1 - obstar o trânsito em julgado quando interposto
em face de sentença; ou
2 - a preclusão quando interposto em face de
decisão interlocutória.
Além desses: devolutivo e o suspensivo.
EFEITO DEVOLUTIVO
▪ Efeito devolutivo o recurso tem o efeito de devolver
(transferir) ao órgão jurisdicional hierarquicamente superior (tribunal ad quem) o exame de toda a matéria impugnada.
aplica-se a todos os recursos, não só a apelação
(entendimento majoritário)
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento da matéria impugnada. EFEITO DEVOLUTIVO
▪ Parte da doutrina entende que os embargos de
declaração não possuem o efeito devolutivo – por serem julgados pelo próprio órgão prolator da decisão embargada, não se destinam exatamente ao reexame de matéria já decidida, mas apenas visam ao esclarecimento de ponto obscuro ou contraditório, integração de ponto omisso ou correção de erro material (art. 1.022). EFEITO DEVOLUTIVO
▪ A apelação devolve ao tribunal apenas o conhecimento
da matéria impugnada (‘tantum devolutum quantum appellatum’), mas estão ressalvadas as hipóteses de matéria apreciável de oficio (ex. art. 1.013, §§ 1º a 3º) chamado de efeito translativo do recurso. EFEITO TRANSLATIVO
▪ O efeito translativo O poder dado pela lei ao juiz
para, na instância recursal, examinar de ofício as questões de ordem pública não arguidas pelas partes. São casos em que o sistema processual autoriza o órgão ad quem a julgar fora das razões ou contrarrazões suscitadas pelas partes, hipóteses estas que não consistirão em julgamento extra, ultra ou citra petita.
Ex. nulidade processual; falta de condição da ação.
EFEITO SUSPENSIVO
▪ Efeito suspensivo impedimento da produção
imediata das consequências e dos resultados da decisão recorrida.
Regra suspensividade (art. 995) se a lei silencia, o
recurso produz efeito suspensivo.
No entanto, boa parte dos recursos não tem tal efeito,
conforme será visto no estudo de cada um dos recursos. EFEITO SUBSTITUTIVO
▪ Efeito substitutivo substituição da decisão recorrida
no que tiver sido objeto de recurso (art. 1.008).
A substituição é apenas da parte impugnada. A parte não
impugnada, esta permanece íntegra. No caso de uma apelação apenas parcial, o título executivo é formado pela sentença, na parte transitada em julgado, e pelo acórdão. EFEITO SUBSTITUTIVO
▪ Provimento do recurso para invalidação da decisão
impugnada -> não há substituição da decisão recorrida, mas sim anulação ou cassação, com a conseguinte remessa dos autos ao juízo de origem para que outra decisão seja proferida em lugar da anulada.
Atenção sendo cassada sentença terminativa (de
extinção do processo sem resolução do mérito), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se presente uma das hipóteses do § 3º do art. 1.013. EFEITO EXPANSIVO
▪ Efeito expansivo possibilidade de o julgamento do
recurso ensejar decisão mais abrangente do que o reexame da matéria impugnada, que é o mérito do recurso. EFEITO EXPANSIVO
▪ O efeito expansivo pode ser : subjetivo ou objetivo
(interno ou externo)
. ▪ O efeito expansivo subjetivo ocorre quando o
julgamento do recurso atinge outras pessoas além do recorrente e do recorrido. (ex. recurso interposto apenas por um dos litisconsortes sob o regime de unitariedade a decisão atingirá também o outro litisconsorte) EFEITO EXPANSIVO
▪ Denominam-se efeitos expansivos objetivos os efeitos
acarretados pelo julgamento do recurso – e não pela sua interposição – que se fazem sentir no plano processual, interferindo na manutenção de determinados atos processuais. EFEITO EXPANSIVO
▪ Há efeito expansivo objetivo interno “quando o
tribunal ao apreciar apelação interposta contra sentença de mérito, dá-lhe provimento e acolhe preliminar de litispendência, que atingirá todo o ato impugnado (sentença).
▪ Por sua vez, há efeito expansivo objetivo externo
quando o julgamento do recurso atinge outros atos além do impugnado (ex. provimento do agravo, que atinge todos os atos processuais que foram praticados posteriormente à sua interposição). EFEITO ATIVO
▪ O efeito ativo (ou suspensivo ativo), que se refere à
possibilidade de o relator conceder, antes do julgamento pelo órgão colegiado, a pretensão recursal almejada pelo recorrente. Na verdade, o efeito ativo nada mais é do que a tutela antecipatória recursal.