Requisitos sobre a Invalidade dos Regulamentos
Quanto ao Sujeito (órgão autor do
regulamento administrativo):
a) Atribuições da pessoa coletiva
pública (a pessoa em questão não
tinha poderes atribuídos para tal);
b) Competência do órgão
(competência material e territorial);
c) Legitimação do órgão (isto é, do
sujeito).
Quanto à Habilitação Legal
a) Exigência de uma habilitação legal
para a emissão do regulamento (a
relevância, em especial, do princípio
da precedência de lei).
b) Menção expressa da habilitação
legal no preâmbulo de cada
regulamento.
Quanto ao conteúdo/substância
a) Licitude do conteúdo do regime do
regulamento, ou seja, tem de haver
conformidade com o ato legislativo
ou com o bloco de legalidade que
habilita, com a Constituição, com os
princípios gerais de direito
administrativo, com o Direito da
União Europeia, o Direito
Internacional e com normas
regulamentares que,
eventualmente, lhe sejam ou se
possam considerar
hierarquicamente superiores.
De acordo com o artigo 144º do CPA: A
invalidade do regulamento pode ser
invocada a todo o tempo por qualquer
interessado e pode, a todo o tempo, ser
declarada pelos órgãos administrativos
competentes.
A inexistência de habilitação legal
traduz-se numa invalidade/ilegalidade
substancial do regulamento, por
violação do princípio constitucional da
precedência de lei;
A falta desta menção se traduz numa
invalidade/ilegalidade formal
No que diz respeito à lei habilitante, a
ilegalidade/invalidade pode ser invocada por
qualquer interessado e a todo o tempo
seguindo, assim, a regra geral dos requisitos
da invalidade dos regulamentos, salvo nos
casos em que há a falta de menção da lei,
uma vez que se trata de uma ilegalidade
formal esta só pode ser invocada no prazo
de 6 meses – artigo 144º, n6
Neste caso específico, teremos a violação de
normas de caráter internacional e
constitucional o que nos leva a afirmar que
há a inconstitucionalidade do regulamento
em causa acompanhada de uma invalidade
substancial.
Esta ilegalidade/inconstitucionalidade pode
ser invocada a qualquer tempo e por
qualquer interessado (artigo 144º, n1) uma
vez que se trata de uma situação mais grave
de ilegalidade.
Quanto ao Procedimento de formação de
um regulamento:

a) Participação dos
interessados/audiência dos
interessados;

b) Consulta pública, quando

legalmente exigível;

c) Necessidade de audição de outras

entidades públicas, quando exigida
por lei;

d) Observância de outras formalidades

ou primado atos procedimentais que
sejam legalmente exigíveis, em
função do tipo de regulamento a
emitir (nos municípios, a elaboração
de regulamentos em matéria
urbanística/ordenamento territorial
no espaço do município em
conformidade com os
procedimentos estabelecidos no
Regime Jurídico dos Instrumentos de
Gestão Territorial).

Quanto à Forma:

a) A forma da emissão do regulamento Neste caso, caso a forma do regulamento

(como a forma dos estatutos da UC),
que se não for cumprida fará parte
de um dos casos de invalidade mais
grave, que pode ser invocada a todo
o tempo;
não seja respeitada, estamos perante um
dos casos mais graves de invalidade de todo
o procedimento – vício de forma ao qual é
aplicado a regra geral, ou seja, a
ilegalidade/invalidade pode ser invocada a
qualquer tempo e por qualquer interessado.
Artigo 144º - carência absoluta da forma
legal!!!

b) Fundamentação: em que há A falta de fundamentação de um

sacríficos pecuniários para os
particulares, para justificar o porquê
daquele regime que vai ser aplicado
(análise do custo-benefício, quando
exigível).
regulamento reconduz para uma invalidade
formal arguível pela administração e que
pode ser invocada num prazo de 6 meses,
aplicando-se, assim, a exceção à regra geral.