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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA

CRIADO AO ABRIGO DO DECRETO PRESIDENCIAL Nº 168/12 DE 24 JELHO,


DR I SÉRIE Nº 191
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE ENSINO PRIMÁRIO

TRABALHO INVESTIGADO DE DIDÁCTICA GERAL


TEMA:
AVALIAÇÃO ESCOLAR

ELABORADO PELO GRUPO Nº 02


 1º ANO
 TURMA: D-3
 PERIÓDO: MANHÃ

O DOCENTE
_________________
Terezinha Ernesto

BENGUELA, 2022

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA
CRIADO AO ABRIGO DO DECRETO PRESIDENCIAL Nº 168/12 DE 24 JULHO,
DR. I SÉRIE Nº 191
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE ENSINO PRIMÁRIO

TRABALHO INVESTIGADO DE DIDÁCTICA GERAL

TEMA:
AVALIAÇÃO ESCOLAR

ELEMENTOS DO GRUPO
1. Agostinho Calenga
2. Antónia Tch. Condumula
3. Aristides Neves da Costa
4. Augusta Vinevala
5. David Manuel B. Pessela
6. Domingas josefa N.Teixeira
7. Felismina Rosa Augusto
8. Inês Cassinda Tch. Fernando
9. João Nd. Paulo
10. Luzia Katimba
11. Luzia Mariana
12. Miquelina Tulumba
13. Natália Chinanga
14. Paulo José Madureira
15. Teresa Nanga Chipungo

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 7

AVALIAÇÃO ESCOLAR ......................................................................................................... 8

Avaliação de Ensino .................................................................................................. 8

Tipo de Avaliação .................................................................................................... 10

Funções da avaliação ............................................................................................... 12

Modalidades da avaliação ......................................................................................... 14

Princípios básicos da avaliação ................................................................................. 17

Etapas da avaliação .................................................................................................. 18

CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 19

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 20

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INTRODUÇÃO

A avaliação vem se constituindo em um importante campo de estudo e pesquisa.


Trata-se de um campo complexo que carrega múltiplas ideias e conceito construídos ao longo
do tempo e que vem repercutindo no ambiente educacional tanto no âmbito macro, quando
nos seus resultados contribuem para definir políticas públicas, quanto micro, quando
influencia fortemente as práticas docentes em sala de aula.
Ela tem sido um dos elementos chave no processo de ensino-aprendizagem, ajudando
tanto o professor como o aluno.

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AVALIAÇÃO ESCOLAR

Avaliação de Ensino

A avaliação das aprendizagens é um processo chave no PDE (Processo Docente


Educativo), pois, "uma boa avaliação das aprendizagens constitui um dos indicadores mais
relevantes da mestria da profissão docente". Assim, pela importância da Avaliação no PDE
(Processo Docente Educativo), vários são os teóricos que se dedicam à abordagem deste
tema, o que tem produzido várias formas de conceber a mesma. Mendes, (2008).
O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: fazer prova,
fazer exame, atribuir nota, repetir ou passar de ano. Esta associação, tão frequente em nossas
escolas, é resultante de uma concepção pedagógica arcaica, mas tradicionalmente dominante.
Nela, a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas
e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo. Em consequência, a avaliação se restringe
a medir a quantidade de informações retidas. Nessa abordagem, em que educar se confunde
com informar, a avaliação assume um carácter selectivo e competitivo. Haydet (2011).
Dentro de uma concepção pedagógica mais moderna, baseada na Psicologia Genética,
a educação é concebida como a vivência de experiências múltiplas e variadas tendo em vista
o desenvolvimento motor, cognitivo, afectivo e social do educando. Na sucessão de
experiências vivenciadas, os conteúdos são os instrumentos utilizados para activar e
mobilizar os esquemas mentais operatórios de assimilação. Nessa abordagem, o educado é
um ser activo e dinâmico, que participa da construção de seu próprio conhecimento. Haydet
(2011).
Dentro dessa visão, em que educar é formar e aprender é construir o próprio saber, a
avaliação assume dimensões mais abrangentes. Ela não se reduz apenas a atribuir notas. Sua
conotação se amplia e se desloca, no sentido de verificar em que medida os alunos estão
alcançando os objectivos propostos para o processo ensino-aprendizagem. Tais objectivos se
traduzem em mudança e aquisição de comportamentos motores, cognitivos, afectivos e
sociais. Se o acto de ensinar e aprender consiste em tentar realizar esses objectivos, o acto de
avaliar consiste em verificar se eles estão sendo realmente atingidos e em que grau se dá essa
consecução, para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem e na construção de seu saber.
Nessa perspectiva, a avaliação assume um sentido orientador e cooperativo. Haydt (2011).
Segundo Pires, citado por Mendes (2008), "a avaliação (escolar) é uma das actividades
dominantes na vida quotidiana da escola. Por avaliação pode-se genericamente entender o

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processo pelo qual se tenta julgar dos resultados do ensino- aprendizagem. Sendo esta última
actividade específica da escola, e àquela em relação a qual todas ás outras actividades
escolares se ordenam- e desenvolvem”.
Nérici citado por Mendes (2008), considera a verificação da aprendizagem "como a
parte final do processo de ensino, iniciando com a planificação do curso é através dela que se
chega à conclusão sobre a utilidade ou não dos esforços despendidos pelo professor e aluno
nos trabalhos escolares”.
Segundo Klingberg citado por Mendes (2008), afirma que "o controlo do rendimento
escolar é uma comparação entre o que é e o que deve ser na qual a " posição do que deve
ser" é o plano de ensino e a "posição do que é" representa os conhecimentos e capacidades.
Actualmente disponíveis na conduta dos alunos".
De acordo com Libânio citado por André (2014), a avaliação deve ser contínua e
sistemática. Para o autor, a avaliação deve ter três funções principais: pedagógico-didáctica;
diagnóstica e de controlo.
Das opiniões viste pelos autores a respeito da avaliação, é notório que cada autor dá
realce um determinado aspecto do processo de ensino-aprendizagem, com o qual a avaliação
se relaciona.
Em nossa opinião a avaliação é um instrumento que consiste é medir o aproveitamento
do aluno, é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor
como do aluno. É um processo contínuo que permite constatar se os conhecimentos estão
sendo adquiridos conforme o resultado esperado.
Em nossa opinião as definições acima apresentadas permitem identificar algumas
características essenciais da avaliação das aprendizagens:
A avaliação é realizada na base dos resultados do ensino-aprendizagem; a realização
deste processo pressupõe a existência de determinados resultados instrutivos e
educativos os quais devem ser avaliados.
A avaliação abarca professor e aluno; ela oferece amostras tanto da actividade dos
alunos como do professor; revela os progressos e retrocessos dos alunos, bem como, o
grau de cumprimento dos objectivos propostos.
A avaliação compreende um sistema de conhecimentos, hábitos, habilidades e
atitudes; a avaliação integral deve abarcar a área cognitiva, afectiva e evolutiva do
aluno, de cordo com os objectivos estabelecidos.

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Tipo de Avaliação

A avaliação nos diferentes espaços de produção do conhecimento, têm sido


tradicionalmente consideradas como um factor que ocorre no final do processo de produção
do conhecimento. Sob esta óptica, foi fundamental perceber que a avaliação ocorre no
decorrer de todo processo ensino aprendizagem. Os tipos de avaliação predominante no
processo de ensino e aprendizagem são quatros: a diagnostica, formativa, especializada e
sumativa.
Para Kraemer (2006), a avaliação diagnóstica é baseada em averiguar a aprendizagem
dos conteúdos propostos e os conteúdos anteriores que servem como base para criar um
diagnóstico das dificuldades futuras, permitindo então resolver situações presentes.
Nesse olhar, percebeu-se que o papel da avaliação diagnóstica, objectiva investigar os
conhecimentos anteriormente adquiridos pelo educando, propiciando assim, assimilar
conteúdos presentes que são partilhados no processo ensino aprendizagem.
Blaya ao reportar-se a avaliação diagnóstica destaca que:
Avaliação Diagnóstica tem dois objectivos básicos: identificar as competências do aluno e
adequar o aluno num grupo ou nível de aprendizagem. No entanto, os dados fornecidos pela
avaliação diagnóstica não devem ser tomados como um "rótulo" que se cola sempre ao aluno,
mas sim como um conjunto de indicações a partir do qual o aluno possa conseguir um
processo de aprendizagem. (BLAYA, 2007).
Ao reflectir sobre a função da avaliação diagnóstica, a ênfase dada é identificar os
conteúdos e competências, objectivando saber qual nível encontra-se o aluno, bem como
destacar que o seu principal foco não é voltado à nota, mais em um diagnóstico para
compreender o processo da produção do conhecimento.
“Constitui-se num levantamento das capacidades dos estudantes em relação aos conteúdos a
serem abordados, com essa avaliação, busca-se identificar as aptidões iniciais, necessidades e
interesses dos estudantes com vistas a determinar os conteúdos e as estratégias de ensino mais
adequadas”. (GIL, 2006, p. 247).
Em nossa opinião A avaliação diagnostica é aquela que auxilia o professor a detectar
ou fazer uma verificação dos conteúdos e conhecimento que os alunos trazem nas classes
anterior, é aquela que professor faz no início da aula para certificar se os alunos estão
capacitados para a introdução da nova matéria. É a partir dos dados deste diagnóstico que o
professor faz e realiza um planeamento de acções que supram as necessidades e atingem os
objectivos propostos.

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Recomenda-se este tipo de avaliação no início do processo de Ensino e aprendizagem
para que professor conheça o nível de conhecimento que os educandos trazem consigo para
que o professor seja flexível na transmissão do conteúdo.
No que tange a avaliação formativa, aponta-se Kraemer apud Bloom, Hastings e
Madaus (1975), visa mostrar ao professor e ao aluno o seu desempenho na aprendizagem bem
como no decorrer das actividades escolares, oportunizando localizar as dificuldades
encontradas no processo de assimilação e produção do conhecimento, possibilitando ao
professor correcção e recuperação.
Em outras palavras pensamos que os autores foram bem claro a respeito da avaliação
formativa. Esse tipo de avaliação é aquele que permite o professor detectar se os objectivos
propostos para cada unidade temática foram alcanço, A avaliação formativa consiste na
prática da avaliação continua realizada durante o processo de ensino e aprendizagem, com a
finalidade de melhorar as aprendizagens em curso, por meio de um processo de regulação
permanente. Ela serve como um guia tanto do professor quanto para o aluno mostrando as
dificuldades de ambos para junto resolver.
Para comprovação do mesmo no processo de ensino aprendizagem a auto-avaliação,
os trabalhos em grupos, exercícios práticos, os trabalhos dependentes são os melhores
mecanismos para tal.
Segundo Lemos, citado por Mendes (2008), considera a avaliação especializada como
“uma forma de avaliação que se caracteriza especialmente: destina aos alunos que revelam
necessidades educativas especiais e exigem uma participação mais alargada do que a
avaliação Pedagógica habitualmente realizada”.
Lemos é muito claro na sua abordagem a respeito da avaliação especial porque esta
avaliação esta destinada apenas para alunos com necessidades educativas especiais sendo esta
avaliação mais alargada do que avaliação pedagógica, exige do professor estar munido de
conhecimentos Pedagógico e Psicológicos.
Para Kraemer (2006) a avaliação sumativa detecta o nível de rendimento realizando
um balanço geral, no final de um período de aprendizagem, podendo classificar de acordo
com o nível de aprendizagem.
Essa avaliação é aquela que é aplicada no final de um ano Lectivo ou um nível de
ensino para dar um resultado geral sobre o aproveitamento do aluno dentro dos seus
conhecimentos, competências, capacidade e atitude do aluno, acompanhado pela atribuição de
nota.

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É necessário que sempre no final desta avaliação o professor faça a entrega e
correcção do mesmo para que o aluno tome nota do seu aproveitamento e saiba que nível o
mesmo se encontra.

Funções da avaliação

Segundo Haydt, (2011), avaliar o processo ensino-aprendizagem é, basicamente,


verificar o que os alunos conseguiram aprender e o que o professor conseguiu ensinar. Vários
são os propósitos da avaliação na sala de aula.
Conhecer os alunos. No início do período lectivo ou antes de começar uma unidade
de ensino, o professor verifica o conhecimento prévio de seus alunos sobre os conteúdos a
serem estudados. Poderá assim determinar se eles progrediram na aprendizagem depois de
certo tempo. Essa avaliação tem função diagnostica e ajuda a detectar o que cada aluno
aprendeu ao longo dos períodos anteriores, especificando sua bagagem cognitiva. A avaliação
diagnostica auxilia o professor a determinar quais são os conhecimentos e habilidades que
devem ser retomados antes de introduzir os novos conteúdos previstos no planeamento.
Identificar as dificuldades de aprendizagem. A avaliação também permite
diagnosticar as dificuldades dos alunos, tentando identificar e caracterizar suas possíveis
causas. Algumas dessas dificuldades são de natureza cognitiva, porque têm origem no próprio
processo ensino-aprendizagem. Esse tipo de dificuldade deve ser superado através de um
trabalho pedagógico, pois sua solução é da estrita competência do professor.
O aluno pode manifestar também problemas de ordem afectiva e emocional,
decorrentes de situações conflituantes que vive em casa, na escola ou com os amigos. Esse
tipo de dificuldade também se manifesta no comportamento do aluno em sala de aula,
interferindo no acto de aprender. O professor deve fazer o que estiver a seu alcance para
atenuar ou superar essa dificuldade no contexto escolar. Quando sua superação estiver além
do âmbito de actuação do professor, o que ele pode fazer é conversar com os pais ou
responsáveis pelo aluno para, se a situação exigir, encaminhá-lo a um profissional
especializado, que tenha condições de oferecer o tratamento necessário e o acompanhamento
adequado ao caso.
Determinar se os objectivos propostos para o processo ensino-aprendizagem
foram ou não atingidos. Ao iniciar um período lectivo ou uma unidade de ensino, o
professor estabelece quais são os conhecimentos que seus alunos devem adquirir, bem como

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as habilidades e atitudes a serem desenvolvidas. Esses conhecimentos, habilidades e atitudes
devem ser constantemente avaliados durante a realização das actividades, fornecendo
informação tanto para o professor como para o aluno sobre o que já foi assimilado e o que
ainda precisa ser dominado. Caso os alunos tenham alcançado todos os objectivos previstos,
podem continuar avançando no conteúdo curricular e iniciar outra unidade de ensino. Mas se
um grupo não conseguiu atingir as metas propostas, cabe ao professor organizar novas
situações de aprendizagem para dar a todos condições de êxito nesse processo. Essa forma de
avaliar é denominada avaliação formativa e sua função é verificar se os objectivos
estabelecidos para a aprendizagem foram atingidos.
Portanto, o propósito fundamental da avaliação com carácter formativo é verificar se o
aluno está conseguindo dominar gradativamente os objectivos previstos, expressos sob a
forma de conhecimentos, habilidades e atitudes.
Dessa forma, a avaliação formativa pode contribuir para o aperfeiçoamento da acção
docente, fornecendo ao professor dados para adequar seus procedimentos de ensino às
necessidades da classe. A avaliação formativa pode também ajudar a acção discente, porque
oferece ao aluno informações sobre seu progresso na aprendizagem, fazendo-o conhecer seus
avanços, bem como suas dificuldades, para poder superá-las. É através da modalidade
formativa que a avaliação assume sua dimensão orientadora, fornecendo dados para o
replaneamento da prática docente e orientando o estudo contínuo e sistemático do aluno, para
que sua aprendizagem possa avançar em direcção aos objectivos estabelecidos.
Aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem. Existe uma estreita relação entre os
resultados obtidos pelos alunos na aprendizagem e os procedimentos de ensino utilizados pelo
professor. Por isso, o aproveitamento do aluno reflecte, em grande parte, a actuação didáctica
do professor. Assim sendo, o acto de avaliar fornece dados que permitem verificar
directamente o nível de aprendizagem dos alunos e também, indirectamente, determinar a
qualidade do processo de ensino, isto é, o sucesso do trabalho docente. Ao avaliar o progresso
de seus alunos na aprendizagem, o professor pode obter informações valiosas sobre seu
próprio trabalho. Nesse sentido, a avaliação tem uma função de retroalimentação dos
procedimentos de ensino (ou feedback) porque fornece dados ao professor para repensar e
replanear sua actuação didáctica, visando aperfeiçoá-la, para que seus alunos obtenham mais
êxito na aprendizagem. Tendo por base a análise dos resultados da avaliação, o professor pode
melhorar a qualidade de seu ensino, adequando os métodos e técnicas usados às
características da classe, isto é, às necessidades, ao ritmo e à bagagem cognitiva dos alunos.

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Promover os alunos. Em um sistema escolar seriado, o aluno é promovido de uma
série para outra e de um grau ou curso para outro, de acordo com o aproveitamento e o nível
de adiantamento alcançado nos componentes curriculares estudados. Quando a avaliação é
utilizada com o propósito de atribuir ao aluno uma nota ou conceito final para fins de
promoção, ela é denominada avaliação sumativa. Este tipo de avaliação tem função
classificatória, pois consiste em classificar os resultados obtidos pelos alunos ao final de um
semestre, ano ou curso, tendo por base os níveis de aproveitamento preestabelecidos.
A avaliação sumativa supõe uma comparação, porque o aluno é classificado de acordo
com o nível de aproveitamento e rendimento atingido, geralmente em comparação com os
colegas, isto é, com a classe. A ênfase no aspecto comparativo é própria da escola tradicional.
Como a forma de encarar a avaliação reflecte a concepção pedagógica adoptada, podemos
dizer que a avaliação está, actualmente, perdendo seu carácter selectivo e competitivo, para se
tornar orientadora e cooperativa, em decorrência das novas concepções educativas e das
mudanças ocorridas na escola. Assim, a avaliação está sendo revista à luz dos novos
princípios pedagógicos. "Para tal, faz-se necessário eliminar comparações entre alunos,
fazendo os resultados da aprendizagem referir-se a critérios preestabelecidos (através dos
objectivos) ou ao desempenho anterior do próprio indivíduo."
Ao nosso parecer, a função da avaliação é fundamental no processo de ensino e
Aprendizagem porque o mesmo serve para averiguar a qualidade e quantidade das
aprendizagens dos educandos, assim como a auto-avaliação do professor para que se tenha um
aprendizado e um avanço harmonioso.

Modalidades da avaliação

Há diversas modalidades de actividades que se podem realizar para a comprovação e


avaliação das aprendizagens. Estas actividades que permitem determinar a eficiência e a
qualidade do processo de ensino e aprendizagem, agrupam-se de diversas formas variando de
autor para autor.
Segundo Nérici citado por Mendes (2008. p. 156), aborda as modalidades da verificação
aprendizagem segundo duas variantes: verificação quanto ao tipo de prova e Verificação quanto à
época de realização.

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Quanto ao tipo de provas
 Provas orais: estas podem ser realizadas após a apresentação de um assunto novo para que os
seus elementos fundamentais venham a incorporar-se no todo de conhecimento ou no todo do
aluno.
 Prova escrita: essas podem ser mensais e exames finais podendo, no entanto, ser
apresentadas em qualquer aula como testes que podem ser aplicados no final ou no inicio de
uma aula para o professor se certificar sobre o que o aluno aprendeu a projectar as actividades
subsequentes: repetir, rectificar ou prosseguir. A mais importante são as provas mensais e
parcelares.
 Provas práticas: o aluno é posto diante de uma situação problemática, para a solução da qual
ele terá de fazer uso de elementos concretos e tróicos.
 Provas pratico-orais: além de averiguarem o conhecimento teórico, aferem habilidade,
segurança e domínio e técnicas bem como o manejo de instrumental especializado, pois
quando se pergunta pede-se que algo seja realizado em comprovação as respostas orais.
 Prova objectiva: é uma avaliação em que o aluno tem a liberdade de construir uma ideia, de
descrever, de analisar e sintetizar.
Verificação quanto a época de realização de prova
Avaliação vista segundo este critério, mostra que as provas podem ser realizadas em distintos
momentos do processo docente educativo.
 Durante a aula- é uma avaliação continua através de interrogatório os de outros recursos,
é feita uma sondagem rápida sobre a forma de como decorre a assimilação da matéria
durante a aula.
 Durante o final da aula- o final de cada aula é recomendável fazer uma-verificação da
mesma poderá ser por interrogatório-esta verificação indicará rumos para a aula seguinte.
 No início da aula- esta verificação pode ser efectuada em complemento a do final da
aula, por interrogatório ou teste.
 No final de uma unidade- esta avaliação permite ao professor saber se a classe esta em
condições de passar para uma unidade, esta pode ser oral ou escrita.
 Provas mensais- a forma mais comum de realização desta é a escrita e como o nome
indica são realizadas de mês em mês ou de dois em dois meses.
 Provas parciais- esta devem abarcar uma determinar uma parcela do conteúdo estudado;
a matéria deve ser precisamente delimitada e com bastante antecedência. O aluno deve ser
orientado a preparar-se antecipadamente para as provas. Nérici, citado por Mendes (2008:
pg: 156).

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 Ao nosso ver, Nérici relata a maneira como o docente deve fazer a sua avaliação, isto é,
avaliação deve ser feita tanto no começo, no meio como final da aula, ajudando na
participação activa do aluno.

Instrumentos de avaliação
 Observação: Fichas e cadernos.
 Auto-avaliação: Registro de auto-avaliação, o aluno vai falar e o professor vai registando os
pontos positivos e negativos.
 Aplicação de provas: Orais, escritas, práticas, objectivas, pratico-orais e práticas.
Segundo Libânio citado por Mendes (2008 pg: 167), apresenta na sua obra 10 instrumentos de
avaliação, nomeadamente: Provas escritas dissertativas, provas escritas de questões objectivas,
questões certo-errado (C ou E), questões de lacunas, questões de correspondências, questões de
múltipla escolha, questões do tipo teste de respostas curtas ou de vocação simples, questões de
interpretação de texto, questões de ordenação e questões de identificação.

Prova escrita dissertativa


Compõe-se de um conjunto de questões ou temas que devem ser respondidos pelos alunos com as
suas próprias palavras.
Exemplo de questões para provas escritas dissertativas:
1-Explique a importância da avaliação das aprendizagens no PDE;
2-Analise os aspectos que nos permitem considerar a aula como forma básica de organização
do ensino aprendizagem;
3-Descreva a relação existente entre os objectivos, conteúdos, métodos de ensino
aprendizagem.

Recomendação para formular e corrigir provas escritas dissertativas

1. Fazer uma lista de conhecimentos e habilidades, de acordo com os objectivos e seleccionar o


que será pedido na prova. Levar em conta o tempo disponível considerando o nível de
preparação da maioria dos alunos.
2. Preparar um guia para correcção indicando as respostas que podem ser consideradas correctas
para cada questão.

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Prova escrita de questões objectivas.

As provas de questões objectivas avaliam a extensão de conhecimentos e habilidades.


Possibilitam a elaboração de maior número de questões, abrangendo um campo maior da matéria
dada. Por requerer respostas mais precisas é necessário controlar é necessário controlar a interferência
de factores subjectivos tanto do aluno quanto do professor. Possibilita uma correcção mais rápida,
pois cada item apresenta apenas uma resposta correcta.

Este tipo de prova tem algumas vantagens: por ser aparentemente fácil de elaborar, favorece a
improvisação; oferece ocasião de o aluno escolher resposta palpite: Exemplo: cite pelo menos três
métodos de ensino aprendizagem e diga a que grupo pertencem; o que é a aula e quais são as suas
características fundamentais?
Ao nosso ver os instrumentos de avaliação são todas as ferramentas que o professor vai usar
para testar e medir a capacidade do aluno facilitando o processo de ensino-aprendizagem.

Princípios básicos da avaliação

Haydt citado por Mendes (2008. Pg. 171), apresente os seguintes princípios básico de avaliação:
1. Avaliação é um processo contínuo e sistemático que faz parte de um sistema mais amplo,
que é o processo ensino e aprendizagem.
2. A avaliação é funcional- porque ela tem como função de verificar se os objectivos estão
sendo alcançados .
3. A avaliação é orientadora- porque orienta o professor a identificar as dificuldades dos
alunos assim como as suas.
4. É integral- porque o professor não vai avaliar o aluno se está a perceber a matéria, mas
também vai avaliar o seu desenvolvimento afectivo e o seu comportamento.
Para cumprir com avaliação é necessário:
 Testar: é verificar o desempenho do aluno. Exemplo: produzir uma prova para
verificar se os objectivos estão sendo alcançados.
 Medir: determinar a quantidade de desempenho do aluno, ali o professor
atribui notas.
 Avaliar: o professor vai usar métodos, como: observação, que vai ajudar o
professor a colectar informações qualitativas do aluno, cognitiva, efectivado
aluno.
Ao nosso ver, princípios de avaliação são leis ou normas que o professor deve
seguir para cumprir com uma determinada avaliação.

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Etapas da avaliação

A efectivação da avaliação implica, para além dos princípios, a determinação de passos


ou etapas. Neste sentido, Piletti, citado por Mendes (2008: pg: 174), propõe as seguintes
etapas da avaliação:
1. Determinar o que vai ser avaliado
Nesta etapa o professor deve indicar claramente quais as dimensões do comportamento a
avaliar.
2. Estabelecer os critérios e as condições para avaliar
Os critérios são indicadores que mostram o êxito alcançado na operação, devem ser
formados de maneira precisa e objectiva para não dar margem a subjectividade do nosso
julgamento.
3. Seleccionar as técnicas e as técnicas e instrumento de avaliação
Existem técnicas e instrumentos mais adequados para cada tipo de avaliação, não
podemos, por Exemplo utilizar um teste objectivo para verificar se o aluno sabe redigir
um texto de Português.
4. Realizar a aferição dos resultados
Esta etapa consiste em verificar os resultados alcançados.

Ao nosso ver, etapas da avaliação são fases que o professor cumpre para que o
processo de avaliação se cumpra com maior precisão.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que avaliação é um instrumento que consiste em medir o aproveitamento


do aluno, é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor
como do aluno. É um processo contínuo que permite constatar se os conhecimentos estão
sendo adquiridos conforme o resultado esperado. Para tal efeito o professor deve observar
todos os procedimentos inerentes avaliação.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

André, Graciano Paulo. (2014). Uma planificação do Ensino e aprendizagem. Lichinga.


Haydt, Regina Célia Cazaux. Curso de didáctica geral.Regina Célia Cazaux Haydt-1.ed- São
Paulo: Ática, 2011.- (Educação).
Mendes, Maria da Conceição Barbosa Rodrigues. (2008). Texto de apoio de Didatica Geral.
Benguela: KAT-Empreendimentos e Consultoria Lda.
Pires, Luiz Gonzaga. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO: pressupostos e recomendações para
uma avaliação formativa

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