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Métodos e Tecnicas do 

Psicodrama

6 DE NOVEMBRO DE 2014 / PEDRO PEREIRA LEITE

Livro de José Luís Pio de Abreu

Pio-Abreu, J.L. (2002). O Modelo do Psicodrama Moreniano. Coimbra: Ed. Quarteto.

2ª edição 2006, , Lisboa Climepsi.

Os Instrumentos do Psicodrama Moreniano:

1. Protagonista

2. Diretor

3. Ego-auxiliar

4. Auditório

5. Cenário

O ego-auxiliar ultrapassa a causalidade linear (Efeito proporcional – linear)- dum acto. Eu


chutei uma bola. O efeito da bola (movimento) é causado pela força do pontapé).

Procura repor a dimensão circular. O espaço provável. Liberta a tensão da memória na sua
tensão com o esquecimento.

Fases do Psicodrama.

1. Aquecimento;
2. Dramatização;

3. Comentários;

O aquecimento tem como objetivo desenvolver as tensões e escolher um tema. Divide-se em


aquecimento geral e específico. Mo aquecimento geral toma-se o pulso ao grupo. No
aquecimento específico explora-se um tema e escolhe-se o protagonista. A escolha dos
protagonistas implica a formulação dum problema e a proposta dum cenário.

Na dramatização (as cadeira são afastadas. Simbolizam o pano da cena) é quanto existe uma
maturidade par a acção. Passa-se da palavra para a ação. O que interessa é mostrar os fatos.
Não interessa a sua descrição nem as suas condições.

Nos comentários, regressa-se ao contexto do grupo (fecham-se as cadeira recria-se um


contexto social. Um contexto de partilha e de solidariedade). O protagonista expressa o que
viveu. O auditório é chamado a verbalizar a experiencia que viveu ou assistiu.Os egos
exprimem-se e o diretor efetua um comentário síntese.

Técnicas do Psicodrama

As técnicas do psicodrama estão baseadas no jogo entre o protagonista e o ego-auxiliar. Tem


como objectivo atingir um clímax para gerar uma catarse de integração.[3]

São 7 as técnicas base. a dramatização é executada de acordo com o guião. O Diretor dispões
destas técnicas para aplicar em contexto dramático para colocar hipóteses trapeuticas.

1. Inversão de papéis: Trocar com o ego. Olhar o outro a partir da representação do


outro. É uma técnica usada para a resolução de conflitos. O desempenho do papel do
outro revela as posições do outro lado. Tem por base o processo da fenomenologia do
espírito. A observação do processo visa criar consciência de si.

2. Solilóquio  (dialogo consigo mesmo). Pensar alto. Encontrar a representação do eu.


Procura a “insight vision” do protagonista.

3. Interpolação de Resistência. O ego introduz alterações de comportamento. Permite


ver alternativas de saída para problemas complexos.

4. Espelho Confronta o eu com as evidências. (é complexo do ponto de vista emocional.)

5. Duplo Exprime emoções pelo ego e permite compreender a sua complexidade

6. Representação Simbólica. Constitui-se como um jogo de representações. Pode


recorrer a um objecto intermediário. Constitui a colocação dum objeto em cena para
fazer a transição ou para dialogo.

7. Estátua. A execução de estátua permite a representação estética de emoções ou de


objectos.

Outras técnicas.

Aplicados no cenário: Role-playing (treino de papeir), objecto significante, idades, doenças –


labirinto.

Átomo Social. É uma representação do mundo social.


Jogos aplicados.

 De coesão de grupo

 De revelação de papéis

 De emergência do protagonista

 Jogos de Confiança

 Criação de contacto corporal

 Jogos de diferenciação de papéis.

 Maquinas

 Animais

 Jogos temáticos.

 Interditos

 Mitológicos

 Problemas complexos

Teoria do Papel

O papel (role) no drama moreniano representa a ligação entre o indivíduo e a cultura. A sua
personalidade é um processo cultural. O papel é a unidade cultural de conduta. Padrão de
conduta que tem como objetivo a satisfação de funções fenomenológicas.

Os papeis culturais são pré-existentes ao indivíduo e é sobre eles que a personalidade traça a
sua adptação.

As normas constituem-se como algoritmos sociais. Códigos de conduta explícitos e não


explícitos. As normas criam vínculos externos. Vínculos a terceiros. Cada indivíduo representa
uma multiplicidade de papéis.

No psicodrama o Super Ego, o Ego e o iD de Freud são substituídos pelo Dever, pela realidade e
pelo prazer.

Os papéis psicossomáticos. São papéis que representam o modo de ser. O espaço interior de
cada indivíduo.

O si mesmo é uma zona de contato entre o eu e os papéis complementares exteriores. O


desenvolvimento de si-mesmo é justificado no desempenho de papéis complementares. No
psicodrama inclui-se a representação do si mesmo pela representação do ser.

A tensão com o contexto. É a tesão com o exteriro que leva cada indivíduos a estrutural os
seus conceitos de representação. Manter um tensão com o exterior leva a uma maior
aproximação do eu.

O drama moreniano procura criar a liberdade da espontaneidade para a inovação criadora. O


objectivo do psicodrama é criar uma catarse psicodramatica. A catarse de integração que
ultrapassa barreiras.

Bibliografia
Dias, C. (1993). Palcos do Imaginário. Lisboa: Ed. Fenda.

López-Barberá, E. e Población-Knappe, P. (1997). La escultura y otras técnicas psicodramáticas


en psicoterapia. Barcelona: Ed. Paidós.

Marra, M.M. & Fleury, H.J. (2008). Grupos. Intervenções socioeducativas e método


sociopsicodramático. São Paulo: Agora

Moreno, J. L. (s.d.). Psicodrama. S. Paulo: Ed. Cultrix.

Rojas-Bermúdez, J. (1997). Teoría y técnica psicodramáticas. Barcelona: Ed. Paidós.

Soeiro, A.C. (1991). Psicodrama e psicoterapia. Lisboa: Ed. Escher.

Valiente-Gómez, D. (1995). Psicodrama y Psicoanálisis. Madrid: Ed. Fundamentos.

Vieira, F. (1999). (Des)dramatizar na doença mental. Psicodrama e psicopatologia. Lisboa: Ed.


Sílabo.

Yalom, E. (2005). The Theory and Practice of group Psychotherapy. London: Basic Books.

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