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Diante disso, Simone conclui que cada pessoa recebia seu papel de acordo com as suas
idiossincrasias (característica comportamental peculiar a um grupo ou a uma pessoa).
individuais e que dessa forma não haveria espaço para o homem ser o inventor do homem.
Ela ficava inquieta vendo pessoas tendo suas vidas ceifadas em guerras, holocaustos e
guerras religiosas. E era provável, portanto, que Deus não existisse ou talvez, não se
importasse, então, não era Deus a quem a humanidade poderia se apoiar, mas sim na sua
própria existência. Deus poderia existir, talvez, em plano transcendental inteligível. Mas na
terra quem existe é o homem.
Ela recusava as questões metafisicas, porque era necessário se preocupar com o problema
na existência aqui na terra, onde as condições humanas precisam ser tomadas por
consciência do ser e ele precisa fazer a ruptura do que está dado, para uma condição
autêntica e verdadeira. Sendo assim, quem dá sentido à vida é o próprio homem e não
Deus.
Sem papéis para se apegar, sem um Deus para procurar a moral ou para perdoar, o homem
sente-se responsável por suas ações. Pois “um Deus pode perdoar, apagar, compensar;
mas Deus não existe, as faltas do homem são inexpiáveis ( imperdoáveis)”.
NOTÍCIA
Por que o Vaticano, coração da Igreja, sedia a maior conferência sobre ateísmo no
mundo
Dos dias 28 a 30 de março de 2019, a sede da Igreja Católica recebe um evento inusitado:
acadêmicos discutirão o que leva pessoas a crerem ou não em Deus e dados de uma
pesquisa realizada em seis países, entre eles o Brasil.
Desta terça (28) até quinta-feira (30), o Vaticano, centro espiritual e político da Igreja
Católica, sedia um evento inusitado, se considerarmos seus princípios. Trata-se da
Understanding Unbelief, apresentada como a maior conferência mundial sobre ateísmo.
O programa, financiado pela Fundação John Templeton, é organizado por quatro
instituições acadêmicas, todas do Reino Unido.
O evento terá debates os quais questionam as pessoas o que as levam a crerem e o que
leva pessoas a não crerem em Deus. Participam maioritariamente pesquisadores
acadêmicos interessados no tema, como sociólogos, antropólogos, teólogos e filósofos -
mas religiosos também são bem-vindos.
As palestras discutiram não só o ateísmo em si, como também todas as vertentes ligadas a
esse pensamento, como o ceticismo, agnosticismo, racionalistas. Na pesquisa realizada em
seis diferentes países, quando um grupo foi perguntado sobre quais são os valores mais
importantes da vida, houve uma "concordância extraordinariamente alta entre incrédulos e
populações gerais", apontou o levantamento. "Família" e "liberdade" foram muito bem
citados por todos, além de "compaixão", "verdade", "natureza" e "ciência".