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INTRODUÇÃO

O projeto integrado foi realizado através de pesquisa bibliográfica e pesquisa


de campo, para observar o Desenvolvimento Infantil, com objetivo de mostrar
os fatos referentes a essa área da Psicologia.

Vale ressaltar que para os pesquisadores trazerem o conhecimento do


desenvolvimento humano se faz necessário a colaboração de diversas
disciplinas como a psicologia, psiquiatria, sociologia, antropologia, biologia,
genética, ciência da família, educação, história e medicina. (Papalia e Feldman,
2013).

Com o intuito de trazer mais conhecimento sobre essa área relacionada ao


campo da Psicologia, foi realizada a observação com duas crianças de quatro
anos, ou seja, crianças na fase da segunda infância, onde elas executam as
atividades psicomotoras, intelectuais, sociais e de vida diária, sendo a infância
o período que ocorre mais mudança no desenvolvimento humano.

O conceito de desenvolvimento teve origem nas ciências biológicas. Fitzgerald


et al (1983).

“Um conceito de pré-formação (proposto por Leibniz 1646-1716), afirmou que o


desenvolvimento era meramente expansão de um organismo já formado
frequentemente chamado de homúnculo. Os ovulistas (por exemplo,
Schwammerdam 1637-1723) pensavam que o homúnculo estava dentro do
óvulo e que o esperma somente iniciava o processo de expansão. Os cultistas
animais (por exemplo van Leeuwenhoek, 1632 -1723) colocaram o homúnculo
dentro do esperma e pensavam que o óvulo fornecia nutrimento ao organismo
em desenvolvimento” (Fitzgerald et al, 1983, p.18)

Já em 1758, o alemão Wolff surgiu com um conceito que o desenvolvimento


era um processo contínuo, contrariando os que defendiam que o organismo
ocorre através de um desenvolvimento de um todo já completou, sua
concepção era que o “desenvolvimento era um processo em que cada novo
nível de organização era uma reorganização de níveis anteriores, não uma
adição de níveis anteriores aos subsequentes”, conceito que recebeu o nome
de epigênese. (Fitzgerald et al, 1983).

E assim foram surgindo diversos conceitos em relação ao desenvolvimento


humano.

De acordo com Mota (2005, apud MARCONDES, et al. 1991) “o


desenvolvimento humano é a capacidade do ser humano de desempenhar
funções cada vez mais complexas”.

Para Papalia e Feldman (2013, p. 36) “O campo do desenvolvimento humano


seria o estudo científico dos processos sistemáticos de mudança e estabilidade
que ocorrem nas pessoas.”

Portanto, o desenvolvimento está atrelado a um processo de evolução, em que


nós caminhamos ao longo de todo o ciclo vital. Essa evolução, nem sempre
linear, se dá em diversos campos da existência, tais como afetivo, cognitivo,
social e motor. (Papalia e Feldman, 2013).

Dessen (2005, Apud, Magnusson e Cairns, 1996) referiu-se à ciência do


desenvolvimento, com o conjunto de estudos interdisciplinares que se dedicam
a entender os fenômenos relacionados ao desenvolvimento dos seres
humanos, que engloba as áreas social, psicológica e bi comportamental.

“Ao contrário de muitas áreas em psicologia, a ciência do desenvolvimento


surgiu da necessidade de resolver problemas práticos e evoluiu em função de
pressões para melhorar a educação, a saúde, o bem-estar e o status legal de
crianças e suas famílias” (Hetherington, 1998, p. 93).

Ainda como afirma Papalia, Oldos e Feldman (2000) os cientistas do


desenvolvimento falam sobre o desenvolvimento físico, desenvolvimento
cognitivo e desenvolvimento psicossocial, esses aspectos do desenvolvimento
estão relacionados uns com os outros, durante a vida toda, O desenvolvimento
físico envolve o crescimento do corpo e do cérebro, das capacidades
sensoriais, das habilidades motoras e da saúde, e podem influenciar outros
aspectos do desenvolvimento. O desenvolvimento cognitivo constitui na
mudança e a estabilidade nas capacidades mentais, como aprendizagem,
memória, linguagem, pensamento, julgamento moral e criatividade, e o
desenvolvimento psicossocial é a mudança da estabilidade na personalidade e
nos relacionamentos sociais, o qual pode influenciar o funcionamento cognitivo
e físico.

Mota (2005, apud Biaggio 1978) esclarece que os aspectos da psicologia do


desenvolvimento humano, estuda variáveis internas e externas de cada
indivíduo e que levam a mudanças no comportamento, no período de
transformação. (infância, adolescência e envelhecimento).

“Variáveis internas podem ser entendidas como aquelas ligadas à maturação


orgânica do indivíduo, as bases genéticas do desenvolvimento. Recentemente,
os processos inatos que promovem o desenvolvimento humano voltam a ser
discutidos por teóricos do desenvolvimento humano” (Mota, 2005, apud Cole &
Cole, 2004, p. 105-111).

“As variáveis externas são aquelas ligadas à influência do ambiente no


desenvolvimento. As abordagens sistêmicas de investigação do
desenvolvimento humano há muito chamam atenção para a importância de se
entender as diversas interações que ocorrem nos múltiplos contextos em que o
desenvolvimento se dá. Incluindo-se nesta discussão uma análise do momento
histórico em que o indivíduo se desenvolve”

Por tanto, esta ciência tem sido considerada promissora para o estudo
científico do curso de vida, onde o processo é marcado por dinâmicas inter-
relações entre os sistemas que existem dentro e fora da pessoa.
(CERQUEIRA; DESSEN; COSTA JUNIOR, 2011).

Para uma compreensão melhor do desenvolvimento infantil iremos abordar o


desenvolvimento da segunda infância sob as teorias de diversos teóricos como
Piaget, Lev Vygotsky, Henry Wallon, Freud, Erik Erickson entre outros.

Mota (2005) salienta que psicólogos do desenvolvimento estudam as


mudanças, e não nos oferece nenhuma informação sobre questões
fundamentais ao estudo do desenvolvimento humano. Perguntas como o que
muda? Como muda? E quando muda? São frequentemente abordadas de
forma diferentes por várias abordagens teóricas que descrevem o
desenvolvimento humano.
Papalia et al. (2005) também destaca sobre como o trabalho dos cientistas do
desenvolvimento pode ter grandes consequências na vida das pessoas. Os
resultados das pesquisas muitas vezes têm finalidades na criação, educação e
saúde das crianças, e nas normas sociais em relação a elas.

O presente estudo tem como finalidade entender o desenvolvimento infantil na


idade de 4 anos, em relação às aquisições psicomotoras, intelectuais, sociais e
atividades de vida diária.

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