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GUIA DE ESTUDO

Gestão de Carreira
UNIDADE II
GUIA DE ESTUDO – II UNIDADE
DISCIPLINA: GESTÃO DE CARREIRA

Para início de Conversa


Olá, estudante, como vão os estudos?
Espero que esteja preparado para mais uma jornada de estudo da nossa disciplina.
Conto com sua total atenção, pois seu comprometimento é a chave para seu sucesso!

Orientações da Disciplina
No guia passado, nós contextualizamos o atual cenário corporativo, no qual estão
inseridos os profissionais; fizemos uma visão panorâmica do que aborda a disciplina
gestão de carreiras; aprendemos o que é emprego formal e desemprego estrutural;
entendemos como ocorreu a evolução do conceito de trabalho; analisamos a definição
de emprego; estudamos como ocorreu a evolução do termo carreira; entendemos o
conceito de carreira na abordagem tradicional (organizacional) e carreira na abordagem
contemporânea ou carreira proteana.
Caro (a), aluno (a), gostaria de lembrar a importância da leitura de seu livro-texto, caso
queira fazer novas pesquisa, você tem à sua disposição a nossa biblioteca virtual. As-
sista às nossas videoaulas, ao final da nossa II unidade, acesse o AVA e responda as
atividades e os fóruns avaliativos. Em caso de duvidas, pergunte ao seu tutor.

Vamos começar!

Palavras do Professor
Neste guia vamos iniciar fazendo um link com o guia anterior, através do resgate do
novo e dinâmico cenário econômico, social e corporativo. Neste contexto atual, o tra-
dicional contrato de carreira, baseado em promessas de remuneração, segurança e
estabilidade, foi substituído por contratos de médio e até de curto prazo, com base
em performance (desempenho), em comprometimento, necessidades cotidianas, e em
expectativas de realização e desenvolvimento.

Esta nova visão traz maior liberdade para o profissional e, ao mesmo tempo, mais complexidade ao con-
texto de carreira. Observe que na visão tradicional o profissional tem menos autonomia na condução
de sua carreira, o que pode ser percebido com tranquilidade e até com alivio por pessoas com um perfil
menos empreendedor, mas que, ao mesmo tempo, pode levar desconforto para profissionais com o perfil
mais empreendedor.

Boa Leitura!

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2.2. Trabalho, Emprego, Carreira e Empregabilidade (continuação)

Vamos concluir o item 2.2 abordando agora o que foi visto na unidade passada, a questão da emprega-
bilidade. Como já foi mencionado anteriormente, o atual cenário corporativo exige profissionais muito
bem preparados e conscientes de sua postura e do impacto de sua atuação dentro de sua comunidade
organizacional.

Você leu em seu livro texto que “carreira remete à ideia de empregabilidade, onde, uma das definições
pode estar associada à capacidade de adequação do profissional às novas tendências do mercado. Tam-
bém trata sobre a capacidade de o empregado / trabalhador possuir as capacidades e competências
necessárias para se tornar o objeto de desejo das empresas”.

Os avanços tecnológicos que vêm ocorrendo na sociedade contribuem para delimitar o foco de atenção a
esse novo olhar voltado para a empregabilidade, até porque com a automação, advinda da globalização,
o índice de desemprego aumentou, principalmente para as pessoas com poucas habilidades.

A ênfase dada ao desenvolvimento de competências deixa de ser um Plus (algo a mais) para ser a base
que diferencia o profissional do século XXI, que está conectado com as demandas organizacionais e tem
consciência que, para satisfazer essas demandas, ele precisa ampliar seu leque de possibilidades, de
habilidade e de competências.

??? Você sabia


O termo empregabilidade surgiu na década de noventa, pela percepção de que os pro-
fissionais precisavam adquirir novos conhecimentos que os habilitassem a acompa-
nhar as mudanças no mercado de trabalho, portanto, é uma nomenclatura recente e
remete a exigência do desenvolvimento de competências (detalharemos mais adiante
as dimensões que constituem cada competência) e da capacidade de adequação do
profissional ao mercado de trabalho.

Em seu livro texto, você leu que em decorrência da globalização e do aumento do desemprego estrutural,
profissionais devem procurar se adaptar às diferentes mudanças e transformações globais. Desta forma,
a adequação vocacional, competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira,
fontes alternativas de renda e relacionamentos são as bases da empregabilidade, segundo Minarelli
(1997).

Guarde essa ideia


Observe que este conceito nos remete ao conceito de profissional proteano, resgatan-
do as questões da flexibilidade e da adaptabilidade. Portanto, quanto mais flexível e
adaptável for o profissional, maior será sua empregabilidade. Isso não quer dizer que o
profissional não tenha identidade, ou seja, como se diz no popular “um vira casaca, um
Maria vai com as outras”.

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Exemplo
Não é neste sentido a abordagem da empregabilidade e sim na possibilidade de lidar
com desafios e cenários diversos. Por exemplo, ter vivido a experiência de trabalhar em
mais de uma empresa, ou em diversas funções na mesma organização; ou até ter tido
a oportunidade de viver e trabalhar em países ou regiões diferentes. Tudo isso levará
o profissional a desenvolver a habilidade de lidar com pessoas e cenários diferentes.

Há vários conceitos de empregabilidade, a Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional – do


Ministério do Trabalho (Brasil, 2000), define empregabilidade como sendo um “conjunto de conhecimen-
tos, habilidades, comportamentos e relações que tornam o profissional necessário não apenas para uma,
mas para toda e qualquer organização”.

Analisando esse conceito, observamos que ele agrega, com clareza, a necessidade de demonstrar na
prática comportamental os conhecimentos e habilidades. Outro ponto de destaque, nesse conceito, é a
introdução do termo relações, pois a habilidade de manter relacionamentos saudáveis é cada vez mais
importante para a manutenção do clima organizacional positivo.

Para resumir

Fazendo a ligação com seu livro texto, empregabilidade é “em outras palavras, a condição do funcionário
de ser empregável, conseguida por meio de educação e treinamento contínuo, sintonizados com as novas
necessidades do mercado de trabalho global. A empregabilidade traduz, essencialmente, os conteúdos
valorizados pelas empresas. ”

Ainda vale resgatar o trecho que afirma que “um profissional com empregabilidade tem as suas chances
de atuação ampliadas pela grande atratividade que exerce em contratantes potenciais, devido à sua con-
tribuição, ajusta-se às novas demandas empresariais. O profissional terá condições de estabelecer novos
rumos, novas direções, enfim, novo sentido à sua vida e à sua carreira, ajustando-se aos novos tempos.
O termo empregabilidade é amplo e merece destaque, uma vez que a segurança profissional não é origi-
nada, somente, pela capacidade técnica do indivíduo para executar funções, mas de uma somatória de
fatores profissionais, humanos e sociais”.

Sendo assim, é importante refletir que, no cenário atual, com o mercado de trabalho muito competitivo,
não existe estabilidade nos empregos, com raríssimas exceções, é essencial que o profissional se mante-
nha empregável, ou seja, mantenha a empregabilidade em alta.

E como fazer isso?

O primeiro passo é a pessoa ter uma postura ética e se manter atualizada, seja fazendo cursos específicos
e de línguas – que é sempre um diferencial, ou participando de congressos, seminários e palestras.

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Do ponto de vista de Minarelli (1997), os pilares que dão suporte a empregabilidade são seis: a adequa-
ção vocacional, a competência profissional, a idoneidade, a saúde física e mental, a reserva financeira e
fontes alternativas e os relacionamentos.

Guarde essa ideia

Ainda de acordo com esse autor, quando esses seis pilares estão unidos, articulados e coesos vão gerar
segurança e empregabilidade ao profissional. Fique atento, caro (a), estudante, que não adianta ter ade-
quação profissional, competência ou estar atualizado em sua profissão, se não tiver uma postura ética, se
não possuir relacionamentos, se a saúde estiver fraca ou se não dispuser de reservas financeiras.
Vamos conhecer alguns pontos de destaque dos seis pilares que sustentam a ideia de empregabilidade,
segundo Minarelli. São eles:

 Adequação da profissão à vocação - fazer o que gosta é essencial para a automotivação e para
a produtividade. Há um ditado que diz, quem faz o que gosta não precisa trabalhar, pois faz tudo
com prazer.

 Competências – toda competência é constituída de três dimensões: conhecimento – é o saber;


habilidade – é o saber fazer; e a atitude – é o querer fazer.

Uma empresa deve ter profissionais com competências diversas e complementares, a fim de alcançar os
resultados esperados. Esse é um grande desafio, conseguir profissionais com as competências adequadas
para a organização e orquestrar essa diversidade de competências, pois é necessário haver sinergia entre
as pessoas para alcançar resultados diferenciados. Sinergia significa cooperação, e é um termo de origem
grega (synergía). Sinergia é quando dois objetos, ou até mesmo duas pessoas, agem da mesma forma
para atingir um determinado objetivo.

Fonte: LINK

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 Idoneidade – esse é um ponto essencial, pois para ser um bom profissional é preciso ser uma
boa pessoa. Uma pessoa ética que tem valores morais, tende a ser um profissional que respeita
os colegas e subordinados no ambiente corporativo. Atualmente as empresas não podem mais
admitir comportamentos antiéticos, pois isso impacta diretamente na imagem da empresa e na
produtividade. Além disso, ninguém consegue produzir em um ambiente que não seja saudável
e harmônico.

Resgatando do seu livro texto, é importante que os profissionais possuam “valores e parâmetros morais,
éticos e responsabilidades sociais individuais, que devem estar de acordo com os valores, posturas, ati-
tudes e políticas de cada empresa onde o profissional exerce suas atividades”.

Fonte: LINK

Saúde física e mental – há um provérbio latino, que foi retirado da Sátira X do poeta romano Juve-
nal, que afirma: “mens sana in corpo sano”, isto é, “uma mente sã num corpo são ou saudável”. Todas
as pessoas são seres biopsicossociais, ou seja, nós possuímos uma dimensão biológica – nosso corpo;
psicológica – nossa mente e sentimentos; e social – nossa relação com o outro, pois ninguém vive só no
mundo. Assim sendo, para produzir mais e melhor, precisamos cuidar de todas essas dimensões, fazendo
exercícios físicos regularmente, tendo uma boa alimentação, cuidando da higiene física e oral, lendo,
descansando e relaxando.

“A saúde mental pode ser analisada a partir do cotidiano das pessoas, hábitos de leitura, costumes e
como visualizam os diferentes relacionamentos”.

Reserva financeira e fontes alternativas de aquisição de renda – cultuar o hábito de manter uma
poupança, em qualquer tipo de investimento, é extremamente importante para o equilíbrio da vida pes-
soal e profissional. Muitas vezes as pessoas são surpreendidas por uma despesa extra, ou se interessam
em fazer determinado curso (que pode até ser fora do seu estado ou do seu país) ou ainda, tem vontade de

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participar de algum processo de desenvolvimento individualizado e não têm nenhuma economia guardada
nesse momento. Esse é um fator muito estressante, que pode até impactar na saúde do profissional.
Por outro lado, “aquele (profissional) que visualiza um futuro mais promissor deve entender que deve ter
fontes de recursos financeiros que possibilitem o investimento na carreira, pois a evolução profissional
envolve cursos de especialização e de capacitação, além de outros modelos que podem promover a em-
pregabilidade. Geralmente são considerados investimentos e, como tal, geram expectativas de retornos
no médio e longo prazo”.

Muitos profissionais ainda não se deram conta que a carreira deles é responsabilidade deles mesmos, e
ficam eternamente esperando que a empresa proporcione, ou melhor, pague os treinamentos.
De fato, alguns treinamentos são básicos e outros obrigatórios, no entanto, os processos de desenvolvi-
mento, que são mais caros, as empresas, normalmente, só disponibilizam para os funcionários que estão
atuando em cargos de liderança. E nada impede de um colaborador investir em seu desenvolvimento
pessoal. Essa iniciativa é, inclusive, um fator muito bem avaliado no cenário corporativo.

Relacionamentos, também chamado de networking – a palavra networking é de origem inglesa e é


constituída pela união de duas palavras: “Net”, que significa “Rede”; e “Working”, que significa “Traba-
lhando”. É através dos bons relacionamentos pessoais e profissionais que oportunidades aparecem, mas
não é fácil administrar sua rede de contatos com a vida corrida que as pessoas possuem.

Dica
É possível criar estratégias para manter o contato, por exemplo, marcar um happy hour
mensal com um grupo ou um almoço bimestral com outro grupo de interesse. Outra
coisa importante é fazer uma planilha para manter sua lista de contatos organizada e
atualizada, não pegue os cartões de visita recebidos e jogue em qualquer lugar. Você
pode guardá-los, mas antes, atualize os dados em sua planilha de contatos.

Outra dica é dividir, na planilha, seus contatos por um critério, por exemplo, nível de
intimidade – se é amigo ou conhecido; outra classificação possível é pessoas que estu-
daram com você ou que trabalharam com você em determinada empresa. Use qualquer
classificação, o importante é ter critérios para poder organizar.

Assista o Vídeo
Neste momento convidamos você a assistir ao vídeo: Empregabilidade o que é e como
mantê-la. Que tem aproximadamente treze minutos. É necessário que você pare a leitu-
ra e assista ao vídeo, pois essa é uma atividade obrigatória. Clique aqui para assistir.

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Neste vídeo você vai ver o caso de um profissional que passou por um momento de
transição de carreira e também assistirá a uma entrevista com Maíra Habimorad, vice-
-presidente da DMRH e da Companhia de Talentos. Na entrevista, Maíra Habimorad
afirma que o mercado de trabalho está ficando mais educado e dá dicas sobre empre-
gabilidade. Ela ressalta, entre outras coisas, que o profissional:

 Deve se autoavaliar para saber se a bagagem e as experiências que ele tem são interessantes
para o mercado;
 Deve entender a estratégia da empresa para saber como pode contribuir com ela;
 Deve perceber de que jeito está sendo visto pelo mercado;
 Não deve ficar pulando de emprego em emprego com menos de dois anos de trabalho, pois se
isso ocorrer com frequência, ele não vai ter a oportunidade de fechar os ciclos e poderá ficar com
a imagem comprometida.

Palavras do Professor

Espero que você tenha achado o vídeo interessante e tenha aprendido com as dicas de
Maíra Habimorad.

2.3 - O Primeiro Emprego

O primeiro emprego é uma etapa importante na vida da pessoa que vem repleta de desafios e oportunida-
des. Esse é um momento de significativas mudanças, pois ao ingressar no mercado de trabalho, a pessoa,
normalmente, tem uma visão completamente diferente da vida, a começar pela valorização do dinheiro
– que passa a ser fruto do seu próprio esforço.

É nesta fase que o profissional – iniciante – enfrentará o desafio de aprender a conviver com os mais
variados tipos de pessoas e de fazer tarefas que não são tão prazerosas quanto pareciam, isto é, ter uma
atitude profissional. Por outro lado, é um período de grande crescimento e no qual, muitas vezes, são
firmadas amizades que duram a vida toda.

Palavras do Professor

Prezado (a), aluno ,devemos compreender que quando uma pessoa passou, na vida acadêmica, pela expe-
riência de fazer um estagio supervisionado, o choque de realidade, no primeiro emprego, tende a não ser
tão forte, pois o estágio antecipa a convivência no ambiente corporativo. Isso faz com que o profissional,
apesar de inexperiente, tenha menos dúvidas, pois já vivenciou, mesmo que por pouco tempo aquela

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experiência. De acordo com seu livro texto o estágio supervisionado tem objetivos gerais bem fáceis de
entender, vamos relembrar:

• Integrar o processo de ensino-pesquisa-aprendizagem: A ideia desse item é ressaltar as vantagens


de aplicar na prática empresarial as teorias aprendidas na vida acadêmica;

• Contribuir para a formação de um profissional que detenha um conhecimento amplo, profundo e


articulado da realidade organizacional. O fato de poder participar de forma integrada das atividades e
ações que podem sustentar o processo decisório, bem como a liderança, dá um pouco de maturidade ao
profissional iniciante;

• Oferecer uma oportunidade para o estudante elaborar uma reflexão fundamentada na área de seu
maior interesse pessoal, profissional e/ou acadêmico, por meio do exercício investigatório. A ideia aqui é
fomentar a iniciativa de ir a busca de alternativas que possibilitem o alcance de resultados diferenciados;

• Instrumentalizar o estudante para a atitude do “aprender a aprender”, de forma que, em etapas


posteriores à sua graduação, o estudante sinta-se capaz de elaborar diagnósticos, planos de melhorias,
programas de avaliações e interpretações compatíveis com a realidade organizacional. Ao chegar à vida
profissional o estudante é obrigado a ampliar seu conceito de mundo e deixar de esperar que o professor
diga o que está certo e o que está errado. Se ele não desenvolveu competência crítica, certamente terá
muitas dificuldades de agir com autonomia quando lhe for dada a possibilidade de fazer diagnóstico e de
decidir que ação é mais adequada naquele momento.

Outra possibilidade de chegar ao primeiro emprego com alguma experiência é participando de um progra-
ma de trainee.

Mas afinal o que significa um programa de trainee?

Um programa de trainee tem por objetivo captar, desenvolver, estimular e reter pessoas em início de car-
reira profissional e que demonstrem ter alto potencial. Como o programa de trainee é um investimento da
organização que dura em média de um a três anos, normalmente há poucas vagas e uma seleção rigorosa
para ser aprovado e entrar em um programa de trainee.
Os selecionados serão preparados para assumir posições estratégicas no futuro. Interessante destacar
que os profissionais que participam de um programa de trainee geralmente recebem um bom salário, além
de diversos benefícios e enquanto estão no programa são contratados pelo regime da CLT.

Geralmente as organizações que promovem esse tipo de programa são multinacionais e outras grandes
empresas, que estejam dispostas a investir tempo e dinheiro nos seus novos talentos. No Brasil, os pro-
gramas de trainees mais conhecidos e concorridos são os da Gerdau, Unilever, Ambev, Procter e Gamble,
entre outros.
As organizações que possuem programas de trainee, normalmente possuem uma cultura de valorização
de talentos, de inovação e de suporte ao desenvolvimento profissional, características que auxiliam na
retenção de talentos.
Muitos jovens que estão no último ano de faculdade ou terminaram a graduação recentemente (nor-
malmente dois anos) se interessam em participar de programa de trainees pela oportunidade de obter

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experiência, de ter a chance de desenvolver o perfil de liderança e de crescer profissionalmente, além dos
benefícios da remuneração.

2.3.1. Recomendações para a obtenção de um bom emprego

A obtenção de um bom emprego é fruto de uma junção de fatores, por exemplo, uma boa formação acadê-
mica, o perfil profissional do candidato, a maturidade pessoal e profissional, bom senso de oportunidade,
demonstrar comprometimento com educação continuada e até um pouco de sorte, entre outros itens.

Palavras do Professor

Por que falamos em sorte? Quando as oportunidades aparecem, só quem está preparado vai poder apro-
veitar, mas em alguns casos o profissional está preparado, mas não está no lugar certo e na hora certa.
Mas como ninguém pode controlar a sorte é preciso dar foco aos itens que podem ser trabalhados e
desenvolvidos, como por exemplo, o seu currículo.

Nesse trecho sobre currículo, usaremos como base um trabalho de, Lorena Bezerra (2012) que é mestre
em Administração; Especialista em gestão de Pessoas; coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da
Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco; possui duas certificações internacionais como Coach –
o coaching é um processo de desenvolvimento humano – e vem trabalhando o tema de gestão de carreira,
quer seja produzindo material escrito, ou na prática de coaching de carreira.

Caro (a) estudante, o termo Curriculum Vitae vem do latim e literalmente quer dizer ‘resumo da vida’. Nos
Estados Unidos é muito comum ouvir a denominação ‘résumé’, diferente do Brasil e da Europa, onde se
usa mais a palavra currículo.

Esse documento é um passaporte para uma colocação no mercado de trabalho e é muito importante
aprender a prepará-lo de forma que valorize suas qualidades acadêmicas, profissionais e os resultados
obtidos ao trabalhar em outras organizações.

O currículo é fruto de uma construção continua, pois ninguém elabora um currículo maravilhoso sem ter
se esforçado antes, seja estudando ou adquirindo experiências de trabalho. É muito importante estar em
constante desenvolvimento, por exemplo, participando de cursos, de congressos e, inclusive, fazer traba-
lho voluntário, para poder obter um bom ‘recheio’, a fim de preencher o currículo. O trabalho voluntário
é uma excelente oportunidade para o jovem que está em busca do primeiro emprego, demonstrar sua
proatividade e seu interesse pela responsabilidade social.

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Dica

Muitas pessoas pensam que um currículo é um documento burocrático que simplesmente relata uma
trajetória profissional e não é bem assim. Hoje em dia o mercado de trabalho é muito exigente e o modo
como este documento é escrito é quase tão importante quanto o conteúdo do texto. Ele é o seu primeiro
contato com a empresa que deseja trabalhar e será analisado e observado nos mínimos detalhes.

A finalidade de um currículo é apresentar positiva e adequadamente um candidato a uma vaga, a fim de


possibilitar a realização de uma entrevista no processo de seleção e, consequentemente, conseguir uma
vaga no mercado de trabalho. Mesmo quem já está inserido no mercado de trabalho deve manter seu cur-
rículo atualizado, pois esse documento pode ser solicitado para dar suporte a um processo de progressão
de carreira (promoção), ou mesmo para apresentá-lo diante um convite para um novo emprego.

Caro (a), estudante, entenda que não existe “receita de bolo” para elaborar um currículo e nem para
conseguir um emprego. Mas alguns cuidados são fundamentais para fazer uma boa apresentação de si
mesmo para a empresa que está avaliando você como um potencial colaborador. Independente do cargo a
ser preenchido, o currículo deve evidenciar as habilidades, conquistas e experiências do candidato, a fim
de distingui-lo de uma multidão de outros candidatos.

Em seu livro-texto encontramos a seguinte afirmativa: um bom curriculum vitae serve como um ponto de
partida para um relacionamento duradouro, se você tem pouca ou nenhuma experiência, deixe claro em
seu currículo qual é o seu perfil; por exemplo, não adianta dizer que é uma pessoa proativa, se nada em
seu perfil demonstra essa proatividade.

E como você pode ser proativo se está começando a vida profissional?

Destacando a sua participação de eventos como congressos, fóruns, palestras, etc. Caso você já tenha
algumas experiências profissionais, ressalte que resultados você tem alcançado e agregado às organiza-
ções em que trabalhou. Relembre as três recomendações básicas sobre currículos:

 Formação acadêmica - a formação acadêmica tende a ajudar o profissional a ter uma melhor
visibilidade por parte da empresa.

 Informação e cultura – Informação e cultura estão intimamente relacionadas aos hábitos de lei-
tura e a procura de informações. É importante que o candidato esteja atualizado em relação ao
mercado onde a empresa atua.

 O curriculum vitae deve ser sucinto e completo – além de conter todas as informações neces-
sárias e ressaltar o que o candidato conseguiu conquistar com seu trabalho nas experiências
anteriores, os currículos devem ser elaborados de acordo com as características de cada empresa
para onde será enviado.

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Dica
Ainda em relação à elaboração do currículo, esteja atento para evitar os seguintes
erros:
1. Erros ortográficos não são perdoados;
2. Informações desatualizadas;
3. Colocar pretensão salarial sem ter sido solicitado;
4. Um resumo de qualificações muito extenso e “glorioso”. Seja claro e objetivo.
5. Não endereçar o documento (seja através do Correio ou e-mail). Coloque o nome da
pessoa e, se possível, o cargo. É aconselhável, sempre que possível, fazer uma sucinta
carta de apresentação.
6. Mentiras. Não vale a pena e também é um pecado raramente perdoado.

No entanto, se você seguir todas as recomendações e mentir, ou se não possuir os


conteúdos que o mercado demanda, outra pessoa poderá oferecer essas qualidades
ao mercado.

2.4 – Diagnóstico pessoal

Palavras do Professor
Neste item, caro estudante, vamos começar a refletir sobre a importância do planeja-
mento de uma carreira. Além de ter clareza das metas e dos objetivos a serem alcan-
çados, é essencial identificar o cenário em que se está inserido. Dentro desse contexto
é necessário entender o que o mercado necessita, assim como o que o profissional tem
a oferecer.

O diagnóstico começa com a autoavaliação e a identificação dos pontos fortes e dos


pontos fracos – que precisam ser desenvolvidos. No entanto, como nossa percepção
sobre nós mesmos é parcial, precisamos do feedback de outras pessoas para nos co-
nhecer melhor.

Um excelente caminho nesse processo é contratar um profissional experiente – um


coach de carreira – que saiba usar ferramentas adequadas para garantir que haja me-
nor influência dos ‘achismos’ da percepção e que o eu real seja identificado. No seu
livro-texto há uma adaptação da matriz SWOT – uma ferramenta de análise de cenários
– que você pode fazer como exercício de autopercepção.

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2.4.1 Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) e portfólio

Palavras do Professor
Neste item você encontra a diferença entre PDI – plano de desenvolvimento individual
e portfólio. Se por um lado o plano de desenvolvimento individual estrutura objetivos,
metas, competências existentes e a desenvolver dentro de um espaço de tempo; por
outro lado o portfólio seria composto pelas comprovações das competências adquiri-
das. É importante ressaltar que há uma diferença entre ter os certificados e conseguir
colocar as competências na pratica para serem mensuradas.

Acesse o Ambiente virtual


Caro (a), aluno (a), chegamos ao final da nossa II unidade, acesse o ambiente e respon-
da as atividades e os fóruns avaliativos. Surgindo dúvidas, pergunte ao seu tutor.
Espero que estejam gostando.

Nos veremos em breve, até lá!

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