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excessivo de vitaminas
As vitaminas estão divididas em treze tipos: A; complexo B (B1, B2, B3, B6,
B9, B12, ácido pantotênico e niacina); C; D; E; e K. Os suplementos são considerados
medicamentos e, por isso, devem ser prescritos por um médico.
Varella lembra em seu blog que o apelo para o consumo de vitaminas é forte,
vem de longe e acabou criando uma cultura, que poderia ser chamada de
vitaminocultura, em função da qual muitas pessoas tomam desnecessariamente e sem
critério grande quantidade desses micronutrientes todos os dias que, em alguns casos,
pode levar à hipervitaminose.
Soares rebate também uma crença popular de que a vitamina ‘se não fizer bem,
mal também não faz’. “Essa história não procede. Antigamente, a tripulação dos navios
tinha carência de vitamina C e desenvolvia escorbuto, uma doença que provoca
sangramentos, porque os marinheiros passavam muito tempo em alto mar sem ingerir
alimentos frescos. Hoje, porém, trabalhos mostram que a retirada abrupta de megadoses
de vitamina C pode provocar um quadro semelhante ao de escorbuto, além de cálculo
nos rins e distúrbios gastrintestinais”.
Vitamina D
Vitamina C
Vitamina E
Mas essa forma de incentivar o consumo vai muito além da praticada no interior
das farmácias. “A empurroterapia acontece diariamente em consultórios, outdoors, nos
discursos políticos, nas redes sociais e na televisão, principalmente, em propagandas e
merchandisings veiculados em noticiários e programas de entretenimento. Apontar
apenas a farmácia é hipocrisia”, revela o fundador do ICTQ, Marcus Vinicius Andrade.
Ela acontece também na internet. Não são poucos os ‘influencers’, como são
chamados os influenciadores digitais, que aproveitam sua fama – e os milhares ou
milhões de seguidores – para vender vitaminas. Como fez Gabriela Pugliesi, que tem
cerca de 4,5 milhões de seguidores no Instagram, com uma vitamina para cabelos.
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Segundo ela, esses dados contribuirão para que o farmacêutico projete o plano
de cuidado ao paciente, que prevê medidas farmacológicas como a prescrição de
vitaminas, sais minerais e medidas não farmacológicas – alimentação saudável, por
exemplo.
“No ato da consulta, pedimos que o paciente nos fale dos medicamentos que ele
faz uso. Isso implicará no que será prescrito e até mesmo na posologia indicada. Em
casos de hipervitaminose, exames laboratoriais são importantes para nortear o prescritor
da necessidade do paciente”, destaca Juliana.