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Do livro "Psicoterapia Existencial", de Valdemar A.

Angerami:

Angústia

Produzido por Nicolas Ibarra (335650), Gustavo Paqueli (310479) e


Erik de Carvalho (310477)

Existencialistas
"Angústia não é um sentimento negativo, ela é uma experiência."

ANGÚSTIA - EXISTÊNCIA
Consciência de liberdade é

HUMANA
angústia: Escolhas
Morte como angústia É acessível apenas aos que
O mundo é aquilo que decidimos
chegam a uma consciência
que ele é reflexiva de sua liberdade
Somos nós mesmos "a fonte
original da possibilidade"

"A angústia seria, assim, o objeto primário de sofrimento da própria


existência, ou ainda a particularidade ou individualidade da condição
humana."
Angústias
ANGÚSTIA DA LIBERDADE

Surge quando nos tornamos conscientes de nossa responsabilidade


em escolher - de que somos condenados a agir, optar. Num mundo
criado por nós mesmos, somos seus protagonistas, e, portanto, seus
agentes para moldá-lo conforme a nossa liberdade.

Angústias
ANGÚSTIA DA LIBERDADE

"Angústia pode-se comparar à vertigem. Aquele, cujos olhos se


debruçam a mirar uma profundeza escancarada, sente tontura.
Mas qual a razão? Está tanto no olho quanto no abismo. Não
estivesse ele encarado a fundura!... Deste modo, a angústia é a
vertigem da liberdade, que surge quando o espírito quer
estabelecer a síntese, e a liberdade olha para baixo, para a sua
própria possibilidade, e então agarra a finitude para nela firmar-
se."
(Kierkegaard,1844/2015, p.67)
Angústias
ANGÚSTIA DO AQUI-AGORA

'A Angústia do aqui agora se manifesta de duas formas, sendo elas negativa e
positivamente consecutivamente:
- Existem objetos eternos, mas o homem não é eterno e por isso não se junta a sua
eternidade;
- A natureza do homem é de ser um ser temporal, com história individual integrada em um
determinado local no espaço e no tempo;
Essa condição do aqui-agora determina também o condicionamento do homem estar
confinado a uma era e região especificas, impedindo-o de se identificar com a humanidade
Angústias
ANGÚSTIA DE SER

"Ser tudo inclui ser nada.". Ninguém e nada poderiam nunca ter existido e nós
podemos deixar de existir num instante. Ademais, segundo os existencialistas,
desde que só Deus pode dar sentido a vida e Deus não existe, o ser é
intrínsecamente sem sentido. Entretanto, isso signfica, também, que o homem é,
como Nietzsche coloca: "O homem como Deus, como amor, como poder".
"Angústia", por Graciliano
Ramos
A ANGÚSTIA DO ROMANCE
Narrado por Luís da Silva, o livro conta a respeito da introspectiva pessoal do
personagem e no aspecto psicológico sofrido por ele. Após o rompimento de seu
noivado com Marina ao descobrir uma traição com Julião Tavares, o personagem entra
num profundo sentimento de angústia, o qual exprime durante a obra.
Lutando para conseguir dinheiro e assombrado pelo seu passado, Luís se vê cada vez
mais perdendo brilho pelo mundo exterior e se machucando no mundo interior. Numa
de suas obsessões, vem seguindo Julião Taveres e encontra uma oportunidade e
estrangula seu rival, ganhando um sentimento de poder, força, euforia e súbita
felicidade, onde seus sofrimentos sumiram.
No entanto, seu medo e desespero voltam, com o medo de ser descoberto. Luís se livra
dos vestígios do crime, volta pra casa, mas sua angústia nunca o deixa e ele vive
constantemente sufocado nesse sentimento.
"Arisu, quando você vivia no mundo anterior, com
quantas pessoas você conseguia expressar o que
realmente sentia? Mentiras, enganação, pretensão,
aqui todas essas coisas somem. Você só vê a
verdadeira face de alguém quando ela entende a
iminência da morte. Não é essa a comunicação mais
pura? De todas as pessoas, você está segurando
algo que quer falar? Lembre-se que hoje podemos
morrer a qualquer momento!"

-Ginji Kyuuma, em Alice In Borderland (cap. 34)


(Trad. nossa)
Referências:
ANGERAMI, Valdemar. Psicoterapia Existencial. 4. ed. São Paulo: Thomson

Learning Brasil, 2007.


RAMOS, Graciliano. Angústia. 91ª edição. Rio de Janeiro: Record, 2019.
KIERKEGAARD, Søren. O conceito da angústia: uma simples reflexão

psicológica-demonstrativa direcionada ao problema do pecado

hereditário.. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2013. 198 p. Tradução de Álvaro Luiz

Montenegro Valls.
Referências:
ASO, Haro. Imawa no Kuni no Alice (capítulo 33 ao 35). 1a ed. Tóquio: Editora
Shogakukan, 2010
JÚNIOR, Oswaldo Giacoia. Kierkegaard: Angústia e Esperança. Casa do Saber.
Youtube BR. Publicado em 10 de abril de 2018. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=VjGGl4EREAo>. Acesso em: 08 de


setembro de 2022.
SILVA, Ellen Fernanda Gomes da e BARRETO, Carmem. Angústia como
constitutiva da existência: ressonâncias para a clínica psicológica. Rev.
abordagem gestalt. [online]. 2020, vol.26, n.2 [citado 2022-09-12], pp. 220-231 .
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1809-68672020000200010&lng=pt&nrm=iso>. ISSN
1809-6867. http://dx.doi.org/10.18065/2020v26n2.9.

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