Uma empresa moveu uma exceção de incompetência ratione loci contra uma ação trabalhista movida por um ex-funcionário. A empresa alega que (1) o funcionário foi contratado e trabalhou em Canoas, onde fica a sede da empresa, (2) a Justiça do Trabalho de Canoas é a competente para julgar o caso de acordo com a lei, e (3) pede que o processo seja encaminhado para a vara de Canoas.
Uma empresa moveu uma exceção de incompetência ratione loci contra uma ação trabalhista movida por um ex-funcionário. A empresa alega que (1) o funcionário foi contratado e trabalhou em Canoas, onde fica a sede da empresa, (2) a Justiça do Trabalho de Canoas é a competente para julgar o caso de acordo com a lei, e (3) pede que o processo seja encaminhado para a vara de Canoas.
Uma empresa moveu uma exceção de incompetência ratione loci contra uma ação trabalhista movida por um ex-funcionário. A empresa alega que (1) o funcionário foi contratado e trabalhou em Canoas, onde fica a sede da empresa, (2) a Justiça do Trabalho de Canoas é a competente para julgar o caso de acordo com a lei, e (3) pede que o processo seja encaminhado para a vara de Canoas.
PROCESSO Nº 0000666-80.2020.5.04.0103 RTE.: TIBÚRCIO PEDERNEIRAS
FALCATRUA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA, já
qualificada nos autos da Reclamatória Trabalhista em epígrafe, ora em tramitação nesta MM. 3ª VaraDO Trabalho de Santa Maria, por seu procurador "in fine" assinado, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., arguir
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RATIONE LOCI
dessa MM. Vara do Trabalho para apreciar o presente
processo, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
1) O Exceto foi contratado em data de 10/10/2015, na
cidade de Canoas, onde a Excipiente possui sua sede (doc. anexo), local este onde o Exceto sempre prestou seus serviços, fazendo serviço de carga e descarga de materiais e acompanhando o motorista da empresa nas respectivas entregas que eram feitas na região metropolitana. Suas tarefas e seu controle de ponto sempre foram na cidade de Canoas.
Neste local, pois, prestava seus serviços até a rescisão
do seu contrato de trabalho.
O art. 651 da CLT, em seu caput, é de hialina clareza ao
mencionar que:
"A competência das Juntas de Conciliação e
Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro".
2) Sinale-se, que o art. 650 da CLT demarca a jurisdição
de cada Vara ao território da Comarca em que tem sede e o art. 651 do mesmo diploma legal, antes mencionado, limita a sua competência à localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado presta serviços ao empregador ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Destarte, na cidade de Canoas, onde a Excipiente possui
sede e onde o Exceto prestou serviços, é de sabido e notório conhecimento que possui Vara da Justiça do Trabalho.
Desta forma, essa MM. Justiça do Trabalho não é
competente para apreciar e julgar a referida reclamatória, devendo a mesma ser encaminhada ao Juízo competente, nos termos do art. 795 consolidado, pena de nulidade dos atos decisórios provocados por essa jurisdição.
3) Requer a Excipiente, que V. Exa. abra vista ao Exceto
para contestar, querendo, no prazo legal, suspendendo-se o feito como manda o art. 800 da CLT. Requer, outrossim, a produção de todo o gênero de provas permitido em lei, tais como: documentos, testemunhas, perícias, bem como, o depoimento pessoal do Exceto.
Por fim, requer seja julgada procedente a presente
exceção, determinando-se a remessa dos autos à MM. Justiça do Trabalho de Canoas.