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14/09/2021

ARTICULAÇÃO DO
QUADRIL

 Articulação esferoidal (bola e soquete);


DISTÚRBIOS E TESTES  Formada pela cabeça do fêmur e pelo
ORTOPÉDICOS DE MEMBROS acetábulo do osso pélvico;

INFERIORES
Função Primária – Sustentar o peso da
cabeça, dos braços e do tronco:
• Postura ereta estática;
• Atividades dinâmicas (correr, caminhar...)

ARTICULAÇÃO DO
QUADRIL ANATOMIA DO OSSO
 Via de transmissão de forças entre a pelve O osso da coxa (osso do quadril) se desenvolve inicialmente
e as extremidades inferiores; como três ossos individuais: o ílio, o ísquio e o púbis.

 Transmitindo cargas verdadeiramente


expressivas, tanto de tração como de Ílio
compressão.

 Por exemplo: durante a caminhada, o


quadril sustenta 1,3 a 5,8x o peso do
corpo; e 4,5x o peso do corpo na corrida
Púbis
Ísquio

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ANATOMIA DO OSSO Ílio


ANATOMIA DO OSSO
 O ílio é o maior dos três ossos. É composto de uma
grande asa do tipo leque e de um corpo  O ísquio é composto de um corpo, que
inferiormente posicionado. contribui para o acetábulo, e um ramo. Ísquio

 O corpo do ílio forma os dois quintos superiores do  O ísquio forma os dois quintos posteriores
acetábulo. do acetábulo. Juntos, o ísquio e o ramo
 Asa do Ílio – se estende desde a EIPS até a EIAS; formam o túber isquiático, que é um
Servindo de inserção para glúteo mínimo, médio e importante marco para palpação, pois
máximo. serve de inserção para vários músculos e
 A superfície anterior do ílio forma uma fossa e para o ligamento sacrotuberal.
serve como inserção proximal do músculo ilíaco
 A espinha isquiática, localizada no corpo
do ísquio, é o ponto de inserção para o
ligamento sacroespinal.

ANATOMIA DO OSSO ANATOMIA DO OSSO

 Músculos que se inserem no túber Ísquio  Púbis - é o menor dos três ossos e
isquiático consiste em um corpo e em ramos Púbis
inferiores e superiores. Forma o quinto
anterior do acetábulo

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ACETÁBULO LÁBIO (LABRUM) ACETABULAR


• Anel espesso de fibrocartilagem situado ao redor da periferia
• O ílio, o ísquio e o púbis fundem-se, juntos, do acetábulo. Também conhecido como borda acetabular.
dentro do acetábulo e formam uma depressão • É similar ao menisco do joelho e ao lábio da articulação
profunda na pelve lateral, que permite a glenoumeral.
transmissão próxima de peso do esqueleto
axial para a extremidade inferior. • Aumenta a estabilidade articular;
• Diminui a força transmitida para a cartilagem articular;
• Proporciona feedback proprioceptivo.
• O diâmetro do acetábulo é levemente menor
do que o da cabeça do fêmur e resulta em um
encaixe incongruente das superfície
articulares. A maior parte do lábio
é avascular;

Vasos sanguíneos
apenas em 1/3 externo.

FÊMUR FÊMUR
• Maior e mais forte osso do corpo. Sua extremidade proximal
consiste em uma cabeça, um colo e trocanter maior e um menor; • O colo do fêmur está localizado entre a
diáfise do fêmur e sua cabeça.
• O colo do fêmur serve para estender as
• Cerca de dois terços da cabeça do fêmur são cobertos com uma forças de sustentação de peso lateral e
camada leve de cartilagem, exceto por uma depressão, a fóvea da inferior ao fulcro articular.
cabeça, onde se insere o ligamento redondo.

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HISTÓRIA CLÍNICA HISTÓRIA CLÍNICA


• Início dos sintomas;
• Dor no quadril ou na virilha, rigidez matinal, rigidez após sentar e dor no
• Mecanismo de lesão (se houver); quadril com a sustentação de peso - envolvimento articular
• Queixa principal do paciente. • Ex: Osteoartrite/ mais frequente acima dos 60 anos.

• A dor periarticular que não é reproduzida pelo movimento passivo e


palpação articular direta sugere uma etiologia alternativa;
• Ex: bursite, tendinite ou periostite.

• História de macrotrauma agudo (quedas, acidentes) – Radiografias p/


descartar fraturas ou luxações.
• Quedas sobre a parte externa do quadril são causas comuns de bursite
trocantérica ou contusão da crista ilíaca.

REVISÃO DE SISTEMAS (DIAGNÓSTICO


DIFERENCIAL)
 Dor refletida na região pode vir de diversas fontes, que
incluem a coluna lombar, a compressão dos nervos
periféricos, a articulação sacroilíaca e a víscera abdominal.

• Dor na região da coxa e no joelho – pode indicar radiculopatia


PATOLOGIAS DE
lombar; QUADRIL
• Dor ao sentar-se pode indicar lesão no disco lombar ou bursite
isquiática;
• Dor noturna que não é afetada por mudanças de movimento
ou de posição, é forte sugestão de câncer.

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IMPACTO FEMOROACETABULAR IMPACTO FEMOROACETABULAR


 Condição que resulta do contato anormal entre a cabeça do fêmur
e a borda acetabular;  Impacto decorre de alterações na
transição colo-cabeca e/ou no
 Conflito mecânico causador de microtraumatismos aplicados no
acetábulo.
labrum e cartilagem acetabular que provocam lesões nessas
estruturas.
 Entretanto, pode ocorrer em quadris
morfologicamente normais, mas que
são submetidos a grandes
demandas físicas associadas a
repetidos movimentos de flexão.

IMPACTO FEMOROACETABULAR IMPACTO FEMOROACETABULAR


• A articulação do quadril é do tipo
bola e soquete; • Bloqueio mecânico dos últimos graus
de movimentos da cabeça femoral;
• Seus movimentos requerem
rolamento da cabeça femoral no • impacto na borda lateral do acetábulo
acetábulo. - microtraumatismos regionais.

• O impacto surge quando essa • As estruturas mais afetadas são o


harmonia de movimentos é
labrum e a região anterolateral da
alterada. cartilagem articular do acetábulo.

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IMPACTO FEMOROACETABULAR IMPACTO FEMOROACETABULAR


• Lesão do tipo Cam: • Lesão do tipo Pincer
• Saliência no colo do fêmur, que • Quando as anomalias são
golpeia a margem do acetábulo à predominantemente acetabulares;
flexão e rotação interna do quadril;

• Em casos de pequenas protrusões, • Decorrem de casos em que a


o dano inicial é primariamente na cabeça femoral está
cartilagem acetabular e causa excessivamente contida pelo
abrasão ou laminação; acetábulo (Retroversão acetabular,
osteotomias pélvicas, excesso de
• Parte protusa penetra no acetábulo, anteversão acetabular).
cisalha a cartilagem articular e, pelo
mesmo mecanismo, lesa o labrum.

IMPACTO FEMOROACETABULAR EXAME FÍSICO E SINTOMATOLOGIA


 O impacto femoroacetabular causado por alteração da • Sintomatologia
transição cefalocervical é mais comum entre os homens entre
• IFA anterior: queixa principalmente de dor crônica
20-30 anos.
incomodativa na região da virilha, de início insidioso,
longa duração e pioria progressiva;
 O impacto causado por alterações acetabulares ocorre mais
na mulher de meia-idade. • Agudizações podem ocorrer quando há excessos físicos.

• O paciente típico é adulto jovem, muitos deles


praticantes de esportes que envolvem flexão do quadril.

• DOR - pode ser constante, intermitente, em repouso, e


interferir com o sono, seja ao impedi-lo ou provocar o
acordar.

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EXAME FÍSICO E SINTOMATOLOGIA EXAME FÍSICO E SINTOMATOLOGIA


• Sintomatologia Exame físico:
• IFA posterior: manifesta-se por dor na região • Atrofia da coxa, discreta claudicação;
glútea, lombossacral ou face posterior da coxa,
associada a movimentos ou posições em • Limitação de ADM de quadril nos últimos graus;
extensão e abdução do quadril.

• Testes especiais.
• Artrose secundária - tanto no impacto anterior
como posterior - dor se torna mais grave, mais
típica de degeneração articular e, geralmente,
leva ao abandono de atividades físicas,

TESTES ESPECIAIS TESTES ESPECIAIS


Teste/Sinal de Tredelemburg Teste de impacto anterior do quadril
Fraqueza no glúteo médio durante • Quadril é flexionado 90° aduzido e
a sustentação de peso unilateral. rodado internamente;
• Positivo: Dor.

Pede-se ao paciente que fique de


pé, apoiando-se em um membro Teste de impacto posterior do quadril
por cerca de 30 segundos. • Membro inferior a ser avaliado é
colocado fora da mesa de exame,
estendido, abduzido e rodado
Positivo: ocorre o desnivelamento externamente.
da pelve.

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TRATAMENTO
 Visto que o IFA é uma condição que envolve a
constituição anatômica do osso é interessante buscar
uma avaliação médica para possível correção cirúrgica
artroscópica.

 Correção cirúrgica – redução da dor e melhora da


função.

CONCLUSÃO: Há evidências de qualidade moderada que o


 Fisioterapia? tratamento cirúrgico não é superior ao conservador para IFA em
curto prazo, e há evidências de qualidade reduzida que não é
superior em médio prazo.

FISIOTERAPIA
Indivíduos com IFA apresentam musculatura de quadril mais fraca
do que a população saudável;
• Exercícios de fortalecimento e estabilização da musculatura
do quadril podem ser utilizados para:

(August, 2019)  Desequilíbrios musculares;


 Déficits no controle dinâmico do quadril;

Melhora da tolerância
do paciente para suas
atividades desejadas.

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FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA

• Técnicas de terapia manual para articulação do quadril;

• Exercícios específicos de fortalecimento de quadril


(adutor, abdutor, extensor e rotador externo);

• Fortalecimento e estabilização de musculatura de tronco.

(KEMP et al. 2018)

LESÃO DO LABRUM LESÃO DO LABRUM (CAUSAS)

 Lesões do labrum podem ocorrer em atividades esportivas ou como


consequência de doenças que afetam a estrutura do quadril.

 Acredita-se que o impacto mecânico e/ou instabilidade da articulação


femoroacetabular sejam causas comuns de patologia condral labral.

 Os sinais clínicos de IFA foram encontrados em até 95% dos pacientes


com laceração labial.

 A região ântero-superior da articulação é o local mais comum para uma


ruptura labial, os sintomas do paciente são provocados pela
combinação de rotação interna do quadril, adução e flexão.

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LESÃO DO LABRUM (SINTOMAS)


LESÃO DO LABRUM
 O achado de lesão labral em exames de imagem como
 Dor na articulação do quadril, região inguinal (virilha) e na face ressonância magnética é comum em pacientes sem dor no
interna da coxa, que pode irradiar até os joelhos. quadril;
 Da mesma forma, o achado de lesão labral em exames de
imagem não garante que esta seja a causa da dor.
 É importante ressaltar que, muitas vezes, a dor pode ser
confundida com lesões musculares, tendíneas, hérnias inguinais ou
até mesmo de púbis. (Associar a diagnóstico por imagem!)

 Dor em atividades esportivas ou ao caminhar é o principal sintoma;

 Dor ao sentar também pode ocorrer e estalido e falseio também são


queixas comuns.

EXAME FÍSICO LESÃO DO LABRUM (TRATAMENTO)


 Teste mais específico:
• Teste do impacto anterior do quadril:  O tratamento visa a resolução da dor e o retorno às atividades
esportivas.
Paciente com flexão de quadril e joelho a 90 °, adução e  Alterações da estrutura óssea precisam ser vistas antes de
rotação interna do quadril sintomático. tratar a lesão labral em si.
 Impacto entre fêmur e acetábulo ou instabilidade precisam ser
identificados e tratados.
 Medicações para dor e anti-inflamatórias, fisioterapia e
readequação das atividades podem ser utilizadas. Terapias com
células tronco e PRP são promissoras.

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FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA
 Protocolo de Fisioterapia de 12 semanas apresenta bons resultados em 4
pacientes que apresentam diminuição da dor, aumento da força e melhora da
função.

 Com o objetivo de melhorar a capacidade de produção de força e controle dos


músculos ao redor do quadril, o protocolo é dividido em 3 fases:

• Fase 1: Ênfase no controle da dor, estabilização do tronco e correção do


movimento;

• Fase 2: Fortalecimento muscular, recuperação da ADM normal e sensação


treinamento;

• Fase 3: Progredindo para participar de atividades esportivas


funcionalmente.

(Yazbeck et al., 2011)

FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA
 Fase 1: Ênfase no controle da dor, estabilização do tronco e
correção do movimento;  Fase 2: Fortalecimento muscular, recuperação da ADM normal e
sensação treinamento (Diminuição significativa ou ausência de queixa de
dor);
 Mobilização articular (graus I e II);

 Mobilização articular graus III e IV;


 Agentes eletrofísicos: estimulação elétrica e laser;
 Core (exercícios de estabilização lombo-pélvica) adicionado a
 Movimentos ativos dentro de limites dolorosos; exercícios moderados, como ponte lateral e mini agachamento, e
treinamento sensório-motor leve;

 Contração isolada do transverso abdominal e multífido e Flexão e extensão do quadril em pé (carga progressiva), 3 × 10
exercícios leves associados (ex: ponte e agachamento repetições;
próximo ao chão com as mãos e joelhos);
Abdução e adução do quadril em pé, com resistência elástica perto
de uma barra de suporte (carga progressiva), 3 × 10 repetições.

(Yazbeck et al., 2011) (Yazbeck et al., 2011)

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CIRURGIA
FISIOTERAPIA Debridamento labral
 Fase 3: Progredindo para participar de atividades esportivas • A parte rasgada do lábio é debridada na tentativa de aliviar a dor do
funcionalmente (Bom equilíbrio e propriocepção e força paciente. Os resultados de curto prazo mostraram-se bons a excelentes
muscular normal e amplitude de movimento). em algumas pesquisas com o avanço da artroscopia do quadril.

 Core (exercícios de estabilização lombopélvica) adicionado


aos exercícios de bola suíça e treinamento sensório-motor
avançado;

 Manutenção da força muscular (carga progressiva) e lidar


com qualquer desequilíbrio muscular persistente.

(Yazbeck et al., 2011)

CIRURGIA
BURSITE TROCANTÉRICA
Reconstrução labral
 Caso o dano labial seja difícil de ser reparado ou um lábio
previamente desbridado seja considerado irreparável por • Processo inflamatório da Bursa
quantidade insuficiente; que recobre o trocanter maior do
 Reconstrução com cirurgia aberta ou sob artroscopia é indicada fêmur.
com um autoenxerto ou aloenxerto sendo incisado para substituir
o lábio rasgado.
• Mais comum em mulheres
(principalmente as corredoras de
meia idade) e idosos.

Tem como característica dor na região


do trocanter maior do fêmur, podendo
irradiar para região lateral da coxa.

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BURSITE TROCANTÉRICA BURSITE TROCANTÉRICA


• Nos estágios iniciais, a dor é geralmente descrita Fatores De Risco
como aguda e intensa e até mesmo como  Lesão por estresse repetitivo (overuse).
queimação.
• Isso pode ocorrer durante corridas, ao subir
• Mais tarde, as dores podem ser mais fortes e escadas, ao andar de bicicleta ou por ficar em pé
espalhadas, sendo mais difícil localizá-las. por longo período de tempo.
• Normalmente, a dor é pior à noite, quando se deita
sobre o quadril afetado e ao levantar de uma  Lesão no quadril.
cadeira após um período sentado.
• Pode ocorrer em uma queda sobre o quadril, ao
batê-lo na borda de uma mesa ou ao deitar de um
lado do corpo por um longo período de tempo.

BURSITE TROCANTÉRICA BURSITE TROCANTÉRICA


 Desigualdade de membros inferiores Diagnóstico: basicamente exame clinico, podendo realizar
• (diferença maior que 2 cm), afeta a maneira de andar e pode exames complementares para descartar outras patologias (RX,
levar a irritação de uma das bursas do quadril. US, RM TC)

 Cirurgia anterior
• Cirurgia ao redor do quadril ou implante de prótese no
quadril pode irritar a bursa e causar bursite.

 Esporão ósseo ("bicos de papagaio") ou depósitos de


cálcio.
• Pode desenvolver-se nos tendões que ligam ao trocanter,
irritando a bursa e causando mais inflamação.

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BURSITE TROCANTÉRICA
BURSITE TROCANTÉRICA
Tratamento: Tratamento:
• PRP - Plasma Rico em Palquetas. O PRP é uma substância
Muitas pessoas com bursite do quadril podem apresentar alívio com extraída do próprio sangue do paciente através do uso de
simples mudanças de estilo de vida, incluindo:
centrífuga.
 Evitar as atividades que pioram os sintomas • O PRP é rico em fatores estimuladores do crescimento que
servem para estimular os tendões e a bursa do quadril. É
 Evitar cruzar as pernas comum ser necessário em torno de 2-3 aplicações.

 Uso de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) para controlar a


inflamação e dor.

 Utilização de uma bengala ou muletas durante uma semana ou,


se necessário, por períodos mais longos.

OSTEOARTROSE DE QUADRIL
BURSITE TROCANTÉRICA

• Fisioterapia
 Fortalecimento de quadríceps associado a
alongamento de Isquiotibiais;
 Fortalecimento e alongamento de glúteos
médio e mínimo devem ser iniciados;
(Ganderton C., 2018)

• Infiltração;

• Cirurgia (bursectomia).

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OSTEOARTROSE DE QUADRIL
OSTEOARTROSE DE QUADRIL
 Patologia mais comum nessa articulação Fisiopatologia:
 10 milhões de Americanos já diagnosticado
Alterações profundas na superfície articular, fissuras e erosão são
eventos presentes na artrose.
• Fatores de risco: idade avançada, histórico familiar,
obesidade, alteração postural, diabetes, artrite reumatóide, Essas mudanças ocorrem devido a alterações na atividade
displasia e traumatismo de repetição. biossitética dos condrócitos e em sua composição química.

 Primária (causa desconhecida); -Diminuição da capacidade de absorver carga


 Secundária (causa conhecida ou preexistente); -Diminuição na capacidade de regeneração
-Diferença no anabolismo e catabolismo

OSTEOARTROSE DE QUADRIL OSTEOARTROSE DE QUADRIL


Sinais e sintomas:
Sinais radiográficos:
 Dor localizada, acentuada pela carga e pelos movimentos do Estreitamento do espaço articular;
quadril.
Esclerose subcondral;
 Frio e Umidade aumentam o desconforto
Osteófitos marginais;
 Dor é pior no início do movimento ou , quando em repouso,
mudam a posição do quadril. Aparecimento de cistos.
 Restrição na amplitude de movimento
 Rigidez articular (após repouso), creptação.
 Marcha alterada
 Aumento do volume articular
 Dor noturna

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OSTEOARTROSE DE
OSTEOARTROSE DE QUADRIL
QUADRIL
Tratamento
 Conservador: medicamentoso, fisioterapia e diminuição da carga
na articulação (diminuição do peso corporal e da atividade que
solicite o quadril e ainda o uso de bengalas).

Levar em consideração os princípios de


tratamento de acordo com os estágios:
agudo, subagudo e crônico.

 Cirúrgico: preservando a articulação (osteotomias), substituição


(próteses) e fusão (artrodese).

1: diminuição do espaço articular. 2 e 3 Osteófitos


marginais; (evolução de um paciente)

TRATAMENTO CONSERVADOR TRATAMENTO CONSERVADOR


(DIRETRIZES GERAIS) (DIRETRIZES GERAIS)
 Orientar o paciente:
• Ensinar sobre forças deformantes e prevenção;  Melhorar controle neuromuscular, força e resistência
• Ensinar um programa de exercícios domiciliares para reforçar as muscular:
intervenções e minimizar os sintomas; • Exercícios resistidos de baixa intensidade e repetições
• Alternar atividades com período de repouso; musculares;
 Melhorar o equilíbrio:
 Diminuir os efeitos da rigidez:
• Atividades de treinamento de equilíbrio.
• Exercícios de ADM ativa;
• Técnicas de mobilização intra-articular;  Melhorar o condicionamento físico:
• Exercício aeróbico sem impacto ou baixo impacto.
 Aumentar ADM:
• Alongar restrições em músculos, articulações ou tecidos moles Levar em consideração os princípios
com técnicas específicas. de tto de acordo com os estágios:
agudo, subagudo e crônico.
(Kisner, Colby, 2009) (Kisner, Colby, 2009)

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ARTROPLASTIA DO QUADRIL ARTROPLASTIA DO QUADRIL


(PRÓTESE) (PRÓTESE)
O sucesso depende de 3 fatores: Contra indicação: imaturidade esquelética, doenças
 Escolha do paciente ideal; neurológicas progressivas, porém a contra indicação absoluta é
artropatia neurológica (Charcot) e sepse articular recente ou em
 Seleção do implante; curso.
 Escolha da técnica utilizada.

Paciente ideal:
**Charcot: Este distúrbio é uma consequência de lesões dos
Articulação artrítica dolorosa e incapacitante, refratária ao nervos que impedem a percepção da dor articular. Por
tratamento conservador;
conseguinte, as lesões e fraturas insignificantes e repetidas
Patologia bilateral do quadril dolorosa e grave (indicação de passam despercebidas.
cirurgia de pelo menos um lado);
Idosos acima de 65 anos.

ARTROPLASTIA DO QUADRIL ARTROPLASTIA DO


(PRÓTESE) QUADRIL (PRÓTESE)
Para que funcione adequadamente, a prótese deve estar fixa ao Acessos cirúrgicos comuns:
osso e esta fixação pode ser alcançada através de duas
técnicas.
 Acesso póstero-lateral (mais frequente);
A primeira técnica não utiliza cimento ortopédico, e baseia-se no
crescimento de osso do paciente para dentro de poros na  Acesso lateral;
superfície da prótese.  Acesso ântero-lateral;
A segunda técnica envolve o uso de cimento ortopédico, o qual  Acessos minimamente invasivos.
funciona como uma argamassa entre o implante e o osso
hospedeiro.
Após, o cimento é colocado no osso e solidifica em alguns
minutos, permitindo a fixação do implante ao osso do paciente.

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ARTROPLASTIA DO QUADRIL (PRÓTESE) ARTROPLASTIA DO QUADRIL (PRÓTESE)

Prótese parcial do quadril

Em casos de fratura do colo femoral em idosos com


cartilagem do acetábulo preservada, eventualmente
pode ser utilizado o componente femoral com uma
grande cabeça femoral de metal articulando
diretamente no acetábulo do paciente, com a
articulação se fazendo diretamente entre a cabeça
femoral metálica e a cartilagem acetabular.

PUBALGIA PUBALGIA
 Caracterizada pela presença de dor
na região baixa do abdômen e na
virilha.
 Dor pode ser unilateral ou bilateral;
 Exacerbada por corridas, chutes,
adução ou flexão do quadril e cargas
excêntricas no reto abdominal.
 Descrita pela primeira vez em um
atleta de Esgrima, se popularizou em
1983, quando Willey descreveu o
primeiro caso em atleta de futebol.

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PUBALGIA PUBALGIA
 Nesta região, ocorre a inserção e  Causa multifatorial;
consequente tração de diversas
 Geralmente está associado a:
forças musculares como:
• Sobrecarga de exercícios;
• Retos Abdominais(superiormente)
• Desequilíbrios musculares;
• Oblíquos do Abdômen (diagonal
superior) • Encurtamento muscular;
• Adutores (diagonal inferior) • Redução de mobilidade das articulações coxo-femoral e
sacro-ilíaca;
• Reto Femoral, Ílio-Psoas e Sartório
(inferiormente). • Micro-lesão no adutor;
• Enfraquecimento da parede abdominal;
• Entre outros.

PUBALGIA PUBALGIA
 80% dos casos os pacientes referem dor na região adutora;  Além da dor - que geralmente tem caráter progressivo - a
incapacidade para a prática esportiva é uma característica
 40% ao redor da sínfise púbica.
marcante da doença.
 Região baixa do abdômen 30%;
 No quadril em 12%;
 Bolsa escrotal em 8%.

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PUBALGIA
 Possível origem da dor: PUBALGIA
• Um movimento violento ou agressivo, que
produz uma lesão nos adutores, os  Fatores de Risco:
abdominais oblíquos ou na estrutura
miofascial;
• Fraqueza muscular abdominal ou hérnia inguinal;
• Entesite no tendão dos músculos acima • Hiperlordose da coluna durante a prática de esporte (estresse
citados; a musculatura abdominal);
• Artropatia degenerativa da sínfise púbica; • Desequilíbrio entre os adutores (fortes) e abdominais (fracos)
(distribuição de forças anormal aplicadas no púbis);
• Contratura do iliopsoas; • Programas de treinamento muito pesados que podem
produzir lesões musculares ou entesites.
• Inflamação do ramo púbico devido a um
trauma;
*As mulheres sofrem menos de pubalgia porque seus
• Avulsão do tendão adutor;
músculos e as fáscias podem ser mais alongadas (como
• Inserção anômala do tendão ou músculo durante a gravidez), portanto tudo depende da elasticidade.
reto do abdômen.

PUBALGIA PUBALGIA
Diagnóstico Diferencial:  Uma pubalgia traumática cura mais rápido do que uma de
sobrecarga.
• Osteíte púbica;
• Lesão muscular ou ruptura do adutor;
• Fratura do púbis;  Se a pessoa que sofre de pubalgia continua a praticar a
• Compressão do nervo ilioinguinal ou nervo genitofemoral; atividade que desencadeou a tendinite, os tecidos não
• Artrose do quadril; cicatrizam e a inflamação torna-se crónica.
• Neuropatia do nervo femoral;
• Dor referida na coluna;
• Condições gastrointestinais e urinárias;
• Prostatite;
• Gânglios linfáticos inchados.

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PUBALGIA PUBALGIA
 Tratamento:  Avaliação clínica:
• Sensibilidade à palpação na região sinfisária;

• Essencialmente conservador com fisioterapia, medicação e


• Podem estar associados: disfunção sacroilíaca e fraqueza
repouso de atividade física.
dos músculos abdutores ou adutores de quadril.

• Cirurgia: Elegível para casos em que a dor não passa sob • ADM do quadril limitada;
tratamento conservador.
• Aumento do tônus muscular do reto abdominal;

• Encurtamento do iliopsoas muitas vezes associado com


hipomobilidade da coluna lombar superior.

PUBALGIA
 Testes:
• Teste de Patrick/FABER:
Paciente em DD, é solicitado que ele
faça um 4 com o membro inferior
sobre o outro, apoiando o tornozelo
sobre o joelho oposto.

O examinador, com a mão apoiada


sobre a face medial do joelho fletido e
a outra sobre o quadril oposto, exerce
pressão com ambas as mãos contra
a mesa do exame .

Positivo: Dor na região da virilha.

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PUBALGIA PUBALGIA
 Fisioterapia:  Fisioterapia:
• Um período de medicações anti-inflamatórias e de repouso
relativo. • Alongamento dos mesmos grupos musculares;

• Eletroterapia, termoterapia e crioterapia. • Os exercícios de fortalecimento são executados de modo


isométrico inicialmente; após, concêntrica e excentricamente;
• Alongamento, quando tolerado, para os músculos que
circundam a área lesionada:
• Treinamento de estabilidade para o CORE;
• Os adutores longos e curtos;
• Os flexores do quadril (iliopsoas e reto femoral);
• Rotadores internos do quadril; • Treinamento de propriocepção.
• Abdominais;
• Músculos glúteos.

SÍNDROME DO PIRIFORME SÍNDROME DO PIRIFORME

 Condição clínica de encarceramento do


nervo ciático ao nível da tuberosidade
isquiática.

 Relato dor na região glútea / nádega


que pode "disparar", queimar ou doer
na parte de trás da perna (ou seja,
"ciático" - como dor).

 Dormência nas nádegas e sensações


de formigamento ao longo da
distribuição do nervo ciático não são
incomuns.

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SÍNDROME DO PIRIFORME SÍNDROME DO PIRIFORME

 O nervo ciático corre adjacente ao  O diagnóstico da síndrome do piriforme não é fácil e é


músculo piriforme, que funciona baseado na história clínica e na apresentação.
como um rotador externo do
quadril.
 Portanto, sempre que o músculo  Outras condições que também podem imitar os sintomas da
piriforme está irritado ou síndrome do piriforme incluem:
inflamado, ele também afeta o • Estenose do canal lombar;
nervo ciático, o que resulta em • Inflamação do disco;
dor semelhante à ciática.
• Causas pélvicas

SÍNDROME DO PIRIFORME SÍNDROME DO PIRIFORME

Sintomas
As causas da síndrome do piriforme incluem:
 Trauma no quadril ou região das nádegas;
 Dor profunda e contínua localizada na
 Hipertrofia do músculo piriforme (Atletas);
região lombar e na glútea, na superfície
 Sentar por períodos prolongados (motoristas de posterior do quadril ou irradiada pelo nervo
táxi, trabalhadores de escritório, ciclistas); ciático ao longo do corpo;
 Anomalias anatômicas:  Formigamentos nas coxas ou dor irradiada
pelos membros inferiores;
• Músculo piriforme bipartido;
• Variações do curso / ramificação do nervo ciático  Incapacidade de ficar sentado numa
em relação ao músculo piriforme; mesma posição;
 Dor noturna.

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14/09/2021

SÍNDROME DO PIRIFORME SÍNDROME DO PIRIFORME

Achados clínicos: Fisioterapia


• Criomassagem na região glútea;
• Restrição na amplitude de movimento da adução do quadril • Alongamento estático suave do piriforme (livre da dor);
e da rotação interna; • Terapia manual (deslizamento longitudinal combinado com
rotação interna passiva de quadril);
• Teste de FABER positivo;

• Glúteos máximo, médio e bíceps femoral fracos.

• Sintomas neurológicos no membro ínfero-posterior se o nervo


fibular estiver envolvido.

• Perna ipsilateral encurtada.

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