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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE ANTROPOLOGIA

Disciplina: Teoria Antropológica II


Alunos: Djanira Laura Bezerra
Professora: Luciana Ribeiro Período : 2021.2

GLUCKMAN, Max. Análise de uma Situação Social na Zululândia Moderna. Em:


Feldman-Bianco, B. (org.) Antropologia das Sociedades Contemporâneas. SP: Global,
1987. 227-261.

DIÁRIO DE AULA

Gluckman, Max - Análise de uma situação social na Zululândia moderna.

O determinado ensaio, retrata a visão do autor sobre a África do Sul. Inicialmente


Gluckman, foca sua pesquisa na definição da situação social daquele lugar,
demonstrando o comportamento dos indivíduos como membros daquela sociedade.
Sua análise apresentou o sistema de relações subjacentes, as parte da estrutura
social da comunidade, os membros da sociedade e o meio ambiente físico. Logo
após, o autor relata sobre a inauguração da ponte, o mesmo descreve sobre os
guerreiros que se postaram como guias ao lado de uma encruzilhada de frente dos
carros que atravessavam a ponte. Discorreu sobre a cerimônia que era composta
por dois grupos que eram os Zulus e os europeus. Identificamos que na Zululândia,
um africano nunca poderá se tornar um branco. Os brancos têm uma visão de
separação baseada num valor dominante que transparece na política, como tipo de
segregação e desenvolvimento paralelo. O fato de que os zulus e os europeus
cooperaram entre si na inauguração da ponte nos mostra que ambos formam
conjuntamente uma ideia de comunidade, porém, com modos específicos de
comportamentos. O autor ressalta a questão da diferença entre os brancos, os zulus
e os europeus e fala que os brancos e zulus estavam em dois grupos organizados
na ponte por interesses comuns, mas mesmo assim, os zulus precisavam de
permissões para adentrar nas reservas dos brancos mesmo sendo encarregados de
servir o chá ou serem os criados. Ao que se diz respeito aos europeus, estes,
estavam sempre na posição de dominante em qualquer situação que os dois grupos
estivessem reunidos sobre algum interesse comum. O autor busca sempre salientar
a diferença entre os grupos que se baseiam na raça, na cor, na língua, no
conhecimento,tradições e posses. A estrutura social da zululândia funciona a partir
das atividades ecológicas e políticas. Podemos observar ao longo da leitura que o
poder político é dominado e investido pelo grupo branco. já que, os mesmos são
formados por chefes que são funcionários subordinados. Além disso, os europeus e
os zulus estão ligados ao que se refere ao poder econômico. O autor também
aborda a questão sexual e fala que a pesar de ser ilegal e desaprovado pelos dois
grupos (brancos e zulus) na africa do sul a relação sexual entre eles, ainda assim,
acontece de brancos manterem relações com zulus. Max Gluckman finaliza seu
trabalho enfatizando que dada todas essas circunstâncias, o que mantém o
equilíbrio entre essa sociedade é justamente a superioridade entre eles.

Considerações finais/pessoais: Achei o livro um pouco enfadonho de ler, a leitura


um tanto quanto cansativa, o assunto em suma é bastante relevante apesar do
autor não dar muitas explicações sobre algumas coisas. No mais, foi legal.

Turner, Victor - Liminaridade e Communitas

TURNER, Victor W. O Processo Ritual: estrutura e anti-estrutura. Nancy Campi de


Castro. Petrópolis. Vozes, 1974. 116-159.

O autor começa inicialmente falando sobre os atributos e as formas dos ritos de


passagens. Ele começa trazendo a definição do que a Van Gennep de rito, que
seria ritos que acompanham toda uma mudança de idade, posição social, mudança
de lugar. E que esses ritos normalmente acontecem em três fases: separação,
margem (limem) e agregação. A primeira fase do rito tem como fundamento o
afastamento do indivíduo ou do grupo em si da estrutura social, cultural ou de
ambos. Na segunda fase as características do sujeito tornam-se ambíguas, pois as
mesmas passam por um domínio cultural, onde lhe são pouco ofertados aspectos
da cultura passada ou a que virá, é uma fase de transição. Por último, a terceira
fase, nessa etapa consome-se a passagem e esse indivíduo ou esse grupo podem
voltar para sua estrutura social, eles não voltam como saíram, eles voltam com uma
elevação de status. Durante os períodos liminares, os indivíduos que participavam
do ritual se encontravam fora das suas estruturas de sociedade, entre as quais se
moviam. Esses indivíduos liminares eram os neófitos, os adolescentes. Communitas
é o estado em que se encontra o indivíduo na liminaridade do processo ritual. Na
communitas, as regras sociais estão baseadas numa série de grande oposição um
tanto binárias em muitos casos. Enquanto na sociedade predomina-se a diferença
individualizante os comunistas buscam apertar os laços totalizantes. A distância
que se adquire durante a liminaridade permite que observemos as estruturas das
quais se encontra o indivíduo. Um afastamento que fornece e revela um
conhecimento. Na visão daqueles aos quais se incumbe a manutenção da estrutura,
todas as manifestações dos comunistas aparecem como perigosas e anárquicas, e
sempre são cercadas de condições e proibições. O autor também fala sobre os
movimentos milenaristas e ressalta que muitos grupos se ordenam aos seus
membros de propriedade para se tornarem mais próximos da harmonia e da
comunhão. A communitas se difere neste ponto da sociedade fechada devido ao
seu potencial extensivo. Em suma, o artigo aponta de modo geral os aspectos
importantes relacionados à prática ritual cristã onde podemos levantar várias
questões do tipo: O que o ser humano busca quando faz um culto? Qual é a
participação do rito religioso na sociedade? Perguntas que nos fazem refletir
metodologicamente sobre estas questões. Podemos ter em mente que o tite é uma
forma de ser da sociedade. O rito revela-se como forma de ver o mundo a partir de
um modelo moral e ético.

Considerações finais/pessoais: Achei o livro bem interessante, a leitura foi um


tanto cansativa, o assunto em suma é bastante interessante, o autor explica tudo
muito bem detalhado.

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