compras aleatórias.
No tópico a seguir será abordado sobre o papel das vendas e o mix de marketing. Vamos
adiante!
Para definir o papel das vendas e o mix de marketing, é importante conhecer alguns
conceitos básicos da administração de marketing. Como apontam Kotler e Keller (2006), o mix de
marketing ou composto de marketing, mais conhecido como – os 4Ps – (em inglês: point, product,
price, promotion), que foram introduzidos por Borden em 1964 e ficaram famosos por McCarthy em
1976, desde de então, muito úteis para estudos e também para a compreensão das variáveis
envolvidas no relacionamento da empresa com o mercado.
O Mix de Marketing ou Composto de Marketing, inclui a utilização de várias técnicas e
ferramentas disponíveis aos gestores para que implementem o conceito de marketing (McDONALD,
1995). De outra forma, o composto de marketing é o conjunto de ferramentas que a empresa usa
para atingir seus objetivos de marketing nos seus mercados-alvo (KOTLER, 2002).
Preço, Praça (ou ponto de venda ou distribuição), Produto e Promoção representa o
composto do Mix de Marketing. Cada um desses elementos se utiliza de um conjunto de ferramentas
que leva a áreas de decisão estratégicas, como será descrito no quadro a seguir, observe:
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Competência 01
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Competência 01
Para fixar melhor o conteúdo abordado até aqui, sugiro que leia, e se achar necessário
releia, atentamente essa competência, além disso assista a vídeo aula, e interaja no fórum da
disciplina.
Com isso você estará pronto para realizar as avaliações.
A seguir, teremos a competência 02 (dois), e nela vamos buscar conhecer o Composto de
Marketing: Preço e Produto.
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Competência 01
Desejo-lhes muito sucesso, e lembre-se, você não está só nesta caminhada. Conte
comigo!
Carlos Lapenda
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Competência 02
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Competência 02
além de bens tangíveis. De modo geral, incluem objetivos físicos, serviços, pessoas, locais,
organizações, ideias ou combinações desses elementos.
Vamos a mais uma definição de produto. Produto é algo que pode ser oferecido a um
mercado para satisfazer um desejo ou necessidade (KOTLER, 1998, P. 383). Dessa forma o produto
representa algo que se consome para atender a alguma necessidade pessoal.
Será que todos os produtos têm as mesmas características? Claro que não, e ao olhar ao
seu redor, será possível perceber muito facilmente isso, quando você compara os diversos produtos
consumidos, seus tamanhos, cores, formatos, marcas, etc.
Os bens podem ser classificados de várias maneiras e, entre as principais, é possível
destacar a classificação clássica, em que os produtos podiam ser divididos em três categorias ou
grupos: bens, serviços e ideias.
Segundo Kotler e Armstrong (1993), os produtos são classificados em:
• Bens duráveis, bens não duráveis e serviços (durabilidade e tangibilidade);
• Bens de consumo: conveniência (primeira necessidade, impulso, emergência),
compra comparada, especiais, não procurados (bens de consumo);
• Bens industriais: materiais e peças, itens de capital, suprimentos e serviços para
negócios.
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Competência 02
• Bens físicos: são os produtos tangíveis, possíveis de serem tocados, sejam eles
móveis ou imóveis, como por exemplo, carros, roupas, casas e apartamentos.
• Serviços: são os produtos intangíveis, portanto, não podem ser tocados, como, por
exemplo: um corte de cabelo, uma aula ou até mesmo uma viagem.
• Pessoas: personalidades ou celebridades, como, por exemplo: Pelé, Airton Sena.
• Locais: geralmente cidades, como, por exemplo: Cancun, Paris, Havaí.
• Organizações: como o Greenpeace ou a Pastoral da Criança.
• Ideias: os direitos autorais de um livro para um cinema, um site na internet, a Nike.
Por outro lado, de acordo com Basta et al (2003, p. 35), os produtos podem ser
classificados de duas maneiras:
• Tangíveis
o Bens materiais – duráveis: automóveis, vestuário, máquinas industriais;
o Bens materiais – não duráveis: xampu, alimentos, refrigerante;
• Intangíveis
o Bens imateriais – serviços: salão de beleza, manutenção de equipamentos
industriais;
o Bens imateriais – pessoas: um atleta, um político;
o Bens imateriais – locais: Porto de Galinhas, Recife, Natal;
o Bens imateriais – organizações: igrejas, templos, Unicef;
o Bens imateriais – ideias: planejamento familiar, vacinação.
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Competência 02
o Bens duráveis;
o Serviços.
• Classificação dos bens de consumo:
o Bens de conveniência;
o Bens de compra comparados;
o Bens de especialidade;
o Bens não procurados.
• Classificação dos bens industriais:
o Materiais e peças;
o Bens de capital;
o Suprimentos e serviços empresariais.
Como é possível perceber, existem várias classificações para o mesmo termo. Assim,
embora sejam diferentes, todas são reconhecidas e utilizadas para entender o significado de
produtos. Por isso, é importante escolher a classificação que consideras mais fácil e até associá-la ao
seu dia a dia.
Para as empresas, é comum a diversidade de oferta de produtos no mercado para não se
limitar apenas a um único tipo de produto, mas sim a um conjunto deles, o que, muitas vezes, envolve
muito mais serviços agregados, em termos de valores, do que o valor real ao produto.
Por exemplo, quando se adquire um produto, não levamos apenas em consideração os
aspectos tangíveis do produto. Fazemos sempre uma análise mais ampla, entendendo o produto
como um conjunto de benefícios que possa satisfazer nossas necessidades, tanto físicas quanto
emocionais. Sob essa perspectiva, não basta apenas ter as nossas necessidades satisfeitas, queremos
sempre mais. Essa análise está relacionada aos níveis de produtos. Vamos vê-los a seguir?
Assim, para que as empresas possam planejar adequadamente sua oferta ao mercado, é
útil que os seus gestores pensem através de níveis. Kotler (2000, p. 416) cita cinco níveis de produtos,
são eles:
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Competência 02
A fim de facilitar a sua compreensão sobre esses níveis de produtos, observe a figura, a
seguir:
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Competência 02
retângulo roxo meio inclinado escrito os cinco níveis de produtos constituem a hierarquia de valor para o cliente.
E agora fica a pergunta: não é fácil descobrirmos o que fazer para encontrarmos os
clientes? Concorda?
Realmente, não basta as empresas apenas satisfazerem as suas necessidades, é preciso
que os clientes sejam sempre surpreendidos por elas.
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Competência 02
2. Família de produtos: todas as classes de produtos que podem satisfazer uma necessidade
central com razoável eficácia. Ex.: bebidas industrializadas
4. Linha de produtos: um grupo de produtos dentro de uma classe de produtos que estão
intimamente relacionados porque desempenham uma função similar, sendo vendidos para os
mesmos grupos de clientes e comercializados através dos mesmos canais, ou que se incluem em
determinadas faixas de preços. Ex.: refrigerantes
5. Tipo de produto: um grupo de itens dentro de uma linha de produtos que compartilham
uma das diversas formas possíveis do produto. Ex.: refrigerantes tipo “cola”
6. Marca: o nome, associado a um ou mais itens da linha de produtos, que é usado para
identificar a fonte ou caráter do item ou dos itens. Ex.: Coca-Cola.
7. Item (também chamado de unidade de estoque – SKU, do inglês Stock Keeping Unit –, ou
variante de produto): uma unidade distinta dentro de uma marca ou linha de produtos que se
distingue pelo tamanho, preço, aparência ou outro atributo. Ex.: Coca-Cola PET 2 litros
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Competência 02
Dessa forma, o nome escolhido para representar uma marca, passa a ser associado a produtos e ou
serviços oferecidos no mercado.
Segundo Kotler (1998, p. 393), marca é um nome, termo sinal, símbolo ou combinação
dos mesmos, que tem o propósito de identificar bens ou serviços de um vendedor ou grupo de
vendedores e de diferenciá-los dos concorrentes. Assim, é possível dizer que a marca é então um
nome que vai ser divulgado no mercado para associar os produtos e/ou serviços das empresas.
Quando uma empresa consegue fazer com que sua marca se torne conhecida e,
sobretudo, associe-a a produtos de qualidade, alcançou um ponto almejado por todas as
organizações. Nesse momento, a marca torna-se um grande patrimônio, como é o caso de grandes
empresas como Coca-Cola, Ford, Amazon, Microsoft, Samsung e outras empresas com esse mesmo
potencial, que são proprietárias e representam uma marca extremamente conhecida mundialmente
e forte no segmento de mercado em que atuam.
Outra consideração importante sobre esse ponto é quando a marca ultrapassa as
fronteiras da empresa, tornando a representação de uma espécie de produto, como é o caso da
Xerox, Gillette etc. Apesar de emblemáticos, esses exemplos carregam em seu espectro um
problema, pois a marca poderá perder sua identidade, à medida que poderá, de forma genérica,
identificar um tipo de produto, como é o caso do chiclete, leite moça, aspirina e outros.
De qualquer modo, quanto mais fortes forem as marcas construídas pelas empresas,
maiores as chances de vantagem competitiva em relação aos concorrentes, já que a lealdade dos
clientes pode ser alta, a ponto de não substituir o produto por outro similar, mesmo em caso de
oferta de preços mais baixos. Observe na figura a seguir as marcas consideradas mais importantes do
mudo em 2020.
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Competência 02
Segundo Basta et al (2003, p. 36/37), uma marca pode englobar até quatro níveis de
significado, são eles:
• Atributos: boa concepção, durabilidade, prestígio, velocidade;
• Benefícios: os consumidores não compram atributos, mas benefícios; portanto, os
atributos correspondem aos benefícios funcionais e emocionais;
• Valores: identificação dos grupos específicos de compradores cujos valores
coincidam com o pacote de benefícios oferecidos;
• Personalidade: a marca também projeta a personalidade, visto que atrai a pessoa
cuja imagem real ou desejada combine com a imagem dessa marca.
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Competência 02
manutenção e o fortalecimento da percepção da marca pelos clientes, para que a qualidade associada
ao produto seja sempre a melhor possível. Para que isso ocorra, é extremamente importante o
contínuo investimento em pesquisa e o desenvolvimento, além disso, ter eficiente comunicação e
excelência no atendimento. Portanto
Uma outra forma de valorização dos produtos oferecidos pela empresa é agregar ao seu
produto um design. Conhecemos muitas empresas que têm no design seu principal diferencial e isso
pode representar muito à medida que os mercados se tornam cada dia mais competitivos.
Ao falarmos de design, é bom lembrarmos dois aspectos a serem considerados: a
utilidade e o aspecto. Não basta apenas contribuir para os aspectos visuais, sem que o produto seja
usual.
Segundo Kotler (2003, p. 45), o conceito de design vai além da simples aparência. O
produto com bom design, além de ser atraente preenche os seguintes requisitos:
• Fácil de abrir a embalagem;
• Fácil de montar;
• Fácil de aprender a usar;
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Competência 02
• Fácil de usar;
• Fácil de consertar;
• Fácil de descartar.
Figura 19 – Hotel Taj Mahal Palace Mumbai-Índia Figura 20 – Ferrari Roma 2020
Fonte: https://images.app.goo.gl/Yjeyc6Apz4oUmK7FA Fonte: https://images.app.goo.gl/KLGYusVCxJ9KEuqF8
Descrição: A figura mostra o interior do restaurante do Descrição: A figura mostra o design de dentro de uma
hotel Taj Mahal, com lustres luxuosos, várias mesas Ferrari, predominante na cor vermelha.
postas com cadeiras e várias decorações.
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Competência 02
O primeiro contato do consumidor com a marca, pode ser justamente com a embalagem
e o rótulo, eis grande importância das empresas em cuidarem atentamente desses aspectos. Segundo
Basta et al (2003, p. 38), a embalagem inclui o projeto e a confecção do recipiente ou invólucro do
produto. O rótulo também faz parte da embalagem e consiste em uma informação impressa colada
em sua superfície. Os fatores que servem como base para as decisões sobre embalagens são os custos
e seu processo produtivo.
As embalagens têm um papel extremamente importante na venda dos produtos, pois
sabemos que ela exerce forte influência na decisão de compra dos clientes. Não é de hoje que muitas
embalagens proporcionam benefícios adicionais aos clientes, à medida que podem ser utilizadas para
outras finalidades após o consumo do produto, como copos, caixas, potes, etc.
Segundo Las Casas (2004, p. 172), o uso de embalagens vai ser diferenciado de acordo
com seus objetivos. A venda do produto de algum fabricante para varejista poderá ser feita em caixas
fortes e resistentes com várias unidades do produto a serem comercializados.
Em contrapartida, sabemos que no ato da comercialização ao cliente final, deve
prevalecer o apelo promocional das embalagens. Deve também contemplar características que
facilitem o transporte e armazenagem, pois sabemos que esses são pontos considerados pelos
clientes.
Antigamente as mercearias, mercantis e ou mercados disponibilizavam as embalagens
para que seus clientes pudessem levar as suas compras para casa. Atualmente os grandes centros de
compras, atacados e supermercados não disponibilizam mais essas embalagens, fazendo com que
seus clientes comprem sacolas retornáveis e ou até mesmo sacolas plásticas. Observe na figura a
seguir, clientes de um atacarejo, colocando suas compras em caixas, já que as embalagens para alocá-
los não estão sendo oferecidas pela empresa onde se está adquirindo os produtos.
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Competência 02
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Competência 02
2.4 Preço
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Competência 02
No caso de consumidores com poder aquisitivo mais baixo e produtos genéricos, o preço
tem funcionado como o principal determinante de compra. Em outros segmentos, o determinante
de escolha já não é somente o preço, mas também o serviço, o design, a qualidade, a estética, o
atendimento etc.
O preço é o elemento do mix de marketing que produz receita, já os demais produzem
custos. Podem ser ajustados com rapidez, ao contrário dos outros elementos do mix, como produtos,
praça e promoção. Mesmo assim, muitas empresas não lidam muito bem com a determinação de
preço. Por vezes os preços são demasiadamente orientados para custos; os preços não são revistos
com frequência, eles são determinados independentemente dos outros elementos do mix de
marketing.
Você conhece a expressão markup? Digamos que você comprou para a sua loja um
produto por R$ 10,00, que as suas despesas totais sejam de R$ 2,00 por unidade e que você deseja
obter uma margem bruta de R$ 8,00. Qual será o seu preço de venda? Acertou se imaginou R$ 20,00!
E qual foi o seu markup? Acertou novamente se você concluiu ser 75%. A soma dos custos (10,00 +
2,00) foi elevada em 75% para chegar ao preço praticado de R$ 20,00. Nesse caso, você pratica um
markup de 75% sobre os seus custos totais. Esse percentual é alto ou baixo? Torna o produto barato,
normal ou caro? Qual o preço dos concorrentes para o mesmo produto? Você pode dizer que tem
um preço imbatível?
Embora você arbitre o markup que deseja, dois elementos importantes podem bater de
frente na disputa pelo consumidor: os concorrentes e o próprio consumidor que, às vezes, não está
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Competência 02
disposto a pagar aquele preço. Berkowitz e outros (2003) denominam de markup original esse cálculo
que é feito para colocar produto inicialmente na exposição, e de markup mantido o preço que
permanece, depois de um determinado tempo de venda do produto.
Você, estudante, já notou que a variável de preço é sensível e não pode ser deixada de
lado? Dias et al (2003, p. 161) afirmam que:
Em inúmeras pesquisas já realizadas com consumidores, verificamos que o preço é o
principal atributo considerado pelo cliente para a escolha da loja onde fará suas compras. Mesmo
para consumidores de classe mais elevada, a escolha entre lojas do mesmo padrão e que atendam às
suas expectativas recai, muitas vezes, sobre o preço.
Embora o preço é um forte atrativo para a escolha do consumidor, nem sempre a empresa
varejista consegue manter o preço que estabeleceu inicialmente. Assim, ela precisa fazer um
markdown, ou, como citam Berkowitz e outros (2003, 0. 207), “dar desconto sobre o preço de um
produto ou fazer um markdown, ocorre quando o produto não é vendido pelo preço original e um
ajuste se torna necessário”. Você já viu isso acontecer em muitos momentos, não é mesmo? Os
varejistas podem ter, também, uma política de descontos dentro de sua forma de atuação. Políticas
são maneiras de trabalhar, estratégias que os comerciantes utilizam para atingir seus objetivos de
vendas. Muitos deles compram grandes quantidades e conseguem volume para praticar o markup
menor, o que contribui para um preço mais convidativo para o consumidor.
Existem lojas que não podem recorrer a grandes descontos sob pena de perder o seu
prestígio junto aos consumidores. Geralmente, são lojas de produtos diferenciados, que devem,
então, fazer campanhas específicas para desovar coleções, mas não devem alardear muito essa
decisão para não desgastar a sua imagem diante dos seus clientes. Os que podem, na maioria das
vezes, usam o critério da análise do fluxo de vendas. Caso as vendas previstas estejam abaixo do que
foi planejado e projetado, para evitar estoques demasiados e obter recursos para as novas compras,
eles praticam preços promocionais.
Churchill e Peter (2005, p. 321) entendem que “a formação de preços deve levar em conta
a quantia necessária para cobrir os custos e obter lucro, os preços dos concorrentes e as percepções
de valor dos clientes”. Mas como, afinal, os varejistas definem os seus preços? Os autores consideram
três grandes formatos: no primeiro, o que você já viu, quando falamos de markup. A base é o custo
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Competência 02
dos produtos. Quando se fala em custos de um produto o cálculo deve abranger exatamente tudo o
que custou o produto.
Por exemplo, se o varejista compra dez peças de qualquer coisa a R$ 10,00 (dez reais)
cada uma, a nota de compra soma R$ 100,00 (cem reais). Se o frete corre por conta do fornecedor,
não deve ser acrescentado ao custo, mas se quem paga é o comprador, precisa ser somado aos R$
100,00 (cem reais). Para receber a mercadoria e estocar, o varejista utilizou aos R$ 100,00 (cem reais).
Existem, ainda, os denominados custos fixos, que devem ser rateados para cada unidade. Assim, o
preço baseado em custo deve contemplar efetivamente todos aqueles incorridos para colocar o
produto na prateleira. Isso, você foi esperto, o markup que o varejista deseja aplicar.
Você também vai entender que formar o preço pelos seus próprios custos não leva em
consideração duas partes importantes do mercado: os concorrentes e o próprio consumidor. Isso
porque se o preço que for praticado está acima dos concorrentes ou da ideia de valor que o
consumidor faz, vai fazer o produto ser rejeitado, ficar na prateleira ou estocado e, talvez, mais tarde,
ser um dos integrantes daquelas promoções furiosas que, não raro, fazem o varejista perder dinheiro.
Outra maneira de formar preço é baseando-se na concorrência. Você acha isso estranho
estudante? Se sua resposta é sim, saiba que eu também acho, mas, lembre-se, essa forma de atribuir
preço faz sentido. Vamos examinar a primeira possibilidade: o preço do concorrente é maior do que
o que você calculou para o preço de sua loja. Beleza, você está confortável no mercado, fazendo o
preço igual ao dele ou ligeiramente abaixo dele e vendendo com margem alta. Segunda possibilidade:
o seu preço é igual ao dele. Igualdade de competição, o seu melhor serviço ao consumidor pode
resolver o impasse. A sua margem continua boa. Terceira possibilidade: o preço do concorrente é
menor do que o seu. Aí complicou! Você vai precisar examinar os seus custos ou vai precisar mostrar
que o valor do seu produto é superior ao dele. Se eles se nivelam também em qualidade, se eles têm
melhor distribuição, maior força financeira, entre outras coisas. Talvez tenha que vender com
margem menor para poder enfrentar as feras (concorrentes).
E os preços baseados no valor para o cliente? Talvez você pergunte: mais isso é possível
montar? Sim, com pesquisa de mercado e com informações adequadas, os varejistas podem conhecer
o valor que o consumidor aceita por um determinado produto. A primeira coisa é saber o preço que
o consumidor está disposto a pagar por alguma coisa. Se você aprecia vinhos, por exemplo, sabe que
alguns países produzem vinhos de casta nobre e, portanto, de valor agregado alto. Talvez um vinho
44
Competência 02
de origem menos conhecida, mesmo com tanto sabor quanto aquele e a menor preço, não lhe chame
atenção. Você compra o mais caro não porque seja caro ou barato, mas porque percebe nele maior
valor.
Estabelecer o preço de produtos e serviços não é algo geralmente fácil para as empresas,
e alguns aspectos precisam ser considerados pois o preço representa não só o valor que o consumidor
vai pagar, mas nele se incluem o lucro, o custo, etc.
Para Sapiro et al (2003), a fixação de preços cumpre quatro objetivos principais, são eles:
Kotler (2000) observa que em alguns mercados, como o automobilismo, pode ser
encontrado até oito níveis de preço, por exemplo:
45
Competência 02
Preço
Alto Médio Baixo
Q 1-Estratégia de 2- Estratégias de alto 3- Estratégias de
u Alta preço Premium Valor supervalor
a
l
4- Estratégia de 5- Estratégias de valor 6- Estratégias de valor
i
Média preço excessivo médio bom
d
a
d 7-Estratégias
B de 8-Estratégias de falsa 9-Estratégias de
e Baixa assalto ao cliente economia economia
Quadro 04 – Preço
Fonte: o autor
Se definir preço para produtos já antigos na empresa imagina como é definir o preço para
produtos novos? Bem, também não é fácil definir preços para novos produtos. Pesquisas com
consumidores, concorrentes e custos contribuem para uma definição mais justa. Mas continua não
sendo fácil.
Vamos ver algumas sugestões indicadas por Dalrymple e Parsons (2003):
• Preço de valor de uso: é o preço do ponto de vista do cliente. O preço está, nesse
caso, diretamente relacionado ao tempo de duração dos produtos, à disponibilidade
de peças de reposição, à duração de garantias, ao prazo de entrega, entre outros. Os
clientes também tomam a decisão de compra em função da preocupação com outros
custos, tais como receio de atraso na entrega, a necessidade de modificação
46
Competência 02
47
Competência 02
Observe que existem várias formas de definir os preços, e a empresa precisa escolher a
forma que melhor se adequa a sua realidade, assim, pode então definir os seus preços de uma forma
mais justa e equilibrada para obter o retorno esperado do mercado.
Vejamos então agora, quais são os fatores que afetam as decisões de apreçamento?
A seguir são apresentados alguns fatores que podem afetar direta ou indiretamente nas
decisões de apreçamento de um produto ou serviço.
Decisões de
Apreçamento
Expectativas Interpretação e
dos membros reação do Questões legais e
Concorrência regulamentadoras
do canal cliente
48
Competência 03
Vamos lá estudante?
Dando continuidade ao composto do marketing, vamos estudar agora sobre praça e
promoção.
Primeiramente, é preciso desmistificar o termo, para que você não confunda com as
ações realizadas pelos comerciantes para vender os seus produtos a preços mais acessíveis ou com
prazo de pagamento mais elásticos. Promoção, na análise do composto do marketing, envolve todas
as formas de comunicação que promovam os produtos, serviços, benefícios, valores e marca e pode
gerar estreitamento nas relações com os clientes, condição extremamente importante para que as
organizações garantam a sua perenidade.
Segundo Pride e Ferrel (2001, p. 329), a promoção é a comunicação que cria e mantém
relacionamentos favoráveis ao informar e persuadir uma ou mais audiências que vejam uma
organização de modo mais positivo e aceitem seus produtos.
Nesta competência, veremos a importância e os tipos de propaganda, a promoção de
vendas, as relações públicas, além de entendermos os métodos de venda pessoal, o funcionamento
e utilização do SAC (serviço de Atendimento ao Cliente) pelas empresas e as ações de merchandising.
Mão na massa!
49
Competência 03
Essas ações podem ter suporte da indústria que, no intuito de aumentar as suas vendas
de curto prazo, faz uso da cooperação como o varejo.
Tenho certeza de que você estudante deve estar se perguntando: para qualquer produto
essas estratégias funcionam? Claro que auxiliam, e muito, a organização a alcançar um determinado
objetivo comercial. Mas, se desconsiderarmos questões como a qualidade, a efetividade da
distribuição, o preço e os esforços de vendas, não poderemos mensurar ou até mesmo controlar as
vantagens dessa ação. Todas as variáveis citadas influenciam a gestão mercadológica das
organizações.
50
Competência 03
Segundo Basta (2003, p.46), se o processo de decisão de compra de um produto for longo
e o valor elevado, caberá à propaganda fornecer informações sobre as características da marca da
organização e os benefícios a ela associados. Se, por outro lado, o processo de compra for curto, o
papel da propaganda é manter ou aumentar a notoriedade da marca.
Trata-se de um outro recurso utilizado pelas organizações para comunicar-se com seus
mercados (LAS CASAS, 2004, p.255). Segundo a Associação Americana de Marketing, a promoção de
vendas abrange as atividades que suplementam as vendas pessoais e a propaganda, coordenando-as
e ajustando a torná-las mais efetivas, tais como o uso de amostras, exposições, demonstrações e
outros esforços que não estejam incluídos na rotina diária.
A promoção de vendas está relacionada aos incentivos e às recompensas potenciais para
que os clientes comprem um determinado produto em um determinado momento. Enquanto a
propaganda busca efeitos de longo prazo, supondo um maior e mais aprofundado conhecimento dos
clientes em relação à marca e a empresa, a promoção de vendas é intimamente ligada às ações de
curto prazo. Está relacionada ao comportamento das pessoas, ao contrário da propaganda,
intimamente relacionada aos aspectos psicológicos.
A promoção de vendas engloba variedade de ferramentas e incentivo de curto prazo,
elaboradas para estimular mercados consumidores, o comércio e a própria força de vendas da
empresa. Ferramentas para promoção de consumo incluem amostras, cupons, reembolsos,
51
Competência 03
52
Competência 03
Notadamente, nem tudo é um mar de rosas. Os problemas são inerentes a toda iniciativa.
Por isso, sugiro que o sinal de alerta seja ligado nos seguintes pontos:
• Mecânica complicada;
• Muitas interações ou exigências para participação;
• Comunicação falha: mensagem, meios, frequência;
• Benefício pouco atrativo;
• Falta de sintonia com as motivações do público-alvo;
• Duração muito longa;
• Descontos pequenos demais;
• Dificuldade em encontrar os postos de troca;
• Sorteios pouco confiáveis;
• Uso de formulários já saturadas;
• Pouca ou nenhuma inovação ou criatividade.
A partir de agora, vamos relacionar alguns tipos de promoções que podem ser
desenvolvidas nas empresas. Esperamos que você consiga aproveitar para relacionar esse
53
Competência 03
conhecimento com as necessidades da empresa onde você trabalha, servindo para alavancar as
vendas e, consequentemente, o faturamento.
Tipo de
Especificidades
promoção
Consiste de uma miniatura ou pequena porção de um produto.
Pode ser distribuída de porta em porta, anexada a outro produto
Amostra
ou em uma embalagem normal dele mesmo. Pode ser enviada
pelo correio, encontrada a um anúncio ou distribuída no varejo.
Ofereça preços ou condições especiais por ocasião do aniversário
Aniversário da
de sua loja. Promova a semana, a quinzena ou o mês. Faça isso
loja
somente uma vez por ano.
Ofereça uma vantagem ou um desconto aos clientes que fizeram
Aniversário do
aniversário no mês ou na semana ou mesmo no dia que estão
cliente
comprando.
É um objeto – lápis, caneta, boné, camiseta, agenda, régua, risque-
rabisque, pen drive – geralmente de pequeno valor onde aparece
Brinde
estampado o nome da empresa ou a marca do produto que está
oferecendo.
É um certificado que oferece um desconto no preço de um
produto. Geralmente encontrado em jornais, revistas, publicações
de grandes magazines e supermercados. O cupom pode ser
Cupom
impresso ou virtual, traz o nome de um determinado produto, o
valor de seu desconto, seu prazo de validade e os endereços dos
locais onde são aceitos.
Consiste em redução de preços. Pode ser apresentado na forma
de saldos, queimas, liquidações, artigos do dia, da semana, ofertas
relâmpagos etc. Os descontos têm se mostrado muito eficientes
Descontos
como promoção de vendas, mas é preciso que se tome cuidado. A
promoção de descontos nunca deve ser muito extensa ou
frequente para que não venha a cair em descrédito.
É através dela que o consumidor tem seu melhor contato com o
produto. A demonstração busca diretamente os sentidos do
Demonstrações
consumidor. Envolve treinamento de promotores,
demonstradores e distribuição de amostras, folhetos etc.
Semelhante à demonstração. Porém específica para produtos que
Degustação conquistam o consumidor através do paladar, isto é alimentos,
bebidas e temperos.
54
Competência 03
55
Competência 03
56
Competência 03
3.2 A comunicação
57
Competência 03
Como vimos, as funções das relações públicas são muito importantes para as
organizações, pois é por meio delas que se dá a relação da empresa com seus grupos de interesse
(stakeholders).
As relações públicas cuidam fundamentalmente de todos os aspectos que possam
interferir na imagem da marca da instituição, a fim de zelar pela sua preservação
(Basta et al, 2003, p.47).
IMPORTANTE
Stakeholder, é um dos termos utilizados em diversas áreas como gestão de
projetos, comunicação social administração e arquitetura de software referente
às partes interessadas que devem estar de acordo com as práticas de governança
corporativa executadas pela empresa.
58
Competência 03
Saiba mais!
Você pode aprofundar um pouco mais seus conhecimentos assistindo o vídeo
“principais estratégia de marketing” através do link a seguir:
https://youtu.be/YbqjWnLi2dg
A venda pessoal é uma das mais eficientes formas de levarmos a nossa empresa (produtos
e serviços) até os clientes. Baseia-se na comunicação direta da empresa com seus clientes com a
intermediação de um vendedor. Nessa hora é importante notar que se trata de uma ação de
comunicação individualizada e “cara-a-cara”. Nesse ato, clientes e vendedores invertem-se no papel
de locutor e interlocutor da mensagem. Nessa hora brincamos com a seguinte análise: não fomos
criados com dois ouvidos e só uma boca por acaso – é imprescindível ouvirmos mais e falarmos
menos.
Aqui, o que vale muito é o conhecimento específico que o vendedor tem acerca das
preferências dos clientes. Essa informação vale ouro, pois, a partir dessa informação, fica mais fácil
atender de forma direcionada os anseios dos clientes. Quanto mais específicos forem os produtos
ofertados (especificações, preços etc.), faz-se necessário uma maior dedicação às vendas diretas, pois
não se trata, nesse caso, de um produto voltado para o consumo de massa.
Segundo Basta et al (2003, p. 48-49), eis as principais decisões inerentes ao
gerenciamento da equipe de vendas:
• Perfil e responsabilidade do vendedor;
• Objetivos de vendas por produto, canal e território geográfico;
• Plano de remuneração;
• Estrutura organizacional de vendas;
• Critérios de recrutamento e seleção;
• Estabelecimento dos territórios de vendas;
• Treinamento da equipe de vendas;
• Tamanho da equipe;
• Previsões de vendas, cotas e orçamento;
59
Competência 03
3.2.4 Merchandising
Temos certeza de que você já viu alguma cena de novela, na qual a atriz principal, ou
algum personagem que tenha boa receptividade pelo público, compra algum produto e/ou utiliza um
serviço de alguma empresa e, quase que por acaso, de maneira relativamente discreta em alguns
casos, nota-se a marca do produto ou o nome da empresa, não é? Estamos falando de merchandising.
60
Competência 03
Você já parou para pensar sobre a condição da empresa que você trabalha, gerencia ou
até mesmo é proprietário, ter uma sede física ou ser virtual? Daria para mesclar essa estratégia? O
que é mais conveniente para o público que ela quer atender? A localização e as estratégias de
conveniência serão parte do que iremos construir em nosso próximo tópico. Também falaremos
61
Competência 03
muito de distribuição. Tenho certeza de que você estudante está com o conteúdo bem distribuído na
cabeça! Então vamos conferir....
Nosso papo agora estará voltado para as estratégias de fazer com que os produtos e
serviços sejam disponibilizados para os consumidores, quando e onde eles querem comprá-los,
criando trocas que ofereçam valor. Para tanto, vale lembrar uma célebre frase de Ralph Waldo
Emerson, citada por Dalrymple e Persons (2003): “A arte de ficar rico não consiste em uma atividade,
mais sim em melhor organização, e na oportunidade de se estar no lugar certo, na hora certa”.
Distribuição e localização serão os principais assuntos abordados neste tópico, como
canais de marketing. Os canais de marketing ou de distribuição representam o conjunto de
organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar um produto, mercadoria ou serviço
disponível para o consumo.
Para a maioria dos donos de pequenos negócios, a escolha da localização do seu negócio
continua sendo um grande desafio. Vamos analisar as estratégias e os cuidados que devem ser
adotados para que a conveniência seja um diferencial em redução de custos para a empresa e um
elemento de atração de novos clientes.
62
Competência 03
O conceito de marketing chama a atenção para que se cuide com carinho da logística de
mercado, uma área com grande potencial para a redução de custos e a melhoria da satisfação do
cliente. Quando os processadores de pedidos, os planejadores de depósitos, os gestores de estoque
e os gestores de transporte tomam decisões, afetam cada um dos outros custos e a capacidade de
criação de demanda. O conceito de distribuição física requer que todas essas decisões devam ser
tomadas dentro de um contexto unificado. A tarefa principal é projetar sistemas de distribuição física
que minimizem os custos totais de se fornecer o nível desejado de serviço ao cliente.
Como uma empresa será capaz de levar seus produtos ao mercado? Esse é o grande
desafio: desenvolver as estratégias de ida ao mercado. Houve uma época em que as empresas
contratavam trabalhadores que vendiam a distribuidores, atacadistas, varejistas ou diretamente aos
usuários finais. Hoje, a quantidade de alternativas de ida ao mercado aumentou bastante:
• Representantes de vendas
• Aliados estratégicos
• Parceiros de negócios
• Distribuidores centrais e locais
• Integradores
• Intranet
• Extranet
• Sites na web
• Blogs
• Instagram
• Facebook
• WhatsApp
• E-mail
• Bolsas business-to-business
• Revendedores que agregam valor
• Agentes de fabricantes
• Corretores
• Franqueados
• Agentes de telemarketing
63
Competência 03
• Agentes de televendas
• Leilões
• Telegram
• Mala direta
• Jornais
• Televisão
• Redes sociais
Para Peter Drucker, citado por Kotler (2003), as grandes mudanças ocorreram nos canais
de distribuição e não em novos métodos de produção e consumo. Veja a importância desse assunto!
Quantas das estratégias de distribuição citadas anteriormente faziam parte da nossa vida há menos
de 10 anos? Hoje fazem diferenciais espetaculares.
É possível comprar uma geladeira, um carro, um livro, um aparelho eletrônico e recebê-
los em menos de dois dias na porta da sua casa. Isso é transformação ou não?
Como ficam os varejistas locais? Quais serão suas estratégias para competir? No que
podem se diferenciar?
Então, quantos canais de distribuição a empresa deve utilizar para distribuir seus
produtos e serviços? Quanto maior a quantidade de canais, maior a cobertura de mercado da
empresa e mais altos os índices de crescimento de suas vendas. Um exemplo disso é a Starbucks, que
começou com apenas lojas próprias, com pessoal cuidadosamente selecionado e com operações
lucrativas. Mais tarde, a Starbucks franqueou suas operações para aeroportos, livrarias, campi
universitários e supermercados.
Outro ponto é que as situações de conflito de canais tendem a tornar-se cada vez mais
frequentes. Algumas lojas Starbucks podem ressentir-se da abertura de outras lojas Starbucks nas
proximidades, diluindo as vendas de parte a parte.
64
Competência 03
É uma das decisões mais básicas que os fabricantes devem tomar: irão lidar com toda a
distribuição ou irão usar atacadistas, varejistas e outros especialistas?
A razão de quem prefere vender diretamente ao cliente final é a de que deseja controlar
todo o trabalho de marketing. Podem pensar em atender os consumidores finais a um custo mais
baixo do que os intermediários. Além disso, trabalhar com intermediários independentes, com
objetivos diferentes, pode gerar problemas.
Outros aspectos que justificam o contato direto:
• A possibilidade de estar consciente das mudanças e atitudes dos consumidores;
• Estar em melhor posição para ajustar o composto de marketing sem ter de convencer
outros membros do canal;
• A decisão de oferecer treinamento e serviços especiais diretamente aos vendedores;
• Maior destaque nos próprios produtos do que os atacadistas que estocam produtos
de diversas marcas.
Alguns exemplos de vendas direta que conhecemos: Natura, Boticário, Tupperware e a
Avon, os produtos domésticos da Amway, os produtos para emagrecimento da Herbalife. Alguns
65
Competência 03
acordos de distribuição podem surpreender. Por exemplo, a Mattel uniu-se aos representantes de
venda pessoal da Avon para vender suas bonecas Barbie na China.
Por outro lado, a conveniência em termos de localização, especialização, design,
atendimento e entretenimento dos varejistas fazem com que os fabricantes adotem o canal de
distribuição indireta, valendo-se desses para a comercialização dos seus produtos.
Poderíamos pensar que todos os gerentes de marketing quisessem que seus produtos
tivessem o máximo de exposição junto aos consumidores. A exposição ideal de mercado coloca um
produto amplamente disponível, o suficiente para satisfazer as necessidades dos consumidores.
Exposição demasiada só aumenta o custo total de marketing. A exposição implica em saber qual a
melhor forma de distribuição. Vermos a seguir as melhores formas de distribuição.
66
Competência 03
67
Competência 03
• Relações públicas;
• Merchandising;
• Composto mercadológico: praça e distribuição;
• Canal direto ou indireto de distribuição;
• Os tipos de distribuição.
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Competência 04
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Competência 04
70
Competência 04
Influência do Mix de
Marketing
• Produto
• Preço
• Promoção
• Praça
Influências Situacionais
• Tarefa de compra
• Ambiente social
• Ambiente físico
• Efeitos temporais
71
Competência 04
levar a pessoa a agir. A teoria de Maslow ajuda a entender como vários produtos se encaixam nos
planos, nos objetivos e na vida dos consumidores. O termo personalidade está associado às
características psicológicas distintas, que levam a reações relativamente coerentes e contínuas no
ambiente. A personalidade é normalmente descrita em termos de características como
autoconfiança, domínio, autonomia, submissão, sociabilidade, resistência e adaptabilidade.
Relacionada com a personalidade está a autoimagem. Desenvolver imagens para marcas que não vão
ao encontro da autoimagem do mercado-alvo é uma excelente estratégia.
II – Percepção: é o processo por meio do qual uma pessoa seleciona, organiza e interpreta
as informações recebidas para criar uma imagem significativa do mundo.
O estilo de vida é o modo de viver e a maneira com que as pessoas gastam seu tempo e
recursos, o que elas consideram importante no seu ambiente e o que pensam de si mesmas e do
mundo que as cerca.
Estudante agora iremos vê os estilos de vida de alguns segmentos psicográficos (que é o
mais perto que você vai chegar de entrar na mente do seu cliente e entendê-lo melhor do que ele
mesmo), apresentados por Churchill e Peter (2000):
72
Competência 04
A seguir veremos uma figura que nos mostra os estilos de vida, baseado em clientes e
consumidores.
73
Competência 04
Vamos agora para o próximo tópico, no qual iremos conhecer as influências socioculturais
e suas características.
As influências socioculturais são fatores de ordem social e cultural que, de alguma forma,
influenciam e moldam o comportamento do consumidor, elas são compostas por quatro classes que
influenciam diretamente nas escolhas e nos seus estilos. Certamente, estudante você já viu ou ouviu
falar dessas influências que iremos ver a seguir.
• Grupos de referência: são aqueles que exercem alguma influência direta ou indireta
sobre atitudes ou comportamento dessa pessoa. Os grupos que exercem influência
direta sobre uma pessoa são chamados grupos de afinidade.
• Influência familiar: os membros da família constituem o grupo de referência primário
mais influente. A família de orientação (pais) e a família de procriação (cônjuge e
filhos). Quais os papéis de influência dos filhos, da esposa e dos pais na decisão de
compra? Em uma das pesquisas da Volkswagen brasileira ela divulgou que a maioria
das decisões de compra de veículos são tomados pelas mulheres (namoradas,
esposas, mães, amantes e outras).
74
Competência 04
75
Competência 04
76
Competência 04
Os casos ilustram oportunidades para empresas que estão dispostas a conhecer melhor
os seus clientes e o seu mercado.
A segmentação de mercado é o meio utilizado pelo marketing para dividir o mercado em
diferentes grupos formados por clientes com necessidades, desejos e atitudes similares.
Para detalhamos a segmentação de mercado observe a figura abaixo.
77
Competência 04
Que critérios utilizar para reunir clientes com necessidades comuns? Hooley, Sauders e
Piercy, apud Marchesi (2003), sugerem a seguinte classificação e fatores de comportamento dos
clientes.
• Características dos clientes: expressam aspectos geodemográficos, socioeconômicos
e culturais do indivíduo que transcendem a esfera do comportamento de compra.
• Atitudes do cliente: os fatores atitudinais refletem o vínculo de causa e efeito entre
as características e seu comportamento de compra. A BFR (Sadia e perdigão), por
exemplo, produzem mais de 30 pratos para atender a segmentos de clientes em
diferentes estágios de vida e ocupação que buscam conforto, facilidade, rapidez de
uso e praticidade.
• Comportamento do cliente: os fatores comportamentais referem-se aos hábitos de
consumo, à comunicação e às reações componentes do mix de marketing. Dizem
respeito aos papéis assumidos na compra do produto, ao momento e à ocasião da
compra, à frequência de compra, à fidelidade e à marca. A Volkswagen costumava
dividir seus clientes em dois grandes segmentos: os compradores iniciais e os de
substituição. E ainda: os substituidores fiéis e os substituidores de outras marcas. A
seguir observe o quadro sobre as classes e as bases de segmentação.
78
Competência 04
Cobra (2003) sugere que a segmentação de mercado seja realizada em três passos: (1) a
segmentação mercado-alvo consiste na divisão do mercado em agrupamentos distintos de
compradores, tendo como foco os consumidores-alvo do produto. Esses agrupamentos constituem
os segmentos-alvo do mercado; (2) a seleção do mercado-alvo é importante medir a atratividade de
cada segmento para selecionar um ou mais segmentos, nos quais a empresa deverá concentrar seu
esforço de marketing. Para cada segmento de mercado escolhido, é possível definir um modelo de
atuação mercadológica; (3) posicionamento do produto é o estabelecimento da posição competitiva
para o produto, visando criar diferenciais competitivos na mente do consumidor. Posicionar,
portanto, significa criar uma posição única para o produto, afastando-o dos concorrentes. Dessa
maneira, para cada segmento de mercado, objetiva-se posicionar o produto para que ele desfrute de
condição privilegiada na mente do consumidor.
79
Competência 04
A identificação das características dos consumidores, como agem, suas atitudes, seus
gastos, seus interesses, suas percepções, permite que as empresas implementem ações de marketing
focadas nos segmentos mais interessantes. O esforço mercadológico começa a ter sentido e resultado
prático, pois atinge os clientes desejados pela empresa, e que, logicamente, promovam o maior
retorno. Os segmentos, principalmente, são conformados pelas bases geográficas, demográfica,
psicográfica e comportamental. Uma vez caracterizado o segmento, cabe agora, considerando os
critérios de acessibilidade, mensurabilidade e substancialidade, escolher o público alvo. Dando
continuidade veremos no próximo tópico o posicionamento de mercado.
Estudante você lembra da última vez que foi ao supermercado comprar sabão em pó?
Qual foi a marca de sabão que você lembrou primeiro? E quando foi comprar o refrigerante? E
quando foi comprar o chinelo de dedos?
Não precisamos nem mencionar aqui! Todo mundo sabe de quais marcas estamos
falando. Não é verdade?
Posicionamento é isto. De que forma meus produtos ou serviços são lembrados pelos
meus clientes e pelos clientes em potencial?
Então, como essas marcas estão assim presentes na nossa cabeça?
O que fizeram essas empresas, ao longo do tempo, para que seus produtos fossem tão
evidentes e confiáveis para as pessoas?
É exatamente sobre essas intrigantes questões que vamos iniciar o nosso bate papo nesse
tópico.
Vamos juntos entender um pouco mais sobre como estabelecer um posicionamento?
Kotler (2003, p. 89) afirma que:
80
Competência 04
Al Ries e Trout, apud Marchesi (2003), reforçam que posicionamento não é o que você
faz com o produto. Posicionamento é o que você faz na mente do cliente em perspectiva. Ou seja,
você posiciona o produto na mente do comprador potencial. Assim, por exemplo: a Volvo garante
que produz “o carro mais seguro”; a BMW afirma que é “o máximo em máquina automotora”; e o
Porsche que diz ser o “melhor carro esportivo pequeno do mundo”.
O posicionamento do produto na mente do consumidor obedece a algumas regras básicas
para entender como ele vê o produto:
81
Competência 04
ela se diferencia de seus concorrentes. Uma vez definida sua estratégia de posicionamento de
produto, a empresa estará apta a prosseguir para o próximo estágio: planejar suas estratégias
competitivas de marketing.
As principais técnicas de posicionamento que se destacam são as seguintes:
• Atributo ou benefício – características físicas ou a quantidade de prêmio que o
produto oferece e que o consumidor valoriza.
• Qualidade/preço – relação custo/benefício ou preço e qualidade são dois dos
atributos mais importantes para serem posicionados na mente do consumidor.
• Uso e usuário – o produto é valorizado pelo tipo de uso e pelo tipo de usuário.
• Categoria do produto – os produtos são agrupados em categorias, e cada categoria
ocupa um espaço na mente do consumidor.
• Concorrência – talvez um dos principais critérios de posicionamento seja a
comparação com a concorrência.
• Mapear a percepção do produto – é possível mapear as novas percepções que os
consumidores têm dos produtos.
82
Competência 04
O posicionamento da empresa está baseado na percepção que as pessoas têm sobre seus
produtos e serviços. A imagem que fica é a reputação que a empresa terá, positiva ou negativa.
Começar a identificar a percepção que os clientes têm sobre a empresa talvez seja um dos fatores
mais importantes para nortear o futuro dos negócios. Não dá para querer fazer tudo para todos. Cada
vez mais as pessoas optam por empresas focadas, especialistas e exclusivas no fornecimento de bens
e serviços. O posicionamento implica atender um público-alvo mais restrito. Todavia, com uma
possibilidade de êxito muito maior. A seguir veremos como é formado o Sistema de Informações de
Marketing – SIM, suas características e formas.
O SIM é um sistema formado por quatro subsistemas são eles: de registros internos; de
inteligência de marketing; de pesquisa de mercado; e de análise e apoio às decisões de marketing.
Observe a representação do sistema na figura a seguir:
83
Competência 04
Sabemos que a mais óbvia forma de obter dados e subsequentes é a observação, porem
observar pode parecer a coisa mais fácil do mundo, mas não é. Para ser verdadeiramente útil, a
84
Competência 04
observação deve ser feita da maneira certa, com a técnica ou o método certo, mantendo uma
independência e uma objetividade suficiente para não a contaminar ou deturpá-la.
Em gestão, precisamos observar eficazmente – nada que não possa ser desenvolvido ou
treinado pelo gestor. Para tal fim, é muito útil um instrumento de observação que explicite por que
queremos observar, qual a necessidade da observação, o que queremos observar, como iremos
observar e quando o faremos. Ora, isso tudo nada mais é do que um pequeno plano de observação.
Esse plano é o instrumento de registro das observações, que, quando em volumes consideráveis, até
poderão nos levar inclusive a utilizar as ferramentas estatísticas. Observações não-registradas podem
gerar confusão, enquanto o registro garante a autenticidade sem que a subjetividade da opinião
prevaleça.
Mas não basta observar; muitas vezes a observação é insuficiente, pois precisamos lidar
com um número muito expressivo de dados, que podem ser extremamente complexos. Além disso,
é um desperdício refazer os caminhos artesanal ou manualmente quando eles podem ser
automatizados, com ganho de tempo, produtividade e eliminação de erros.
A tecnologia da informação propicia à empresa uma alternativa muito mais eficiente e
eficaz. A informática oferece às empresas muitas formas de organizar as informações em sistemas de
informações ou de informações de marketing, partindo dos registros internos do dia-a-dia, da
pesquisa, da busca técnica de informações, da análise de informações, cruzando-as e interpretando-
as, transformando-as em informações significativas e relevantes para a observação, a análise, o
controle e a tomada de decisão, apropriando critérios de inteligência programada. A informática
propicia que as informações já se apresentem preparadas para a função de planejamento e também
para as funções operacionais que constituem o cotidiano da empresa e para as tomadas de decisão
que constituem a forma de atuar do gestor.
Para que tudo isso aconteça, são necessárias pessoas dedicadas, equipamentos e
procedimentos automatizados (softwares) para reunir, classificar, analisar e distribuir as informações.
Estudante chegamos ao final da competência 04, ENTENDER A IMPORTÂNCIA DO
MARKETING PARA AS ORGANIZAÇÕES.
Nela abordamos os seguintes tópicos:
• Comportamento do consumidor;
• Entendendo a segmentação de mercado;
85
Competência 04
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Conclusão
Olá, estudante,
87
Referências
BONAVITA, J.R e DURO, Jorge. Marketing para não marqueteiros. Rio de Janeiro: SENAC, 2001.
CHURCHILL, Gilbert A.; PETER JR., Paul. Marketing:criando valor para os clientes. São Paulo:
Saraiva. 2000.
FAFIELD, Paul. Segmentação pelo contexto. Revista HSM Management, 53, novembro-dezembro,
2005.
HOOLEY, Graham et al. Estratégias de marketing e posicionamento competitivo. 3.ed. São Paulo:
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Campus, 2003.
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LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MARCHESI, Fernando Roberto de Andrade. Fundamentos de marketing. Rio de Janeiro: FVG, 2003.
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Minicurrículo do Professor
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