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Prática V – MANDADO DE INJUÇÃO

Aluna: Natalia Ferreira Nepomuceno


1. Defina mandado de injunção e identifique em quais legislações e
artigos tratam sobre o tema.
Nas palavras de Dirley da Cunha Júnior, o Mandado de Injunção constitui
ação especial de controle das omissões do Poder Público, quando a
inércia estatal inviabiliza o desfrute de algum direito fundamental. Por
essa razão está condicionado a existência de uma relação de causalidade
entre a omissão do Poder Público e a impossibilidade do gozo de um
direito fundamental.
Tratam sobre o tema a CRFB/88, no artigo 5º, inciso LXXI e a Lei 13.300
de 2016.
2. O STF adota a corrente concretista ou não nas decisões proferidas
em sede de MI. Justifique.
De acordo com a doutrina majoritária, o STF adota a corrente que Dirley
da Cunha Júnior chama de Concretista Direta, que teve como grande
marco de mudança de entendimento o MI 721, de relatoria do ministro
Marco Aurélio e o MI 712, cujo relator foi Eros Grau. Entende-se que o
Supremo alcançou o ponto mais alto de sua evolução neste momento,
quando decidiu pela primeira vez pela concretização direta do direito
fundamental, sem a necessidade de obter título judicial hábil na instância
ordinária.
3. Em razão da proximidade entre os institutos, os legitimados
coletivos para o mandado de injunção são os mesmos para o
mandado de segurança?

Não. Em conformidade com o art. 12 da Lei 13300 de 2016, o MI coletivo


pode ser promovido pelo MP, quando a tutela requerida for especialmente
relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos
interesses sociais ou individuais indisponíveis; por partido político com
representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de
direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com
a finalidade partidária; por organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1
(um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas
em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na
forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial e pela Defensoria Pública,
quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos
direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos
necessitados. Já para o MS, são legitimados pessoas físicas, jurídicas,
nacional ou estrangeira, residente ou não no Brasil, assim como órgãos
públicos despersonalizados e as universalidades reconhecidas por Lei.

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