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Disparador 6 - notícias difíceis - Malformação congênita

Uma paciente G2P1A0, de 30 anos de idade, com 26


semanas de gestação, comparece a uma consulta
obstétrica. A maior preocupação dos pais é com a
aparente redução de mobilidade do bebê em relação à
gravidez da primeira filha, uma criança saudável de 4
anos de idade. O casal havia feito exames prenatais de
rotina, porém não fez exames ultrassonográficos
anteriores, alegando que não queriam saber o sexo da
criança antes do parto. O obstetra anterior concordou com
a conduta e não solicitou o exame. O único exame
anterior era de 8 semanas de gestação, que confirmava
saco embrionário único. A gestante não tinha
comorbidades, os exames bioquímicos e screening para
doenças infecciosas eram normais. Ao exame obstétrico a
altura uterina era de 22,0 cm, os batimentos fetais
estavam presentes e com frequência de 140 bpm. As
manobras de Leopold mostraram feto com apresentação
cefálica, com pouca movimentação espontânea e após
estimulação. O obstetra solicitou um exame
ultrassonográfico, que foi realizado no dia seguinte. O
exame mostrou feto único, com discreto déficit de
crescimento intrauterino, compatível com 22 semanas de
gestação. Foram notadas múltiplas malformações, com
fenda labial e palatina, microftalmia, holoprosencefalia
semilobar, defeito ventricular septal, onfalocele e espina
bífida. Foi indicado uma punção amniótica para estudo
genético que mostrou trissomia do cromossomo 13.
Diante do diagnóstico e implicações prognósticas, qual a
melhor abordagem de comunicação e aconselhamento
familiar?

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