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Chimamanda então, aos 19 anos de idade, decide mudar-se para os Estados Unidos com
o intuito de cursar universidade. Lá, ao entrar em contato com a cultura local, observou
que, devido às diferenças étnico-raciais, muitas pessoas as quais a autora tinha contato
possuiam uma visão pré-conceitual e unilateral do que era a África e seu povo. Para
grande parte dos estadunidenses a África era um local totalmente desolado pela miséria,
“primitividade” e pobreza. A partir de então, Chimamanda passa a observar o quão
perigoso pode ser essa posição/visão unilateral, já que isso acaba se tornando um tipo de
“história única”.
A obra, composta por 11 páginas, apresenta um claro movimento de desconstrução, já
que toca em questões pré-conceituais e as desmontam diante de uma perspectiva
multifacetada da realidade. Um grande aspecto dos dias de hoje é que o pré-conceito
ainda perdura na civilização, e a autora, por meio do texto, busca desvelar a
complexidade por trás de vivências e opiniões, as quais muitas vezes se baseiam em
uma única história.
De acordo com o sociólogo Robert Ezren Park – que formulou a teoria da assimilação –
os povos imigrantes passam por quatro estágios até que participem da simbiose de uma
sociedade: contato, conflito, aculturação e assimilação. É um processo definido como
um “ciclo de relações raciais”, já que representa um modelo de como ocorre essa
estruturação partindo de duas bases culturais distintas.
Através desta perspectiva podemos tomar a liberdade de inferir que o ser-humano têm
uma tendência inata de dividir-se em grupos e, desta forma, passa a adotar uma
cosmovisão (weltanschauung) relativo àquela vivência específica. Isso tudo, em suma,
consolida-se em uma história única. Porém, como estamos vivendo na era da
informação e tecnologia, há uma possibilidade de entendermos melhor esses processos
subjacentes, buscando assim evitar um posicionamento unilateral diante da realidade.
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade ou opressão;