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RELATÓRIO DESCRITIVO DE AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

INFORME DE DESCRIPCIÓN DE EVALUACIÓN PSICOPEDAGÓGICA

PSYCHOPEDAGOGICAL EVALUATION DESCRIPTION REPORT

Apresentação: Relato de Experiência

Introdução
O presente estudo apresentará as principais informações levantadas em
acompanhamento a uma avaliação Psicopedagógica Clínica, realizada em 2019, com o
objetivo de diagnosticar os problemas ocorridos na aprendizagem apresentada pela criança V.
G. L. S. a qual foi atendida em um período de oito sessões estágio realizado na Faculdade
Osman Lins (FACOL).
Segundo Bossa (2000a), o papel do psicopedagogo da clínica, é criar um espaço de
aprendizagem, oferecendo ao sujeito oportunidades de conhecer o que está a sua volta, o que
lhe impede de aprender, para juntos, possam modificar uma história de não aprendizagem.
A etapa de investigação foi a Torre de Hanói, que norteou a prática mediante o sujeito e a
devolutiva.
Segundo relato da genitora V. G. L. S., tem 10 anos de idade, sexo masculino, cursa o
4° ano do ensino fundamental, de uma escola particular, na cidade de Vitória de Santo Antão,
a mesma nos relatou uma preocupação, referente à aprendizagem do seu filho, pois, o mesmo
é muito ansioso, isso acaba prejudicando-o no seu processo de aprendizagem.
No decorrer das seções com a criança, a mesma não se negou a fazer nenhum dos
testes propostos por nos psicopedagogas, e o que chamou a nossa atenção foi o gostar pela
Torre de Hanói.
Sobre esta realidade, Vygotsky (1991, p. 111), é no brinquedo que a criança aprende a
agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações
e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos.
Para finalizar o trabalho foi acrescentada a hipótese diagnóstica, o plano de
intervenção, a devolutiva da criança, família e escola, a evolução do caso e a conclusão,
realizadas durante as sessões de atendimento psicopedagógico.
Relato de Experiência
A torre foi criada pelo matemático francês Edward Lucas, ele teve inspiração de uma
lenda para construir o jogo das Torres de Hanói em 1883, já seu nome foi inspirado na torre
símbolo da cidade de Hanói, no Vietnã.
Possuem várias lendas a respeito da origem do jogo, a mais conhecida diz respeito a
um templo Hindu, situado no centro do universo. Diz-se que Brame supostamente havia
criado uma torre com 64 discos de ouro e mais duas estavas equilibrada sobre uma plataforma.
Brame ordenava que movessem todos os discos de uma estaca para outra segundo suas
instruções.
As regras eram simples, apenas um disco poderia ser movido por vez e nunca um
disco maior deveria ficar por cima de um disco menor. Segundo a lenda, quando todos os
discos fossem transferidos de uma estaca para outra, o templo iria desmoronar e o mundo
desapareceria, não ficou claro se Lucas inventou essa lenda ou foi inspirada por ele.
O jogo Torre de Hanói é capaz de contribuir no desenvolvimento da memória, de
planejamento e solução de problemas a partir de estratégias. Tal jogo se apresenta em base
que possui três pinos na posição vertical, no primeiro temos uma sequencia de discos com
ordem crescente de diâmetro de cima pra baixo.
O objetivo é passar todos os discos para os outros pinos, com a ajuda do pino central
de modo que no momento da transferência o pino de maior diâmetro nunca fique sobre o
menor diâmetro. O jogo mais simples é constituído de três discos, mas a quantidade pode
variar deixando o jogo mais difícil à medida que os discos aumentam.
A torre pode ser indicada para ser aplicada com crianças a partir das séries iniciais do
ensino fundamental com o intuito de aprimorar a coordenação motora, identificação das cores,
noção de ordem crescente e decrescente e raciocínio lógico.
Ao apresentar o jogo para V.G.L.S. também lhe foi dado as devidas instruções e regras
que deveria seguir não havendo resistência e compreendendo os comandos iniciais o mesmo
inicia os movimentos com os discos um pouco tenso e ansioso, pois ele não conhecia o jogo,
porém sempre colaborativo conseguiu desenvolver bem o desafio, em alguns momentos
colocando uns discos maiores em cima dos menores, mas que ao perceber e ser lembrado da
regra, conseguiu imediatamente.
No decorrer da jogada se fez necessário retirar o disco menor para que ele pudesse
concluir o jogo, dessa forma avançando e ficando mais nítido para ele cada maneira mais
segura, de concluir o jogo o mesmo foi desafiado a repetir a jogada que acertou de imediato
no qual realizou o jogo com mais segurança, mostrando clareza em seus movimentos, porém
ocorrendo mais uma vez a necessidade de retirar novamente o menor dos discos que depois
foi devolvido ao jogo e V.G.L.S. conseguiu fechar o jogo com seis discos com êxito.
Foi observado então que V.G.L.S. foi sempre colaborativo, se mostrou sempre
concentrado e com iniciativa nas jogadas com movimentos e raciocínio compatível ao que
desejava realizar no jogo.

Imagem 1: Atividade Torre de Hanói

Fonte: Própria
Considerações
O presente relatório realizado nos estágios foi de suma importância para avaliar e
conhecer os problemas de aprendizagem da criança, destacando os seguintes aspectos:
pedagógico, afetivo, intelectual, cognitivo, percepção visual, auditiva, viso motor e
movimentos funcionais.
Verificou-se nos teste dos aspectos pedagógicos a dificuldade de escrever e leitura
silábica, ligada ao emocional, diante do caso de V.G.L.S. podemos confirmar que o objetivo
foi alcançado, sendo que a sua dificuldade na aprendizagem esteja relacionada à
superproteção da sua genitora.
No período do estagio foram realizados 8 sessões psicopedagógicas com a
participação frequente do principiante, demostrando resultado satisfatório diante de todas as
sessões, superando a sua timidez. Percebemos que a criança precisa ser acompanhada, por
uma equipe multidisciplinar, para alcançar um resultado positivo na sua aprendizagem, como
a psicopedagoga, o neuropedagogo, entre outros.
Através deste estudo, é primordial que nós psicopedagogas contenha conhecimentos
práticos e que seja embasado em teóricos, perante aos processos avaliativos.
Referências
FERNANDEZ, A. Psicopedagogia em psicodrama: Morando no brincar. 3° edição -
Petrópolis: Vozes, 2001.

FONSECA (2008, p.392). Educação Física e atividade lúdica: O papel da ludicidade no


desenvolvimento psicomotor. EFDeportes.com, Revista Digital – Buenos Aires – Ano 15 – Nº
154 – Marzo de 2011. Disponível em: http://www.efdeportes.com/

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