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III

INDICE PAGINAS
DEDICATÓRIA........................................................................................................................V
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................VI
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS....................................................................................VII
LISTA DE ILUSTRAÇÕES..................................................................................................VIII
LISTA DE SIGLAS..................................................................................................................IX
RESUMO...................................................................................................................................X
CAPÍTULO I..............................................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
1.1.Definição do Problema de pesquisa...............................................................................2
1.2. Justificativa.....................................................................................................................3
1.3. Objetivos do trabalho....................................................................................................3
1.3.1.Geral..........................................................................................................................3
1.3.2. Específicos................................................................................................................4
1.4. Definição de Hipóteses...................................................................................................4
1.5. Variáveis em estudo.......................................................................................................4
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................5
2.1.Oficinas pedagógicas.......................................................................................................5
2.1.1. Oficina pedagógica no ensino de Física.................................................................5
2.1.2. Competências a desenvolverem dentro das oficinas pedagógicas......................6
2.1.3. Função de experimentação no ensino de Física....................................................6
2.2. Apresentação do Conteúdo de Aprendizagem............................................................7
CAPÍTULO III..........................................................................................................................12
3.METODOLOGIA DA PESQUISA.......................................................................................12
3.1.Tipo de Pesquisa............................................................................................................12
3.2.População e Amostra....................................................................................................13
3.3.Descrição de área de estudo.........................................................................................13
3.4. Instrumentos e técnicas de recolha de dados.............................................................14
3.5. Procedimentos metodológicos.....................................................................................14
3.5. 1. Avaliação diagnóstica..........................................................................................15
3.5. 2. Trabalho na Sala de aula.....................................................................................16
3.5. 3. Papel da Ficha de Observação............................................................................24
3.5. 4. Avaliação II...........................................................................................................24
4.ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS................................................................26
4.1. Análise qualitativa.......................................................................................................26
4.2.Análise quantitativa......................................................................................................28
CAPÍTULO V...........................................................................................................................30
IV

5.CONCLUSÃO E SUGESTÕES............................................................................................30
5.1. Conclusão......................................................................................................................30
5.2. Sugestões.......................................................................................................................31
Referências bibliográficas.........................................................................................................32
APENDICE...............................................................................................................................33
Avaliação I...........................................................................................................................33
Avaliação II..........................................................................................................................34
FICHA DE OBSERVAÇÃO A AULA..............................................................................36
V

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Minha mãe Maria de Assunção Alberto (In memória), por toda
dedicação, ensinamento, apoio e incentivo que solidificaram as bases da minha formação.
VI

AGRADECIMENTOS

Pretendo por esta via endereçar o meu voto de gratidão a todos os que directa ou
indirectamente contribuíram para que este trabalho fosse uma realidade. O meu especial
agradecimento vai ao meu Supervisor, MSc. Alberto Marcos Halar [UP], que com muita
delicadeza, paciência, amor e firmeza prestou maior atenção ao trabalho, desde a escolha do
tema até a sua fase conclusiva.

À Deus, por todas as graças alcançadas que tornaram possível a realização deste sonho.

Os agradecimentos são extensivos:

Aos familiares, pelo incentivo, paciência e compreensão que tiveram durante o período da minha
formação.
Aos docentes João Charles Simbe e Celso Fulano, pela sua paciência inesgotável ao longo da
formação.
A todos os professores, e funcionários da Escola, aos colegas do curso de Licenciatura em
ensino de Física, pelas contribuições e trocas de experiência que tivemos durante o curso.
A todos que directa ou indirectamente contribuíram para a realização deste trabalho vai o meu
voto de gratidão.
VII

LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS

Conteúdo Página

Conteúdos Paginas

Tabela 1 fornece os resultados da Avaliação diagnostica na 11ª A, turma controle. 15


Tabela 2 fornece os resultados da Avaliação diagnostica na 11ª B, turma pesquisa. 15
Tabela 3 fornece os resultados da Avaliação II na turma controle. 23
Tabela 4 fornece os resultados da Avaliação II na turma pesquisa. 24
Tabela 5 Análise comparativa dos resultados da avaliação diagnóstica entre TC e TP 27
Tabela 6 – Resultados avaliação diagnostica e teste II na TC 27
Tabela 7– Resultados avaliação diagnostica e Avaliação II na TP 28
Tabela 8 – Comparação dos resultados obtidos na Avaliação II entre as TC e TP 28
Grafico 1. Comparação dos resultados das turmas em função ao teste II 28
VIII

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Conteúdo Paginas

Figura 1 Associação de resistências eléctrica em serie 8


Figura 2 Associação de resistências eléctrica em Paralelo 9
Figura 3 Associação de resistência Mista 10
Fig. 4: Circuito elétrico em paralelo e serie 10
Fig 4.1: Circuito em serie de malha única com uma fonte de tensão e três resistência 10
Fig 4.2:Circuito de três malhas, com resistência associados em paralelo e uma fonte Tensão 11
Fig.Foto de um Circuito em série construído pelos alunos 22
Fig.Circuito em serie desenhado pelo aluno durante a aula no caderno 22
Fig. Foto de Circuitos em paralelos construídos pelos alunos 22
Fig. Circuito em paralelo desenhado pelo aluno durante a aula no caderno 22
IX

LISTA DE SIGLAS

A Unidade de corrente eléctrica no sistema internacional


A Instrumento de medição de corrente eléctrica
d.d.p Diferença de potencial
F.E.M Forca electro - motriz
I ou ∆i Intensidade de corrente eléctrico ou Variação da intensidade dacorrente
∆U ou V Variação da Tensão
PEA Processo de ensino-aprendizagem
TC Turma de controlo
TE Turma experimental
UP Universidade Pedagógica
ZDP Zona de desenvolvimento próximo
X

RESUMO

A presente Monografia pretende estudar a viabilidades da aplicação de Oficinas Pedagógicas


como um Recurso Metodológico no Ensino de electricidade, concorrendo para a busca de
uma aprendizagem significativa para o desenvolvimento de competência e habilidadespor
parte dos alunos. O estudo aponta basicamentepara a análise de circuitoseléctricos, associação
de resistências, leis de Ohm e Kirchhoff, tendo como suporte conceitos de correntes na
perspectiva de Vygotsky. A metodologia usada foi uma pesquisa de campo de natureza
qualitativa. O estudo visava igualmente responder as questões: Qual a contribuição do uso de
Oficinas Pedagógicas como Recurso Metodológicono processo de ensino e aprendizagem de
Electricidade? De que maneira se pode conseguir resgatar a motivação dos estudantes no
processo de ensino e aprendizagem da electricidade, tida actualmente como uma área de
Conhecimento de difícel aprendizagem? A busca de melhoria na abordagem da electricidade
levou a testar algumas formas de tratamento do assunto, que consistiram num tratamento
metodológico diferenciado para as turmas pesquisadas. Os conteúdostrabalhados na turma de
controlo consistiram na leitura e discussão dos conceitos de electricidade. Na experimental
além da leitura e debates foram elaborados experimentos com material alternativo e de baixo
custo bem como a construção de instrumentos diversos de planificação e avaliação sobre
experimentos. As turmas eram de 11ª classe, Secção de Ciências do ensino fundamental
regular na Escola Joaquim Chissano, na Cidade de Xai-xai. O uso de experimentos gerou nos
alunos um impacto muito positivo, já que eles perceberam que a ciência não é um
conhecimento pronto e distante de suas vidas, mas, sim uma constante construção e que está
presente no seu dia-a-dia.

Palavras-chave: Oficinas pedagógicas, metodologia, circuitos eléctricos.


1

CAPÍTULO I

Neste capítulo I, debruçarnos- nos emos com maior enfoque à delimitação do tema, as
questões da pesquisa, a justificativa, os objectivos geral e específico bem como as hipóteses e
variáveis de pesquisa.

1. INTRODUÇÃO

O P.E.A. de Física, no ensino médio, contribui para uma cultura científica, com
interpretação de fatos, fenómenos e processos naturais, situando e dimensionando a interacção
do ser humano com a natureza e com a evolução do mundo tecnológico.
Para tal se faz necessária a integração do conhecimento teórico vinculando a
informatização em livros didácticos, bem como modelos criados em espaços como Oficinas
Pedagógicas, que buscam ou permitem uma aprendizagem significativa ao desenvolver
competências e habilidades em diferentes conteúdos da disciplina de física. Ou seja, na
maioria das vezes nos permite construir tais modelos experimentais concretos e palpáveis,
para melhorar a compreensão dos fenómenos, permitindo desenvolver novas formas de
aprendizagem e criar novos materiais didácticos.
Esta monografia está estruturada em cinco Capítulos, subdivididos em secções,
conforme os desenvolvimentos a seguir. Assim, no capítulo I, traremos à introdução, com
enfoque a delimitação do tema, as questões da pesquisa, a justificativa, os objectivos geral e
específico bem como as hipóteses.

Já no capítulo II, faremos algumas considerações com relação à oficinas pedagógicas


no que tange às suas áreas de abrangência, e depois uma abordagem sobre os conteúdos de
electricidade, mais especificamente a análise de circuitos eléctricos tendo em conta a corrente
continua.
O capítulo III se ocupa pela metodologia para o desenvolvimento desse trabalho,
sendo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa, tendo como instrumentos de pesquisa
usados os questionários, observações das aulas, Máquina fotográfica.
No capítulo VI, apresentamos uma série de categorias resultantes de análises feitas a
partir dos dados obtidos em diferentes momentos da pesquisa.
2

Já no capítulo V, são apresentadas as conclusões que resultam de todo o processo de


construção deste trabalho, as sugestões, as referências Bibliográficas que nos ajudaram a
desenvolver os aspectos teóricos e práticos do trabalho e também os apêndices.

1.1.Definição do Problema de pesquisa

A Física é uma das ciências que mais tem contribuído para o contínuo progresso da
ciência, da tecnologia e da sociedade, pois, além de buscar conhecimento acerca do universo,
ocupa-se com outros ramos da actividade humana, como a medicina, a farmácia, a indústria,
entre outros sectores. O que na nossa perspectiva devia suscitar curiosidade dos alunos. Mas
segundo Xavier (2005), os alunos chegam ao Ensino Médio com medo e muitas das vezes
traumatizados com este Ensino. Muitos têm em mente esta disciplina como algo impossível
de se perceber e sem noção que a Física é uma ciência experimental e de grande aplicação no
dia-a-dia.

Os autores, Moreira (2006) e Rosa (2007) vem investigando em suas pesquisas de


acção educativa, no sentido de encontrar caminhos mais elucidativos que potencializem o
processo de ensino e de aprendizagem. Eles ainda criticam que as intenções da prática
pedagógica devem motivar o aluno ao estudo, entre tanto esse fato não tem sido uma tarefa
fácil, mas sim um grande desafio ao cenário educacional. Mas na óptica dos autores Farias
(2010); Limas (2010), ainda prevalece no ensino da Física a exposição oral, a aplicação
repetitiva de fórmulas e de regras como principais meios de aprendizagem, que pouco tem
contribuindo para a compreensão das ideias trabalhadas. Com isso, os alunos não concebem a
aprendizagem como uma necessidade na construção do seu conhecimento.

Com vista a buscar fundamentos básicos da situação acima transcrita e a possível


solução, além de procurar compreender melhor essa realidade, foram elaboradas as seguintes
questões que norteiam a pesquisa:

 Qual é a contribuição das Oficinas Pedagógicas, como Recurso Metodológico, no


P.E.A. de Electricidade?
 De que maneira se pode conseguir resgatar a motivação dos estudantes no processo de
ensino e aprendizagem da electricidade, tida actualmente como uma área de
Conhecimento de difícil aprendizagem?
3

1.2. Justificativa

A prática pedagógica em Física, nas últimas décadas, tem-se caracterizado por


privilegiar um ensino de grande ênfase em aspectos formalísticos matemáticos e de pequena
proximidade do mundo vivido pelos alunos, que pouco têm contribuído para um ensino
significativamente e motivador nas práticas escolares. Partindo da ideia acima referenciada e
do pressuposto de que os alunos não conseguem interessar-se pelo estudo de electricidade em
decorrência do modo como é tratada em sala de aula: pronta e acabada; A intenção, do uso de
oficinas nesta pesquisa é proporcionar a participação activa do aluno, conforme pontua a
teoria, recorrendo a técnicas didácticas mais significativas por meio de actividades que
despertem a sua motivação, como curiosidade nos eventos, prazer de relacionar esses eventos
na prática do quotidiano e alegria de compreender a sua fenomenologia.
A escolha do tema decorre do fato de ter um conteúdo muito presente na vida das
pessoas, possibilitando que o aluno associe os conceitos teóricos com a sua vida quotidiana.
Isso significa que, em sala de aula, o professor tem diferentes modos e exemplos de abordar
essa temática, entretanto o que ainda impera é a sua abordagem no modelo tradicional.
Mais também, conforme os autores Dorneles; Araújo; Veit (2006), entre as diferentes
ideias que podem ser trabalhados no ensino de Física, merece evidência o estudo da
electricidade, por representar um conteúdo de difícil compreensão para os alunos, além de os
seus conceitos e sua linguagem serem utilizados no quotidiano de forma errónea. Nesta ordem
de ideias, acreditamos que oficinas pedagógicas como base metodológica poderá permitir que
os alunos desenvolvessem habilidades e competências, a compreensão, a visualização e
realização ou manuseio do experimento, familiarizando-se com a Física que demonstrará
aspectos que são vivenciados no dia-a-dia da electricidade.

1.3. Objetivos do trabalho

1.3.1.Geral
 Estudar as viabilidades da utilização de oficinas pedagógicas como um recurso
Metodológico no Ensino de electricidade, tendo em vista uma aprendizagem
significativa e o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos.
4

1.3.2. Específicos

 Identificar a influência da aplicação de oficinas pedagógicas no ensino de Física, na


perspectiva da teoria de Vygotsky;
 Avaliar os efeitos que as oficinas Pedagógicas como Recurso Metodológico em
relação aos conteúdos podem influenciar no rendimento dos educandos nesta área do
conhecimento.
 Proporcionar ao estudante um modelo didáctico metodológico em sala de aula que
consiga resgatar a sua motivação em relação a aprendizagem da electricidade.

1.4. Definição de Hipóteses

Na tentativa de encontramos soluções para as questões levantadas, procuramos formular as


seguintes hipóteses:
 A implementação das oficinas pedagógicas, como um recurso didáctico no PEA de
electricidade, destacando o uso de actividades práticas e experimentações, pode alavancar
o Processo de ensino e aprendizagem, tornando o ensino de electricidade mais atractivo.
 A resistência na mudança didáctico-metodológica em relação ao processo de ensino e
aprendizagem pode perpectuar a repulsão da electricidade como uma unidade Temática no
ensino de Física.

1.5. Variáveis em estudo.

 Variável dependente: Uso das oficinas pedagógicas, como um recurso didáctico no


PEA de electricidade, destacando as actividades práticas e experimentações.
 Variável independente: Processo de ensino e aprendizagem.
5

CAPITULO II

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O capítulo se inicia com uma descrição sucinta sobre o conceito de oficinas pedagógicas na
perspectiva de Vygotsky, relacionando-o às acções pedagógicas do processo de ensino e
aprendizagem em Física no que concerne análise sobre os conceitos de circuitos eléctricos -
Corrente contínua.

2.1.Oficinas pedagógicas

De acordo com Cuberes (2002p.11) conceituam Oficinas pedagógicas como sendo


“um tempo e um espaço para aprendizagem; um processo activo de transformação recíproca
entre sujeito e objecto; um caminho com alternativas, com equilibrasses que nos aproximam
progressivamente do objecto a conhecer”.
Entendemos a oficina pedagógica como uma metodologia de trabalho em grupo,
caracterizada pela “construção colectiva de um saber, de análise da realidade, de confrontação
e intercâmbio de experiências” (Candau, 1999, p.23), em que o saber não se constitui apenas
no resultado final do processo de aprendizagem, mas também no processo de construção do
conhecimento. Ou seja, ainda podemos ver oficina pedagógica como sendo um lugar onde ao
desenvolver uma experiência de ensino e aprendizagem em que educadores e educandos
constroem junto o conhecimento num tempo - espaço para vivenciando, a reflectir e
conceitualizar, como síntese do pensar, sentir e actuar.

2.1.1. Oficina pedagógica no ensino de Física

Na busca de uma aprendizagem significativa ao desenvolver competência e


habilidades, que privilegiam a aprendizagem significativa, articulada com a proposta
interacionista de Vygotsky, posto que a mesma enfoque o desenvolvimento cognitivo,
sintonizado com o ambiente sócio – cultural.
Nas Oficinas pedagógicas de Física, por meio de uma visão fenomenológica, associa
se teoria e prática com condições necessárias para o desenvolvimento da aprendizagem
significativa. Em outras palavras, disponibiliza-se o material a ser apreendida de maneiras
relacionáveis e incorporáveis a estrutura do aprendiz de maneira não literal e não arbitrária.
6

Adequando-se à teoria de Vygotsky, as oficinas pedagógicas de Física procuram trabalhar na


zona de desenvolvimento proximal, guiando o aluno ao seu nível máximo de desenvolvimento
cognitivo. Z.D.P. é o que está compreendido entre o nível de desenvolvimento real, ou seja,
entre aquilo que já se conhece e domina, e o nível de desenvolvimento potencial, aonde com a
mediação do professor ou de um colega mais capaz
chega-se à compreensão do objecto em estudo.

2.1.2. Competências a desenvolverem dentro das oficinas pedagógicas

Entendemos por competências, os esquemas mentais, ou seja, as acções e operações


mentais de carácter cognitivo, sócio - afectivo ou psicomotor, que mobilizadas e associadas a
saberes teórico ou experiências geram habilidades, ou seja, um saber fazer, delas nos
utilizamos para estabelecer relações com e entre objectos, situações, fenómenos e pessoas que
desejamos conhecer.
Já as habilidades se referem ao plano imediato do saber fazer, sendo decorrentes das
competências já adquiridas. Dialeticamente, o uso das acções e operações mentais
(competências existentes) possibilita o desenvolvimento, o aperfeiçoamento e a articulação de
Habilidades (saber fazer), determinando uma consequente re - organização das competências
inicialmente existentes, e novas possibilidades de aprendizagem.
A operacionalização dessas estruturas mentais se objectiva em habilidades, as quais
são classificadas em três tipos:
 Habilidades Básicas, aquelas essenciais para as pessoas descodificarem textos,
símbolos, expressar suas ideias, saber comunicar-se verbalmente e por escrito;
 Habilidades Específicas, aquelas relacionadas aos conhecimentos técnicos e cujas
competências são demandadas por profissões, por actividades do mundo do trabalho;
 Habilidades de Gestão, relativas ao aprender a trabalhar em equipe, tomar decisões em
conjunto, superar conflitos, planificar em grupo, enfim, habilidades vinculadas à
organização do trabalho.

2.1.3. Função de experimentação no ensino de Física

A função da experimentação na ciência leva-nos a seguintes abordagens básicas:


a) Epistemológica, as actividades conduzidas com esse viés reforçam a imagem popular
da Ciência, segundo a qual conhecimento científico é descoberto nos laboratórios
7

através de experimentos que o validam, conferindo assim à experimentação o status de


fonte e juiz das teorias.
b) Cognitiva, no momento de elaborarmos um experimento pode levar em conta o
conhecimento prévio dos alunos; esse conhecimento, mesmo que intuitivo e baseado
no senso comum, pode ser usado como fonte de partida para a construção de novas
abordagens.
c) Motivação, partir de um problema que tem o papel de motivar, oportunizar a
discussão, gerar questionamentos e hipóteses.

2.2. Apresentação do Conteúdo de Aprendizagem

Corrente elétrica continua, ligando os extremos dum condutor metálico aos pólos
duma fonte de alimentação (bateria, pilha, etc...) os electroes livres dos metais, sob a
influencia do campo elétrico gerando passam a deslocar-se ordenadamente.
Corrente elétrico é o movimento ordenado dascargas elétricas numa substancia.
Intensidade da corrente elétrica, é a quantidade de carga (ΔQ) que atravessa uma
secção reta dum condutor por unidade de tempo (Δt).
∆Q
=i Equação 1
∆t

Lei de ohm

Para um condutor que se mantenha a temperatura constante, a razão entre a d.d.p nos
Extremos do condutor e a intensidade da corrente que o percorre, e constante.

∆U
=constante equação 2
∆i

Resistência dum condutor metálico (R), é a razão entre a diferença de potencial (ΔU),
aplicada aos seus extremos e a intensidade da corrente (i), que o percorre.
∆U
=R equação 2.1.
∆i
No SI a unidade de resistência eléctrica deriva da razão volt/ampère e recebe o nome de ohm
(Ω), em homenagem ao físico alemão George Simon Ohm.

Fatores que influenciam a resistência dum condutor metálico


8

 A resistividade de um condutor é tanto maior quanto maior for seu comprimento.


 A resistividade de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua secção
transversal, isto é, quanto mais fino for o condutor.
 A resistividade de um condutor depende do material de que ele é feito.
 A resistividade de um condutor depende da temperatura na qual ele se encontra.

A resistência dum condutor metálico e diretamente proporcional ao seu comprimento e


inversamente proporcional a área da sua seção transversal.
L
R=ρ (Equação: 3)
A
Efeito térmico da corrente elétrica (lei de Joule), é a quantidade de calor libertada numa
resistência pela passagem da corrente e diretamente proporcional ao quadrado da intensidade
da corrente (i) e ao tempo o qual essa corrente passa.
2
Q=i . R . ∆ equacqo 4 ¿

Potencia dissipada numa resistência, é o trabalho realizado (W) por unidade de tempo (Δt).
Sendo assim, quando uma corrente (i) passa através de uma resistência (R), dissipa uma
potencia (P).
W
p= ou p=R . i 2 equação 5
∆t
Associação de resistência eléctrica, pode ser realizada das seguintes maneiras: em série, em
paralelo ou misto, sendo esta última uma combinação entre as duas modalidades de
associação anteriores.
Associação de resistência em série, é quando duas ou mais resistências estão ligados de
modo a que a mesma corrente percorra cada um deles. Esquema representativo de uma
associação de resistências eléctricas em série:

Fig 1 Associação de resistência em série


(Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/associacao-resistores.htm)

Quanto à resistência equivalente de uma associação em série, podemos dizer que:


 A intensidade da corrente que o percorre é igual à intensidade da corrente que percorre
cada resistência associada; i=i 1=i 2=i 3=…=i n (Equação: 6)
9

 A ddp entre os seus terminais é a soma das ddp entre os terminais de cada associado;
U =U 1+ U 2+ …+U n (Equação: 7)
 A sua resistência é igual à soma das resistências de cada um dos associados. Agora o
objectivo se constitui em encontrar como será representada a resistência equivalente
de um circuito em série. Se substituirmos a equação 2.1, por uma equivalente a na 7,
resulta: R . i=R1 . i 1+ R 2 . i 2+ …+ Rn .i n (Equação 7.1)
A partir daí, como a corrente que passa por todos os pontos da associação é a mesma
(Equação 4), induz-se que para calcular a resistência equivalente de uma associação em série
(Figura 7), sem perda de generalidade, se deve somar os valores das resistências de cada um
das resistências da associação. Req = R1 + R2+ ... + Rn(Equação: 8)

Associação de resistências eléctrica em Paralelo


O que caracteriza uma associação de resistência em paralelo é o facto de a ddp entre os
terminais de cada resistência associado ser a mesma da associação.

Figura 8 Associação de resistências eléctrica em Paralelo


(Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/associacao-resistores.htm)

Quanto à resistência equivalente de uma associação em paralelo podemos dizer que:


A intensidade da corrente que percorre a resistência equivalente é igual à soma das
intensidades das correntes que percorrem cada um das resistências associadas;
i=i 1 +i 2+ …+i n(Equação: 9)
A ddp entre os terminais da resistência equivalente é igual à ddp entre os terminais de cada
um das resistências associadas; U =U 1=U 2=U 3=…=U n(Equação: 10)
A fórmula para o cálculo de qualquer circuito paralelo com qualquer quantia de resistência s e
qualquer valor é a dada pelo inverso da resistência da resistência equivalente é a soma dos
inversos das resistências dos associados.

(Equação: 11)

Caso os valores das resistências sejam iguais, a resistência equivalente é igual ao valor de
uma das resistências divididas pelo número de resistências utilizadas.
10

R.eq. = R / N (Equação: 9.1) onde N = Número de resistência.

Determinação de Resistência Equivalente de uma Associação Mista.

Figura 9Associação de resistência Mista


(Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/associacao-resistores.htm)

1ª Colocam-se letras em todos os nós da associação (Lembrete: nó é o ponto de encontro de


três ou mais resistências)
2ª Substitui-se por uma resistência equivalente aqueles resistências que estiverem associados
em série ou em paralelo, desde que estejam entre dois nós consecutivos (ou entre um terminal
e um nó consecutivo). Redesenha-se o esquema, já com a resistência equivalente.
3ª Repete-se a operação anterior, tantas vezes quantas forem necessárias, sempre desenhando
o novo esquema. A resistência equivalente é aquele que fica entre os terminais da associação.

Leis de Kirchhoff

As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por
exemplo, circuitos com mais de uma fonte de resistências estando em série ou em paralelo.

Para estuda-las vamos definir o que são Nós e Malhas:


 Nó: é um ponto onde três (ou mais) condutores são ligados.
 Malha: é qualquer caminho condutor fechado.

Fig. 4: Circuito elétrico em paralelo e serie

Analisando a figura em serie, vemos que os pontos A e B são nós.


Vamos considerar o circuito em serie com três resistências partindo do ponto
11

Figura 4.1: Circuito em serie de malha única com uma fonte de tensão e três resistências.

As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por
exemplo circuitos com mais de uma fonte de resistências estando em série ou em paralelo.
Para estuda-las vamos definir o que são Nós e Malhas:
Nó, é um ponto onde três (ou mais) condutores são ligados. Analisando a figura 10, vemos
que os pontos A e B são nós.
Vamos considerar o circuito em serie com três resistências partindo do ponto A.

Figura 4.1.  Circuito em serie de malha única com uma fonte de tensão e três resistências .

U AB
Temos: U A −i. R1−i R2−i R 3=0 ⟹ i=  (3)
( R 1+ R 2+ R 3)
A resistência equivalente deste circuito é igual à soma das resistências de cadas resistências,
ou seja: R = R1 + R2 + R3 (4)
Considerando um circuito, semelhante ao ilustrado na figura em paralelo, de três malhas e que
é composto de uma fonte de tensão com
f.e.m.. E três resistências conectadas
em paralelo..

Figura 4.2:Circuito de três malhas, com resistência associados em paralelo e uma fonte tensão

Pela lei dos nós tem-se, no ponto A: i=i 1 +i 2+i 3


Malha: é qualquer caminho condutor fechado, e de acordo com a lei das malhas, a ddp entre
A e B pode ser escrita como:UB =UA  – i1R1 =UA  – i2R2 = UA - i3R3
12

Chamando UA - UB = E, as correntes nos três ramos são dadas por:i 1 = E/R1; i2 = E/R2 ; i3 =
E/R3 Substituindo as correntes na equação (6), obtém-se: i = E (1/R1 + 1/R2 + 1/R3) (7)

CAPÍTULO III

3.METODOLOGIA DA PESQUISA

O capítulo delineia o tipo de pesquisa, os instrumentos empregados para a colecta de dados, os


procedimentos metodológicos aplicados ao longo da pesquisa de campo, bem como o contexto
em que foi realizada a investigação.

3.1.Tipo de Pesquisa

Para o desenvolvimento da investigação, numa primeira fase foi aplicada uma


pesquisa bibliográfica constitui uma etapa fundamental a qualquer procedimento científico e
tem como papel influenciar as etapas de um trabalho científico, bem como a sua análise. É por
meio dela que todo o corpo do trabalho se estrutura, buscando os elementos que são essenciais
nas teorias em que se baseia a pesquisa ora desenvolvidas.
Já no campo, que constitui a segunda fase, baseou-se em pesquisa-acção, usada por
meio da pesquisa de campo, sendo a sua tipologia de cunho predominantemente qualitativo. A
esse respeito, afirmamos que, no enfoque qualitativo, há uma preocupação maior com o
processo e não apenas com os resultados. E ainda neste contexto, a pesquisa-acção pode e
deve funcionar como uma metodologia de pesquisa, pedagogicamente estruturada,
possibilitando não só a produção de conhecimentos novos para a área da educação, como
também formando sujeitos pesquisadores, críticos e reflexivos.

3.2.População e Amostra
13

A população da pesquisa constituiu-se dos alunos da 11ª Classe, da Escola Secundária Joaquim
Chissano, e deste universo foram seleccionadas duas turmas sendo: uma de controlo e outra de pesquisa.
A escolha dessa escola se deveu ao fato de o pesquisador ter estagiado nela e feito a cadeira
de laboratório.
A opção por essas turmas deu-se pelo fato de o pesquisador ter trabalhado com os
alunos no passado e por apresentarem a disponibilidade para participar do projeto. Para sua
efetivação, foram realizadas oficinas pedagógicas temáticas desenvolvidas pelos alunos.

3.3.Descrição de área de estudo

A pesquisa foi desenvolvida na Escola Secundária Joaquim Chissano, localizada no


bairro 11, localidade de Tavene, em Xai-Xai, na Avenida Samora Machel, junto a estrada
nacional nº 1, próximo do Cruzamento da praia de Xai-Xai.
A Escola é constituída por dois blocos. O bloco frontal, com dois pisos, é
administrativo podendo. Nele funcionar as salas de informática e de professores, no primeiro
piso. No 2º piso deste bloco funcionam os laboratórios de Física, Química e Biologia, uma
biblioteca e um centro de aconselhamento da geração BIZ.
O outro bloco, constituído de três pisos, é o bloco lectivo com um total de 18 salas de
aulas. De notar que cada um destes pisos possui um balneário.A Escola ainda possui um
internato com uma capacidade de albergar 256 estudantes, um refeitório e dois campos de
desporto de salão.

3.4. Instrumentos e técnicas de recolha de dados

Para a colecta de dados foram aplicados: dois Testes, sendo um diagnóstico e pós
teste, uma máquina fotográfica.
Para a colecta de dados foram aplicados: dois Testes, sendo um diagnóstico e pós
teste, ficha de observação da aula e uma máquina fotográfica. No âmbito das avaliações, o
teste diagnóstico, serviu para verificar, julgar, estimar, situar, representar, determinar e dar
uma opinião em relação ao processo investigativo. Ou seja, o diagnostico tinha a função de
nos orientar e adaptar estratégia metódica na pesquisa.
A segunda avaliação foi o momento de olhar para a própria pratica, analise e a ela
retomar de forma critica, ou seja, perspectiva avaliar os estudantes de um modo conclusivo, o
14

papel desempenhado por ele ao longo do conjunto das actividades realizadas. As avaliações
foram aplicadas de modo individual, com o objectivo de testar o nível de conhecimentos dos
alunos acerca dos conteúdos.
A ficha de observação1 esse instrumento é classificado como simples e participante: a
simples significa que o pesquisador não se coloca no contexto de estudo, enquanto a
participante representa que o pesquisador está inserido e faz parte dele, ou seja, possibilitou a
aquisição de dados por meio da percepção no contexto real.
A Máquina fotográfica representa um recurso importante por permitir o registo de
imagens sobre a realidade pesquisada, no entanto faz-se necessário que o pesquisador tenha
conhecimento acerca da realidade exibida na imagem, no sentido de evitar interpretações
erróneas sobre o contexto pesquisado.

3.5. Procedimentos metodológicos

As actividades de implementação foram desenvolvidas nos meses de Agosto e


Setembro de 2010, neste momento decidiu-se que a turma A seria de controle e a B, turma
pesquisa. básicas em relação ao estudo de resistência eléctrica e sua aplicação.
Para a segunda fase foram necessárias 09 aulas para o desenvolvimento dos conteúdos
relacionados com a análise de circuitos eléctricos – correntes continua em sala de aula. E
finalmente a realização da Avaliação II3, com vista há avaliar o rendimento escolar,
analisando a expressão dos alunos nas esferas cognitiva, afectivo - social ou psicomotor, mas
também os comportamentos em relação as actividades desenvolvidas ou ainda níveis de
capacidades que os comportamentos revelavam.
Neste contexto, também promover uma análise comparativa sobre as estratégias de
ensino aplicados as duas turma conforme o conteúdo electricidade relacionada à utilização da
experimentação como estratégia de ensino, e desse modo, a busca de uma melhor
compreensão sobre o seu impacto no P.E.A..
3.5. 1. Avaliação diagnóstica

De acordo com Libâneo (1994:190), a avaliação deve ter três funções principais:
pedagógico-didáctico; diagnóstico e de controle. Visto a perspectiva diagnóstica, visava
detectar desvios e avanços em relação ao conteúdo de electricidade, no que refere a estudo de
associação de resistência eléctrica, tendo conta os objectivos da pesquisa.
15

Foram elaboradas questões para a avaliação diagnostica baseadas no conteúdo de


Associação de Resistências Eléctricos e aplicação das leis de Ohm.

Tabela 1 fornece os resultados da Avaliação diagnostica na 11ª A, turma controle.

Controle de desempenho na Turma de controle


Questões Totais Alunos c/ Alunos c/ resp Percentagem
avaliados resp Erradas de alunos c/
Certas resp. Certas
Q1 49 26 23 53,1%
Q2 49 24 25 48,9%
Q3 49 15 34 30,6%
Q4 49 14 35 28,8%
Q5.a 49 18 31 36,7%
Q5.b 49 13 36 26,5%
Q5.c 49 12 37 24,5%
Q6 49 6 43 12,2%
Q7.a 49 16 33 32,7%
Q7.b 49 14 35 28,8%

Tabela 2 fornece os resultados da Avaliação diagnostica na 11ª B, turma pesquisa.

Controle de desempenho na Turma de pesquisa


Questões Totais Alunos c/ Alunos c/ resp Percentagem
avaliados resp Erradas de alunos c/
Certas resp. Certas
Q1 52 29 23 56,8%
Q2 52 25 27 48,3%
Q3 52 17 35 32,7%
Q4 52 15 37 28,8%
Q5.a 52 14 38 26,9%
Q5.b 52 13 39 25%
Q5.c 52 12 40 23,1%
Q6 52 5 47 9,6%
Q7.a 52 11 41 23,1%
Q7.b 52 12 20 22,6%

3.5. 2. Trabalho na Sala de aula


16

Foram necessárias 09 aulas para o desenvolvimento dos conteúdos relacionados com a


análise de circuitos eléctricos – corrente continua em sala de aula.

Turma de controle

Assistência de aulas, relacionadas com o conteúdo em pesquisa. Nas nove aulas,


limitamo-nos a observar a leccionação do docente de física e prestamos mais atenção a
reacção e comportamento dos alunos em relação aos conteúdos temáticos ministrados.
Sendo conduzida a aula pelo professor foi deixado tempo livre para reflexão e discussão. A maioria
dos alunos não compartilhava na aula, limitando se a assistir e poucas vezes levantando questões em
relação aos conteúdos desenvolvidos.Quanto a presença dos alunos em sala de aulas, muitas
vezes registava se faltas de alunos.

Turma de pesquisa
Na turma experimental (11ª B), os alunos em grupos de cinco (5) receberam o roteiro
de actividades, descritas no item abaixo para usar na construção dos modelos. Em seguida, os
grupos em casa, construíram protótipos, visando criar actividades experimentais e apresentar
os resultados em sala de aula.
As actividades na sala de aula, consistiam em discussão ou debates, com o objectivo
de abordar de forma prática e teórica os tópicos que compõem o conteúdo em estudo, dos
conceitos de resistência eléctrica e associações entre os alunos de modo a desenvolver
habilidades, competências e conhecimento científico mas significativo.

3.5. 2. 1.Realizações experimentais em relação a circuitos eléctricos simples

Nesta secção descrevemos uma actividade elaborada para explorar os conceitos de


corrente eléctrica, diferença de potencial ou queda de tensão e resistência eléctrica aplicados
à circuitos eléctricos simples, utilizando protótipo construídos pelos alunos.
“Para realizar as actividades propostas foi necessário usarem Kits para Construção de
Circuitos” disponíveis no roteiro de actividades, distribuído pelo pesquisador.

Experiencia 1: Tensão, Corrente Eléctrica e Resistência Eléctrica


17

1.1.Objectivos da experiência
Descrever os elementos básicos de um circuito simples e verificar seu funcionamento.

1.2.Material
 Fios de cobre de diferentes diâmetros e comprimentos;
 Uma base de madeira
 Fonte de tensão (2 pilhas de 1,5 Volts)
 Uma Lâmpada de 1,5V

1.3.Procedimentos experimentais
Monte um circuito com uma lâmpada de acordo com a figura ao lado, sendo:

a. Ligue os terminais da lâmpada às saídas da fonte de tensão (cada garra da saída a um


terminal da lâmpada, não importa em qual ligar o positivo ou o negativo porque.).

b. Observe em qual situação, uma das lâmpadas acende.

c. Ligue uma das extremidades em um dos terminais da lâmpada.

Experiencia 2: Resistência Eléctrica e Factores que influenciam

1.1.Objectivos: Verificar a Lei de Ohm e função das dependências dos seus elementos

1.2.Material
 Fios de cobre de diferentes diâmetros e comprimentos;
 Uma base de madeira
 Fonte de tensão (2 pilhas de 1,5 Volts)
 Uma Lâmpada de 1,5V

1.3.Procedimentos experimentais

I. Relação RxA

a. Ligue uma das extremidades em um dos terminais da lâmpada.

b. Varie o diâmetro conforme a tabela 2

c. Observe o brilho da lâmpada para cada valor:

d. Preencha a tabela.
18

e. uso da fonte de 3volts

1.4.1.Tabela de resultados de observação relação RxA

Diâmetro do condutor (área de secção transversal do Menor Médio Maior


condutor de cobre)

Brilho da lâmpada Fraco Menos Brilho


intens intenso
o

II. Relação RxL

a. Ligue uma de suas extremidades em um dos terminais da lâmpada. Variado o valor da


fonte conforme a tabela Observe o brilho dela para cada comprimento:

1.4.2. Tabela de resultados de observação relação RxL

Comprimento do condutor (área de secção transversal do Menor Médio Maior


condutor de cobre)

Brilho da lâmpada Brilho Menos Fraco


intenso intenso

3.5. 2. 1.1. Resultados alcançados

A primeira experiencia, descrever os elementos básicos de um circuito simples everificar seu


funcionamento. Inicialmente os alunos fizeram uma breve explanação sobre o conteúdo da
teoria de corrente eléctrica, a partir da definição do átomo e da carga eléctrica, mostrando
diferentes exemplos no sentido de pontuar a necessidade da d.d.p. para que haja corrente
eléctrica. Mostram também protótipos de circuito eléctrico de correntes contínuas e exemplos
práticos do quotidiano.
Os demais alunos tinham uma postura interativa, sem desconsiderar o combinado
previamente, pois tudo era anotado e contava na avaliação, ou seja, havia o silêncio e a
atenção no momento em que a teoria era ministrada, a permissão para perguntar, visto que
essa intervenção interativa contava bastante e se notava certo respeito à aula e dos colegas,
mas se percebia que existiam muita alegria e curiosidade na sala de aula.
19

Pela quantidade de perguntas surgidas ao longo dos experimentos, percebe-se uma motivação
devido à relação directa entre a teoria e a prática do quotidiano. E, em muitas das perguntas
pertinentes à aplicação da prática, o pesquisador teve de intervir, pois fugia um pouco aos
conhecimentos da equipe, visto que o universo da Física é vasto, mas sempre havia uma
preocupação do pesquisador em não comprometer a exposição dos alunos, procurando
comentar o mínimo possível e voltar à palavra para que a turma desse continuidade.
Para melhorar o entendimento sobre o assunto, os alunos apresentaram outro experimento
constituído por sucatas e fios, formando um circuito simples. Com a utilização do protótipo,
comprovou a medida da corrente elétrica e a d.d.p. na lâmpada quando acesa.
Chamando alguns alunos para manipular o experimento, fazendo questionamentos para
explicar o seu funcionamento a partir da teoria exposta anteriormente.
Nesse contexto, houve um momento rico de discussão e de interacção entre os alunos. O
pesquisador se manifestou duas vezes para ajudar a esclarecer alguns pontos.
Na aula com a temática resistência e leis de Ohm. Os alunos iniciaram a aula definindo
resistência eléctrica, mostrando situações em que a dificuldade de passagem de corrente
eléctrica possibilitava a geração de energia térmica. As equações desse fenómeno foram
apresentadas. Logo após, foi abordada a primeira lei de Ohm, seguida de exercícios.
A segunda Lei de Ohm foi mostrada, dando ênfase, logo em seguida, à resistividade.
Foi apresentado exercício, em que o brilho de uma lâmpada variava, quando passava por
variação a resistência eléctrica. A variação da resistência com os comprimentos e área de
secção foi mostrada por meio. Para reforçar essa discussão, os alunos com ajuda dos
protótipos em que mostrou a relação entre a variação da resistência e o brilho da lâmpada.
Como exemplo prático do quotidiano, a equipe explicou o funcionamento de uma lanterna de
mão. O pesquisador foi o mediador desse debate, a fim de gerar aprendizagem em sala.
Mais uma vez, o comportamento da turma, nessa ocasião, foi de muito questionamento, pois
as experiências deixavam curiosidades e dúvidas. Houve também a intervenção, mais de uma
vez, do professor como mediador, fazendo que a aula transcorresse com uma certa
tranquilidade, visto que uma dúvida tirada acaba, momentaneamente, com as ansiedades
comuns nos alunos.
Desse modo, também foi possível constatar pela percepção narrada pelos alunos que cada
condutor apresenta uma resistência diferente, de modo que o menor diâmetro corresponde à
maior resistência em relação ao brilho da lâmpada. comprimento, da mesma forma que os
condutores eléctricos homogéneos de secção transversal constante, nos quais a resistência
20

eléctrica é directamente proporcional ao seu comprimento e inversamente a área de sua secção


transversal.
Representando matematicamente R para a resistência eléctrica, neste caso, foi elaborado junto
l
aos alunos o modelo matemático: R=ρ ., onde:
A

Para a resistividade eléctrica do meio condutor, L para o comprimento do condutor e A para a


área da secção recta.

Desta forma, os alunos participantes das actividades experimentais puderam construir o


modelo matemático que relaciona a resistência eléctrica de um condutor função do
comprimento e a secção transversal.

3.5.2.2. Trabalhando com circuitos Associados

Experiencia 2: Associação De Resistências Eléctricas

1.1. Objectivos da experiencia

Distinguir ligações em série de ligações em paralelo;


Verificar, experimentalmente, as leis de Kirchhoff, na prática comparando os resultados
1.2. MATERIAL
 Fios de cobre;
 Placa de circuitos com lâmpadas (Base de Madeira);
 6 Pilhas de 1,5V;
 6 Lâmpadas de 1,5V.

1.3. Esquema de montagem da experiência


21

1.4. Questões de orientação


Se em uma associação de lâmpadas em série uma brilhar mais do que as outras significa que
sua resistência é maior ou menor que a resistência das outras?
O que acontece numa associação de Lâmpadas em série se retira uma das lâmpadas?
O que acontece numa associação de Lâmpadas em paralelo se retira uma lâmpada?
Faça diagrama de cada circuito eléctrico.

1.5. Procedimentos experimentais

Explore a placa de circuitos. Inicialmente ligando as lâmpadas em série e depois em paralelo.


I. Destaque o que acontece no circuito quando retiramos uma das lâmpadas.
II. Repita o procedimento I, para o circuito ligado em paralelo.
III. Para analisarmos a lei dos nós, usaremos o protótipo de associação em paralelo, para
mostrar a independência da corrente. Explorando o protótipo em paralelo, Destaque o
que acontece no circuito quando retiramos uma das lâmpadas.
IV. Para analisarmos a lei da queda de tensão, usaremos o protótipo de associação em
serie Repita o procedimento I.

1.6.Resultados de observação

Para procedimento I, quando retirada umas das lâmpadas na associação em serie, no circuito
as outras lâmpadas já não acendem. Mas quando repetimos o mesmo procedimento no
circuito em paralelo, as outras lâmpadas continuam acesa.

3.5.2.2.1.Resultados alcançados

A turma foi desafiada por meio de exercícios que tratavam desses assuntos. À medida que os
exercícios eram resolvidos no quadro por um elemento do grupo, os outros incentivavam os
demais colegas de turma a responderem os questionamentos, contagiando, assim, a todos.
Após esse momento, a equipe apresentou um protótipo de associação em série e em paralelo
ao mesmo tempo, utilizando uma lâmpada, numa associação mista. Logo depois, foram feitos
exercícios no quadro.
22

Para finalizar a aula, os alunos mostraram circuitos simples, com o uso de sucatas de
lâmpadas de pequenas, pedaços de fios, os quais denominaram árvore de natal. A figura
abaixo retrata dos alunos realizando o experimento em sala.
Ao analisar o circuito em serie, retirou-se uma lâmpada no circuito, as outras não acendiam.
Desse modo, percepções dos alunos em sala de aula permitiram chegar ao seguinte:
 A corrente que percorre o circuito eléctrico, associado em serie, é a mesma em todo o
circuito. Assim, ajudou a explicar a seguinte relação matemática: I=i1=i2=i3
Assim, ajudou a explicar a seguinte relação matemática:
 ieq=i1=i2= i3 i=i 1=i 2=i 3=…=i n e Req=R 1+R2 +R 3

De acordo com a lei de Ohm temos: ieqReq=ieq R 1+ ieq R2 +ieq R 3 R . i=R1 . i 1+ R 2 . i 2+ …+ Rn .i n

A soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m) em qualquer malha é igual a soma
algébrica das quedas de potencial ou dos produtos iR contidos na malha.

Fig.Foto de um Circuito em série construído pelos alunos

Fig.Circuito em serie desenhado pelo aluno durante a aula no caderno

A experiência em paralelo com os exercícios tornou a Física mais real, e isso aguçou
muito a curiosidade, motivando o aluno a aprender fazendo, dando mais segurança ao aluno
em seu aprendizado. Nessa equipe, o professor interveio pouco, apenas naqueles momentos de
dúvida quanto à medida e sua aproximação matemática para garantir a proximidade da teoria
23

com a prática. Ao analisar o circuito em paralelo, retirou-se uma lâmpada no circuito, as


outras continuavam acesas. Tendo em conta este facto, os alunos notabilizaram que:
No circuito eléctrico associado em paralelo, a corrente é distribuída em cada ramo.
Associada esta ideia, Em qualquer nó, a soma das correntes que o deixam (aquelas cujas
apontam para fora do nó) é igual a soma das correntes que chegam até ele. A Lei é uma
consequência da conservação da carga total existente no circuito. Isto é uma confirmação de
que não há acumulação de cargas nos nós, levou-nos a perceber o seguinte modelo
matemático:
Ieq=i 1+i2+i 3

Fig. Foto de Circuitos em paralelos construídos pelos alunos

Fig. Circuito em paralelo desenhado pelo aluno durante a aula no caderno

3.5. 3. Papel da Ficha de Observação

Segundo Libâneo (1994:190), a avaliação deve ser contínua e sistemática. Tendo em


conta este autor, vimos a necessidade de ver mos a avaliação na seguinte perspectiva, que
durante o desenvolvimento do projecto, adoptar seguinte estratégias de avaliação: na turma de
pesquisa avaliávamos papel das experiencias (protótipos) durante a aula, as questões durante
as aulas e participação dos alunos, já para a turma de controle - 11ª A, limitávamos
simplesmente avaliar a participação dos alunos na aula e a presença dos mesmos.
24

3.5. 4. Avaliação II

A função desta segunda avaliação era de controle, ou seja, tinha a ver haver com a
confrontação dos resultados da aprendizagem por parte dos alunos, tendo em conta as
estratégias ensinos aplicada nas duas turmas, a busca de uma melhor compreensão sobre o seu
impacto no P.E.A.... Foram elaboradas algumas questões semelhantes da avaliação
diagnostica baseadas em conteúdos de Associação de Resistências Eléctricos e aplicação das
leis de Ohm e de Kirchhoff.

Tabela 3 fornece os resultados da Avaliação II na turma controle.

Controle de desempenho na Turma de controle


Questões Totais Alunos c/ Alunos c/ resp Percentagem
avaliados resp Erradas de alunos c/
Certas resp. Certas
Q1 46 40 6 86,1%
Q2 46 18 28 36,7%
Q3 46 0 46 0%
Q4 46 22 24 45%
Q5.a 46 44 2 89,8%
Q5.b 46 17 29 34,7%
Q6 46 14 32 28,6%
Q7. 46 13 33 26,5%
Q8 46 17 29 34,7%
Q1 46 40 6 86,1%

Tabela 4 fornece os resultados da Avaliação II na turma pesquisa.

Controle de desempenho na Turma de pesquisa


Questões Totais Alunos c/ Alunos c/ resp Percentagem
avaliados resp Erradas de alunos c/
Certas resp. Certas
Q1 52 48 4 92,3%
Q2 52 29 23 55,8%
Q3 52 27 25 51,9%
Q4 52 47 5 90,4%
Q5.a 52 47 5 90,4%
25

Q5.b 52 40 12 76,9%
Q6 52 31 21 59,6%
Q7. 52 26 26 50%
Q8 52 27 25 51,9%

CAPÍTULO IV

4.ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O capítulo descreve as apreciações colectadas a partir das oficinas pedagógicas e do


questionário. Inicialmente, é feita uma breve descrição do desenvolvimento das oficinas pelas
equipes. Depois é realizada uma reflexão acerca dessas actividades. Por fim, são apresentadas
as interpretações das informações a partir do questionário aplicado aos alunos.

4.1. Análise qualitativa

Ao apresentar, a proposta de trabalhar de forma diferenciada os conteúdos


electricidade, buscava-se que os alunos tivessem um melhor entendimento dos conceitos
trabalhados e relacionassem com o seu quotidiano, visto que, a sociedade vive actualmente,
um momento de notáveis avanços tecnológicos, científicos, que causam grande impacto sobre
as actividades de todos os seres humanos o que inclui os alunos. Mas a participação dos
alunos nos avanços tem sido de meros receptores, que apenas utilizam esses avanços sem
levar em consideração a forma como foram construídos e quais os princípios básicos para seu
funcionamento.
O facto é que os alunos passaram a assumir uma postura activa e participativa na
construção e reconstrução de seu aprendizado, já que o seu conhecimento prévio também é
valorizado, através de questionamentos sobre a sua realidade e utilização na confecção dos
experimentos levando-os a tomar novas atitudes, argumentando, interpretando e analisando os
resultados.
26

Ao se trabalhar em grupos, também foi possível observar que quando os alunos têm a
oportunidade, eles expõem suas ideias, elaboram hipóteses, questionam e defendem seus
pontos de vista, o que faz surgir ideias diferentes sobre o mesmo assunto, cabendo ao
professor mediar às discussões, provocar e propor novas questões que auxiliam o aluno a
manter sua coerência de ideias.
Outro aspecto observado foi que quando os alunos perceberam-se agentes do processo,
muitas vezes surgiram mais perguntas do que respostas, o que enriqueceu ainda mais a
metodologia, uma vez que eram necessárias novas montagens dos experimentos que
revelavam informações que antes não haviam sido percebidas pelo grupo, despertando um
maior interesse, já que o conhecimento começava a ter significado para eles ao conseguirem
relacionar com o funcionamento de sistemas eléctricos, a titulo de exemplo, funcionamento de
arvores de natal e o sistema eléctrico em suas casas.
Na turma experimental a melhoria da assimilação dos conceitos, lei e formulação de
equações trabalhados, sobre tudo no que diz respeito a experiência sobre as Leis de Kirchhoff
nos ensinou a interpretar um circuito eléctrico mais complexos, e ela é bem útil, visto que
tende a separar o circuito em malhas simples, que facilitam a visualização e os cálculos das
tensões e correntes. Também puderam fazer destes com o uso em seu quotidiano mostrando se
mais acentuado, como foi possível constatar nas respostas dadas pelos alunos, desta turma, à
mesma pergunta sobre a constituição dos circuitos eléctricos, mostrando que ocorreu uma
mudança conceitual mais significativa, ou seja, esse aluno conseguiu relacionar os conceitos
com o seu uso o que se pode considerar como aprendizagem significativa.
Foi possível verificar uma PEA de forma significativa, quando o aluno, faz a
comparação do circuito misto com o sistema eléctrico instalado em sua casa, porque as
tomadas estão ligados em serie, a corrente é mesma e que as lâmpadas estão ligadas em
paralelo. Ou seja, podem ligar só na sala e outro compartimento estando desligados. Desta
forma o estabelecimento de diferentes experimentos possibilitou relações entre fatos,
objectos, noções e conceitos, desencadeando modificações de comportamento e contribuindo
para a utilização do que foi aprendido em diferentes situações.
Entre as constatações percebidas nesta forma de abordar o assunto uma das principais
foi de que os progressos nas explicações e interpretações dadas pelos alunos aos fenómenos
estudados foram maiores na turma experimental em comparação à turma de controle, apesar
de alguns alunos dessa turma terem conseguido avanços consideráveis.
Outro aspecto, não mesmos relevantes é que as duas turmas apresentam graves
problemas na resolução de sistema de equações de três incógnitas. Evidenciando um facto a
27

ter em conta que é necessário aumentar aspecto interdisciplinar entre a matemática e a física
para a resolução de exercício, ou seja, para a verificação e controle.
Outra constatação que ficou evidenciada no desenvolvimento dessa metodologia é a de
que, mesmo com os trabalhos práticos, os quais foram muito elogiados pelos alunos
demonstrando a sua preferência por esse tipo de actividade por ser possível fazer coisas
novas, executar e acompanhar fenómenos, alguns alunos não tiveram o mesmo
desenvolvimento conceitual necessário, visto que, logo se desinteressavam quando tinham
que discutir os resultados encontrados com os colegas, reflectir sobre a melhor maneira de
comunicar suas conclusões, buscando compor uma solução que respeitasse a opinião de seus
colegas para cada problema. Alguns também gostariam de receber respostas prontas dadas
pelo professor ao invés de buscá-las no desenvolvimento das actividades no grupo ou mesmo
de um colega.
Esse fato evidencia a diferença que pode existir entre a motivação e envolvimento com
o trabalho por parte dos alunos e a expectativa e intenção do professor. Isso também foi
percebido no momento da análise dos protótipos construídos pelos alunos, que mesmo
distribuindo os conceitos em certa ordem hierárquica não estabeleceram muitas relações entre
eles.

4.2.Análise quantitativa

Para possibilitar uma melhor compreensão dos resultados do projecto foram


construídas tabelas com percentagem dos alunos em relação aos números de acertos das
questões nas avaliações diagnostica e a segunda das duas turmas, sendo11ª A (controle) e 11ª
B (experimental - pesquisa).
Tabela 5 Análise comparativa dos resultados da avaliação diagnóstica entre TC e TP

Questões Q1 Q2 Q3 Q4 Q5.a Q5.b Q5.c Q6 Q7.a Q7.b


(%) dequest. Certas da 56,8 48,3 32,7 28,8 26,9 25 23,1 9,6 23,1 22,6
TE
(%)dequest. Certas da 53,1 48,9 30,6 28,8 36,7 26,5 24,5 12,2 32,7 28,8
TC

Tabela 6 – Resultados avaliação diagnostica e teste II na TC

Questões Q1 Q2 Q3 Q4 Q5.a Q5.b Q5.c Q6 Q7.a Q7.b Q8


Teste de 56, 48,3 32,7 28,8 26,9 25 23,1 9,6 23,1 22,6
28

Diagnostica 8
Teste II 86, 36,7 0 45 89,8 34,7 28,6 26,5 34,7
1

Pode-se constatar na Tabela 8 que há um melhoramento no aproveitamento de alguns


alunos, se compararem as percentagens das questões Q1, Q4, Q5 Q6 e Q7.
Se apenas os alunos 26 acertaram Q1 no pré-teste, e no teste II, o número dos que acertaram
passou para 40. Também se pode notar que os alunos tiveram pior resultado na Q3, nem um
aluno consegui responder, simples deixaram em branco a questão.
Comparando os percentuais de respostas correctas obtidas antes do desenvolvimento
das actividades experimentais e que configuram os conhecimentos prévios dos alunos com os
valores obtidos após a realização destas actividades, constata-se uma ampliação no nível de
conhecimento altamente significativa, conforme se verifica na tabela abaixo.

Tabela 7– Resultados avaliação diagnostica e Avaliação II na TP


Questões Q1 Q2 Q3 Q4 Q5.a Q5.b Q5.c Q6 Q7.a Q7.b Q8
Teste de Diagnostico 56, 48,3 32,7 28,8 26,9 25 23,1 9,6 23,1 22,6
8
Teste pois 92, 55,8 51,9 90,4 90,4 76, 59,6 50 51,9
actividades 3 9

Tabela 8 – Comparação dos resultados obtidos na Avaliação II entre as TC e TP

Questões Q1 Q2 Q3 Q4 Q5.a Q5.b Q6 Q7 Q8 Q1


(%) dequest. Certas da 92,3 55,8 51,9 90,4 90,4 76,9 59,6 50 51,9 92,3
TE
(%)dequest. Certas da 86,1 36,7 0 45 89,8 34,7 28,6 26,5 34,7 86,1
TC

Grafico 1. Comparação dos resultados das turmas em função ao teste II


29

Turma de controle Turma de pesquisa

92.3 90.4
90.4 89.8
86.1
76.9

59.6
55.8
51.9 50
45
36.7 34.7
28.6 26.5

0
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5a Q5b Q6 Q7

Ao observar o gráfico da Figura 2 nota-se que o desempenho de todos os alunos desta turma
melhorou mesmo que em alguns casos essa melhora não tenha sido significativa, mas pode-se
dizer que aconteceu.

Quando se compara os resultados do desempenho das duas turmas (controle e experimental)


percebe-se que na turma experimental (11ª B) o crescimento médio foi superior ao da turma
controle (11ª A), o que pode ser um indicador de que onde é feita a relação dos conceitos
trabalhados em sala de aula com as actividades comuns de seu dia-a-dia através da construção
de modelos experimentais há uma assimilação mais acentuada desses conceitos.

CAPÍTULO V

5.CONCLUSÃO E SUGESTÕES

Concluindo pretendemos, neste último capítulo desta monografia delinear as principais


reflexões e considerações sobre os resultados obtidos na investigação levada a cabo e norteada
para os objectivos inicialmente traçados.

5.1. Conclusão

O trabalho de pesquisa na presente Monografia permitiu alcançar a seguinte conclusão,


apresentada sob forma de Itens.
30

O uso de Oficinas Pedagógicas como um recurso didáctico no ensino de Electricidade, conduz


a uma boa assimilação dos conceitos temáticos ministrados, levando o aluno a perceber que o
conhecimento científico está presente em seu quotidiano.

A construção de modelos para o ensino de eletricidade torna possível a sua adaptação às


condições da escola, dado que para além de despertar o interesse dos alunos estimula o seu
envolvimento com a sua aprendizagem,

As actividades experimentais propiciam um ambiente rico em situações desafiadoras que tem


a possibilidade de aumentar a elaboração do conhecimento e também de novas atitudes ao
fazer e entender a ciência.

De uma forma geral o trabalho nos levou a concluir que os alunos gostaram da dinâmica,
ressaltando que a experiência foi significativa para a sua aprendizagem, fato esse bastante
comentado quando receberam as notas da avaliação (anexo 1), cujas questões foram retiradas
com base nas discussões realizadas. Do ponto de vista do pesquisador, esse resultado foi
positivo, possibilitando afirmar que, apesar das limitações da metodologia adoptada, o
objectivo traçado no início deste trabalho foi alcançado, pois possibilitou a aquisição dos
conteúdos de electricidade.

5.2. Sugestões

Havendo a investigação mostrado diferentes pontos em relação a forma como o processo de


ensino e aprendizagem é ministrado e que como tal precisam ser revistos, com vista a
alcansar-se a plenitude dos objectivos educacionais, formula-se para a presente monografia as
seguintes sugestões:

Que docentes procurem consultar mais de uma obra bibliográfica para o processo de ensino e
aprendizagem, dado que nenhum livro didáctico de Física supre todas as necessidades da
organização de ensino, se tem como completo.

Que os docentes de Física, procurem trazer meios alternativos e criativos de ensino que
motivem o aluno a aprender.

Que a sala de aula seja um espaço de vivências, experiências diversas e que o aluno se torne
sujeito de transformação da realidade em que vive.
31

Referências bibliográficas

ALVARENGA, B., Curso de Física, Ed. Scipione, 2000.

ALVARENGA B. A. – Curso de Física, Vol. III, São Paulo, 2010.

CANDAU, V. M. Educação em Direitos Humanos: uma proposta de trabalho. In:


CANDAU,V. M., ZENAIDE, M. N. T. Oficinas Aprendendo e Ensinando Direitos Humanos,
João Pessoa: Programa Nacional de Direitos Humanos; Secretaria da Segurança Pública do
estado da Paraíba; Conselho Estadual da Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1999.
In: Google; Oficinas Pedagógica e experimento para ensino de Física. 16 de Novembro de
2010, 10:20:12

DELIZOICOV, D. et al;. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo:Cortez,


2002

DORNELES, P. F. T.;Araujo, I. S. e Veit, E. A. Simulação e Modelagem Computacionais no


Auxílio da Aprendizagem Significativa de Conceitos Básicos de Eletricidade: Parte I -
Circuitos Elétricos Simples - Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n. 4, p. 487-496,
(2006). Disponível em: <www.sbfisica.org.br>. Acesso em: 01 fev. 2009.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido, 17ª. Ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
32

FREITAS, L. V.; FURTADO, W.W. Abordagem experimental no ensino da física – o início


de um laboratório para o CEPAE. In: CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E
EXTENSÃO DA UFG - CONPEEX, 2, 2005, Goiânia. Anais electrónicos do II Seminário
PROLICEN [CD-ROM], Goiânia: UFG, 2005. In: Google; Oficinas Pedagógica. 31 de
Outubro de 2011, 13:51:10

GIRÃO, Luciene Nobre. A prática de leitura no ensino de química: um estudo com alunos do
ensino médio. (Dissertação de Mestrado). Fortaleza: UFC, 2011.

HALLIDAY, David & RESNICK, Robert. Física. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e
Científicos, 1984.

LIMA, I. P. A Matemática na Formação do Pedagogo: oficinas pedagógicas e a plataforma


Teleduc na elaboração dos conceitos. (Tese de Doutorado). Fortaleza: UFC, 2007.

LIMA, M. A. M. et al. Epistemologias e Metodologias para a Avaliação Educacional,


Fortaleza, Ce, Editora da Universidade Federal do Ceará, 2010.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo:


Cortez, 2001.

Maria do Socorro Lima Marques; FARIAS, Isabel Maria Sabino; LIMA, Ivoneide Pinheiro.

MOREIRA, Marco António. Uma Abordagem Cognitivista ao Ensino da Física. Porto Alegre,
Ed. da Universidade, UFRGS, 1983.
MOREIRA, M. A. & MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David
Ausubel. São Paulo: Centauro. (2006)

APENDICE

Avaliação I

Nome do(a) Aluno(a)_________________________________________________________

Nº…… Turma:…………. 11ª Classe :………………..Data:……..-……..-…………..

(Teste Diagnostico)

1. Quais dos elementos citados abaixo são geradores eléctricos? Por quê?
a) pilha b) rádio c) lâmpada d) usina termoelétrica
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2. As figuras abaixo representam ligações de geradores “alimentando” uma lâmpada. Em
qual delas eles estão ligados em série? Justifique sua resposta.
33

___________________________________________________________________________
3. O que entende por resistência eléctrica?
___________________________________________________________________________
4. De que depende a resistência eléctrica?
__________________________________________________________________________
5. Faça diagramas dos seguintes circuitos eléctricos:
a) Um circuito eléctrico simples.
b) Um circuito com duas resistências em série
c) Um circuito com duas resistências associadas em paralelo.

6. Deia dois exemplos de funções de resistências eléctrica no nosso dia a dia.


___________________________________________________________________________
7. Como você pode encontrar a resistência equivalente e uma associação de:
a) Três resistências em série, todos de resistências diferentes?
b) Três resistências em paralelo, todos de resistências diferentes?
c) n resistências em paralelo, em que todas as resistência. Quais dos elementos citados
abaixo são geradores eléctricos? Por quê?

Avaliação II

Nome do (a) aluno (a)_____________________________________________________


Nº…… Turma:…………………. 11ª Classe :………………..……………..Data:……..-……..-…………..

(Teste 2)

1.No desenho abaixo está representada a ligação de uma lâmpada L a uma fonte de energia
eléctrica F através de fios metálicos. Nesta ligação a lâmpada está acesa ou apagada?
Justifique
34

2.Qual a finalidade da resistência eléctrica em um circuito eléctrico?


___________________________________________________________________________
3.Qual é o tipo de circuito eléctrico associado (série ou paralelo) em sua residência?
Apresente uma justificativa para a sua resposta.
___________________________________________________________________________
4. Como são ligadas as lâmpadas utilizadas para enfeitar as árvores de Natal?
___________________________________________________________________________
5.Abaixo estão representadas duas formas (I e II) de associação de resistências.

a) Classifique as associações de resistências quanto à forma de ligação (série ou paralelo).


__________________________________________________________________________

b) Se os terminais das associações, em momentos distintos, forem conectados aos de uma


fonte de energia eléctrica, em qual delas ocorrerá maior resistência à passagem da corrente
eléctrica?
___________________________________________________________________________
6.Um fio condutor de secção transversal S e comprimento l, tem resistência eléctrica R,
cortando o fio pela metade, a sua resistência passa a ser:
a) 2 R b) R / 2 c) 4 R d) R/ 4
7. Quando uma diferença de potencial é aplicada aos extremos de um fio metálico, de forma
cilíndrica, uma corrente eléctricai percorre esse fio. A mesma diferença de potencial é
aplicada aos extremos de outro fio, do mesmo material, com o mesmo comprimento, mas com
o dobro do diâmetro. Supondo os dois fios à mesma temperatura, qual será a corrente eléctrica
no segundo fio?
a) 2 I b) I / 2 c) 4 I d) I/ 4
8. No circuito abaixo determinar as correntes nos ramos, seus verdadeiros sentidos e quais
elementos são geradores e receptores.
35

FICHA DE OBSERVAÇÃO A AULA

Classe:______________Duração da aula:_____________Disciplina:____________________
Nº de alunos presentes_______________________ Nº de alunos ausentes:_______________
Unidade tematica:____________________________________________________________
Tema da aula:________________________________________________________________
Objectivos:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Competências:_______________________________________________________________
__________________________________________________________________________

Nr Designação e Indicador Classificação Comentários


1 2 3 4 5

1 A metodologia utilizada contribui para


motivação dos alunos.

2 A experiência feita permite levam o aluno


a relacionar com fenómenos físicos no
quotidiano.
36

3 Os protótipos foram bem construídos aos


níveis dos grupos.

4 Houve participação ativa dos alunos.

5 A consolidação dos conhecimentos foi


adquirida com bases nos propósitos da
aula.

6 Existiram momentos de intensas


actividades e produtividade por parte dos
alunos em aula.

7 Os alunos colocaram frequentemente


perguntas ao professor sobre a matéria em
abordagem.
8 As experiencias feitas ajudaram a
clarificar os conceitos físicos e formulas
matemática usadas.

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