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Direito Eleitoral

Direito Eleitoral é o ramo do direito público que trata dos institutos relacionados com os
direitos políticos e das eleições em todas fases, como forma de escolha.

Aula 2: Perdida

Aula 3:

Sufrágio é o direito abstrato

Ação de impugnação de candidatura é a ação que deve fazer quando um candidato tem
20 anos e não 21 e não deve assumir segundo a lei.

Acordão de 17/03/2020 – decisão sobre a eleição de 2012 que

Aula 4:

Princípio da obrigatoriedade do voto-> Querendo ou não você tem que se dirigir a uma
zona eleitoral e votar sobre pena de multa.

Partidos Políticos:

Regras do partido, para se eleger precisa estar filiado a um,

Júri Simulado:

MP: Mario Santos era diretor do hospital e queria ser prefeito, contrata sem concurso
público 10 técnicos de enfermagem.

Defesa: RESP 264, AGrv Intern Recursal 924, não há o que falar em propaganda
eleitoral por mera citar a candidatura

Diante do caso muito bem apresentado e defendido tanto pela promotoria quanto
a defesa, é fundamental realizar uma ponderação antes de declarar o voto. A promotoria
fez uma análise cronológica dos fatos de que constatava que no início de 2019 Mario
ocupava a função de diretor do hospital e contratou sem concurso público 10 técnicos de
enfermagem, tendo já expressado o desejo de se tornar prefeito. Em maio do mesmo
ano, foi criado um Centro Social pelo futuro candidato em que era atendido pessoas
carentes, tendo a continuidade da campanha política. Nesse contexto, em junho teve-se
festa junina que foi organizada para arrecadar fundos para obras em casas. Assim, existe
a alegação de relatos de moradores de que foram oferecidos tijolos e cimentos caso os
votos fossem direcionados ao Mário.
Desse modo, é arguido pela promotoria a irregularidade desses fatos citados,
estando a criação Centro Social enquadrada no enunciado do artigo 73 § 11º, da Lei
9.504/1997 de vedação da execução de programas sociais durante a Campanha
Eleitoral, se relacionando com a captação ilícita de sufrágio e um interesse de atrair
eleitores por um serviço social, podendo afetar a livre vontade do eleitor. Sendo
defendido pela promotoria a cassação do registro da candidatura, vide o artigo 41-A do
9.504/1997 e artigo 109 da Resolução 23.610 do TSE, além da já citada Lei 9.504/1997.
Referente ao oferecimento dos tijolos, a promotoria alegou que seria uma questão
importante no exercício do sufrágio, estando relacionada a captação ilícita de sufrágio

Por outro lado, a defesa durante sua fala optou por ser mais diretas no fato e
abordou que durante todas as situações descritas pelo Ministério Público não ocorreu
nenhum pedido explícito de voto. Além disso, deve-se frisar que se trata de um
momento em que se estava em pré-candidatura, ou seja, Mário ainda não estava
registrado oficialmente como candidato a prefeitura do município. Assim sendo é
arguido pela defesa que Mario deve ser absolvido da ação na forma do artigo 386, VI do
CPP.
Em face ao exposto, é fundamental considerar no voto que a promotoria durante
a fala e conseguiu evidenciar uma possível situação de captação ilícita de sufrágio, no
entanto não conseguiu evidenciar um nexo causal claro e material probatório que
consolidasse esse entendimento. Outrossim, a defesa conseguiu evidenciar fatos que
devem ser considerados de não ter tido um pedido explícito de voto, Mário estar na pré-
candidatura e não pode ocorrer a distorção da tipificação do fato.

Nesse contexto, é importante citar as duas jurisprudências do assunto:

0000152-97.2012.6.18.0008

RESPE - Recurso Especial Eleitoral nº 15297 - AMARANTE - PI

Relator(a) Min. Gilmar Mendes

ELEIÇÕES 2012. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL


ELEITORAL. PREFEITO E VICE-PREFEITO. ABUSO DE PODER.
DISTRIBUIÇÃO DE BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS E DE LOTES AOS
MUNÍCIPES. DESPROVIMENTO DOS RECURSOS.

1. Suposto rejulgamento da causa em embargos declaração. Omissões qualificadas que


justificaram o empréstimo de eficácia suspensiva, mormente quando se sabe que a
jurisprudência "dos Tribunais Superiores é uníssona no sentido de admitir, em caráter
excepcional, o acolhimento de embargos de declaração para a correção de premissa
equivocada" (RO nº 703-11/SP, rel. Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, julgado em
23.2.2016), conforme reconheceu o próprio acórdão regional, quando ssentou que não
existia lei autorizando os programas sociais, mas havia a Lei Municipal nº 740/2004,
ainda não juntada aos autos na ocasião do julgamento do recurso eleitoral.

2. Juntada da Lei nº 740/2004 em fase de recurso eleitoral. Na linha da jurisprudência


do STJ, "somente os documentos tidos como indispensáveis, porque 'substanciais' ou
'fundamentais', devem acompanhar a inicial e a defesa. A juntada dos demais pode
ocorrer em outras fases e até mesmo na via recursal, desde que ouvida a parte contrária
e inexistentes o espírito de ocultação premeditada e de surpresa do juízo" (REsp nº
431.716/PB, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, Quarta Turma, julgado em
22.10.2002). O TSE entende que se admite "a juntada de documentos novos na hipótese
do art. 397 do CPC" (AgR-REspe nº 35.912, rel. Min. Marcelo Ribeiro, julgado em
1º.12.2009). 2.1. O primeiro acórdão regional que concluiu pela cassação dos diplomas
de prefeito e de viceprefeito, bem como aplicou-lhes multa já havia considerado a
existência da Lei nº 740/2004. 2.2. O teor e a vigência da referida lei são de
conhecimento do órgão julgador regional, porquanto sua aplicação foi expressamente
analisada para afirmar que a sua juntada em nada modificava o quadro fático-jurídico da
causa. 2.3. Ausência de prejuízo à parte contrária, mormente quando se verifica que não
há contestação quanto ao conteúdo da legislação municipal.

3. Mérito. Na perspectiva do Direito Eleitoral, a Constituição Federal é expressa ao


afirmar a proteção à "normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta" (art. 14, § 9º). No âmbito infraconstitucional, a Lei das
Eleições, por meio de seu art. 73, protege o princípio da igualdade de chances ou
paridade de armas entre os contendores candidatos, partidos políticos e coligações ,
entendido assim como a necessária concorrência livre e equilibrada entre os partícipes
da vida política, sem o qual fica comprometida a própria essência do processo
democrático.

4. Concessão de benefícios assistenciais. Art. 73, § 10, da Lei nº 9.504/1997 e abuso de


poder. O acórdão regional expressamente consignou que: i) a concessão de benefícios
assistenciais estavam amparados em lei e em execução orçamentária no ano anterior; ii)
o aumento das concessões não ocorrera de forma abusiva; iii) existia critério na
distribuição dos benefícios, padronizado desde 2009; iv) ausência de mínima prova
indiciária acerca de conotação eleitoral, como pedido de votos, entre outras
circunstâncias; v) o prefeito sequer participava da distribuição, mas apenas os servidores
do município. Não há, pois, violação ao art. 73, § 10, da Lei nº 9.504/1997, valendo
ressaltar o entendimento do TSE no sentido de que "o incremento do benefício (de 500
para 761 cestas básicas) não foi abusivo, razão pela qual não houve ofensa à norma do
art. 73, § 10 da Lei nº 9.504/97" (AgR-REspe nº 9979065-51/SC, rel. Min. Aldir
Passarinho Junior, julgado em 1º.3.2011).

5. Concessão de direito real de uso Lotes. Art. 73, § 10, da Lei nº 9.504/1997 e abuso de
poder. O acórdão regional demonstrou que: i) a distribuição de terrenos se dera em
continuidade a programa social estabelecido em lei e em execução orçamentária no ano
anterior ao da eleição; ii) não há provas de desvio de finalidade do programa, a ensejar o
reconhecimento de abuso de poder; iii) a simples leitura da Lei Municipal nº 740/2004
revela que há regramento específico a respeito da possibilidade de concessão de direito
real de uso de modo oneroso, o que afasta de plano o art. 73, § 10, da Lei nº 9.504/1997,
que pressupõe distribuição gratuita.

6. Inviável no caso concreto o novo enquadramento jurídico dos fatos, pois necessário
seria o reexame das provas dos autos, o que não se coaduna com a via do recurso
especial eleitoral.

7. Divergência jurisprudencial não demonstrada.

8. Recursos especiais desprovidos.


AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL N° 924-40.
2012.6.20.0029 - CLASSE 32— IPANGUAÇU - RIO GRANDE DO NORTE

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. ELEIÇÕES 2012.


PREFEITO. VEREADOR. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL.
CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO E ABUSO oo

PODER ECONÔMICO. DESPROVIMENTO.

1. Consoante a atual jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, a licitude da prova


colhida mediante interceptação ou gravação ambiental pressupõe a existência de prévia
autorização judicial e sua utilização como prova em processo penal.

2. A prova testemunhal também é inviável para a condenação no caso dos autos, tendo
em vista que as testemunhas foram cooptadas pelos adversários políticos dos agravados
para prestarem depoimentos desfavoráveis.

3. As fotografias de fachadas das residências colacionadas aos autos constituem


documentos que, isoladamente, são somente indiciários e não possuem a robustez
necessária para comprovar os ilícitos.

4. A condenação pela prática de captação ilícita de sufrágio ou de abuso do poder


econômico requer provas robustas e incontestes, não podendo se fundar em meras
presunções. Precedentes.

5. Agravo regimental desprovido

Diante dos fatos, voto contra o provimento da ação, com base em um


entendimento jurisprudencial, citando o entendimento do TSE de “A condenação pela
prática de captação ilícita de sufrágio ou de abuso do poder econômico requer provas
robustas e incontestes, não podendo se fundar em meras presunções”. Assim sendo,
durante

Juri Simulado G2
Ação MP AIJ abuso de uso de meios de comunicação pelo atual prefeito, uso de fake
News ao dizer que estava disparando nas pesquisas quando não tinha nenhuma
causando desinformação.
Art. 22 da Lei Complementar 64/1990 – abuso de poder. Teve excesso no uso dos meios
de comunicação por ter sido realizado uma desinformação gerando um desequilíbrio do
pleito eleitoral. Devendo ser feita uma investigação, podendo ser enquadrado como
abuso de poder.
Art. 326-A do Código Eleitoral, inquérito policial – difamação pelo réu, ameaça ao
Estado Democrático de Direito e sistema eleitoral

Defesa

O candidato não aparece sistematicamente em matérias, não tem excesso na utilização


do meio de comunicação. Juiz deve julgar improcedente o pedido de elegibilidade,
atende as exigências na lei vigente

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