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I- Da gratuidade de justiça
Antônio foi contratado pela parte reclamada em 04/05/2016, onde iniciou na atividade
de atendente de loja de conveniência distante 300 metros das unidades de
abastecimento. Sua carga horaria era das 22 hs até as 7 hs, com o intervalo de 1 h para
refeição, com o soldo no valor de R$1.000,00 (um mil reais), sendo que lhe foi
designado para local de trabalho o posto de abastecimento da rede localizado no
município de Belfort Roxo. Após um mês de trabalho o reclamante teve sua função
alterada pelo gerente do posto de Belfort Roxo, onde passou a exercer a função de
frentista e também fazia troca de óleo. As respectivas alterações não foram registradas
na CTPS do reclamante, bem como sua remuneração e jornada de trabalho não sofreram
nenhuma alteração.
Em setembro de 2019 o reclamante voltou para o local originário de trabalho onde foi
vítima de ferimento a bala em um assalto que o posto sofreu, ressalta-se que o posto não
contava com nenhum tipo de segurança. Devido ao ferimento Antônio ficou afastado do
trabalho por 30 dias, com a devida comunicação do acidente, onde o mesmo ficou
recebendo o benefício previdenciário cabível.
Após alta médica Antônio retorna ao trabalho e é comunicado que teria seu contrato de
trabalho rescindido com aviso prévio indenizado, recebendo tempestivamente as verbas
rescisórias decorrentes aquela modalidade de extinção de contrato de trabalho.
III- Do Direito
Desvio de função
A parte reclamante foi contratada para exercer a função de atendente de loja de
conveniência e após um mês de contratado, o gerente muda a função do empregado,
onde passou para a parte de abastecimento de combustíveis e troca de óleo (frentista),
mas sem nenhuma alteração na CTPS e nenhuma mudança em sua remuneração.
Diante do forte legal acima a parte reclamante tem o direito as diferenças trabalhistas do
período de 04/06/2016, data qual passou a exercer a função de frentista até o dia de sua
demissão 01/10/2019.
Do adicional noturno
A parte reclamante desenvolvia suas atividades laborais das 22 hs até as 07hs, sendo
que a legislação trabalhista vigente estabelece o adicional noturno para empregados que
laboram das 22 hs até as 05 hs conforme dispositivo transcrito abaixo.
Do adicional de periculosidade
Do adicional de insalubridade
O direito ao adicional há insalubridade é tutelado pela carta magna, sendo que não há
óbice para que a parte reclamante goze de tal direito.
Do adicional de transferência
Antônio foi transferido pelo período de 3 meses, sendo que não recebeu nenhum tipo de
adicional ou bonificação pelo ato de transferência. Na legislação vigente a parte
reclamante tem direito de adicional de transferência de no mínimo 25% do salário que
recebia naquela localidade.
Reintegração ao trabalho
A parte reclamante ainda tem a prerrogativa de ser reintegrado a sua função, devido
gozar de estabilidade por acidente de trabalho pelo prazo de 12 meses, tempo este que
começa a contar após o término do auxilio doença. Onde a parte reclamada cessou o
contrato de trabalho quando Antônio retorna as atividades laborais logo após a alta
médica, não respeitando o respectivo dispositivo de lei.
Da tutela de urgência
a) Gratuidade de justiça com o forte legal nos arts. 5º, LXXIV, CF e 790, §4, CLT;
b) O ajuste de função do período de 04/06/2016 a 01/10/2019;
c) A condenação da parte reclamada ao pagamento do adicional noturno
correspondente a quantidade de horas mensais, mais férias, 13º salário, aviso
prévio e FGTS, com base nos artigos 7 º, IX, CF, e 73, CLT;
d) Pagamento de adicional de periculosidade com a base legal no art. 193,I, CLT;
e) Ao pagamento de adicional de insalubridade conforme art. 7, XXIII, CF;
f) Provento ao adicional de transferência com o forte legal no art. 469, §3, CLT;
g) A reintegração ao trabalho conforme lei 8.213/90 em seu art.118;
h) Requer também a parte reclamada a concessão de tutela de urgência para que
possa ser reintegrado ao seu trabalho com a base lega no art.294, CPC;
i) Requer honorários advocatícios, nos termos do art. 791-A, CLT;
A parte reclamante requer a Vossa Excelência provar os fatos narrados, sob todos os
meios de direito admitidos, em especial prova testemunhal, documental, pericial e
outras que se fizeram necessárias, desde de já requeridas.
Local, data,
Advogado/ OAB