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3. Acresce que, o dito prédio foi adjudicado àquela Maria Rosa da Silva Araújo ou
Maria Rosa Ferreira da Silva no Inventário Obrigatório a que se procedeu por óbito
de seus pais, Conceição da Silva Pedras e marido, João Ferreira de Araújo, casados no
regime da comunhão geral de bens, falecidos, respetivamente, em quatro de setembro
de mil novecentos e oitenta e um e em vinte e quatro de agosto de mil novecentos e
oitenta e dois.
4. Tal inventário correu os seus termos no extinto Primeiro Juízo – Primeira Secção de
Processos do Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos, tendo a partilha sido
homologada por sentença de nove de julho de mil novecentos e oitenta e quatro,
transitada em julgado a vinte de julho do mesmo ano – cfr. Documento que se junta
com o n.º 1 e que aqui se dá por reproduzido para os devidos e legais efeitos.
a) Desde mil novecentos e oitenta e quatro até dois mil e vinte, através da sua vizinha,
Lucinda Ferreira da Costa Miranda, posteriormente nomeada sua tutora, nos termos da
sentença atrás referida;
b) Desde janeiro deste ano até esta data, pela requerente, Maria da Conceição da Silva
Simões.
6. Tal detenção e fruição foram adquiridas e mantidas sem violência, e exercidas sem
oposição ou ocultação de quem quer que fosse, e sempre de forma ininterrupta.
7. Essa posse traduziu-se nos factos reveladores de uma normal utilização do prédio,
cultivando-o, semeando-o, colhendo os seus frutos, mantendo os muros de vedação e
pagando os inerentes impostos,
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8. embora através das referidas Lucinda Ferreira da Costa Miranda e Maria da Conceição
da Silva Simões, mas sempre em nome da invocada proprietária, aplicando o respetivo
produto no sustento desta.
9. Pelo que, tal posse é pacífica, pública e contínua, tendo durado mais de vinte anos,
pelo que permite à sua representada a aquisição do prédio por usucapião, o que invoca
para efeito de estabelecimento de novo trato sucessivo, título este que, pela sua
natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.
10. Nos termos expostos, fica justificado o direito de propriedade que a sua representada
detém sobre o mencionado prédio.
11. No entanto, pelas mais óbvias razões, a representada da aqui Requerente, não é capaz
de prestar tais declarações no âmbito de uma escritura de justificação, pelo que carece
de autorização a sua Acompanhante, para, em seu nome, as prestar e ali a representar.
JUNTA: 1 documento.
A Requerente: ______________________________________________
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