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CADEIA DE
SUPRIMENTOS
PROFESSOR MESTRE
Adriano Aparecido de Oliveira
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: Planejamento da Cadeia de
Suprimentos • Transportes na cadeia de suprimentos • Estratégias de Armazenamento e distribuição
• Logística Reversa.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender o planejamento na cadeia de suprimentos • Conhecer os principais modais de transportes
• Entender as estratégias de armazenamento e distribuição • Compreender a logística reversa.
INTRODUÇÃO
CADEIA DE
SUPRIMENTOS
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UNICESUMAR
Exemplificando a Figura 1, a empresa observará as suas estratégias por meio de
como ela se encontra no cenário atual, para então partir para uma estratégia que
lhe proporcione vantagens competitivas e verificar se tudo o que foi planejado
está sendo executado por meio do controle estratégico.
Basicamente esse processo que envolve o planejamento estratégico trabalha
com alguns propósitos. De acordo com Grant (2013):
■ Faz com que a empresa avalie de forma contínua as suas atividades à luz
das tendências do ambiente de negócio.
■ Faz com que a empresa tenha que determinar quais são os seus pontos
fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças.
■ Faz com que a empresa elabore as suas estratégia de acordo com o cenário
que ela atua.
■ Estimula a empresa a buscar vantagens competitiva.
(
Forças Fraquezas "##$%&$'
Fonte Fonte
Missão
Forças Oportunidades
internas externas
Estratégia
Fraquezas Ameaças
internas externas
Vantagem
competitiva
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■ Planejamento tático em médio prazo.
■ Planejamento operacional em curto prazo.
Nível estratégico
Área da decisão
Estratégica Tática Operacional
Quantidade, área
Localização das e localização de
instalações armazéns, plan-
tas e terminais
Leasing de
Seleção de Roteamento,
Transporte equipamento
modal despacho
periódico
Regras de
Padrões de pro- priorização Preparação de
Serviço aos clientes
cedimentos dos pedidos remessas
de clientes
Escolhas
Seleção do ma- de espaços Separação
terial de desloca- sazonais e de pedidos e
Armazenagem
mento, leiaute da utilização reposição de
instalação de espaços estoques
privados
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Nível estratégico
UNIDADE 3
Área da decisão
Estratégica Tática Operacional
Contratação
Desenvolvimen-
seleção de Liberação de pe-
to de relações
Compra fornecedo- didos e apressar
fornecedor-com-
res, compras compras
prador
antecipadas
ESTRATÉGIAS BÁSICAS
É fato! As estratégias não podem ser vistas como uma fórmula mágica que se aplica a
todas as cadeias de suprimentos da mesma maneira. É necessário considerar que todas
as empresas possuem as suas especificidades. Diante do diagnóstico estratégico, consi-
derando o ambiente no qual a empresa está inserida, serão elaboradas as estratégias cor-
porativas da empresa, de acordo com a sua cadeia de suprimentos e o relacionamento
com os integrantes ou parceiros. Gonçalves (2013) cita algumas estratégias genéricas:
Distribuição especializada: o foco ou propósito está no nível de serviço. Isso
significa dizer que o cliente tem uma expectativa em relação ao recebimento do
produto (indústria ou cliente final), por exemplo, tempo de entrega, acompanha-
mento, qualidade de atendimento entre outros. Assim, é necessário considerar o
nível de serviço prestado a cada cliente individualmente, e prezar, é claro, o seu
grau de importância na cadeia de suprimentos. É necessário observar ainda que
nem todos os produtos devem possuir o mesmo nível de serviço aos clientes. É
uma situação estratégica no planejamento logístico, pois o nível de cliente, de
produto, das características das vendas, entre outros, indicarão a conveniência
necessária em termos estratégicos para a distribuição de cada linha de produtos.
Adiamento: este tipo de estratégia é baseado no conceito de economia de
energia, ou seja, para reduzir os custos e aumentar a eficiência no processo, só
produzir ou movimentar um determinado produto quando realmente for algo
que não se pode esperar ou deixar para depois.
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UNICESUMAR
explorando Ideias
Algumas empresas têm procurado implementar diversos tipos de estratégias para pro-
porcionar uma experiência melhor aos seus usuários, como o caso da Dell Computadores,
Sherwin Williams e StarKist Foods, que citamos aqui.
• $'HOO&RPSXWDGRUHVID]HQWUHJDVSHORFRUUHLR3UDWLFDRDGLDPHQWRFRQȴJXUDQGRRV
microcomputadores para atender os pedidos dos clientes a partir das opções dispo-
níveis.
• $6KHUZLQ:LOOLDPVFULRXSDUDRVFOLHQWHVXPDLQȴQLWDYDULHGDGHGHFRUHV GHWLQWDV
misturando pigmentos com poucas cores básicas em vez de estocar todas as cores
pré-misturadas.
• A StarKist Foods estabeleceu uma operação de rotulagem avançada para atender ao
mercado. O peixe era colocado em latas sem rótulo e, conforme o mercado demanda-
va, as embalagens eram rotuladas, para evitar ter pouco ou excesso de produtos de
um único rótulo.
Fonte: Gonçalves (2013, p. 34).
referem-se à forma com que serão gerenciados. É uma decisão que envolve
trade-off. É possível empurrar os estoques ou simplesmente puxá-los para
o local de armazenamento de acordo com as estratégias da empresa. A es-
tratégia a ser utilizada pela cadeia de suprimentos influenciará diretamente
na localização das instalações e, em função disso, deverá ser considerada na
estratégia logística (BALLOU, 2006).
Serviços ao cliente: os serviços aos clientes, no seu sentido mais genérico,
contemplam a rapidez, a agilidade e a precisão no processamento dos pedidos.
Na medida em que os serviços são melhorados, os custos também aumentam,
o que gera uma situação de trade-off, especialmente quando esse nível já estiver
em um nível de serviço alto.
Grant (2013) ainda pontua outras estratégias, como:
Sistemas de informação: a maneira ou forma como a empresa utiliza a
tecnologia da informação aplicada à gestão da cadeia de suprimentos.
Desenvolvimento de fornecedores e relacionamento entre fornecedores
e empresa: como serão as estratégias de relacionamento e nível de confiança en-
tre as partes. Esse relacionamento deve ser pautado na questão dos valores éticos.
Equipamentos: quais serão os equipamentos e recursos que a empresa uti-
lizará na execução das suas atividades.
A questão da aplicação da estratégia pode ir muito mais além, mas dependerá
das características da empresa ou do negócio. Isso posto, não temos a intenção de
esgotar todas as vertentes e, em função disso, você, aluno(a), poderá pensar e refletir:
o que você quer para o futuro da sua empresa? qual é o caminho a ser percorrido?
quais serão as metas e objetivos e quais são as atividades a serem executadas a
curto, médio e a longo prazo e em quais áreas da empresa, pois as possibilidades
são muitas, por exemplo, foco no relacionamento com clientes, redução de custos,
automatização dos processos, estoques. Enfim, são muitas as vertentes que podem
ser trabalhadas na cadeia de suprimentos no âmbito do planejamento estratégico.
pensando juntos
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TRANSPORTES NA
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CADEIA DE
SUPRIMENTOS
Público
Governo
Transportadora Destinatário
Embarcador
e agentes (Recebedor)
Internet
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múltiplas empresas. Transportadoras possuem normalmente toda uma expertise
no setor, reduzindo os custos acerca da mão de obra dispensada nesses serviços.
Governo: o governo tem interesse nos transportes, devido à sua importância
criativa na economia de um país. Basta perceber que, recentemente, o governo
teve de intervir no Brasil, pois houve a paralisação de caminhoneiros, que afetou
toda a cadeia de abastecimento, além da própria economia do país. Desta forma,
o governo tem interesse que o transporte seja estável e ao mesmo tempo eficiente,
para apoiar o crescimento econômico.
Internet: os recentes avanços no setor de transportes, em termos de eficiên-
cia, tempo e acompanhamento da carga, são frutos dos avanços da tecnologia da
informação que, por meio da internet, colocou as nossas expectativas em outro
patamar de exigência. A internet mudou a forma com que as transportadoras se
comunicam, pois já existe a possibilidade de troca de informações entre empresa
e cliente em tempo real. Além disso, a troca de informações colaborou no sentido
de facilitar a coordenação da capacidade de carga da transportadora com car-
regamentos disponíveis. Além disso, facilita um controle maior sobre a compra
de combustíveis, equipamentos, peças e suprimentos. Com a internet, é possível
agregar valor aos processos; como você pode perceber, por exemplo, ao comprar
um novo Smartphone de uma rede de varejo pela internet, você conseguirá acom-
panhar toda a evolução do processo desde o pagamento até o exato momento da
entrega na sua residência. Isso é simplesmente fantástico, não?
Público: o último participante desse processo talvez seja o mais importante, afi-
nal, as empresas existem porque têm pessoas dispostas a comprar um determinado
produto. Por isso, esse participante deve receber atenção especial no que tange a alguns
requisitos: acessibilidade, custos do transporte, padrões de segurança e também am-
bientais. O transporte começa a partir da iniciativa do público, que cria indiretamente
a demanda de transportes ao comprar um produto, e logo ele tem interesse na maior
eficiência possível nesse processo em termos de custos, tempo, segurança entre outros.
Estrutura de transportes: acrescento ainda um fator fundamental a ser
analisado, que é a matriz de transporte, ou seja, toda a infraestrutura necessária
para utilizar determinado modal em razão de outro. No Brasil, sabe-se que temos
uma infraestrutura deficitária e que privilegia o modal rodoviário, mesmo que
muitas vezes sem qualidade. Desse jeito, é necessário realizar esse tipo de análise
de forma apurada, para decidir sobre a utilização ou não do modal. Veremos um
pouco mais sobre essas opções de modais a seguir.
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Modais de transporte na cadeia de suprimentos
UNIDADE 3
Modal Ferroviário
Modal Rodoviário
No Brasil, esse modal é o mais utilizado, ocupando cerca de 60% das movimen-
tações de produtos. O transporte rodoviário é o mais adequado para transportes
que envolvem o chamado “porta a porta” e na distribuição de mercadorias em
grandes centros com um ciclo de 24 horas. Os pontos positivos desse modal,
de acordo com Grant (2013), incluem a alta flexibilidade, períodos de carga e
descarga menores, tempo de transporte baixo etc. Entretanto, os pontos negati-
vos envolvem o volume de transporte, que é limitado, efeitos meteorológicos no
decorrer da viagem, trânsito, impacto ambiental, em razão dos combustíveis, e a
emissão de poluentes.
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Modal Aéreo
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Esse modal é relativamente novo, se comparado aos demais. Entretanto, ele tem
crescido muito nos últimos anos, embora seus custos sejam superiores aos do
transporte ferroviário, por exemplo, ou até 16 vezes mais caro que o transporte
rodoviário. Porém, é incomparável em relação ao tempo de transporte, princi-
palmente em longas distância (BALLOU, 2006).
Grant (2013) pontua, inclusive, que esse modal é mais indicado para produtos
de alto valor. Seus pontos positivos estão relacionados à frequência, à segurança
e aos transportes de peças leves e com um custo atrativo em termos de benefício.
No entanto, dependendo da especificidade do produto, como a granel, ou em áreas
remotas, torna-se muito caro, além de ser muito mais agressivo ao meio ambiente.
Modal dutoviário
Esse modal tem as suas particularidades, por possuir uma limitada gama de produ-
tos que pode ser utilizada, incluindo gás natural, óleo, derivados de petróleo etc. Um
fator positivo é que o mesmo apresenta-se como uma opção econômica, segura e
ecológica. No Brasil, esse tipo de transporte é de certa forma até comum, mas a rede
é bem pequena se comparada principalmente com outros modais de transporte.
Desta forma, os modais possuem algumas particularidades que você precisa
compreender para tomar uma decisão correta, como veremos a seguir:
93
UNIDADE 3
FerroviárioDOWRFXVWRȴ[RGHHTXLSDPHQWRVWHUPLQDLVWULOKRVHWF%DL[R
FXVWRYDUL£YHO
RodoviárioEDL[RFXVWRHVWUDGDVSURQWDVHIRUQHFLGDVSHORGLQKHLURS¼EOL-
FR&XVWRYDUL£YHOP«GLRFRPEXVW¯YHOPDQXWHQ©¥RHWF
Quadro 2 - Estrutura de custos de cada modal / Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 210)
Características
Ferroviário Rodoviário Hidroviário Dutoviário Aéreo
operacionais
Velocidade 3 2 4 5 1
Disponibilidade 2 1 4 5 3
&RQȴDELOLGDGH 3 2 4 1 5
Capacidade 2 3 1 5 4
Frequência 4 2 5 1 3
Total 14 10 18 17 16
Tabela 1 - Características operacionais de cada modal / Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 210).
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Assim os dados apresentados acima podem ser uma fonte de estudo para a to-
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mada de decisão acerca do modal mais adequado, considerando as necessidades
ao longo da cadeia de suprimentos e suas especificidades.
Danos e perdas
explorando Ideias
95
Ballou (2006) explica que as cargas atrasadas, ou que contenham condições que
UNIDADE 3
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ARMAZENAMENTO
E DISTRIBUIÇÃO
Embora os sistemas logísticos não sejam montados, na maioria das vezes, para
manter um estoque elevado armazenado por longos períodos, existem situações
em que o armazenamento é necessário e justificável em função do custo e do ser-
viço. O armazenamento sempre foi visto como um aspecto importante na estraté-
gia das empresas. Todavia, ao longo dos últimos anos, em razão da modernização
dos processos de distribuição, tem sido menor esse ciclo de estocagem. Além do
mais, as empresas têm transferido essa responsabilidade para os fornecedores.
Grant (2013) explica que o processo de armazenagem é parte de um sistema
logístico no qual uma empresa ou a cadeia de suprimentos deverá abrigar produ-
tos e informar a disposição dos itens que são armazenados. Os armazéns podem
ser utilizados para apoiar as atividades nas instalações da empresa, assim como
organizar os produtos provenientes de várias unidades de produção e que são
expedidos para um único cliente, dividindo a carga em partes menores.
Bowersox et al. (2014) pontua que o processo de armazenamento no varejo
passou por muitas mudanças e novas práticas foram adotadas para reduzir o tempo
de permanência dos produtos, ou matéria-prima, e isso tornou-se parte de uma
estratégia integrante do conceito de just in time (JIT) e produção sem estoque.
Embora o JIT tenha como objetivo reduzir os estoques e eliminar os desperdícios,
essas estratégias precisam estar dentro de um processo em que haja confiabilidade.
Conseguir a eficiência nesse processo, considerando um mercado global, como
temos nos dias de hoje, normalmente exigirá depósitos bem localizados.
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Utilizar um estoque de matéria-prima, ou produtos em um depósito central,
UNIDADE 3
)LJXUD0XGDQ©DGD6.8GHVGHRJUDQHODW«ɤDXQLGDGH
Fonte: Grant (2013, p. 102).
98
Assim, basicamente, a função geral de um armazém poderá ser vista na figura 7,
UNICESUMAR
que, de acordo com Grant (2013), contempla as seguintes características:
■ Receber as remessas de estoque de uma forma organizada, que contempla
conferir a qualidade e a quantidade, entre outros requisitos, de acordo com
a ordem de compra, e então movimentá-las em contêineres ou paletes para
enviá-las a outros locais de utilização. O tipo de armazenamento dependerá
diretamente das especificidades do produto, tempo e do espaço disponível.
■ Realizar operações que possibilitem agregar valor aos processos, como por
exemplo, o cross-docking, como veremos a seguir.
■ Separar e despachar os pedidos de compra ou remessas de estoques.
Recebimento
Contêiner
ou palete
Contêiner
Recuperação, separação ou palete
de itens, embalagem e
acumulação de pedido de
compra
Montagem
Montagem
99
UNIDADE 3
explorando Ideias
Cross-docking
Os cross-docking têm como objetivo combinar produtos de origens diversas. Os varejis-
tas, por exemplo, recebem produtos para reabastecer os seus estoques de alta rotativida-
de. Nesse modelo, é necessário que haja pontualidade por parte de cada fabricante. Na
medida em que os produtos são recebidos, eles já são também separados e despachados
por destinos. Desse jeito, o fabricante, que, na maioria das vezes, já sabe a exata quantida-
de, envia-os separados na proporção desejada para cada destino. Então o produto, após
ser recebido, é movimentado até chegar um caminhão dedicado ao destino de entrega.
3DUDTXHKDMDHȴFL¬QFLDQRSURFHVVR«QHFHVV£ULRTXHDRSHUD©¥RVHMDDPSDUDGDSHOD
WHFQRORJLDGDLQIRUPD©¥RLPSRUWDQWHHQIDWL]DUTXHGHVWDIRUPDRSURGXWRQ¥RȴFDHP
estoque no depósito, pois na medida em que chega, ele já é despachado.
Fonte: Bowersox et al. (2014).
100
LOGÍSTICA
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REVERSA
As atividades relacionadas à logística reversa estão ligadas aos processos que en-
volvem as devoluções, remanufatura e reparo, revenda, reciclagem e disposição de
retorno dos produtos. O gerenciamento das devoluções é projetado para facilitar
o fluxo reverso de produtos que não foram vendidos ou para receber produtos
que são retirados do mercado. As instalações de remanufatura são ajustadas para
receber produtos depois da vida útil, ou seja, produtos que já foram utilizados,
como o retorno dos pneus, lâmpadas etc.
Basicamente, a logística reversa é a movimentação dos produtos ou merca-
dorias do seu ponto de consumo até o seu retorno à indústria, a fim de que seja
possível realizar a remanufatura ou restauração para dar um fim adequado ao
produto já utilizado (GRANT, 2013).
Desta forma, de acordo com Grant (2013 p. 285), as atividades relacionadas
à logística reversa contemplam as seguintes atividades:
■ Vigilância (gatekeeping) para triar mercadorias defeituosas e injustifi-
cadas de- volvidas no ponto de entrada no processo de logística reversa.
■ Tempos de ciclo de descarte curtos, relacionados a decisões, movimenta-
ção e processamento de produtos devolvidos, para evitar envelhecimento
do produto em situações de devolução.
■ Sistemas de informação de logística inversos para rastrear devoluções e me-
dir tempos de ciclo de descarte e desempenho do fabricante adequadamente.
101
■ Centros de devolução ou instalações de processamento centrais dedica-
UNIDADE 3
Assim, Gonçalves (2013) ressalta também que a logística reversa tem centrado
suas ações acerca dos produtos após a sua vida útil, como baterias, automóveis,
equipamentos eletrônicos etc. Fica cada vez mais claro que as gerações atual e futu-
ra não estão contentes com esse volume de produtos inutilizáveis que são gerados;
inclusive, a legislação mundial, no geral, tem caminhando também neste sentido.
A regra na logística reversa deverá, cada vez mais, funcionar da seguinte forma:
quem produz o produto deverá ser o responsável por ele após a sua vida útil e, dessa
forma, o gestor que atuará na cadeia de suprimentos deverá desenvolver estratégias
para se adequar a esse movimento. Muitas empresas já perceberam, há tempos, que
102
esse “problema” poderá ser convertido em vantagem competitiva, principalmente
UNICESUMAR
no que tange à própria imagem que a empresa transmite perante o mercado.
Deste modo, uma série de sugestões tem surgido nesse sentido e a cadeia de
suprimentos deverá adequar-se a essa questão que tem se qualificado rapidamente
e transformado em critério para entrar em mercados mais exigentes e, geralmen-
te, de maior poder aquisitivo. Isso não deixa dúvidas que essa agenda deverá ser
incorporada de forma urgente na gestão da cadeia de suprimentos em todos os
segmentos industriais (GONÇALVES, 2013).
Cadeia de
LOGÍSTICA distribuição direta
REVERSA de
pós-consumo LOGÍSTICA
REVERSA de
Consumidor pós-venda
• Reciclagem
industrial
• Desmanche • Seleção/
Bens de
industrial destino
pós-venda
• Reúso • Consolidação
• Consolidação • Coletas
• Coletas Bens de
pós-consumo
Como exposto, cada vez mais, os consumidores estão preocupados com essa
prática de logística reversa, pois a inutilização dos produtos e um descarte ina-
dequado tem causado muitos problemas ambientais para a sociedade. Assim, isso
contribui para que a logística reversa seja de fato implementada nas empresas e
que as mesmas se comprometam a resolver tais problemas para defender a sua
perenidade econômica e também a sua imagem corporativa, bem como o meio
ambiente. E, portanto, você aluno(a), enquanto gestor de logística, deverá elaborar
um plano ao longo da cadeia de suprimentos para adequar-se às boas práticas e
sobressair neste mercado (POZO, 2015).
103
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 3
104
na prática
$FULD©¥RGDHVWUDW«JLDFRUSRUDWLYDFRPH©DFRPXPDGHȴQL©¥RPXLWRFODUDGRVRE-
MHWLYRVGDHPSUHVDLQGLVSHQV£YHOXPHQWHQGLPHQWRJHUDOGHTXDLVV¥RDVPHWDV
mais importantes – realização de lucros, retorno do investimento, participação no
PHUFDGRRXFUHVFLPHQWR$VVLPDHVWUDW«JLDSHUSDVVDSHODDQ£OLVHGH6ZRW%$//28
&RQVLGHUDQGRRIRFRGHFRQFHQWUD©¥RGDVYDUL£YHLVGDDQ£OLVHGH6ZRWQD
UHDOL]D©¥RGHXPGLDJQµVWLFRHVWUDW«JLFRDYDOLHDVDȴUPDWLYDVDEDL[R
I - 3RQWRV)UDFRV
II - 3RQWRV)RUWHV
III - 2SRUWXQLGDGHV
IV - Ameaças
FRUUHWRRTXHVHDȴUPDPHP
a) ΖDSHQDV
b) ΖΖDSHQDV
c) ΖΖΖDSHQDV
d) ΖΖΖHΖ9DSHQDV
e) ΖΖΖΖΖΖHΖ9
2SODQHMDPHQWRORJ¯VWLFREXVFDVHPSUHUHVSRQGHUDVSHUJXQWDVVREUHRTX¬TXDQ-
GRHFRPRHVHGHVHQYROYHHPWU¬VQ¯YHLVHVWUDW«JLFRW£WLFRHRSHUDFLRQDO$SULQFL-
pal diferença entre eles é o horizonte temporal do planejamento: Estratégico, Tático
H2SHUDFLRQDO%$//28
(PUHOD©¥RDRTXHYLVDRSODQHMDPHQWRHPQ¯YHOHVWUDW«JLFRDVVLQDOHDDOWHUQDWLYDFRUUHWD
a) 'HWHUPLQDUDTXDQWLGDGHGHDUPD]«QVHDORFDOL]D©¥R
b) &RQWURODURVQ¯YHLVGHHVWRTXHVQRVGHSµVLWRV
c) 3URFHVVDUHDWHQGHURVSHGLGRVGRVFOLHQWHV
d) &RQWUDWD©¥RHVHOH©¥RGDVFRPSUDV
e) 5RWHDPHQWRGDVHQWUHJDVGRVSURGXWRV
2XVX£ULRGHWUDQVSRUWHVWHPXPDDPSODJDPDGHVHUYL©RV¢GLVSRVL©¥RJLUDQGRHPWRUQR
GHFLQFRPRGDLVE£VLFRVKLGURYL£ULRIHUURYL£ULRURGRYL£ULRDHURYL£ULRHGXWRYL£ULR8P
serviço de transporte é um elenco de características de desempenho comprado a um de-
WHUPLQDGRSUH©R$YDULHGDGHGRVVHUYL©RVGHWUDQVSRUWH«TXDVHLOLPLWDGD%$//28
105
na prática
a) Rodoviário
b) Ferroviário
c) Marítimo
d) Dutoviário
e) Aéreo
2VFLQFRPRGDLVE£VLFRVGHWUDQVSRUWHVRIHUHFHPVHUYL©RVGLUHWRVDRVXVX£ULRVΖVVR
RFRUUHHPFRQWUDSRVL©¥R¢XWLOL]D©¥RGRȊLQWHUPHGLDGRUGRWUDQVSRUWHȋSRUH[HP-
plo, o despachante de cargas, que vende serviços de transporte mas normalmente
WHPSRXFDRXQHQKXPDFDSDFLGDGHGHPRYLPHQWD©¥RGLUHWD2VHUYL©RGHPRGDO
H[FOXVLYRWDPE«PID]FRQWUDVWHFRPDTXHOHVTXHHQYROYHPGRLVRXPDLVPRGDLV
LQGHSHQGHQWHVGHWUDQVSRUWH%$//28
&RQVLGHUDQGRRH[SRVWRDVVLQDOHDDOWHUQDWLYDTXHUHSUHVHQWDRPRGDOPDLVXWLOL-
]DGRQR%UDVLO
a) Rodoviário
b) Ferroviário
c) Marítimo
d) Dutoviário
e) $«UHR
2PXQGRHVW£FDGDYH]PDLVSUHRFXSDGRFRPDVD©·HVGRKRPHPTXDQWRDXWLOL]D©¥RGRV
recursos naturais e isto perpassa também pela responsabilidade que as empresas tem que
GDUDRVSURGXWRVGHSRLVGHXWLOL]DGRVSHORFOLHQWHRXVHMDQRȴQDOGRVHXFLFORGHYLGD
&RQVLGHUDQGRHVWHWLSRGHORJ¯VWLFDVXSUDFLWDGRDVVLQDOHDDOWHUQDWLYDFRUUHWD
a) Logística ambiental
b) Logística Reversa
c) Logística ética
d) Logística natural
e) Logística Rural
106
aprimore-se
107
aprimore-se
108
eu recomendo!
livro
109