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e
dietética
Uma vez que o profissional de enfermagem retém conhecimentos sobre nutrição, ele poderá utilizá-
los em várias vertentes em sua prática diária, seja ela de modo a promover a saúde ou de forma
curativa. O profissional de enfermagem que entende essa relação entre os dois aspectos, consegue
aplicar as atribuições frente ao cuidado geral do paciente.
É importante que a equipe de enfermagem também tenha consciência de que, primeiramente, deve
utilizar a nutrição no aspecto da prevenção de doenças, infecções ou males que possam acometer o
paciente, afinal, algumas doenças estão intrinsecamente relacionadas com a nutrição.
Conceito de alimento: São todas as substâncias sólidas e líquidas que levadas ao tubo
digestivo, são degradadas e depois usadas para formar e/ou manter os tecidos do corpo e regular
processos orgânicos e fornecer energia.
Os alimentos possuem substâncias que são essenciais para o desempenho das atividades do
dia-a-dia como andar, correr, trabalhar, estudar, etc. Essas substâncias são chamadas de
nutrientes. São nutrientes: * Água; * Carboidratos; * Gordura; * Proteína; * Vitaminas;
* Minerais.
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2.2 Classes e Funções dos Nutrientes
Proteína (PLÁSTICOS OU CONSTRUTORES) Carne (boi, porco, aves, peixes), ovos, leite e
derivados; Carboidratos (ENERGÉTICOS); Cereais, pães, massas, bolo, batatas, açúcar.
Gorduras (EXTRA-ENERGÉTICOS) Óleos, gorduras, margarinas.
Reguladores (VITAMINAS E SAIS MINERAIS) Frutas, Verduras, Legumes;
Proteínas
Fazem parte da composição dos anticorpos do sistema imunológico corporal. Quando necessário,
as proteínas são convertidas em glicose para fornecer energia para o corpo. O excesso de calorias
na forma de proteína se transforma em gordura, sendo depositada nos tecidos corporais.
Carboidratos
Este macronutriente quando ingerido e absorvido é responsável por liberar glicose, fornecer
energia para as células por ser a primeira fonte de energia celular e fazer a manutenção
metabólica glicêmica para que o corpo continue funcionando bem.
Os carboidratos podem ser simples ou complexos. Os simples são moléculas menores de
carboidrato e estão presentes no açúcar e no mel; Já os complexos são moléculas maiores, que
levam mais tempo para serem absorvidas, já que antes disso, precisam ser transformadas em
carboidratos simples, tais como pão,arroz, milho e massas.
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Gorduras
As gorduras animais (presentes em todo tipo de carne) e os óleos vegetais (soja, milho, girassol,
canola e outros) são os nutrientes mais calóricos. Por isso, devemos consumir com moderação os
alimentos que nos fornecem as gorduras.
Entretanto, elas são importantes, pois facilitam a utilização de importantes vitaminas (A, D, E e
K) pelo corpo. Também produzem uma sensação de saciedade depois das refeições.
Vitaminas
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E (tocoferol) Contribui para o bom Óleos vegetais, Dificuldades visuais e alterações
estado dos tecidos; vegetais verde- neurológicas.
Auxilia na digestão escuros como
das gorduras; e atua espinafre, germe
como antioxidante. de trigo, gema de
ovo, nozes,
gordura do leite.
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B9 (ácido fólico) Fundamental na Frutas, fígado, Anemia megaloblástica, doença do
divisão celular, cereais, verduras tubo neural.
especialmente das cruas, carnes.
células do sangue;
Atua no
metabolismo do
DNA.
Minerais
São indispensáveis para regular as funções do nosso organismo e compor a estrutura dos nossos
ossos e dentes.
Podemos encontrar os minerais nos alimentos de origem animal e vegetal. As melhores fontes
alimentares são aquelas nas quais os minerais estão presentes em maior quantidade e melhor
absorvidas pelo organismo. Ex: Tubérculos, Sementes.
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Classificam em: Macronutrientes: são indispensáveis à nutrição. São eles: cálcio, fósforo,
potássio, enxofre, sódio, cloro e magnésio. Micronutrientes: ferro, zinco, selênio, manganês,
cobre, iodo e outros. No organismo são encontrados apenas traços desses minerais.
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Ferro Presente a em Carnes, fígado, Glossite,
componentes do leguminosas Apnéia,
sangue e em (feijão, lentilha), anemia, insônia,
enzimas. vegetais verde- falta de energia.
Auxilia na escuros, rapadura,
transferência do
camarão, ostras,
oxigênio e na
grãos integrais.
respiração celular,
protege o
organismo contra
infecções e
exerce papel na
performance
cognitiva.
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Flúor Constitui ossos e Água potável, Cárie dental.
dentes. Reduz as chá, arroz,
cáries dentárias e a soja, espinafre e
perda óssea. frutos do mar.
Água
A água é a responsável por cerca de 70% do nosso peso corporal. A água que não é considerada
um alimento, possui inúmeras funções essenciais para o nosso, tais como:
Todos os alimentos contém água, uns mais, outros menos. As melhores fontes de água são: a
própria água (adequadamente tratada), os alimentos líquidos (leite, sucos e bebidas) e os
alimentos sólidos (verduras, frutas e carnes).
A quantidade de água que devemos tomar vai variar de acordo com o clima, de atividades físicas
desenvolvidas, do estado fisiológico, da faixa etária e da dieta que cada um segue. A
recomendação geral é de 8 copos de água por dia.
As vias pelas quais o organismo pode perder água –
Através da pele pulmões: - Excreção urinaria e intestinal, - Suor
A falta de água no organismo pode causar desidratação, que é a perda de água,
principalmente através do vômito e diarreia.
Seus sintomas são sede, náuseas, vômitos, como quente e seco, língua seca, perda de peso,
confusão mental, delírio, abatimento e etc.
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Fibras
São substâncias que também estão presentes no nosso organismo, porém elas não são
consideradas nutrientes porque não são absorvidas pelo organismo, isto é, não vão para a
corrente sanguínea. Mesmo assim, são essenciais para manter o bom funcionamento do
intestino, previne o câncerintestinal, auxilia na sensação de plenitude gastrointestinal, diminui o
açúcar no sangue e reduz osníveis do colesterol.
O tipo de fibra importante para a nutrição é a de origem VEGETAL, também denominada fibra
dietética.
As fibras, encontradas em grãos, frutas e hortaliças, são componentes dos alimentos que não são
digeridos pelo organismo. Elas passam quase intactas pelo sistema digestivo e são eliminadas
pelas fezes. Na verdade, elas são imprescindíveis à dieta. Como não são digeridas, vão para o
intestino, onde atuam como “vassouras”, que carregam os resíduos alimentares e a gordura
excedente na alimentação pelo intestino, baixando o nível de colesterol absorvido.
É importante ter consciência que para se obter um peso saudável deve haver harmonia entre
altura, idade e atividades físicas que o indivíduo desenvolva, isso irá diminuir os riscos de
surgimento de doenças como: obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares,
desnutrição, carências nutricionais, entre outras.
O IMC é a relação entre o peso do indivíduo e sua altura elevada ao quadrado. Esse índice
auxilia nos diagnósticos da adequação de peso com os seguintes parâmetros: normalidade,
sobrepeso, obesidade e baixo peso.
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3.1.1 Classificação do IMC
ATENÇÃO: Não existe valores de IMC para crianças, pois elas estão numa fase em que tanto a
altura como o peso aumentam rapidamente.
Desse modo, o que se utiliza são tabelas relacionando peso, altura e idade da criança. Através do
“cartão da criança” os postos de saúde acompanham a adequação do peso e da altura da criança até
os 5 anos de idade.
A Promoção da Saúde é uma das estratégias do setor de saúde para buscar a melhoria da
qualidade de vida da população. É definida pela Carta de Ottawa como “o processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo
uma maior participação no controle deste processo”.
A Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) tem por objetivo apoiar Estados e
municípios brasileiros no desenvolvimento da promoção e proteção à saúde da população,
possibilitando um pleno potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de
vida e cidadania. Além disso, reflete a preocupação com a prevenção e com o cuidado integral
dos agravos relacionados à alimentação e nutrição como a prevenção das carências nutricionais
específicas, desnutrição e contribui para a redução da prevalência do sobrepeso e obesidade e das
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doenças crônicas não transmissíveis, além de contemplar necessidades alimentares especiais tais
como doença falciforme, hipertensão, diabetes, câncer, entre outras.
A alimentação saudável é o mesmo que dieta balanceada ou equilibrada e pode ser resumida por
três princípios: variedade, moderação e equilíbrio.
Variedade: é importante comer diferentes tipos de alimentos pertencentes aos diversos grupos;
Moderação: não se deve comer nem mais nem menos do que o organismo precisa; é importante
estar atento à quantidade certa de alimentos;
Equilíbrio: quantidade e qualidade são importantes; o ideal é consumir alimentos variados,
respeitando a quantidade de porções recomendadas para cada grupo de alimentos. Ou seja,
“comer de tudo um pouco”.
A Pirâmide dos Alimentos foi criada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, ela é
um instrumento educativo para ser facilmente utilizado por todos. A Pirâmide mostra o que
devemos comer no diaa-dia. Não é uma prescrição rígida, mas um guia geral que nos permite
escolher uma dieta saudável, que garanta todos os nutrientes necessários para a nossa saúde e
bem-estar.
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4.2 Obesidade
A obesidade tornou-se um problema de saúde pública, agravado pelo fato da TV exercer grande
influência sobre os hábitos alimentares e promover o sedentarismo.
Tratamento da obesidade
Como a obesidade é provocada por uma ingestão de energia que supera o gasto do
organismo, a forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais
saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança
não só provoca redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção do
quadro saudável.
Tratamento cirúrgico
Esse tipo de cirurgia está indicado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) para
pacientes com IMC acima de 35 Kg/m², que tenham complicações como apneia do sono,
hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue, problemas articulares, ou pacientes
com IMC maior que 40 Kg/m², que não tenham obtido sucesso na perda de peso com outros
tratamentos.
A avaliação psicológica também faz parte dos procedimentos pré-operatórios. Pacientes com
instabilidade psicológica grave, portador de transtornos alimentares (como, por exemplo, bulimia),
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devem ser tratados antes da cirurgia. O tratamento cirúrgico é um procedimento complexo e
apresenta risco de complicações. A intervenção impõe uma mudança fundamental nos hábitos
alimentares dos indivíduos. Portanto, é primordial que o paciente conheça muito bem o
procedimento cirúrgico e quais os riscos e benefícios da cirurgia.
Desta forma, além das orientações técnicas, o acompanhamento psicológico e o apoio da família
são aconselháveis em todas as fases do processo. Em alguns casos, uma cirurgia plástica para
retirada do excesso de pele é necessária. A mesma poderá ser feita quando a perda de peso estiver
totalmente estabilizada, ou seja, depois de aproximadamente dois anos
Prevenção da Obesidade
Sondas nasoenterais
A administração de dieta por sonda nasoenteral não contraindica a alimentação oral, se esta
não implicar em riscos para o paciente.
Utilizamos as sondas de polietileno, nos diâmetros de 8 a 12 French(“Dubbohoff”).
Lembrete: Devido todas as orientações citadas acima é importante ressaltar que nenhum
paciente tem autorização de receber alimentos trazidos de fora da unidade hospitalar.
A administração por sondas de calibres maiores não é indicada, pelo risco de regurgitação e
microaspirações, além de complicações mecânicas outras.
A posição da sonda pode ser gástrica, duodenal ou jejunal.
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Não há contra-indicação de se iniciar a administração da dieta se a sonda está em posição
gástrica desde que não haja contra-indicações para tal, e desde que sejam respeitados os
cuidados orientados durante a administração da mesma.
A posição duodenal pode ser desejável se houver gastroparesia, ou grande risco de
microaspiração.
A posição jejunal está indicada na TNE em pacientes com pancreatite, devendo ser usada
uma fórmula elementar ou semi-elementar; exige sonda específica e passagem endoscópica
da mesma.
A Diabetes é uma doença silenciosa, o que significa que geralmente, se não forem feitos exames
médicos, a pessoa pode não ter consciência de que tem esta condição. Os principais fatores de
risco para o desenvolvimento da Diabetes são:
Obesidade;
Ingestão de açúcar e gordura em excesso;
Sedentarismo;
História familiar e herança genética;
Idade;
Stress;
Alcoolismo.
Prevenção da Diabetes
A prevenção da Diabetes, para quem tem um ou vários destes fatores de risco, mas não tem
ainda o diagnóstico da doença, passa por adotar um estilo de vida mais saudável e consultar o
médico, fazendo exames regulares de diagnóstico.
Para quem tem o diagnóstico de Diabetes, a prevenção também é um fator importante para o
controle da doença e para uma maior qualidade de vida. A prevenção passa por alguns pontos
fundamentais para ter uma vida mais saudável:
Entender a Diabetes;
Adotar uma Vida Saudável:
-uma alimentação equilibrada
-praticar exercício físico regularmente
Controlar a Diabetes:
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Em geral, a alimentação dos diabéticos deve ser tão equilibrada, variada e completa como a
alimentação de qualquer indivíduo saudável. De fato, é importante que inclua na alimentação
diária o consumo de hortaliças, frutos, cereais de grão inteiro e leguminosas, todos ricos em
hidratos de carbono (carboidratos), mas igualmente ricos em fibra alimentar, vitaminas, minerais,
antioxidantes e outras substâncias protetoras.
Apesar dos diabéticos não estarem absolutamente proibidos de ingerir açúcar ou alimentos
açucarados, convém lembrar que estes alimentos, além de contribuírem para uma rápida subida da
glicemia (açúcar no sangue), apresentam, normalmente, uma elevada densidade calórica, e,
simultaneamente, déficits de fibras, vitaminas e minerais. Por isso, não acrescentam qualquer valor
a uma alimentação que se pretende saudável, além de contribuírem para o aumento de peso.
4.4 Hipertensão
Hipertensão é uma doença que acomete crianças, adultos e idosos, homens e mulheres de todas as
classes sociais e condições financeiras. Popularmente conhecida como “pressão alta”, está
relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular
por todo o corpo.
A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Entretanto, há vários outros fatores que
influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles:
Fumo;
Consumo de bebidas alcoólicas;
Obesidade;
Estresse;
Grande consumo de sal;
Níveis altos de colesterol;
Falta de atividade física;
Diabetes;
Sono inadequado.
Alimentação x Hipertensão
Coma sal com moderação. Ele é um mineral importante para o organismo e não deve ser
eliminado da dieta dos hipertensos;
Consumir aveia, auxilia no processo de emagrecimento por retardar o esvaziamento
gástrico, o que prolonga a sensação de saciedade;
Amêndoa e noz, por serem boas fontes de magnésio, atuam como vasodilatadores, ou seja,
ampliadores dos vasos sanguíneos, o que auxilia no controle da pressão arterial;
Fazer a ingestão de alimentos ricos em ômega 3 ( sardinha, salmão, atum, linhaça e
azeite), essa substância está intimamente relacionada à diminuição da vasoconstrição e ao
aumento da vasodilatação; Cereais integrais, eles reduzem as chances de diabetes, previnem o
câncer, ajudam a manter o peso e ainda são grandes combatentes da hipertensão. O grande mérito
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desses alimentos é a concentração de magnésio, que, estimula a dilatação dos vasos sanguíneos,
reduzindo, por tabela, o inchaço típico de pessoas que retêm líquidos.
Alimentos ricos em potássio agem como um natriurético, estimulando a eliminação do
sódio presente no corpo. Assim, alimentos ricos nesse elemento são muito recomendados para
hipertensos. O potássioestá presente no inhame, no feijão preto, na abóbora, na cenoura, no
espinafre, no maracujá, na laranja, na banana e em diversos outros alimentos.
Derivados do leite, amêndoa, farinha de linhaça, agrião, acelga, espinafre, brócolis são
importantes fontes de cálcio, e não podem ficar de fora da dieta de pessoas com hipertensão. O
cálcio funciona como hipotensor, ou seja, atua na diminuição da pressão sanguínea, uma vez que
estimula a eliminação de sódio.
Dieta Geral
É indicada para pacientes que não têm restrição de nutrientes, por isso a quantidade de
macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos) é normal, ou seja, normoglicídica,
normoproteíca e normolipídica.
Alimentos recomendados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas e seus produtos integrais,
pobres em gorduras; hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo com pouca gordura e sal;
carnes, aves, peixes e ovos magros (sem pele e gordura); e gorduras, óleos e açúcares com
moderação.
Alimentos evitados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas ricos em gorduras e açúcar;
hortaliças e frutas, enlatadas com sal e óleo, e conservas com calda de açúcar respectivamente;
leite, iogurte, queijo ricos em gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos ricos em gordura e sal,
como os frios em geral; e gorduras, óleos e açúcares em excesso.
Dieta Branda
É utilizada tanto para pacientes com problemas mecânicos de mastigação e deglutição quanto para
facilitar a digestão de pacientes no pós-operatório ou pode ser recomendada como transição para a
dieta geral.
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Portanto, a dieta branda é idêntica à geral em relação a distribuição dos mascronutrientes, sendo
normoglicídica, normoprotéica, normpolipípica. Porém a consistência da dieta é mais macia. São
permitidos pedaços de legumes, vegetais. Carnes, não sendo obrigatório que o alimento seja
triturado ou moído.
Alimentos recomendados: Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, grelhadas; vegetais
cozidos no forno, água, vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas (sucos, em
compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não
integrais); sopas, óleos vegetais; margarina; gordura somente para cocção, não para frituras.
Alimentos evitados: Cereais e derivados integrais; frituras em geral; frutas oleaginosas (que
possuem óleos e gorduras - castanhas-do-pará, castanhas-de-caju, nozes, amêndoas, avelãs e
macadâmias) ; leguminosas inteiras; doces concentrados; condimentos fortes, picantes; queijos
duros e fortes. São evitadas frituras e condimentos fortes.
Dieta Leve
Alimentos recomendados: Café com leite, sucos, frutas macias, geléia, queijo, sopas, torradas,
pães e cereais integrais.
Dieta Líquida
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Alimentos evitados: cereais integrais, sementes, farelos, sementes oleaginosas, hortaliças, frutas
inteiras com casca, queijos ricos em gorduras, embutidos, condimentos picantes.
Dieta Pastosa
A dieta pastosa é indicada para pacientes com dificuldade de deglutição, digestão, que
necessitem de repouso gastrintestinal e em alguns pós-operatórios. A consistência da dieta é
abrandada pela cocção e processos mecânicos, com alimentos moídos, liquidificados, em formas
de purês. A composição deve ser normoglicídica, normoprotéica e normolipídica.
A papa I é utilizada para pacientes idosos, naqueles com dificuldade de deglutição, estreitamento
esofágico e nos períodos pré e pós-operatório de esôfago ou otorrinolaringologia. É semelhante à
dieta líquida, porém é hiperprotéica.
A papa II é indicada para pacientes idosos, com dificuldade de deglutição, no período pós-
operatório de cabeça e pescoço, em alterações neurológicas e em risco respiratório. É semelhante à
dieta leve, porém é hiperprotéica.
Alimentos recomendados: todos os alimentos que possam ser transformados em purê. Mingaus
de amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos sem casca ou pele, moídos, liquidificados e
amassados.
Alimentos evitados: Alimentos duros, secos, crocantes, empanadas, fritos, cruas, com semente,
casca, pele. Preparações contendo azeitona, passas, nozes (outras frutas oleaginosas), coco e
bacon. Iogurte com pedaços de frutas, frutas com polpas, hortaliças folhosas cruas, com sementes;
biscoitos amanteigados, pastelarias.
Dieta Hipogordurosa
Dieta Hipoproteica
É indicada para doentes renais, que necessitam da restrição da proteína da dieta, por isso são
retirados os alimentos de origem animal (carnes, queijos, ovo, dentre outros).
Dieta Hiperproteica
As dietas orais podem ser modificadas, pobres em resíduo, que significa que algum nutriente ou
alimento pode ser retirado. A restrição do sal de adição e de alimentos industrializados, que
recebem acréscimo de sal (embutidos, enlatados e alimentos em conserva), pode ser necessária
em doentes renais, cardíacos e hipertensos. Quando há a restrição total do sódio de adição, a
dieta é chamada de acloretada.
É de extrema importância manter uma alimentação saudável no período gestacional, não só para
que haja um bom desenvolvimento do feto mas também do ponto de vista da saúde materna.
Durante a gravidez, é importante uma alimentação equilibrada, que contenha todos os nutrientes
essenciais para a formação do bebê.
IMPORTANTE: Não se deve comer tudo que se vê pela frente, pensando que “grávida deve
comer por dois”!
O excesso de peso também pode prejudicar o desenvolvimento do bebê e colocar em risco a saúde
da mãe, podendo ocasionar doenças como: pré-eclampsia e eclampsia (aumento da pressão arterial
durante a gestação). É importante que o ganho de peso durante a gestação seja gradual, devendo
atingir de 9 a 12 kg no tempo total da gravidez.
A alimentação da gestante deve basear-se em frutas, verduras, legumes, cereais, carnes, aves e
peixes, leite e derivados, bastante água e, diariamente , alimentos ricos em fibras. Vale ressaltar a
importância de se evitar bebidas alcoólicas, fumo e uso de adoçantes dietéticos artificiais. Dar
preferência para os naturais como a stevia.
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Para evitar distúrbios decorrentes da gravidez como náuseas, tonturas, vômitos e azia, é
fundamental ter uma alimentação fracionada, ou seja, realizar várias refeições ao dia, em
pequenas quantidades, evitando ficar muito tempo sem comer. Para diminuir esses sintomas
também é importante não consumir frituras, alimentos gordurosos, bebidas cafeinadas, doces,
entre outros.
Após o nascimento do bebê, a mamãe deve continuar se alimentando bem para que o seu leite
esteja adequado ao bebê. Para que a mamãe possa voltar ao seu peso ideal, é importante continuar
com a alimentação adequada, apenas reduzindo as quantidades, para que ocorra a eliminação de
peso juntamente com a prática de atividade física regularmente.
Colostro – é o primeiro leite que a mãe secreta e tem um papel definido para a proteção
do recém nascido (contém mais anticorpos e mais células brancas). É rico em proteína e
vitaminas A, E e K além de minerais como zinco e sódio. Contém menos gordura e carboidratos.
É secretado em quantidades que variam entre 10 e 100 ml/dia, ocorrendo maior produção em
multíparas. Permanece até o 4° ou 7° dia pósparto.
Leite de Transição – Permanece entre 7° e o 21° dia pós-parto. Nesse período ocorre
alterações como o aumento da gordura e da lactose, e a diminuição do teor protéico e minerais.
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IMPORTANTE: Uma das recomendações mais importantes é a livre demanda relacionada à
mamada.
Para o bebê:
O leite materno é o mais completo alimento para o bebê até o 6° mês de vida; É de fácil
digestão;
Protege o bebê contra doenças como: diarréia, resfriados, infecções urinárias e respiratórias,
alergia e problemas na arcada dentária;
Protege a criança contra várias doenças, à medida que contém todas as substâncias necessárias
para bem nutri-la e imunizá-la;
Previne alterações estruturais e funcionais da face, promovendo o desenvolvimento harmônico
dessa respectiva musculatura;
Auxilia o movimento dos músculos e ossos da face, promovendo melhor flexibilidade na
articulação das estruturas que participam da fala;
Estimula o padrão respiratório nasal do bebê, facilitando a oxigenação de suas estruturas faciais;
Desenvolve e fortalece a musculatura da boca da criança, melhorando o desempenho das
funções de sucção, mastigação, deglutição e fonação (fala);
É uma forma muito especial e fortalecedora do relacionamento entre mãe e filho, que transmite
segurança, carinho e amor ao bebê. Favorece um bom relacionamento físico e mental da criança
e, conseqüentemente, estabilidade emocional e maio adaptação nas etapas da vida.
A introdução de novos alimentos na dieta da criança deve ser gradativa. Deve ser introduzido um
tipo de alimento de cada vez. Em um primeiro momento, misturas são desaconselhadas, pois
podem confundir o
paladar da criança, para a identificação de possíveis alergias ou intolerâncias, essa prática também
é
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desaconselhada. A criança deve receber o mesmo alimento várias vezes, antes que seja ofertado
outro diferente, mesmo que nas primeiras ofertas ele o recuse, não o aceite. É sabido que as
crianças fazem “cara feia”, ou cospem os alimentos num primeiro momento, o que não quer dizer
que ela não tenha gostado, pois é a primeira experiência com novos sabores e texturas.
Sucos de frutas ou vegetais e sopas são desaconselhados, por possuírem baixa quantidade de
energia. Os alimentos devem ser amassados, raspados, NUNCA liquidificados, pois a criança deve
se habituar a mastigálos.
Como muitas vezes é difícil avaliar a quantidade de leite materno que a criança ingere, a OMS
recomenda que os alimentos complementares sejam inicialmente oferecidos 3 vezes ao dia.
A quantidade e a freqüência deve ser aumentada gradativamente, de maneira que uma criança
com 12 meses de idade receba alimentos complementares 5 vezes ao dia (3 refeições e 2
lanches). A criança não amamentada, ou amamentada infrequentemente, deve ser alimentada
com alimentos complementares 5 vezes ao dia desde o início da complementação alimentar.
O primeiro alimento a ser oferecido pode ser uma papa de fruta, amassada ou raspada. Após o
primeiro momento de oferta, deve-se estar atento às possíveis reações indesejáveis do alimento
sobre a criança: diarréia, alergias, intolerâncias. As papas salgadas podem ser de arroz, batata,
cenoura, moranga, vegetais em geral. Deve-se evitar o uso de massas, pães e bolachas no
primeiro ano de vida. Após a introdução da papa salgada, pode-se acrescentar carne à ela. Carne
bovina ou frango, o peixe deve ser evitado no primeiro ano de vida, devido à grande ocorrência
de alergias.
O uso do mel também é contra-indicado no primeiro ano de vida, pois é comum estar
contaminado com uma toxina (esporos da bactéria Clostridium botulinum) que pode ser mortal
aos bebês dessa faixa de idade.
Os vegetais folhosos podem ser introduzidos às papas salgadas também, seguindo ainda os
mesmos critérios para observação (relacionada a alergias) da criança. O feijão deve ser
oferecido por volta dos 7, 8 meses, começando pelo caldo.
A partir dos 9 meses, já se pode oferecer uma dieta pastosa, podendo ser a mesma da família,
desde que não muito condimentada, respeitando o paladar da criança.
Dos 12 aos 24 meses, pode-se introduzir o suco de fruta natural e pão de forma nos horários do
lanche. A massa também pode ser introduzida no cardápio.
Durante o período pré-escolar, os pais e/ou cuidadores das crianças ainda têm um controle
razoável sobre seu consumo de alimentos, e a preocupação nutricional consiste em oferecer
seleção e quantidade adequadas dos nutrientes necessários para a criança em crescimento.
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Os pré-escolares respondem melhor as refeições em horários regulares. Três refeições ao dia não
são suficientes para essa faixa etária, e recomenda-se que sejam oferecidos lanches como parte
de um padrão alimentar regular.
As crianças em idade escolar já não dependem tanto dos adultos. As necessidades nutricionais
precisam ser equilibradas com a sua necessidade de tomar decisões e com a aceitação dos
amigos. As crianças em idade escolar passam grande parte do dia no colégio, longe dos pais,
e, em muitos casos, a supervisão na hora do lanche é superficial.
Como certos hábitos alimentares estabelecidos na adolescência podem resultar em maior risco de
desenvolvimento de doenças crônicas, incluindo doença coronária, osteoporose e alguns tipos de
câncer na vida adulta, os esforços para conscientização da importância de uma dieta preventiva
devem começar logo no início desta fase.
Para garantir a elaboração de lanches nutritivos, deve-se assegurar que cada lanche contenha pelo
menos 1 porção de cada grupo de alimentos: Carboidratos (pães, de preferência integrais ou ricos
em fibras, bolachas simples, torradas, cereais, massas simples); Proteínas (leite, iogurte, coalhada,
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queijo, ovo, presunto magro, peito de peru, carne de boi magra, peixe ou frango); Reguladores
(frutas, sucos naturais, vegetais).
Reduzir as gorduras saturadas e o colesterol. Para tanto, basta dar preferência às carnes magras,
remover as gorduras das carnes gordurosas antes de prepará-las ou comê-las, consumir leite e
derivados desnatados ou reduzidos em gordura; Evitar as refeições freqüentes em fast foods.
Como o crescimento e a maturação estão prontos no início da vida adulta aproximadamente aos
19 anos de idade, as condições nutricionais para o adulto enfatizam mais a manutenção do peso
corporal saudável e a preparação física, evitando o ganho ponderal excessivo, e continuando a
fortalecer o corpo.
A saúde nutricional pode ajudar os idosos a manter suas vidas ativas e agradáveis, protegê-los de
doenças, suavizar a gravidade da doença e acelerar a recuperação.
A adequação da dieta é condição para que a alimentação cumpra o seu papel no processo de
nutrição, e satisfaça as necessidades globais dos indivíduos. A alimentação aplicada à atividade
física tem como objetivo promover saúde, proporcionar o funcionamento dos processos
metabólicos ligados ao exercício, retardar a fadiga, auxiliar na recuperação de lesões ou traumas,
reduzir o tempo de recuperação dos estoques de energia e promover o aumento da massa
muscular. Para os idosos, a nutrição é especialmente importante devido às mudanças fisiológicas
relacionadas ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas.
7.1 Marasmo: ocorre quando a criança possui peso abaixo de 60% do esperado para a sua altura e
idade. Isto faz com ela perca tecido muscular, gordura e às vezes até papilas gustativas. O cabelo
fica escasso, quebradiço e pode vir a perder a coloração. Enquanto isso a criança fica triste e
quieta.
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7.2 Kwashiorkor: é menos aparente, pois a criança tem peso ente 60% e 80% do esperado, às
vezes bem perto do normal. É causado, mais que pela falta de alimentação, pela falta de
proteínas em particular. A criança com esse tipo de desnutrição aparenta lesões características
na pele (descamassão), cabelo despigmentado, apatia, inapetência, fraqueza, tristeza e edemas.
Além disso, seu fígado costuma ser gorduroso e aumentado (insuficiência hepática).
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