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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA DO

TRABALHO DE OSASCO DA XXª REGIÃO

MARIE CASTRO, b r a s i l e i r a , s o l t e i r a , desempregada, inscrita no CPF n º 3333, portadora


do RG nº 2222, CTPS 1111 e PIS 0444, nascida em 29.08.2004, menor assistida pelos seus
representantes legais, RUBENS CASTRO, brasileiro, casado, profissão xxxxx, CPF xxxxx, RG
xxxxx, nascido em xxxxx e BIANCA FREITAS, brasileira, casada, profissão xxxxx, CPF xxxxx,
RG xxxxx, nascida em xxxxx, todos domiciliados na Rua Pedro III, 555 – Barueri/SP – CEP 10000-
100, vêm perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que estes subscreve, nos termos
da procuração em anexo, com base no artigo 840, §1º da CLT, propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO ORDINARIO

em face de U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO


LTDA, CNPJ XXXXXX, estabelecida em Osasco/SP, na Rua das Laranjeiras, 207, piso 2º Osasco –
CEP 20000-200, cujos sócios são, ULISSES FONSECA, nacionalidade xx, profissão xxx, estado
civil xxx, CPF xxxxx, RG xxxxx, residente na Rua xxx, nº xx, CEP: xxxxx, e CATARINA
SAPELLI, profissão xxx, estado civil xxx, CPF xxxxx, RG xxxxx, residente na Rua xxx, nº xx, CEP:
xxxxx, VIP SHOPPING S.A, CNPJ xxxxxxxx, estabelecido em Osasco/SP, na Rua das Laranjeiras,
207, piso 2º Osasco – CEP 20000-200 e, A. MUNIZ – BABY MY CAR LOCAÇÕES EIRELI,
possuindo como titular ALBERTO MUNIZ, nacionalidade xx, profissão xxx, estado civil xxx, CPF
xxxxx, RG xxxxx, residente na Rua xxx, nº xx, CEP: xxxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:

………………………………………….
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

1. A Reclamante requer o benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art.


5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da Lei
13.105/15, haja vista que atualmente a Reclamante está desempregada, logo, é impossibilitada de
arcar com as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme
declaração de hipossuficiência e documentos em anexo.

II. DOS FATOS

2. A Reclamante foi contratada para trabalhar como folguista em 11.12.2016,


sem assinatura em sua CTPS, no quiosque do Reclamado, ‘VIP Shopping S.A’.

3. A Reclamante trabalhava três vezes por semana, com uma jornada de


trabalho de 7 horas, das 16:00 horas às 23:00 horas, recebendo meio salário-mínimo, sem qualquer
descanso.

4. Além disso, a Reclamada não possuía horário para alimentação, saindo


apenas para pegar lanche, que deveria comer dentro do quiosque, rapidamente, em razão do
movimento do local, inclusive, sendo obrigada a parar de se alimentar para atender aos clientes.

5. Depois um ano trabalhando, no final do ano 2017, em meados do mês de


novembro, a Reclamante passou a trabalhar executando as mesmas atividades na função principal
de atendente, porém, de maneira fixa, de segunda à domingo, sem folgas em feriados, tampouco
férias, passando a receber apenas o valor fixo mensal de um salário-mínimo.

6. A princípio, o contrato fora firmado com a Reclamada A. MUNIZ - BABY


DRIVE MY CAR LOCAÇÕES EIRELI. Contudo, em 01/04/2020, o titular da referida empresa,
Alberto Muniz, alienou o quiosque, cedendo, inclusive, o elemento fantasia, para a recém-criada
“U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, ora
………………………………………….
Reclamada, que se tornou responsável pela relação de emprego com a Reclamante.

7. Ocorre que, a Reclamada U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR –


SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, assim que assumiu a posse do estabelecimento, ainda no
dia 01/04/2020, dispensou a Reclamante de forma arbitrária, sem qualquer pagamento, sob a
alegação de que com a mudança de donos do quiosque, seu contrato supostamente estaria
automaticamente rescindido.

8. Sendo assim, é notório e incontestável que a Reclamante foi vítima de


abusividades, bem como, que as Reclamadas agiram de maneira ilícita e violaram os direitos da
Reclamante, motivo pelo qual, ela decide buscar o socorro jurisdicional.

III. PRELIMINAR:

DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO

A. DA RESPONSABILIDADE DA RECLAMADA U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY


CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA E DE SEUS SÓCIOS ULISSES FONSECA
E CATARINA SAPELLI

9. Com base no artigo art. 448 da CLT, quando ocorre a sucessão empresarial as
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas na época em que os empregados trabalhavam para a
empresa sucedida, serão de responsabilidade do sucessor:

“Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores


prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas,
inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a
empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor”

10. No presente caso, a Reclamada U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR


– SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA adquiriu a propriedade do quiosque que pertencia a
………………………………………….
Reclamada, A. MUNIZ - BABY DRIVE MY CAR LOCAÇÕES EIRELI’, local onde a Reclamante
trabalhava, portanto, adquiriu também a qualidade de empresa sucessora, logo, tornou-se responsável
pelas obrigações trabalhistas da Reclamante.

11. Dessa forma, resta demostrado que a Reclamada U. .FONSECA E CIA. BABY
DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA é parte legitima para atuar no polo passivo
da presente demanda judicial.

12. Ademais, conforme dispõe o art. 10, inciso II, da CLT os sócios da Reclamada
U. .FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, respondem
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade:

Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações


trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio,
somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação
do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:

II - os sócios atuais

13. Portanto, os Reclamados, ULISSES FONSECA E CATARINA SAPELLI,


sócios da Reclamada U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE
RECREAÇÃO LTDA, também são partes legitimas para figurar no polo passivo da presente ação.

B. DA RESPONSABILIDADE DA RECLAMADA A. MUNIZ – BABY DRIVE MY CAR


LOCAÇÕES EIRELI

14. De acordo com o Art. 223 - B da CLT, causa dano de natureza extrapatrimonial
a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são
as titulares exclusivas do direito à reparação.

15. Além disso, dispõe o Art. 223 – E, da CLT que são responsáveis pelo dano
………………………………………….
extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção
da ação ou da omissão.

16. Diante disso, a Reclamada A. MUNIZ – BABY MY CAR LOCAÇÕES


EIRELI, é parte legitima para atuar no polo passivo desta ação, em razão do dano extrapatrimonial
que causou a Reclamada.

C. DA RESPONSABILIDADE DA RECLAMADA VIP SHOPPING S.A

17. A Reclamada VIP SHOPPING S.A, também é parte legitima para atuar no polo
passivo desta ação diante do dano extrapatrimonial causado à Reclamante, de acordo com o Art. 223
– B da CLT, diante de sua omissão.

18. O local onde a Reclamante trabalhava ficava localizado dentro no ambiente


pertencente a Reclamante e, em nenhum momento esta se importou em realizar uma fiscalização no
ambiente de trabalho, consentindo com o trabalho de uma menor e com as demais violações de seus
direitos trabalhistas.

19. O Art. 70-B do ECA, é claro ao elucidar em seu paragrafo único que “São
igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo, as pessoas encarregadas, por
razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou ocupação, do cuidado, assistência ou guarda
de crianças e adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão,
culposos ou dolosos”.

20. As práticas omissivas e irresponsáveis da Reclamada VIP SHOPPING


violaram expressamente o Art. 70-B do ECA, bem como, o Art. 7, inciso XXXIII, da
Constituição Federal, sendo assim, resta demostrado seu dever de responder pelo dano
extrapatrimonial causado, bem como, sua legitimidade para atuar no polo passivo desta ação.

………………………………………….
DA NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

21. A presente demanda judicial trata de relação de trabalho que envolve uma
menor, por isso, há a necessidade de intervenção do Ministério Público do Trabalho, nos termos do
artigo 128, I, alínea B da CF e, do artigo 129, II, da CF.

DA NECESSIDADE DA TRAMITAÇÃO EM SIGILO DO PROCESSO

22. A Reclamante é menor de idade, conforme comprova seu documento


pessoal juntado a estes autos, logo, se faz necessário que este processo tramite em total sigilo
para que seja efetiva a proteção da identidade e da intimidade da Reclamante.

IV. DA INEXISTÊNCIA DE PREJUDICIAL DE MÉRITO

23. Imperioso se faz destacar que, no presente caso não há prescrição ao direito de
reclamar, isto pois, a Reclamante é menor de idade, possuindo apenas 17 anos.

24. A respeito do assunto, a CLT é clara ao dispor em seu artigo 440 que: “contra
os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição”. Sendo assim, não há qualquer
prejudicial de mérito a ser arguida.

V. MÉRITO

A. DA NECESSIDADE DE RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

25. O vínculo empregatício e a questão fundamental da existência de subordinação


entre a Reclamante e a Reclamada U. .FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS
DE RECREAÇÃO LTDA se configura claramente, pois, tanto na função de folguista quanto na
………………………………………….
função de atendente, a Reclamada sempre ficou totalmente adstrito aos comandos que lhe eram
direcionados, sem jamais possuir qualquer independência no exercício de suas atividades.

26. Importante, dessa forma, destacar que a Reclamante não desempenhava suas
atividades autonomamente. No cumprimento de seus encargos, obedecia às normas e diretrizes
estabelecidas pela Reclamada U. .FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE
RECREAÇÃO LTDA para desempenho de suas atividades, bem como as desempenhava com
exclusividade, intensidade, continuidade e repetição, sendo, portanto, preenchidos os requisitos do
Art. 2 e 3 da CLT.
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário”

27. Dessa forma, apesar de estarmos diante de um trabalho infantil, que é proibido,
a atividade na qual a Reclamante trabalhava não era ilícita, sendo assim, até mesmo para evitar o
enriquecimento ilícito da Reclamada deverá ser reconhecido a existência do contrato de trabalho, pois,
ressalta-se, a Reclamante preenchia todos os requisitos dispostos na CLT que configura a relação de
emprego.

28. Portanto, requer seja reconhecido o vínculo empregatício entre as partes desde
o ano de 2016 em razão do contrato por prazo indeterminado existente.

B. DA FALTA DE ANOTAÇÃO NA CTPS

29. A Reclamante, no período em que trabalhou para as Reclamadas como folguista,


nunca teve sua Carteira de Trabalho assinada. Obviamente, o empregador feriu o disposto no artigo
13 e seguintes da CLT.

30. Ora, o registro em Carteira de Trabalho é obrigatório, conforme bem define o


Art. 13, CLT, para o exercício de qualquer emprego, e sendo requisito essencial, não poderia as
………………………………………….
Reclamadas manter a Reclamante no emprego, sem o devido registro.

31. Então, demonstrada a relação empregatícia existente entre as partes, não resta
dúvida que a Reclamante faz jus à anotação do contrato de trabalho em sua CTPS, bem como o
pagamento de todas as verbas trabalhistas, previdenciárias e rescisórias que lhe foram sonegadas.

C. DA AUSÊNCIA DE EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

32. Excelência, era dever do empregador formalizar a extinção do contrato de


trabalho, porém, assim não foi feito.

33. O argumento utilizado pela Reclamada U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE


MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA e de seus sócios ULISSES FONSECA E
CATARINA SAPELLI de que o trespasse extinguiria automaticamente o contrato de trabalho é
totalmente equivocado, visto que, conforme já exposto em preliminar, a sucessão de empresas não
extingue os contratos de trabalho, sendo a empresa sucessora obrigada a arcar com as obrigações
trabalhistas e manter a relação com os empregados.

34. Portanto, evidente que o contrato de trabalho não fora extinto, muito pelo
contrário, permanece vigente.

D. DO PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

35. O artigo 10 da CLT define que: “qualquer alteração na estrutura jurídica da


empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados”.

36. Além disso, o artigo 448 da CLT estabelece que a mudança de propriedade não
afetará os contratos os contratos de trabalho dos empregados e, na sequência, o artigo 448-A aduz que
quando caracterizada a sucessão de empresas as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à
………………………………………….
época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor.

37. Ocorre que, quando aconteceu a sucessão das empresas, sendo o


estabelecimento no qual a Reclamante trabalhava, adquirido pela Reclamada U. FONSECA E CIA.
BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, esta dispensou a Reclamante, sem
qualquer pagamento, sob o argumento de que com a mudança de donos do quiosque, seu contrato
estaria automaticamente rescindido, devendo ela procurar o proprietário anterior.

38. Era dever da Reclamada U. FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR –


SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA e de seus sócios, manter a relação de emprego com a
Reclamante, a sucessão de empresas não justifica a demissão, muito pelo contrário, pelo princípio da
continuidade, é estabelecido que o emprego deve ser mantido, de acordo com art. 447, § 6 da CLT:

“Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder


à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a
dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias
no prazo e na forma estabelecidos neste artigo

§ 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação


da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos
valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão
ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato.”

39. Desse modo, é notório que a demissão da Reclamante ocorreu de forma indevida
e presume-se que o contrato ainda está em vigor, nos termos do Art. 477 da CLT, paragrafo 6.

E. DA ESTABILIDADE POR GRAVIDEZ E DO DIREITO DE REINTEGRAÇÃO

40. Importante destacar que no momento da demissão, a Reclamante encontrava-se


grávida, conforme os documentos que são juntados aos autos, sendo detentora do direito à
………………………………………….
estabilidade gestacional.

41. A estabilidade provisória a gestante é um instituto social destinado a proteger a


gestação em todos os seus aspectos. A proteção ao emprego garantida pela Constituição
Federal Artigo 7, inciso I, bem como o artigo 10 inciso alínea b da ADCT.

42. Sendo assim, existe responsabilidade objetiva do empregador pela manutenção


do emprego, ou seja, basta comprovar a gravidez no curso do contrato para que haja incidência da
regra que assegura a estabilidade provisória.

43. Dessa forma, comprovado o direito a estabilidade da Reclamante na data em


que fora demitida, quer seja a Reclamada obrigada a proceder com a reintegração da Reclamante no
emprego.

44. Não sendo procedida a reintegração no prazo estabelecido, a obrigação deverá


ser convertida em indenização correspondente aos salários e demais parcelas que integram sua
remuneração de todo o período de estabilidade, acrescentando-se ainda as verbas rescisórias.

E.I. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA EM LIMINAR

45. Conforme já exposto acima, restou demonstrada a ilicitude do procedimento


adotado pela Reclamada no sentido de demitir a Reclamante sem justa causa durante o período de
estabilidade gestacional.

46. Desse modo, os pressupostos para concessão da tutela provisória de caráter


de urgência em liminar prevista no artigo 300, § 2º do Código de Processo Civil, quais sejam,
evidência da probabilidade do direito e o perigo e dano encontram-se presentes nesta demanda,
não havendo qualquer perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

47. A evidência da probabilidade do direito encontra respaldo na documentação


anexa, da qual resulta real e cristalino o direito vindicado, eis que a Reclamante era detentora da
estabilidade provisória decorrente da sua condição de gestante quando ocorreu sua demissão,
………………………………………….
conforme assegurado pelo artigo 10, inciso II, alínea “b”, do ADCT.

48. O perigo do dano resta igualmente demonstrado, pois o prejuízo irreparável na


demora de uma solução, resta claro pela natureza alimentar das verbas objeto da presente ação,
responsáveis pela subsistência da Reclamante, que atualmente tem uma filha de 1 ano e 6 meses.

49. A Reclamante pretende que seja deferida de imediato sua reintegração, para
assim, receber mensalmente os valores que tem direito a título de salário e demais vantagens
normativas e contratuais.

F. DA VIOLAÇÃO A PROTEÇÃO ESPECIAL AO TRABALHO DO MENOR:


CONTRATO DE TRABALHO ÍLICITO – RECLAMANTE MENOR DE 12 ANOS NA
ÉPOCA DA CONTRATAÇÃO

50. A CLT dispõe em seu Art. 402 que, é considerado menor o trabalhador de
quatorze até dezoito anos. Na ocasião, quando a Reclamante começou a trabalhar no estabelecimento
da Reclamada BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, ela tinha apenas
12 anos de idade, logo, era apenas uma criança e o contrato de trabalho não poderia ter sido firmado
entre as partes, sendo este ilícito.

51. Nesse sentido, a Constituição Federal dispõe o seguinte em seu art. 227,
paragrafo 3º:

“Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,


ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional
nº 65, de 2010)

………………………………………….
(…)

§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:


I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o
disposto no art. 7º, XXXIII;

52. Portanto, é evidente a violação constitucional por parte da Reclamada BABY


DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, além, claro, da violação dos artigos 60 a
69 e 149 do ECA, que também vedam expressamente o trabalho de menor de 14 anos.

53. Contudo, apesar da situação tratar-se de um trabalho proibido, essa


infração não afasta das Reclamadas o dever responder pelas violações trabalhistas da
Reclamante. Além disso, deve a Reclamada BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE
RECREAÇÃO LTDA responder pelas sanções a violação da proteção especial do Direito do
Trabalho ao menor.

G. DO TRABALHO NOTURNO PROIBIDO PARA O MENOR

54. Necessário se faz ressaltar que a Reclamante trabalhava no horário das


16:00 horas às 23:00 horas, ou seja, trabalhava em horário noturno.

55. No entanto, como é sabido, o trabalho noturno é proibido para o menor de 18


anos, nos termos do artigo 404 da CLT:

“Art. 404 - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno,


considerado este o que for executado no período compreendido entre as 22
(vinte e duas) e as 5 (cinco) horas”

56. Portanto, evidente que mais uma vez houve a lesão a proteção ao menor,
devendo as Reclamadas serem responsabilizadas pelos violações aos direitos trabalhistas da
Reclamante.
………………………………………….
H. DO LOCAL DE TRABALHO PROIBIDO PARA O MENOR

57. Conforme fora abordado na descrição dos fatos, a Reclamante foi contratada
para trabalhar como folguista em um quiosque, quiosque esse que ficava localizado no meio de
Shopping, isto é, em um local público.
58. O artigo 405, § 2º, define que:

Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho:

(…)

§ 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de


prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é
indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se
dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral

59. Em nenhum momento as Reclamadas buscaram a autorização prévia do juiz de


menores para realizar o contrato de trabalho com a Reclamante, o contrato de trabalho fora firmado
diretamente com a Reclamante, quando ela possuía 12 anos de idade e era incapaz de formalizar
qualquer contrato.

60. Ademais, a convenção 182 da OIT, define na lista TIP, no Art. 3, alínea D o
seguinte:
“Artigo 3º - Para os fins desta Convenção, a expressão as piores formas de
trabalho infantil compreende:
d) trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são
executados, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da
criança”

61. Sendo assim, resta demostrado mais uma lesão a proteção ao menor por parte
das Reclamantes.

………………………………………….
I. DA JORNADA DE TRABALHO

62. Primeiramente, a Reclamante foi contratada para trabalhar 3 vezes por semana,
das 16h às 23 horas. Depois de 1 ano de trabalho, o contrato de trabalho fora modificado e a
Reclamante passou a trabalhar na função de atendente, no mesmo horário, de maneira fixa, de segunda
à domingo, sem folgas em feriados, tampouco férias.

63. O Art. 412 da CLT dispõe que o menor tem direito a um intervalo de repouso
não inferior a 11 horas após cada período de trabalho:

“Art. 412 - Após cada período de trabalho efetivo, quer contínuo, quer dividido
em 2 (dois) turnos, haverá um intervalo de repouso, não inferior a 11(onze)
horas.”

64. Ainda, é disposto no Art. 413 que é vedado prorrogar a duração normal diária
do trabalho do menor, salvo por acordo ou convecção coletiva ou por motivo de força maior. No
presente caso, nunca houve nenhuma dessas hipóteses e, ainda assim, a Reclamada era obrigada a
cumprir uma jornada excedida, que prejudicava seus estudos e seu desenvolvimento pessoal.

J. DAS HORAS EXTRAS

65. O Reclamante, além de realizar fielmente suas atividades como acordado, era
obrigada a prolongar sua jornada, trabalhando de finais de semana e feriados, qualquer remuneração
por hora extra.

66. A respeito do tema, destaca-se a jurisprudência abaixo:

“HORAS EXTRAS. Comprovado o labor aos sábados há a descaracterização


do sistema de compensação, havendo horas extras a serem quitadas. Indevido
………………………………………….
o pedido de aplicação da jornada alegada na inicial, porquanto juntados os
cartões de ponto. Recurso do reclamante parcialmente provido. (TRT-24
00251756120155240071, Relator: RICARDO GERALDO MONTEIRO
ZANDONA, 2ª TURMA, Data de Publicação: 18/09/2017, #03999699)”
67. Assim, considerando que a Reclamada não adimpliu com o período
extraordinário laborado e a Reclamante faz jus ao pagamento de horas extras, com os adicionais
devidos.

VI. DAS VERBAS RESCISÓRIAS DEVIDAS

A. DA SUPRESSÃO DO INTERVALO INTRA JORNADA

68. A Reclamante trabalhava no horário das 16:00 horas até às 23:00 horas,
realizando 7 horas de trabalho.

69. Ocorre que, as Reclamadas simplesmente não concediam a Reclamante nenhum


horário para realizar sua refeição, a Reclamante apenas saia para pegar seu lanche, que deveria comer
dentro do quiosque, rapidamente, dado o movimento, inclusive parando de se alimentar para atender
aos clientes.

70. Ora, era direito da Reclamante ter no mínimo 1 hora garantida de intervalo
para alimentação e repouso, como bem dispõe o artigo 71 da CLT:

“Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas,


é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual
será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo
em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

71. Entretanto, conforme já demostrado tal direito da Reclamante fora totalmente


violado, tendo em vista que, a Reclamante trabalhava de forma direta, sem horário para alimentação
e repouso.
………………………………………….
72. Sendo assim, resta demostrado o dever da Reclamada U.FONSECA E CIA.
BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA de indenizar o horário
suprimido do intervalo, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal
de trabalho, com base no artigo 71, § 4o da CLT.

B. DO DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAL

73. O 13º salário é uma garantia dada aos trabalhadores através de nossa carta
maior em seu artigo 7º, inciso VII, no presente caso, a Reclamante nunca recebeu seu 13º.

74. Considerando xxxxx meses trabalhados, requer-se seja condenada a


Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO
LTDA a pagar para a Reclamante o valor de R$ XXXX referente ao 13º devido.

C. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS

75. A Reclamante faz jus ao direito de férias que, também é um dos direitos
assegurado aos trabalhadores pela nossa constituição de 1988, em seu artigo 7º, inciso XVII.

76. O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao


período de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias.

77. Dessa forma, a Reclamante tem direito a receber o período de férias,


acrescido do terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e art.
7º, XVII da CF/88.

78. Assim, requer Vossa Excelência condenação da Reclamada U.FONSECA E


CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA ao valor total de R$
XXXXX referente às férias, bem como R$ XXXX referente a 1/3 de férias, perfazendo o total de
………………………………………….
R$ XXXXX.

III. DOS DANOS MORAIS E EXTRAPATRIMONIAIS

79. Conforme exposto no decorrer desta peça, é possível perceber de forma


inequívoca o abalo à dignidade do trabalhador. As condutas arbitrária, abusiva e inconveniente das
Reclamadas gerou o dever de indenizar a Reclamante.

80. O dano moral é caracterizado quando evidenciado a exploração do


trabalho da Reclamante, menor de idade, sem férias, sem descanso semanal, sem horário de
intervalo, em jornada extremamente exaustiva, podendo até ser considerado um trabalho
análogo ao de escravo.

81. A respeito do assunto, as jurisprudências do TRT são claras ao definir que


em situações similares os danos morais são claros:

“TRABALHO EM CONDIÇÃO ANÁLOGA Á DE ESCRAVO. Qualquer


trabalho que não reúna as mínimas condições necessárias para garantir os
direitos do trabalhador há que ser considerado trabalho em condição análoga
à de escravo. O contraponto do trabalho escravo moderno está nas garantias
constitucionais da dignidade da pessoa humana ( CF, art. 1º, III), nos valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa (inciso IV), na proibição de tratamento
desumano ou degradante (art. 5º, III), na função social da propriedade
(XXIII), na ordem econômica fundada na valorização do trabalho humano e
livre (art. 170), na exploração da propriedade rural que favoreça o bem-estar
dos proprietários e dos trabalhadores (art. 186, IV). RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.

(TRT-10 00006843120135100012 DF, Data de Julgamento: 09/04/2014, Data


de Publicação: 30/05/2014)

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82. Então, por todo o exposto nesta peça, diante das violações a proteção do
menor e dos direitos trabalhistas, é claro que a Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY
DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA e seus sócios ULISSES FONSECA
E CATARINA SAPELLI, devem ser condenados a prestar a indenização no valor de R$
xxxxxx a Reclamante.

83. Ademais, enquanto ao dano extrapatrimonial, CLT é clara ao prever em seus


artigos 223-B e 223-C que a ação ou omissão que ofenda a pessoa gera o direito a reparação.
Vejamos:

“Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que


ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são
as titulares exclusivas do direito à reparação.

Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a


autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens
juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.

84. Diante de conduta lesiva à honra objetiva da Reclamante, é claramente


caracterizado o dano extrapatrimonial indenizável.

85. Ressalta-se: as Reclamadas VIP SHOPPING S.A e A. MUNIZ – BABY


MY CAR LOCAÇÕES EIRELI tiveram condutas omissas e ações que colaboraram com a
violação a proteção ao menor de idade e colaboraram para a ocorrência de todos os danos
sofridos pela Reclamante.

86. Além disso, quando analisada a conduta das Reclamadas à luz do artigo 186
do Código Civil, verifica-se que estas cometeram ato ilícito, a ver:

“Artigo 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
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moral, comete ato ilícito.”

87. A respeito do tema, a jurisprudência também é inequívoca enquanto a


caracterização dos danos morais indenizáveis:

"São invioláveis a honra, a dignidade e a integridade física e psíquica da


pessoa, por força de expressa disposição de lei, garantias que têm destacada
importância também no contexto do pacto laboral, fonte de dignidade do
trabalhador. Daí porque a violação a qualquer desses bens jurídicos, no
âmbito do contrato de trabalho, importará a indenização pelos danos dela
decorrentes, tendo em conta que a igualdade preconizada no artigo 5º da
Magna Carta deve ser considerada também na relação de respeito que deve
nortear o contrato de trabalho. A indenização por dano moral sofrido pelo
empregado, no âmbito do contrato de trabalho, pressupõe, portanto, um ato
ilícito, consubstanciado em erro de conduta ou abuso de direito, praticado
pelo empregador ou por preposto seu, um prejuízo suportado pelo ofendido, com
a subversão dos seus valores subjetivos da honra, dignidade, intimidade ou
imagem, um nexo de causalidade entre a conduta injurídica do primeiro e o
dano experimentado pelo último. (Relator o Dr. Emerson José Alves
Lage.01245-2005-012- 03-00-0-RO TRT3)

88. Sendo assim, evidente o dever das Reclamadas V I P SH O PPI N G S . A e


A . M U N I Z – B AB Y M Y C A R L O C A Ç Õ E S E I R E L I de prestar a Reclamante
indenização pelos extrapatrimoniais causados.

IV. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

89. Conforme disposto no art. 791-A da CLT, deve-se condenar a reclamada no


pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais que no caso deverá ser arbitrado em 15%
sobre os valores brutos decorrentes da presente ação.

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V. DOS PEDIDOS

90. Por todo exposto, requer a procedência da presente ação para que:

(I) Primordialmente, requer a tramitação do processo em sigilo para a proteção da


intimidade e da identidade da Reclamante, que é menor de idade.

(II) Seja reconhecido o vínculo de emprego entre a Reclamante e a Reclamada U.FONSECA E


CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA, bem como, que o contrato
de trabalho permanece ativo.

(III) Seja a Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE


RECREAÇÃO LTDA obrigada a realizar as devidas anotações na CTPS da Reclamante.

(IV) Seja concedido o pedido de tutela de urgência para que a Reclamante seja reintegrada em
seu emprego.

(V) Seja concedida a condenação da Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR
– SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA e de seus sócios ULISSES FONSECA E CATARINA
SAPELLI, ao pagamento indenizatório de danos morais no valor de R$ xx xx x por todo exposto;

(VI) Seja as Reclamadas VIP SHOPPING S.A e A. MUNIZ – BABY MY CAR LOCAÇÕES
EIRELI condenadas pelos danos extrapatrimoniais causados pelas ações de omissão e ação
danosas.

(VII) Seja a Reclamante reintegrada ao seu empregou ou que a Reclamada U.FONSECA E CIA.
BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE RECREAÇÃO LTDA seus sócios ULISSES
FONSECA E CATARINA SAPELLI paguem as verbas rescisórias do período em que lhe fora
suprimido o labor, haja vista ter sido dispensada durante a vigência da Estabilidade Provisória por
gravidez;

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(VIII) Seja a Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE
RECREAÇÃO LTDA e seus sócios ULISSES FONSECA E CATARINA SAPELLI
condenados ao pagamento no importe de R$ xxxxx referente ao 13º proporcional;

(IX) Seja a Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE


RECREAÇÃO LTDA e seus sócios ULISSES FONSECA E CATARINA SAPELLI
condenados ao pagamento no importe de R$ xxxxx, referente as férias proporcionais;

(X) Seja as Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE


RECREAÇÃO LTDA e seus sócios ULISSES FONSECA E CATARINA SAPELLI condenados
ao pagamento no importe de R$ xxxxx referente ao Intervalo Intrajornada Suprimido;

(XI) Seja as Reclamada U.FONSECA E CIA. BABY DRIVE MY CAR – SERVIÇOS DE


RECREAÇÃO LTDA e seus sócios ULISSES FONSECA E CATARINA SAPELLI condenados
ao pagamento no importe de R$ xxxxx referente as horas extras não remuneradas.

(XII) Requer a citação de todas as Reclamadas para defesa, sob pena de revelia;

(XIII) Requer a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 5º,
inciso LXXVI da CF, Lei nº. 1.060/50 e legislação complementar, por cuidar-se de pessoa pobre
na acepção jurídica do termo sem condições de arcar com às custas do processo, conforme
declaração anexa;

91. Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxxx.

Termos em que se pede deferimento;


Dia x, mês x, ano xxxxx
Advogado/UF
OAB XXX.XXX

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