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5ºteste
5ºteste
ÉTICA KANTIANA
Caraterizar os princípios da ética A boa vontade é o mais elevado bem e é condição necessária de todos os
formal de Kant: a boa vontade e outros bens. Uma boa vontade é uma vontade que age por dever. Kant
a ação por dever; distingue agir por dever ( moralidade ) de agir conforme ao dever
( legalidade ).
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moralidade para Kant.
Os imperativos são princípios, fórmulas ou leis que expressam a noção de dever ser. Os imperativos obrigam e
exercem pressão sobre a razão prática. Contudo, sendo a vontade livre, os imperativos não a determinam
necessariamente, apenas ordenam. Kant, ao investigar a natureza de tais princípios, concluiu que os imperativos são
dois tipos distintos: hipotéticos e categóricos.
Só estes princípios são, diz Kant, efetivamente leis de moralidade, dado o seu caráter exclusivamente formal. A
obediência a estes princípios deriva da autonomia da vontade: a lei imoral impõe-se por si mesma a partir da razão.
O imperativo categórico, em que de maneiras diferentes. Kant apresenta 3 formulações possíveis para o
se expressa a lei moral, terá de imperativo categórico:
conter apenas uma forma, válida
para todas as pessoas e em todas
as circunstâncias. a) Primeira Formulação
Age apenas segundo uma máxima tal que passas ao mesmo tempo
Trata-se de uma única lei, a lei
querer que ela se torne lei universal,
suprema da moralidade,
b) Segunda Formulação
podendo, porém, ser formulada
Age como se a máxima da tua ação se devesse tornar, pela tua
vontade, em lei universal da natureza.
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c) Terceira Formulação tanto na tua pessoa como de qualquer outro, sempre e
Age de tal maneira que simultaneamente como um fim e nunca como um meio.
uses a humanidade,
Nem todas as ações corretas são morais. Uma ação será moralmente se, e somente se, for de tipo que queiramos
que todas as pessoas a sigam em todas as circunstâncias. A ação moral é a ação por dever. Não persegue nenhum
interesse particular nem é o resultado de inclinações ou desejos. É a única e exclusivamente motivada pelo puro
respeito à lei, independentemente das consequências da ação, mesmo com prejuízo das inclinações ou desejos do
agente.
Teoria moral segundo as quais certas ações devem ou não devem ser Uma ação será moral se, e
realizadas dependendo das consequências que resultem da sua realização somente se, previsivelmente
ou não realização. maximizar imparcialmente a
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felicidade e bem-estar do conjunto de afetados. A ação é correta quando que, previsivelmente, produza os
imparcialmente promove maximizar a felicidade ( o prazer ) e minimizar a maiores benefícios possíveis para
infelicidade ( a dor ), enquanto que é incorreta quando promove o tosos os que serão afetados pela
contrário. nossa ação.”. Este é o princípio
para avaliar se as ações são boas
A lei suprema da moralidade é o princípio da utilidade ou da maior
ou más.
felicidade que pode ser formular do seguinte modo: “Devemos fazer aquilo
O utilitarismo identifica o bom com o prazer e o mau com a dor. O princípio utilitarista da maior felicidade assenta
em três pressupostos como o consequencialismo, hedonismo e a imparcialidade.
i. Stuart considera que os prazeres não se iii. As capacidades humanas são de nível
distinguem em apenas pela intensidade e superior e vão além do prazer físico;
duração ( quantidade, mas sobretudo pela iv. Mill pensava que as pessoas com
qualidade ); experiência com os dois tipos de prazer
ii. Os prazeres físicos ( como comer, dormir, podiam ser juízes imparciais e assim
jogar ) são qualitativamente diferente dos puder decidir qual deles o mais valioso;
prazeres intelectuais ( como o v. Para Stuart, os prazeres intelectuais são
conhecimento, a sabedoria, a imaginação superiores e devem ser preferidos aos
que está ligado às emoções e à prazeres físicos mesmo quando a sua
moralidade ); duração e intensidade é inferior.
John Rawls desenvolve uma teoria sistemática e global de justiça, em clara oposição às conceções utilitaristas.
- A posição original é a situação imaginária ou hipotética de imparcialidade, as pessoas pensam no que é justo e não
simplesmente no que é vantajoso, em que as pessoas racionais, livres e iguais criam uma sociedade regida ( regulada
) por princípios de justiça. Para que tal imparcialidade se verifique, as pessoas devem estar cobertas pelo véu da
ignorância.
- Véu da ignorância é o desconhecimento por parte de cada indivíduo da sua condição social e económica no
momento do estabelecimento do contrato social, que dá origem a uma determinada forma de sociedade. O véu da
ignorância garante, assim, equidade e universalidade.
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Em que consiste a estratégia “maximin”?
- Rawls defende que devemos escolher, sob o véu da ignorância, de entre todas as situações possíveis, aquela em
que a pessoa menos favorecida fica melhor em termos de distribuição de bens primários. A regra Maximin é uma
estratégia de decisão que pessoas razoáveis seguem, numa situação de incerteza ( véu da ignorância ). É a estratégia
do menor mal. São preferíveis princípios de justiça que estejam na base de uma sociedade em que o pior não será
muito mau, do que uma sociedade, por exemplo, haja muita pobreza e muita riqueza.
- São dois os princípios definidos racionalmente a partir da posição original. O primeiro é o princípio da liberdade.
Este princípio exige que o direito às liberdades básicas seja igual para todos. O segundo é o princípio da igualdade
social e económica e consagra os limites da desigualdade justa. O segundo princípio subdivide-se nos princípios da
diferença e da oportunidade justa. O primeiro consagra que quaisquer desigualdades económicas e sociais devem
apenas se toleradas na condição de trazerem maior benefícios aos menos favorecidos. O segundo afirma que
quaisquer desigualdades socias e económicas associadas a cargos ou trabalhos podem apenas existir se esses cargos
ou trabalhos estiverem abertos a todos em igualdade de oportunidades.