Você está na página 1de 79

Prof.

Jorge Augusto Costa 1


OBJETO DE CONHECIMENTO

SUSTENTABILIDADE E A PREOCUPAÇÃO COM


O MEIO AMBIENTE

Prof. Jorge Augusto Costa 2


OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

 Refletir sobre políticas empresariais voltadas à


sustentabilidade e às formas de preservar ou
melhorar o meio ambiente, considerando que
os recursos são escassos e que as atividades
produtivas e/ou econômicas, na maioria das
vezes, impactam no ambiente.

Prof. Jorge Augusto Costa 3


COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS COM ESTA AULA

 Compreender o conceito de meio ambiente e suas


ameaças na conjuntura mundial atual.
 Saber desenvolver políticas empresariais éticas e
sustentáveis.
 Conhecer as formas de acompanhar e controlar políticas
empresariais sustentáveis.

Prof. Jorge Augusto Costa 4


Informações de Natureza Social, Ambiental e a Dimensão
Contábil Financeira – Do Balanço Social ao Relato Integrado
Praticando um pouco
1) Cite demonstrativos utilizados de natureza social ou ambiental.

Resposta padrão
Balanço social.
DVA (Demonstração do Valor Adicionado).
NBC T 15 (Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 15).
Relato Integrado.

Prof. Jorge Augusto Costa 5


Informações de Natureza Social, Ambiental e a Dimensão
Contábil Financeira – Do Balanço Social ao Relato Integrado
Praticando um pouco
2) Os demonstrativos utilizados de natureza social ou ambiental são
relevantes para:
a) ( ) Comparar períodos diferentes.
b) ( ) Divulgar o comprometimento e as ações sociais e ambientais das
empresas.
c) ( ) Comparar empresas e segmentos.
d) ( ) Ampliar a transparência das empresas.
e) (X ) Todas as alternativas são verdadeiras.

GABARITO E

Prof. Jorge Augusto Costa 6


Informações de Natureza Social, Ambiental e a Dimensão
Contábil Financeira – Do Balanço Social ao Relato Integrado
Praticando um pouco
3) Em relação ao Balanço Social é correto afirmar que:
a) (X ) Contém dados sobre os projetos e ações sociais da empresa.
b) ( ) É um instrumento novo, pois foi desenvolvido em 2014.
c) ( ) Não contém dados financeiros.
d) ( ) É obrigatório para todas as empresas.
e) ( ) Contém apenas dados contábeis.

GABARITO A

Prof. Jorge Augusto Costa 7


Informações de Natureza Social, Ambiental e a Dimensão
Contábil Financeira – Do Balanço Social ao Relato Integrado

4) Em relação a NBC T 15, norma que estabelece procedimentos para


evidenciação de informações de natureza social e ambiental, é correto afirmar
que:
a) ( ) É obrigatório as pequenas e médias empresas seguirem.
b) ( X ) É facultativo para todas as empresas.
c) ( ) Não contém dados financeiros.
d) ( ) É obrigatório todas as grandes empresas seguirem.
e) ( ) Não contém dados contábeis.

GABARITO B

Prof. Jorge Augusto Costa 8


Informações de Natureza Social, Ambiental e a Dimensão
Contábil Financeira – Do Balanço Social ao Relato Integrado

5) Quais os quatro tópicos previstos para evidenciação de informações de


natureza social e ambiental, segundo a NBC T 15?
Resposta Padrão
 a geração e a distribuição de riqueza;
 os recursos humanos;
 a interação da entidade com o ambiente externo;
 a interação com o meio ambiente.

Prof. Jorge Augusto Costa 9


Informações de Natureza Social, Ambiental e a Dimensão
Contábil Financeira – Do Balanço Social ao Relato Integrado

6) Em relação ao Relato Integrado é correto afirmar que:


a) ( ) Não auxiliará aprimorar processos internos.
b) ( X ) É um instrumento que algumas empresas já estão elaborando e
divulgando, mas não têm um modelo ainda considerado definitivo.
c) ( ) Não auxiliará na transparência das empresas.
d) ( ) É obrigatório para todas as empresas.
e) ( ) É um modelo que já está pronto e que todas as empresas adotam.

GABARITO B

Prof. Jorge Augusto Costa 10


Informações de Natureza Social, Ambiental e a Dimensão
Contábil Financeira – Do Balanço Social ao Relato Integrado

7) O que a elaboração e publicação do Relatório Integrado pode possibilitar


para uma empresa?
Resposta Padrão
Além de Melhorar a imagem institucional, segundo o IIRC (International
Integrated Reporting Council), possibilitará:
 Melhorar a articulação da estratégia para o negócio e como seu modelo de
negócios está respondendo às novas necessidades e expectativas do
mercado.
 Permitir um melhor diálogo entre a empresa e os fornecedores do capital
financeiro.
 Desenvolver departamentos mais conectados e quebrar áreas fechadas.
 Aprimorar processos internos.
 Reduzir custo de capital.
Prof. Jorge Augusto Costa 11
SUSTENTABILIDADE
E A PREOCUPAÇÃO COM O
MEIO AMBIENTE
Prof. Jorge Augusto Costa 12
Meio Ambiente
O meio ambiente pode ser chamado apenas de ambiente,
pois envolve as coisas, os animais e as pessoas da Terra, logo
é composto por seres vivos ou não.
O ambiente está relacionado, ainda, aos ecossistemas, sendo
composto por vida humana, animal e vegetal.
Este ambiente deve ser preservado e as atividades tendem a
impactar, causando destruição ambiental e utilização dos
recursos.
Questão para debate:
É possível desenvolvimento com sustentabilidade?

Prof. Jorge Augusto Costa 13


Meio Ambiente
É possível desenvolvimento com sustentabilidade?
Esta questão é muito importante, pois há países no mundo
que vemos desenvolver, porém violando direitos humanos,
desmatando, destruindo recursos naturais, causando
desigualdades sociais, enfim, destruindo vidas e o planeta,
consequentemente.
Devemos ter claro que:
a) O meio ambiente está em constante mutação.
b) A responsabilidade da empresa não deve se limitar ao
seu impacto ao meio ambiente

Prof. Jorge Augusto Costa 14


Meio Ambiente
a) O meio ambiente está em constante mutação.
Ele se transforma a cada momento, construindo um planeta que possibilitará novos
olhares, novas composições e isto impacta em novos desafios. O meio evolui, podendo ser
melhorado ou piorado a cada instante, sendo que novos problemas surgem. Exemplo:
 Algumas doenças que tendem a desaparecer, como a pólio, devido a campanhas internacionais
que são amplamente divulgadas e apoiadas pelo Rotary International.
 Há doenças que tendem a crescer, caso não tenham ações sociais, como desenvolvimento de
pesquisa e mudança comportamental. Como o câncer no intestino, a anorexia e o diabetes.
 Algumas doenças que eram desconhecidas, mas que atualmente são diagnosticadas.
 A obesidade em determinados países é um problema mais grave do que a fome.
 A água, que parecia um recurso ilimitado, demonstra sua escassez, preocupando o futuro.
 Espécies são extintas.
 A utilização de recursos tecnológicos impacta nas relações humanas e afeta comportamentos.
 A mortalidade infantil é reduzida.
 Aumentam as áreas desmatadas no Brasil.
Para atender estes aspectos é importante a utilização da inovação, por meio da
tecnologia e do aprendizado contínuo.
Prof. Jorge Augusto Costa 15
Meio Ambiente

É preciso analisar os seguintes aspectos em relação ao


ambiente:
 Quais os impactos dos novos e velhos hábitos,
métodos produtivos e procedimentos?
 Como prevenir (evitar) impactos negativos?
 Como minimizar os impactos causados?
 Como melhorar o meio?

Prof. Jorge Augusto Costa 16


Meio Ambiente

b) A responsabilidade da empresa não deve se limitar ao


seu impacto ao meio ambiente.
As empresas e as pessoas devem buscar construir um ambiente melhor
do que o anterior a sua existência.
Uma empresa ao realizar uma ação que impacta no meio, como uma
produção inadequada que causa desmatamento, o fato de ela realizar
reflorestamento minimiza este impacto, mas a empresa deve buscar
realizar ações além desses limites.
Como a realização de projetos sociais ou o incentivo para
desenvolvimento local.

Prof. Jorge Augusto Costa 17


Meio Ambiente
Observe que a Terra tem o risco de se tornar inabitável acabar, mas há alguns fatos que são
preocupantes. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da
ONU (Organização das Nações Unidas), em Estocolmo:

 Os desastres naturais devem ocorrer com mais frequência, se não for feito nada para
impedir as mudanças climáticas. Os especialistas do Painel Intergovernamental sobre
Alterações Climáticas têm a certeza de que foi a atividade humana que provocou valores
jamais previstos de alerta máximo. A ONU atribui 95% da culpa pelo aquecimento global
ao Homem.
 A temperatura do planeta pode aumentar até 4,8° C neste século e o nível do mar pode
subir até 82 centímetros, com danos relevantes na maior parte das regiões costeiras do
globo.
 Os líderes mundiais destacam a importância em reduzir as emissões de CO2 , principal
causa do aquecimento global.

Prof. Jorge Augusto Costa 18


Meio Ambiente
O relatório afirma, ainda, que, com o desflorestamento desenfreado e as emissões de gases
poluentes, o ambiente está ferido de morte.
A humanidade vai enfrentar tempestades imprevisíveis, chuvas torrenciais, inundações que
arrasarão aldeias, vilas, ilhas e, como sempre, são os países pobres que sofrem mais com
essas catástrofes.
O papel das empresas deve ir além dos seus impactos ambientais, pois não se preocupar
com estas alterações climáticas é não dar importância à vida.
A empresa deve analisar aspectos como a utilização do plástico, papel, radioatividade ou
até aspectos mais humanos como o seu impacto na distribuição da renda e ter políticas
além dessas intervenções, contribuindo de forma efetiva para a sociedade.
É importante destacar que, antigamente, era comum abordar o impacto no
desenvolvimento e a renda local das empresas, mas, com a globalização, cada vez mais suas
dimensões deixam de ser locais.

Prof. Jorge Augusto Costa 19


Meio Ambiente

Reflexão
O fato de uma empresa empregar e formar
profissionais é algo importante, mas isto não
justifica ela devastar ou comprar componentes de
mão de obra escrava ou causar desequilíbrio
ecológico.

Prof. Jorge Augusto Costa 20


Agentes responsáveis pelas políticas sustentáveis

Órgãos públicos: Os órgãos públicos devem ter políticas


sustentáveis, considerando os três elementos da
sustentabilidade:

Baseado em: Savitz e Weber (2007);


Elaborado por Filipe de Almeida Santos.

Dyllick e Hockerts (2002) e Elkington (1999).


 aspectos sociais,
 ambientais e
 Econômicos

O Triple Botton Line

Prof. Jorge Augusto Costa 21


Aspectos sociais:
As políticas sociais que devem ser desenvolvidas pelos órgãos públicos são muitas, como:
 Ter políticas claras de habitação e de condições de
desenvolvimento humano: Tais políticas não se limitam a
políticas assistencialistas, mas a criar condições de
emprego, renda e desenvolvimento humano.
 Ofertar ensino com qualidade, garantindo conteúdos
sobre as políticas de sustentabilidade: As instituições de
ensino devem ofertar cursos com qualidade, que consistem
em uma série de variáveis e ópticas. Um aspecto, porém, é
consenso, há a necessidade de agregar políticas
sustentáveis e responsabilidade social em todos os níveis.
Estas políticas devem contemplar, inclusive finanças
pessoais, relação e preocupação com a natureza e outros.

Prof. Jorge Augusto Costa 22


Aspectos ambientais:

Entre os aspectos ambientais:


 Temos as políticas ambientais,
 Medidas que incentivem as ações públicas e
privadas sustentáveis.
Um dos aspectos é definir, por exemplo, as
condições, cobranças e tributações em relação à
utilização dos recursos, principalmente quando
são utilizados de forma inadequada.

Prof. Jorge Augusto Costa 23


Aspectos econômicos:
Em relação aos aspectos econômicos, é necessário medidas como:
 Rever as formas de tributação: A carga tributária no Brasil, sempre, incidiu muito sobre a
produção e o desenvolvimento de atividades. Os tributos na estrutura atual representam
uma punição para as empresas, pois incidem sobre prestação de serviços, circulação de
mercadorias, industrialização ou sobre salários. Refletir sobre estas formas de tributação é
fundamental para o desenvolvimento da sociedade sustentável.
 Elaborar planejamento financeiro para atender os três elementos da sustentabilidade:
Seja no presente, assim como ter condições de atender no futuro é necessário
planejamento financeiro de longo prazo e anual, com revisão periódica, evitando o
crescimento da dívida pública interna ou externa.
 Desenvolver e acompanhar políticas para transparência dos órgãos públicos e privados:
A transparência é fundamental para garantir o Triple Botton Line. No Brasil têm sido
implantadas várias políticas para transparência nas instituições privadas, com controles
fiscais e contábeis, inclusive com a implantação do SPED (Sistema Público de Escrituração
Digital) pelo Ministério da Economia. Esse processo é muito importante, mas deve ser
expandido para os órgãos públicos possibilitando o controle da sociedade sobre as contas
públicas.
Prof. Jorge Augusto Costa 24
Aspectos econômicos:
Para as empresas e a população agirem de forma ética e
sustentável é muito importante os gestores públicos darem o
exemplo.
É importante observar que este conjunto de ações depende
de uma integração entre órgãos das três esferas (federal,
estadual e municipal), nos três poderes: executivo, legislativo
e judiciário.
Os gestores empresariais e formadores de opiniões devem
buscar intervir nos órgãos públicos para garantir as políticas
públicas de apoio a uma sociedade melhor e com mais
responsabilidade social.

Prof. Jorge Augusto Costa 25


Organismos internacionais
Os organismos internacionais são fundamentais para criar, promover e desenvolver
políticas sustentáveis corporativas. Eles podem incentivar acordos entre países, difundir
experiências, propor normas reguladoras e promover subsídios cruzados, ou seja, entre
países ou entre projetos.
Há muitos órgãos internacionais:
 ONU (Organização das Nações Unidas).
 UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).
 OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
 OMS (Organização Mundial da Saúde). • OEA (Organização dos Estados Americanos).
 OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
 BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento). • OMC
(Organização Mundial do Comércio).
 OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Prof. Jorge Augusto Costa 26


Organismos internacionais
Ainda pode-se citar:
 Os órgãos internacionais de áreas profissionais específicas.
 Os Órgãos Internacionais com projetos ou objetivos específicos.
 As áreas de relações internacionais dos países.
 Os blocos econômicos.

Prof. Jorge Augusto Costa 27


Sócios e administradores de empresas privadas
Os sócios e administradores devem se preocupar com a política de sustentabilidade, pois:
 Necessitam atender a legislação: Os países adotam leis para proteção do meio
ambiente e da sua população, portanto é necessário acompanhar e seguir.
 Se preocupam com a imagem do produto: Hoje, há parte dos clientes que
acompanham o compromisso social das empresas e os seus impactos e ações. Essa
população tem crescido com a conscientização. Portanto, hoje, há clientes que
preferem comprar apartamentos com projetos sustentáveis.
 Se preocupam com a captação de recursos e a imagem institucional: As políticas de
sustentabilidade são importantes para oferta de ações e captação de recursos. Há,
inclusive, empresas que preferem fornecedores que têm projetos sociais.
 Precisam prestar contas para a sociedade: A sociedade é que mantém as empresas.
Os clientes, os fornecedores, enfim, o mercado é que mantém as instituições, portanto
elas necessitam prestar contas para essa comunidade externa. Como sociedade
podem-se considerar os funcionários, os terceirizados, os fornecedores, os prestadores
de serviços, as pessoas do entorno, a opinião pública, os familiares dos colaboradores
e outros.
Prof. Jorge Augusto Costa 28
Sócios e administradores de empresas privadas

Observe que uma empresa, ao se instalar em uma região,


pode ofertar empregos, mas com ela pode ocorrer
desequilíbrio ecológico ou até criar uma comunidade
próxima que se deslocou em busca de uma vida melhor, mas
que passa a sobreviver em condições subumanas.
Por isso, o planejamento empresarial deve contemplar o
espaço físico, as pessoas envolvidas e outros fatores,
conforme o caso.

Prof. Jorge Augusto Costa 29


Colaboradores de instituições públicas e privadas
É fundamental, para os resultados das empresas, os colaboradores (acionistas,
funcionários, terceirizados, fornecedores, parceiros) estarem comprometidos com os
programas. Esse comprometimento tem muita relação com a forma com que as
empresas conduzem seus projetos e políticas de sustentabilidade.
Para os colaboradores agirem de maneira sustentável, ética e com responsabilidade
social é necessário:
 Desenvolver e implantar Código de Conduta Empresarial.
 Acima de estar na missão, a empresa praticar ações sustentáveis, éticas e com
responsabilidade social.
 Desenvolver políticas e projetos claros e buscar uma comunicação que garanta que
estas informações cheguem até as pessoas.
 Incentivar o comprometimento das pessoas com ações e projetos.
 Treinamento constante para que as pessoas tenham conhecimento sobre a forma de
intervir no ambiente, possibilitando, inclusive, inovar com o desenvolvimento de
projetos, parcerias, processos e ações.

Prof. Jorge Augusto Costa 30


Terceiro setor
São consideradas empresas do terceiro setor as ONGs (Organizações Não
Governamentais) que não têm fins lucrativos, porém possuem objetivos sociais,
filantrópicos, culturais, recreativos, religiosos e artísticos. São instituições não
governamentais, que têm como objetivo gerar serviços de caráter público.
Conforme Costa e Visconti (2001, p. 4):
O terceiro setor constitui-se na esfera de atuação pública não estatal, formado a partir
de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum.
Nesta definição, agregam-se, estatística e conceitualmente, um conjunto altamente
diversificado de instituições, no qual incluem-se organizações não governamentais,
fundações e institutos empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais
e filantrópicas, assim como várias outras instituições sem fins lucrativos.
O terceiro setor tem um papel fundamental para a sociedade. Atualmente, muitos
governos necessitam dessas instituições para manter condições mínimas para a
população. A iniciativa privada e os órgãos públicos, inclusive, realizam parcerias com o
terceiro setor a fim de atingir seus objetivos sociais.

Prof. Jorge Augusto Costa 31


População em geral
A preocupação com o planeta e com a sociedade deve ser uma
preocupação de toda a sociedade.
Muitas pessoas realizam ações consideradas inadequadas ou
prejudiciais por desconhecimento.
Por isso, a educação para o envolvimento e mudança de
comportamento das pessoas é essencial.
Portanto, para se conquistar uma sociedade que faça descarte correto
de produtos, respeite o espaço do próximo e economize recursos,
principalmente água, é fundamental a participação de todos os
agentes integrados.
A população, ainda, tem um papel de fiscalização e acompanhamento
da sociedade.

Prof. Jorge Augusto Costa 32


Estratégias para elaborar políticas de sustentabilidade corporativa

As Empresas podem elaborar políticas de sustentabilidade de diversas formas,


conforme a cultura e a política da empresa. Destacam-se algumas formas mais
tradicionais:

 Elaborar projetos ambientais e sustentáveis:


Conforme (Kahn, p. 13)
“Os projetos se caracterizam como empreendimentos temporários e buscam
resultados únicos”. A elaboração de um projeto requer um estudo de
viabilidade econômico-financeira e, para elaboração, há metodologias
próprias e necessidade de verificar as fontes de recursos. Há, inclusive,
possibilidade de incentivos fiscais, devendo ser analisado cada caso.

Prof. Jorge Augusto Costa 33


Estratégias para elaborar políticas de sustentabilidade corporativa
 Desenvolver políticas permanentes: As empresas necessitam desenvolver políticas
permanentes de sustentabilidade. Às vezes, pode parecer que apenas indústrias têm
impacto ambiental, mas o comércio e a prestação de serviços também realizam ações
como:
 Utilizam sacolas plásticas, papel e papelão.
 Produzem lixo resultante da atividade.
 Adquirem produtos ou serviços de empresas, que podem ou não ser éticas e
sustentáveis.
 Utilizam produtos que agridem a natureza.
 Possuem relação com uma série de pessoas (funcionários, clientes, fornecedores e
sociedade em geral) que devem ser éticas e sustentáveis.
 Adquirem imóveis que têm impacto ambiental.
Nas políticas permanentes é importante serem contemplados os procedimentos internos e
a postura dos colaboradores, pois se não tiver mudanças comportamentais não há
transformação social.
Prof. Jorge Augusto Costa 34
Estratégias para elaborar políticas de sustentabilidade corporativa

 Realizar políticas de apoio ou parcerias:


Há projetos que para serem executados é necessário haver parcerias e apoios.
Essas parcerias podem ser com ONG (Organizações Não Governamentais), empresas
privadas ou órgãos públicos.
Entre as instituições que podem ser parceiras devem ser considerados o Rotary
Internacional e o Lions Club International, sociedades de bairro, instituições religiosas e
outros.

Prof. Jorge Augusto Costa 35


Exemplos de políticas sustentáveis

Há várias formas das empresas desenvolverem políticas sustentáveis permanentes e


demonstrar a preocupação com o meio ambiente, entre elas, pode-se citar:
Sistema de gerenciamentos de resíduos sólidos ou gestão de logística reversa
Conforme Stock (1998, p. 20):
“O termo mais usado frequentemente para se referir ao papel da logística no retorno
de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reutilização de
materiais, coleta de lixo, e reforma, reparação e remanufatura.”

Prof. Jorge Augusto Costa 36


Exemplos de políticas sustentáveis
Há várias formas das empresas desenvolverem políticas sustentáveis permanentes e demonstrar a preocupação com o meio ambiente,
entre elas, pode-se citar:
Sistema de gerenciamentos de resíduos sólidos ou gestão de logística reversa
O desenvolvimento de políticas de logística reversa possibilita, entre outros, políticas
relativas a:
 Retorno ou a recuperação de produtos.
 Redução do consumo de matérias-primas.
 Reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais.
 Deposição de resíduos.
 Reparação e refabricação de produtos.

Prof. Jorge Augusto Costa 37


Exemplos de políticas sustentáveis
Há várias formas das empresas desenvolverem políticas sustentáveis permanentes e demonstrar a preocupação com o meio ambiente,
entre elas, pode-se citar:
Sistema de gerenciamentos de resíduos sólidos ou gestão de logística reversa

Conforme o Ministério do Meio Ambiente (2014), a logística reversa consiste em:

[...] instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de


ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos
sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação.

Prof. Jorge Augusto Costa 38


Exemplos de políticas sustentáveis
Há várias formas das empresas desenvolverem políticas sustentáveis permanentes e demonstrar a preocupação com o meio ambiente,
entre elas, pode-se citar:
Sistema de gerenciamentos de resíduos sólidos ou gestão de logística reversa
A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) foi instituída pela Lei no 12.305, de 2 de
agosto de 2010, e regulamentada pelo Decreto no 7.404, de 23 de dezembro de 2010. A Lei
é considerada um avanço para a política de resíduos sólidos e introduz diversos conceitos
que são apresentados no glossário final.
Entre os conceitos destacam-se dois:
Geradores de resíduos sólidos: “pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,
que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo” (Lei no
12.305, de 2 de agosto de 2010, art. 3o, inciso XI).

Prof. Jorge Augusto Costa 39


Exemplos de políticas sustentáveis
Há várias formas das empresas desenvolverem políticas sustentáveis permanentes e demonstrar a preocupação com o meio ambiente,
entre elas, pode-se citar:
Sistema de gerenciamentos de resíduos sólidos ou gestão de logística reversa
Observe que a Lei considera todas as pessoas físicas ou jurídicas como geradoras de
resíduos, o que possibilita às empresas desenvolver políticas internas ou externas de
logística reversa.
Gerenciamento de resíduos sólidos:
“conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta,
transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo
com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei” (Lei no 12.305, de 2 de
agosto de 2010, art. 3o, inciso XII).

Prof. Jorge Augusto Costa 40


Exemplos de políticas sustentáveis
Há várias formas das empresas desenvolverem políticas sustentáveis permanentes e demonstrar a preocupação com o meio ambiente,
entre elas, pode-se citar:
Sistema de gerenciamentos de resíduos sólidos ou gestão de logística reversa
Esta definição demonstra que para fazer a gestão dos resíduos é necessário um sistema de
gerenciamento e consiste em um conjunto de ações planejadas, integradas e coordenadas.
As mudanças em relação à logística reversa obrigam a alterações cotidianas dos processos e
procedimentos.
Por exemplo, para as empresas reaproveitarem plástico ou fazerem um melhor destino do
papelão, necessitam informar seus colaboradores e treinar seus funcionários.
Há empresas, inclusive, que até ampliam a sua receita com a logística reversa, além de
possibilitarem a geração de emprego e renda para pessoas e empresas de reciclagem.

Prof. Jorge Augusto Costa 41


Certificações ambientais

Atualmente há diversas certificações ambientais nacionais e internacionais. Entre elas


destacam-se as Ecoetiquetas, que segundo Tomé (2008, p. 19).
A ecoetiqueta normalmente é apresentada em forma de selo, que colado nos produtos
ou agregados à marca da empresa, indica que ela e/ou seus produtos e serviços não
prejudicam a vida, não degradam o planeta e são aprovados pela população.
Há três tipos de Ecoetiquetas:
 Qualidade técnica
 Selos verdes
 Ecoetiqueta institucional

Prof. Jorge Augusto Costa 42


Certificações ambientais
Qualidade técnica
Tem o objetivo de garantir a qualidade dos produtos ou serviços e, conforme afirma
Tomé (2008, p. 29), são as certificações que:
[...] por meio da implantação de sistemas e procedimentos na empresa e no ciclo de vida
dos seus produtos ou serviços fazem com que estas alcancem um degrau a mais na
excelência como produtores ou prestadores de serviços.

Como exemplos, pode-se citar a ISO 14000.

Prof. Jorge Augusto Costa 43


Certificações ambientais
Selos verdes
Os selos verdes atestam os produtos. Conforme o CNDA (Conselho Nacional de Defesa
Ambiental) os selos verdes são fornecidos:
[...] para empresas que comprovam periodicamente, por meio de laudos técnicos, que seus
ciclos de vida são amigáveis para o planeta e a vida que nele habita. Não podem prejudicar
a vida e nem utilizar os recursos naturais de forma desregrada, estão preocupadas com os
recursos renováveis e obedecem às exigências e consensos internacionais que tratam do
socioambiental.
Como exemplos de Selos Verdes, pode-se citar:
 “Blau Engel”: Instituído pelo governo alemão em 1978.
 “Green Label”: Instituído pelo Governo americano em 1989.
 “Ecolabel”: Instituído pela União Europeia em 1992.

Prof. Jorge Augusto Costa 44


Certificações ambientais
Selos verdes
No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) criou o Rótulo Ecológico.
Conforme o site da ABNT (2014):
O Rótulo Ecológico ABNT é um Programa de rotulagem ambiental (Ecolabelling) e consiste
em uma metodologia voluntária de certificação e rotulagem de desempenho ambiental de
produtos ou serviços que vem sendo praticada ao redor do mundo.
A ABNT destaca que a obtenção do Rótulo auxilia o consumidor na escolha de produtos
menos agressivos, além de consistir em marketing institucional.

Prof. Jorge Augusto Costa 45


Certificações ambientais
Selos verdes
A ABNT (2014) afirma ainda que:
Em contraste com outros símbolos “verdes” ou declarações feitas por fabricantes ou fornecedores
de serviços, um rótulo ambiental é concedido por uma entidade de terceira parte, de forma
imparcial, para determinados produtos ou serviços que são avaliados com base em critérios
múltiplos previamente definidos.
A obtenção do Rótulo Ecológico, segundo a ABNT (2014), possibilita os seguintes benefícios:
1. Garante que o produto/serviço da empresa tem menor impacto ambiental do que seu similar,
que não possui o rótulo.
2. Garante ao mercado que a empresa está preocupada com as próximas gerações.
3. Auxilia na preservação do meio ambiente.
4. Reduz desperdícios, por meio da reciclagem.
5. Aumenta a receita, com a venda de refugos para reciclagem.
6. Possibilita maior visibilidade da empresa no mercado.
7. Diferencia o produto no mercado.
8. Aumenta as possibilidades de exportação.
Prof. Jorge Augusto Costa 46
Certificações ambientais
Selos verdes
Ecoetiqueta institucional
Conforme o CNDA (2014):
A ecoetiqueta institucional, diferente do selo verde que atesta a qualidade de produtos e
serviços, é uma referência para a empresa de uma forma geral.
O CNDA, em relação as ecoetiquetas institucionais, afirma que:
[...] premiam esforços de ajustamento de conduta e participações em campanhas que
apoiam movimentos socioambientais, são instrumentos importantes do mercado verde.
Por exemplo: Selo de empresa amiga do meio ambiente, amigo do paciente etc., seguem os
mesmos princípios do selo verde. Entretanto, nesse caso, considerando a vontade do
ajustamento de conduta, o apoio a serviços, projetos e programas socioambientais, os
esforços para a adequação e a influência benéfica sobre terceiros, os requisitos exigíveis
são mais brandos do que os necessários para se receber a outorga do selo verde.
São exemplos de Ecoetiquetas:
Selo Empresa Amiga do Meio Ambiente e Laboratório Amigo do Paciente.
Prof. Jorge Augusto Costa 47
Desenvolvimento e implantação da contabilidade ambiental

Outra forma das empresas demonstrarem a preocupação permanente com o


ambiente é desenvolverem a Contabilidade Ambiental.
Ribeiro (2010, p. 45) afirma que:
A Contabilidade Ambiental não é uma nova ciência, mas sim uma
segmentação da tradicional, já, amplamente conhecida. Adaptando o
objetivo desta última, podemos definir como o objetivo da Contabilidade
Ambiental: identificar, mensurar e esclarecer os eventos e transações
econômico-financeiros que estejam relacionados com a proteção,
preservação e recuperação ambiental, ocorridos em um determinado
período, visando a evidenciação da situação patrimonial de uma entidade.

Prof. Jorge Augusto Costa 48


Desenvolvimento e implantação da contabilidade ambiental

A Contabilidade tradicional possui suas técnicas e seus demonstrativos


e a Contabilidade Ambiental não constrói uma nova teoria, mas
colabora para evidenciar o patrimônio da entidade.
A Contabilidade Ambiental registra e classifica aspectos como:
 Despesas, custos e perdas ambientais.
 Ativos e passivos ambientais.
Para estes registros, portanto, são utilizados os mesmos demonstrativos
contábeis tradicionais e fundamentam-se nas teorias e normas
contábeis.

Prof. Jorge Augusto Costa 49


Criação e manutenção de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural)

A Reserva Particular do Patrimônio Natural consiste em um dos tipos de unidades de


conservação prevista no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.
Conforme a Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, art. 21, a “Reserva Particular do
Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de
conservar a diversidade biológica.”
A RPPN deve ser de interesse público e consiste em uma iniciativa muito importante
para a preservação ambiental. É importante destacar que:
§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural,
conforme se dispuser em regulamento:
I – a pesquisa científica;
II – a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais; (Lei no 9.985, de
18 de julho de 2000, art. 21).

Prof. Jorge Augusto Costa 50


Criação e manutenção de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural)
Esta observação legal sobre a utilização da RPPN é importante, pois impede a sua
criação para fins privados.
Como exemplos de RPPN consideradas bem-sucedidas:
 Estância Ecológica SESC Pantanal, que segundo o Sesc Pantanal (2014):
[...] situada nos municípios mato-grossenses de Poconé e Barão de Melgaço.
Singular em sua organização, atua com nativos, com a comunidade indígena, com
pesquisadores, universidades, institutos de pesquisas e organizações não
governamentais. A tônica é a sustentabilidade ambiental. O compromisso é com a
melhoria da qualidade de vida dos que habitam ou trabalham no pantanal.
 Reserva Natural Salto Morato, no Paraná e, conforme a Fundação Grupo Boticário,
consiste em Unidades de Conservação (UC), uma área protegida e delimitada
geograficamente, com o objetivo de preservar a biodiversidade e beleza cênica que
abrigam.

Prof. Jorge Augusto Costa 51


Vamos praticar
um pouco

Prof. Jorge Augusto Costa


86 9.98515570 WhatsApp
Jct.jac2705@gmail.com
Prof. Jorge Augusto Costa 52
Praticando um pouco
1) Em relação ao meio ambiente não é possível afirmar que:
a) ( ) Pode ser chamado apenas de ambiente.
b) ( ) Se transforma constantemente.
c) ( ) As empresas não devem se limitar a se preocupar apenas com o seu impacto
ambiental.
d) ( ) Historicamente os problemas são sempre os mesmos.
e) ( ) Deve ser uma preocupação das instituições públicas e privadas.

GABARITO 1-D

Prof. Jorge Augusto Costa 53


Praticando um pouco
2) Quem deve se informar e se comprometer para uma sociedade mais ética e
sustentável?

Reposta padrão
Órgãos públicos e privados, além do terceiro setor. São responsáveis pessoas físicas e
jurídicas, portanto toda sociedade deve se informar e se comprometer com a melhoria
da sociedade atual e das futuras gerações.

Prof. Jorge Augusto Costa 54


Praticando um pouco
3) Cite exemplos de ações empresariais sustentáveis.

Reposta padrão
Há várias ações possíveis para desenvolver políticas sustentáveis. Uma delas é
desenvolver um Sistema de Gerenciamentos de Resíduos Sólidos ou Gestão de Logística
Reversa. A empresa, por meio desse sistema pode realizar ações como:
 Gerenciar o retorno de produtos que devem ser descartados como baterias, pilhas,
óleo e outros.
 Gerenciar o retorno de embalagens de fornecedores.
 Reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais.
 Deposição de resíduos de produção.
Observe que é possível realizar ações que afetam os clientes, e como o varejista pode
incentivar o cliente a utilizar sacolas reutilizáveis. A empresa pode, ainda, realizar ações
com o público em geral.
Prof. Jorge Augusto Costa 55
Praticando um pouco
4) Quais os três tipos de Ecoetiquetas?

Resposta padrão
 Etiqueta por qualidade técnica.
 Selos verdes.
 Ecoetiqueta Institucional

Prof. Jorge Augusto Costa 56


Praticando um pouco
5) O que é e quais os benefícios do Rótulo Ecológico segundo a ABNT?
Resposta padrão
Segundo a ABNT: O Rótulo Ecológico ABNT é um programa de rotulagem ambiental e
consiste em uma metodologia voluntária de certificação e rotulagem de desempenho
ambiental de produtos ou serviços que vem sendo praticada ao redor do mundo. A
obtenção do Rótulo Ecológico, segundo a ABNT (2014), possibilita os seguintes benefícios:
 Garante que o produto/serviço da empresa tem menor impacto ambiental do que seu
similar, que não possui o rótulo.
 Garante ao mercado que a empresa está preocupada com as próximas gerações.
 Auxilia na preservação do meio ambiente.
 Reduz desperdícios, por meio da reciclagem.
 Aumenta a receita, com a venda de refugos para reciclagem.
 Possibilita maior visibilidade da empresa no mercado.
 Diferencia o produto no mercado.
 Aumenta as possibilidades de exportação.
Prof. Jorge Augusto Costa 57
Praticando um pouco
6) O que são RPPNs?

Resposta padrão
São Reservas Particulares do Patrimônio Natural e consistem em uma área privada,
gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

Prof. Jorge Augusto Costa 58


Revisão de
tema anterior

Prof. Jorge Augusto Costa 59


A CONDUTA
DOS
STAKEHOLDERS

Prof. Jorge Augusto Costa 60


A conduta dos stakeholders
Apesar de as Normas serem seguidas apenas pelos agentes internos da
empresa, os Códigos de Conduta devem buscar contemplar todos os
stakeholders, pois todos os agentes envolvidos de forma direta ou indireta
impactam na Conduta da Empresa.
A melhoria da imagem institucional ocorrerá devido ao fato de que a população
e, principalmente, os stakeholders irão observar este processo contínuo de
busca pela ética.
Assim, devemos separar as abordagens ao público interno e a relação com o
público externo.
 Normas de conduta ao público interno
 Normas em Relação com o público externo

Prof. Jorge Augusto Costa 61


A conduta dos stakeholders
Normas de conduta ao público interno
 Sócios ou associados
 Conselheiros
 Gestores/administradores
 Funcionários
 Comunicação interna

Prof. Jorge Augusto Costa 62


A conduta dos stakeholders
Normas de conduta ao público interno
 Sócios ou associados
Os associados representam a instituição, portanto eles devem ter normas de conduta.
Como a necessidade de respeitar as leis vigentes no País, Estatuto Social e demais regras
internas.
Em relação aos sócios, ainda que uma grande empresa não consiga ter controle sobre os
seus associados, é necessário ter uma política definida e deixar claro que, na concepção
da empresa, respeitar as leis é fundamental para demonstrar a ética institucional.
Essa afirmação não deve se limitar ao Código, mas, sempre que possível, é relevante a
instituição demonstrar claramente não aceitar ações ilícitas.
Um associado ou sócio, ao falar pela empresa, ou afirmar que a representa, pode
demonstrar algo institucional ou como uma prática do grupo, ainda que a sua
participação na sociedade seja inexpressiva.
Prof. Jorge Augusto Costa 63
A conduta dos stakeholders
Normas de conduta ao público interno
 Conselheiros
Devem estar previstos pela Instituição, formas de controle da sua
independência.
No Código de Ética deve-se abordar a forma de conduta do Conselho, assim
como os valores em que se constitui este conselho (que devem ser coincidentes
com os da instituição).
É importante que o Conselho aborde questões como o conflito de interesses ao
estar em cargos ou funções internas ou externas.

Prof. Jorge Augusto Costa 64


A conduta dos stakeholders
Normas de conduta ao público interno
 Gestores/administradores
Há uma preocupação no fato de os gestores realizarem a administração em seu
benefício ou de um grupo de gestores desenvolver protecionismo desviando a
missão da organização.
Por atentar a este fato, o Código das Melhores Práticas de Governança afirma,
também, que os Conselheiros e executivos não devem exercer sua autoridade
em benefício próprio ou de terceiros.
Este é um aspecto importante, pois o exemplo de Conduta deve iniciar pela alta
gestão. Aplicar condutas éticas apenas para o baixo escalão ou para parte da
empresa é um procedimento que tende ao fracasso de toda a proposta.

Prof. Jorge Augusto Costa 65


A conduta dos stakeholders

Normas de conduta ao público interno


 Funcionários
Os funcionários devem conhecer, respeitar e praticar ações que
contribuam e estejam alinhadas à missão institucional e aos valores da
organização.
Também devem conter aspectos éticos específicos ao tipo de empresa.

Prof. Jorge Augusto Costa 66


A conduta dos stakeholders
Normas de conduta ao público interno
 Comunicação interna
A comunicação interna deve, também, não apenas estar alinhada com a missão e
os valores institucionais. A comunicação interna formal ou informal deve atender
ainda aspectos como: respeito à multicultura, às diferenças e à legislação.
A empresa, portanto, deve se preocupar com:
 Comunicações institucionais coletivas internas: Exemplos: boletins
internos, informações na página interna e murais com mensagens
institucionais.
 Comunicações institucionais direcionadas externas: Exemplos:
memorandos, comunicados, convocatórias e cartas oficiais.
 Comunicações não institucionais internas: e-mails, murais eletrônicos ou
físicos com mensagens pessoais, redes sociais internas.
A comunicação deve ser regulada, pois ela pode impactar, inclusive, em aspectos
legais.
Prof. Jorge Augusto Costa 67
A conduta dos stakeholders
Normas em Relação com o público externo
O público interno da empresa tem diversos relacionamentos profissionais com
agentes externos e o Código de Conduta deve regular esses relacionamentos.
Para tal, deve contemplar em seus códigos o público externo e as duas formas
de abordagem.
 Clientes
 Fornecedores, terceirizados e prestadores de serviços
 Concorrentes
 Imprensa (mídia)
 Redes sociais e outras informações na Internet
 Outros membros da comunidade externa
Prof. Jorge Augusto Costa 68
A conduta dos stakeholders
Normas em Relação com o público externo
 Clientes
A relação com os clientes tem muita influência com o tipo de negócio. O Código de
Ética do Itaú Unibanco, por exemplo, classifica este tópico como clientes e
Consumidores e afirma:
 Ouvimos com acolhimento sugestões, críticas e dúvidas e buscamos respondê-
las com profissionalismo e agilidade, valorizando os interesses, o tempo, as
opiniões e os sentimentos dos consumidores.
 Respeitamos a liberdade de escolha, fornecendo de forma clara e correta as
informações necessárias para decisões conscientes.
 Rejeitamos o uso de artifícios como vendas casadas e outras formas de
imposição ou constrangimento na realização de negócios.
 Adotamos contratos de fácil compreensão para formalizar nossas transações.
É importante observar que no texto apresentado pelo banco há aspectos que não
seriam adequados para um outro setor.
Prof. Jorge Augusto Costa 69
A conduta dos stakeholders
Normas em Relação com o público externo
 Fornecedores, terceirizados e prestadores de serviços
Os fornecedores, terceirizados e prestadores de serviços, ainda que externos,
podem se submeter às normas de conduta interna, pois, em caso de não
adequação, a empresa pode se negar a fazer negócio.
É o caso de empresas que se negam a aceitar fornecedores que tenham mão de
obra escrava ou que tenham preferência por adquirir produtos sustentáveis ou
de instituições com projetos voltados à responsabilidade social.
 Concorrentes
O concorrente deve ser tratado com respeito, assim como os colaboradores
devem ser respeitados, portanto o Código deve ser taxativo em relação a
relações diferentes das previstas.
Prof. Jorge Augusto Costa 70
A conduta dos stakeholders
Normas em Relação com o público externo
 Imprensa (Mídia)
As normas para as relações com a imprensa são fundamentais.
Esse aspecto precisa estar muito claro, pois uma imagem pública
representando a empresa tem um impacto e uma repercussão muito fortes.
Quando as empresas possuem um grande número de colaboradores com
acesso aos meios de comunicação de massa, o ideal é que desenvolvam,
também, um Manual de Relação com a Imprensa.

Prof. Jorge Augusto Costa 71


A conduta dos stakeholders
Normas em Relação com o público externo
 Redes sociais e outras informações na Internet
Em relação às redes sociais há três preocupações:
1. Veículos da empresa na Internet: Nesse caso, a página eletrônica da empresa e a
sua atuação em redes sociais, comunidades e outros.
2. Os colaboradores na Internet: Hoje, os instrumentos utilizados na Internet,
principalmente as redes sociais, são poderosos meios de comunicação, e as
pessoas, quando se identificam como profissionais de determinada empresa,
transmitem ideias e pensamentos que podem significar para os leitores uma
comunicação institucional ou transparecer uma postura coletiva.
3. Outros agentes na Internet: Nesse caso é, também, preocupante, pois muitas
pessoas fazem considerações verdadeiras ou não, sendo preciso uma postura
institucional.
A Internet tem uma comunicação muito abrangente e complexa, portanto é
necessário ter políticas claras em relação a este veículo.
Prof. Jorge Augusto Costa 72
A conduta dos stakeholders
Normas em Relação com o público externo
 Outros membros da comunidade externa
A abordagem a outros membros conforme o tipo de empresa.
Estes outros membros podem ser entidades governamentais, entidades
religiosas e outros.

Prof. Jorge Augusto Costa 73


Referência
BLANCHARD, K. O poder da Administração Ética. 6.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
SANTOS, Fernando de Almeida Ética empresarial 1. ed. – 3a. Reimpressão. – São Paulo: Atlas, 2019.
SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: a gestão da reputação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
SROUR, Robert Henry. Ética empresarial. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
FREIRE, Elias; MOTTA, Sylvio. Ética na administração pública. Rio de Janeiro: Campus/ Impetus,
2005.

Prof. Jorge Augusto Costa 74


Prof. Jorge Augusto Costa
86 9.98515570 WhatsApp
Jct.jac2705@gmail.com
Prof. Jorge Augusto Costa 75
NBC T (Norma Brasileira de Contabilidade Técnica) – 15 –
Informações de natureza social e ambiental

Prof. Jorge Augusto Costa 76


NBC T (Norma Brasileira de Contabilidade Técnica) – 15 –
Informações de natureza social e ambiental

Prof. Jorge Augusto Costa 77


NBC T (Norma Brasileira de Contabilidade Técnica) – 15 –
Informações de natureza social e ambiental

Prof. Jorge Augusto Costa 78


NBC T (Norma Brasileira de Contabilidade Técnica) – 15 –
Informações de natureza social e ambiental

Prof. Jorge Augusto Costa 79

Você também pode gostar