A Lógica de Mokiti Okada Final 11 - 12

A LÓGICA DE MOKITI OKADA
Revisado em dezembro de 2005

A Lógica de Mokiti Okada
A LÓGICA DE MOKITI OKADA
LÓGICA DE MOKITIOKADA
LÓGICA DIALETICA DA HARMONIA
LÓGICA ÍZUNOME
LÓGICA MESSIÂNICA
LÓGICA DO 3° MILÊNIO
CARLOSR.R. CKl'X
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“A fé precisa estar de acordo com a lógica”
MOKITI OKADA
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................... 5
I - CONSIDERAÇÕES GERAIS................................................................................................ 6
II - A NECESSIDADE DA LÓGICA........................................................................................... 9
III - HISTÓRICO...................................................................................................................... 11
IV - PRINCÍPIOS RACIONAIS DA LÓGICA DIALÉTICA DA HARMONIA..............................18
1) LEI DO ESPÍRITO PRECEDE A MATÉRIA.....................................................................................18
2) LEI DA IDENTIDADE ENTRE ESPÍRITO E MATÉRIA........................................................................19
3) LEI DA ORDEM....................................................................................................................... 21
4) LEI DE CAUSA E EFEITO......................................................................................................... 22
5) MOVIMENTO.......................................................................................................................... 22
6) CONTRADIÇÃO....................................................................................................................... 23
7) LEI DA HARMONIA.................................................................................................................. 24
8) MISSÃO, FUNÇÃO E FORMA (IDENTIDADE NATURAL)..................................................................26
9) TEMPO................................................................................................................................. 26
10) TOTALIDADE........................................................................................................................ 27
V - CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DE MOKITI OKADA SOBRE O MUNDO............................29
VI - APLICAÇÕES DA LÓGICA DE MOKITI OKADA.............................................................30
1) COMENTÁRIOS:...................................................................................................................... 30
2) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E AS RELIGIÕES...........................................................................30
3) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E A INTELECTUALIDADE................................................................31
4) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E OS MATERIALISTAS...................................................................31
5) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E O MESSIANISMO........................................................................31
6) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E AS CIÊNCIAS............................................................................32
7) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E AS IDEOLOGIAS.........................................................................33
8) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E OS PAÍSES SOCIALISTAS............................................................34
9) A LÓGICA DE MOKITI OKADA E AS ARTES................................................................................35
AGRADECIMENTO................................................................................................................ 37
GLOSSÁRIO........................................................................................................................... 38
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APRESENTAÇÃO
Este trabalho é resultado de um emocionante mergulho nos

Ensinamentos de Mokiti Okada, na tentativa de identificar uma
estrutura lógica que pudesse corresponder à Sua Sublime Filosofia.
É um trabalho que não pretende ser fechado e sim ter seu conteúdo
desenvolvido, discutido e ampliado. No seu decorrer, colocamos
algumas reiterações, acreditando que, didaticamente, tais
repetições possam ser úteis para melhor apreensão dos conteúdos
propostos.
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I - CONSIDERAÇÕES GERAIS
Falar sobre a Lógica de Mokiti Okada, que apresenta o

Messianismo como um movimento (projeto) de transformação
cultural universal, implica necessariamente levantar a discussão
sobre o histórico dilema Fé versus Razão, duas categorias do
pensamento até hoje inconciliáveis e, inclusive, hostis
reciprocamente, como bem o mostra a História. Estas duas
vertentes da cultura, a Fé com seus correlatos, como religião,
crença, dogma, mito e a Razão com seus correlatos; como lógica,
filosofia, ciência, há muito vêm se digladiando, não obstante o fato
de ambas serem imprescindíveis para a evolução da Cultura,
pois, sem a ciência, o mundo não teria obtido o desenvolvimento
material apresentado hoje e, sem a fé, talvez o mundo já tivesse
sido destruído. Observe-se que esta dualidade histórico-cultural
só se formou a partir do século VIl a.C., aproximadamente. Até
então, o homem vivia no estado de consciência mítica, com seu
pensamento sendo norteado por algum tipo de Fé ou Crença,
através do que ele fazia a leitura do mundo para poder
sobreviver, uma vez que não usava a razão como nós a
entendemos hoje.
Com o aparecimento dos primeiros filósofos gregos,

chamados de pré-socráticos, neste mesmo século, o homem
começou a usar também a razão para se relacionar com o
mundo. Então, o pensamento racional ou conceituai logo se
consagrou como forma de expressão do homem e, a partir de
Aristóteles, que criou a primeira lógica do mundo, chamada de
Organon, no século IV a.C., a cultura já passava a se desenvolver
por dois caminhos, que estamos classificando, para efeito didático,
de caminho da fé e caminho das ciências, em razão de já haver
uma lógica.
Embora tenha havido tentativas de conciliação dos dois

caminhos ao longo da história, principalmente pela filosofia
patrística e também em outras feitas, como no caso de Fíinstein,
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que fez apelos para que Fé e Ciência se admitissem mutuamente,

elas continuaram produzindo conhecimentos distintos, considerados
ou dogmáticos ou racionais, de tal forma que a cultura oficial até
hoje ainda apresenta esta dicotomia entre Fé e Razão. Mokiti Okada
supera esta dicotomia apresentando uma lógica total que pode ser
chamada de Lógica Dialética da Harmonia, observando-se a
constituição da sua estrutura, lógica essa que precisa ser
apresentada ao mundo pensante, visto que a proposta messiânica
é de nova cultura e não de nova religião apenas.
Sendo nova cultura, implica também nova ciência que, por

sua vez, requer novo instrumental lógico, razão porque Mokiti
Okada traz diretrizes para a nova ciência, ou ciência do 3° milênio,
ou ciência total, compreendendo a matéria e o espírito.
Antes de apresentar o novo instrumental ou nova lógica, vale

analisar a situação dilemática do cientista, principalmente o
cientista social, visto que o cientista físico continua usando
formalmente a lógica clássica e outras alternativas. Mas no campo
social, não se podendo mais usar, plenamente, a lógica
aristotélica (ou clássica, ou idealista), por a mesma não mais ser
adequada para o intenso movimento que caracteriza o mundo de
hoje e, também, não podendo usar, em substituição, a outra lógica
surgida no século XIX, a lógica dialética materialista (ou marxista),
por ela ter se mostrado insuficiente para gerar conhecimento
universal, verdade científica necessária e aceita racionalmente por
todos, haja vista os resultados apresentados no campo social,
político e econômico; o pesquisador social, ou cientista, está sem
efetiva lógica alternativa para formular conceitos científicos.
Sem instrumental lógico racional (nem aristotélico, nem

marxista) e sem poder usar dogmas religiosos por serem
incompatíveis com o raciocínio científico, o homem de hoje não está
"exatamente" fazendo ciência social e sim formulando opiniões
sobre temas sociais, aceitas por alguns, mas sem possibilidades
de serem testadas logicamente por um instrumento racional
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universal e, portanto, ficando a opinião "científica" restrita à região de

influência do seu elaborador, e assim a cultura cada vez mais se
fragmenta e o sentido universal se dilui mais ainda.
O mesmo raciocínio também se aplica às ciências físicas,

pois o físico, com suas regras formais, que por ventura não tenha
aguda ótica social, pode ser um perigo para a humanidade, haja
vista os tantos sofismas "científicos", além das sementes
transgênicas, conforme veremos em outro capítulo.
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II - A NECESSIDADE DA LÓGICA
O fato de Mokiti Okada dizer que, se o homem não agir com

lógica, DEUS não o atende, mesmo que tenha Fé e reze com
fervor, já dispensaria qualquer outro argumento, mas por razões
deste trabalho, apresentamos o seguinte texto sobre lógica:
"Michel Foucault, filósofo francês contemporâneo, refere-se a

um texto do poeta Jorge Luis Borges onde este transcreve a
seguinte classificação encontrada numa certa enciclopédia chinesa:
Os animais se dividem em: a) pertencentes ao imperador,

b) embalsamados, c) domesticados, d) leitões, e) sereias, f)
fabulosos, g) cães em liberdade, h) incluídos na presente
classificação, i) que se agitam como loucos, j) inumeráveis, k)
desenhados com um pincel muito fino de pelo de camelo, l) etcetera,
m) que acabam de quebrar a bilha, n) que de longe parecem
moscas.
Passado o riso ou o espanto, podemos ver que essa

"classificação" nos incomoda porque não podemos pensá-la.
Percebemos que há uma mistura de assuntos e tentamos "pôr
ordem na casa", restabelecendo um critério único. Queremos
IV Martins, rüosolinul introdução

aproximar e distinguir os animais pelas suas semelhanças e
diferenças, buscando uma coerência de princípios. Isto significa
que, ao tentarmos compreender a realidade, procuramos formas
correias para pensá-la". E isto é uma das funções da lógica, ser
instrumento para pensar e verificar a correção do que está sendo
pensado.
"A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou

com o conhecimento, formulando a esse respeito várias questões:
Qual a origem do conhecimento? Qual o critério da verdade? É
possível o conhecimento?
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Vejamos como a lógica trata do assunto: a ela não interessa

nenhuma das perguntas anteriores, mas apenas dar as regras do
pensamento correto. A lógica é, portanto, uma disciplina
propedêutica; é o vestíbulo da filosofia, a ante-sala, o instrumento
que vai permitir o caminhar rigoroso do filósofo ou cientista."
Então, a lógica, além de ser base para a filosofia e a ciência,

é também para a Fé, segundo Mokiti Okada, que diz:
“Originariamente a base da Fé se encontra na palavra lógica".
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III - HISTÓRICO
Até o século VIl a.C., o homem vivia no estado de consciência

mítica.
Entre VII a.C. e IV a.C., surgiram os primeiros filósofos

gregos, cujas conclusões sobre a natureza receberam mais tarde o
nome de idealismo, que assevera ser o pensamento anterior à
matéria e esta ser "apenas" uma projeção da idéia ou pensamento.
No século IV a.C., Aristóteles cria a primeira lógica do

planeta, a qual chamou de Organon, um conjunto de princípios
racionais ou regras que estruturam a razão para se pensar
corretamente. Esta primeira lógica da história foi o instrumental
básico-teórico único para a filosofia, por mais de dois milênios, daí
ser essa filosofia chamada aristotélica, além de clássica ou
idealista. Esta lógica é composta fundamentalmente de três
princípios racionais que explicam a realidade por meio de noções
absolutas, de acordo com uma concepção estática de mundo, onde
não é possível a contradição.
Os Princípios Aristotélicos são:
1 - Princípio da Identidade: um ser é sempre idêntico a si

mesmo; o que é, é; o que não é, não é.
2 - Princípio da Não Contradição: é impossível que um ser

seja e não seja idêntico a si mesmo, ao mesmo tempo, ou seja, é
impossível ser e não ser ao mesmo tempo.
3 - Princípio do Terceiro Excluído: dadas duas proposições

com o mesmo sujeito e o mesmo predicado, uma afirmativa e a
outra negativa, uma é necessariamente verdadeira e a outra
necessariamente falsa: um ser é x ou não-x, não havendo terceira
possibilidade.
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OBS.: Hoje, estes princípios estão incompatíveis com a

descoberta de que o átomo é matéria e onda ao mesmo tempo,
ou seja, é matéria e não é matéria ao mesmo tempo.
No século XIX, Marx e Engels, opondo-se ao idealismo e a

Aristóteles, e aproveitando a teoria de Hegel sobre lógica dialética
idealista, adaptaram esta nova lógica a uma concepção materialista
de mundo e criaram o materialismo dialético. Então, a partir de
uma lógica dialética materialista, composta de cinco princípios
que descreveremos adiante, as ciências sociais tomaram um rumo
dito revolucionário, cujos resultados todos conhecemos.
No século XX, Mokiti Okada cria o Messianismo, trazendo

nova concepção de mundo e novo instrumento lógico que pode ser
denominado de Lógica Dialética da Harmonia, dada sua estrutura
ser, também, dialética e verdadeiramente revolucionária.
Dialética
Devido a aparecer a palavra dialética em vários momentos

da história da filosofia, sendo inclusive usada como denominação
de estrutura lógica e movimento filosófico, faz-se necessário
comentar sobre o seu significado etimológico e histórico.
Baseados no livro "Filosofando: introdução à filosofia", de M.

L. Aranha e M. M. Martins, mostramos muito resumidamente que:
Etimologicamente, é um conceito grego que se assemelha

a diálogo com dualidade de razões, no entanto, ao longo da história,
teve vários sentidos
Para Heráclito, um constante movimento e transformação
Para os sofïstas, a arte de discutir
Para Sócrates, método para se levar ao saber
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Para Platão, arte do diálogo para se elevar dos

conhecimentos sensíveis (opinião) aos conhecimentos inteligíveis
(ciência).
Para Kant, uso especulativo, não experimental e não

científico da razão.
Para Hegel, uma concepção idealista de mundo, onde o

pensamento cria a realidade. Porém, uma concepção diferenciada
dos idealistas clássicos, por ver a realidade como processo onde o
mundo físico e o pensamento estão em movimento permanente e
também asseverar que o real tem estrutura contraditória, que
produz o próprio movimento.
Para Marx e Engels, "A dialética é a ciência das leis gerais

do movimento, tanto do mundo externo, quanto do pensamento
humano". É uma concepção filosófica de mundo oposta à
aristotélica ou clássica, porque esta parte de uma realidade estática
e a explica por meio de noções absolutas, como já vimos, onde não
é possível a contradição. A dialética materialista (marxista) afirma a
contradição e explica a realidade, colocando a matéria como
anterior ao pensamento e este sendo condicionado à forma como o
homem e os elementos materiais se relacionam no processo de
produção, razão porque o marxismo entende que se modificar
conscientemente o modo de produção, a forma de pensar muda
e, por conseqüência, transforma a cultura. Essa é a concepção
filosófica chamada de materialismo dialético. E os cinco princípios
racionais, que seriam as leis que regem o mundo físico e o
pensamento, formando a lógica dialética propriamente dita, através
da qual se busca a verdade, são:
1) Movimento
Todas as coisas estão em movimento e transformação

permanentes, inclusive o próprio pensamento, não havendo coisas
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acabadas e sim um complexo de processos, onde as coisas só são

estáveis na aparência.
2) Contradição
A realidade é formada por uma gama infinita de elementos

contrários, como claro e escuro; quente e frio; afirmação e negação;
positivo e negativo; patrão e empregado, que são justamente a
força motriz do movimento e transformação.
3) Síntese
Os elementos contrários do universo são chamados de

tese e antítese e formam a unidade dinâmica dos contrários, mas
tendem a se eliminarem (sintetizarem-se) para dar lugar a um
terceiro elemento, que será a nova tese, que irá se sintetizar
com nova antítese e assim sucessivamente, formando a dita
espiral da evolução contínua.
Obs.: Este princípio lógico será analisado com mais atenção

quando abordarmos o princípio correspondente na Lógica de Mokiti
Okada, por serem concepções muito diferenciadas.
4) Totalidade
Todos os fenômenos devem ser vistos levando-se em

conta a sua totalidade, visto que todas as coisas estão em
constante movimento e relação recíproca.
5) Transformação da Quantidade em Qualidade
Este princípio diz que toda a tranformação é precedida de um

aumento quantitativo até haver a ruptura de qualidade, tanto física
como socialmente, à semelhança do processo de ebulição da
água para a mudança de estado (ou qualidade), onde, ao ser
atingida a temperatura de 100°C, o ser água torna-se o ser vapor.
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Em Mokiti Okada, o termo Dialética da Harmonia dá nome a

uma concepção de funcionamento do Universo em que a Natureza
preserva a grande harmonia, dando respostas adequadas a todos
os atos humanos, consciente ou inconscientemente cometidos,
concepção essa que contém a síntese do idealismo com o
materialismo dialético, o que veremos adiante. Além disso, o
nome é adequado para identificar a Lógica de Mokiti Okada por
várias razões. Para Ele, também, o real tem estrutura
contraditória, formada pela coexistência de contrários gerados
pelas forças naturais e opostas, nominadas de positivo e negativo;
Bem e Mal; Kamurogui e Kamuromi, ying e yang. Esses contrários,
além de produzirem o movimento, constituem-se em frente e
verso das coisas. Mokiti Okada diz: "Tudo tem frente e verso" e
que "Isto não era conhecido na Era que finda (Era da Noite)", daí ter
prevalecido a lógica clássica por mais de dois milênios.
A palavra Harmonia está presente para diferenciar a

Dialética de Mokiti Okada, que identifica nos contrários a função de
também manter o equilíbrio harmônico do Universo, o que será
desdobrado noutro capítulo.
Antes de Mokiti Okada, tanto Aristóteles como Mane,

anunciadores das duas principais lógicas, a clássica e a dialética
materialista, como também os outros grandes pensadores,
conseguiram em cada momento bons consensos no campo lógico
e filosófico, haja vista a aceitação universal de suas teorias e
muito pouco no campo metafísico, especialmente no que se
refere à existência de Deus, que geralmente era negado ou omitido,
como no caso de Marx.
A discordância na metafísica não impediu que

concordassem na lógica, nos dois grandes momentos hislórico-
filosóficos. Portanto, a lógica que as pessoas adotam não as
obriga a adotarem uma única concepção metafísica, pois até
Platão e Aristóteles tinham concepções diferentes neste aspecto.
Inclusive nem todo apologista de Marx nega a existência de DEUS.
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Logo, é fácil compreender que a Lógica de Mokiti Okada seja

supra-religiosa, ou seja, um religioso pode desenvolver um
raciocínio correto com esta nova lógica, verificar a coerência de
certas citações religiosas ou materialistas, atualizar conceitos
filosóficos e religiosos do passado.
Mokiti Okada diz: "...ainda que sejam levanladas teorias

que na visão religiosa são corretas, se não estiverem
fundamentadas na lógica, não se pode dizer que a Fé seja
verdadeira...".
No ponto fundamental da Lógica de Mokiti Okada que é a

relação com Deus, já difere, por exemplo, do que é atribuído a
Aristóleles, que reduz a idéia de DEUS à condição de apenas um
primeiro motor do mundo, imóvel, somente para criar o
movimento de todas as coisas.
Mokiti Okada, ao contrário, assevera que, objetivamente,

DEUS cria, movimenta, interage com Inteligência, Vontade e
Sentimento supremos, sendo o início e a chegada de tudo e de
todos e, portanto, o Universo é a manifestação da Vontade de
DEUS. E inclusive, os princípios de funcionamento deste
Universo constituem o Código de Sua Vontade, que são as Leis
Naturais, que expressam a Sua Divina Racionalidade ou Sua
Divina Lógica.
Se estas leis e princípios naturais fossem concretamenle

internalizados como o sistema de princípios racionais (lógica)
norteador do pensamento humano, poder-se-ia dizer que, como
Einstein queria, e guardadas as proporções, o ser humano
produziria um raciocínio assemelhado ao de Deus e tudo tenderia
para o nível ideal, mesmo porque este raciocínio teria elo
espiritual estreito com DEUS, por onde viriam fartas inspirações
divinas, logicamente. Este raciocínio assemelhado ao de DEUS
dependeria do grau de assimilação das Leis e também do grau
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de evolução do indivíduo, bem como dos seus condicionamentos

culturais e emocionais.
Esta Lógica Dialélica da Harmonia é uma lógica total, pois

supera a dicotomia Fé e Razão, sonho dos filósofos patrísticos,
diferentemente das lógicas clássica e dialética que separaram Fé
e Razão ao longo da história.
A Lógica de Mokiti Okada até contempla os princípios do

movimento, contradição e totalidade da lógica dialética
materialista. No entanto, num determinado raciocínio, envolvendo
estes três princípios racionais, poderá haver a mesma conclusão,
só que um irá fazê-lo com sentimento religioso de crença em
DEUS e o outro com sentimento materialista de negação a
DEUS, o que confirma serem Fé e Razão perfeitamente
conciliáveis, que é o que faz Mokiti Okada, superando esta
dicotomia histórica.
A diferença de sentimento com relação a DEUS para um

mesmo raciocínio lógico é altamente relevante, visto que isto
indicaria o "espírito" do raciocínio direcionado para DEUS ou não,
com influência maior ou menor na inspiração e intuição divinas,
como disséramos antes.
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IV - PRINCÍPIOS RACIONAIS DA LÓGICA DIALÉTICA DA

HARMONIA
1) Lei do Espírito Precede a Matéria
Esta Lei assevera que, além do pensamento ser anterior

à matéria e esta uma projeção daquele, como concebe o
Idealismo, também há sobre tudo a precedência do espírito, que é
onde se gera o pensamento / conhecimento. Portanto, este tem
origem transcendental.
Embora não estejamos atribuindo caráter transcendental à

abordagem metafísica dos filósofos idealistas, é estimulante
exercitarmos a busca de pontos de tangência entre as teorias. Na
teoria da Reminiscência, Platão divide o mundo em sensível (real
para os nossos sentidos) e mundo inteligível (das essências
verdadeiras, divino, belo), onde o homem teria vivido antes de
encarnar na matéria e de onde teria trazido todo o conhecimento,
que está adormecido no seu espírito absoluto. Este conhecimento
pronto, acabado, será redescoberto pelas elaborações mentais, de
acordo com a dialética platônica.
Os estóicos, que introduziram a palavra lógica na filosofia,

afirmavam que a alma é corporal, sendo um sopro sutil e invisível.
Mokiti Okada revela que o conhecimento é inspirado por

DEUS, através do Fio Espiritual, por onde emana para a Partícula
Divina (Alma) no homem. Esta sim é composta de "matéria" que
antecede à vida do homem, pois é objetivamenfe um "pedaço" de
DEUS, em torno do qual se localiza a consciência humana.
Hegel exclui também a transcendentalidade e coloca o

conhecimento como produto histórico da interação do espírito
(idéia pura) com a realidade material, atribuindo ao mundo uma
racionalidade intrínseca, expressa na sua afirmativa: "O real é
racional e o racional é real”.
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Os neoplatônicos chegaram perto de Mokiti Okada, pois

dividiam a realidade em três mundos: o supremo da Luz Pura,
Uno, de onde vêm emanações perfeitas; o mundo intermediário e
o mundo material.
Mokiti Okada faz a síntese dos pensadores e, com esta Lei

do Espírito precede a matéria, leva o homem a ter um raciocínio
mais profundo, buscando na essência dos seres possíveis razões
para os fenômenos físicos e psíquicos. O raciocínio balizado por
esta Lei, no mínimo, previne a precipitação do julgamento da
realidade visível.
2) Lei da Identidade Entre Espírito e Matéria
Esta Lei diz que toda a matéria ou energia, inclusive o

homem, é o próprio espírito materializado, o que faz idênticos o
ser e sua essência espiritual, apenas em dimensões diferentes e
justapostas.
A divergência com Platão e Aristóteles é que eles diziam

que a matéria / realidade é uma cópia deformada da sua
essência.
Havia coerência neste aspecto porque partiam de uma

concepção estática do mundo, sem admitir evolução natural do
"espírito absoluto" da realidade e, como este era o ideal para ser
copiado, não poderia ser idêntico à matéria bruta.
Já na concepção de Mokiti Okada de movimento evolutivo

também do espírito, dá para compreender a identidade dinâmica
entre o ser e a sua essência, logo, segundo esta Lei, entende-se
que a realidade do ser humano é idêntica à sua essência do
momento, como se fosse uma realidade "merecida", embora
mutável como é a essência.
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Esta mutabilidade da essência, projetada na matéria,

transforma a realidade física e social, de tal forma que a estrutura
social é uma síntese materializada do espírito atual da sociedade.
Nisto Mokiti Okada sintetiza o idealista dialético Hegel e os
materialistas dialéticos Marx e Engels, que possuem conclusões
parecidas e soluções diferentes.
Esta Lei da identidade combinada com a da precedência

permite compreender que um pensamento / sentimento depois de
ser gerado (concebido) no Mundo Espiritual poderá ser projetado
na matéria, ou não, por um ato material do homem. Se não houver
o ato, o pensamento deixa de existir, mas se houver ele passa a
ser a essência espiritual da ação humana e se agrega nos objetos
manipulados, como já o demonstram as experiências espirituais.
Então, é fundamental só exercer ação humana com pensamento
positivo, visto que este se agrega na matéria como um raio,
partindo da fonte espiritual positiva, de onde emana este
pensamento para a tal matéria espiritualizada por ele. Porém,
passa pelo agente da ação, o homem, elevando (purificando) a
sua essência ou condição espiritual e elevando também, pela
identidade espírito / matéria, a sua própria realidade.
Se desenvolvermos o mesmo raciocínio para pensamento /

sentimento negativo, veremos que o elo espiritual com a fonte
negativa abaixa (macula) tudo, a essência e a realidade.
Estar inconsciente desta Lei Divina não ajuda o homem,

porque sendo a realidade a projeção da essência espiritual do
momento, sempre haverá a conseqüência, pois inexiste matéria
sem espírito e este é o de quem age consciente ou
inconscientemente
Daí as orientações do grande discípulo de Mokiti Okada,

Tetsuo Watanabe, para se pensar grande, sempre.
20
Portanto, a matéria não é só o objeto passivo da

manipulação do homem, ela armazena o espírito da intenção
humana e interage com a essência espiritual do homem,
realimentando positiva ou negativamente sua condição espiritual /
mental (purificando ou maculando).
Então, é fundamental perguntar-se o que plantei na minha

obra, o que estou plantando e o que pretendo plantar, ou seja, a
lógica da minha vida também passa por esta Lei.
Basicamente, a cada passo que se dá, o rastro fica

impregnado do sentimento do momento: se for positivo, cresce-se
em espírito e se for negativo, decresce-se, por mínimo que seja.
Mokiti Okada, enquanto produzia seus Ensinamentos, não jogava
fora nem os rascunhos para, possivelmente, não impregnar
sentimento inadequado na Sua Obra.
Embora o objetivo do trabalho não seja desenvolver a

Filosofia de Mokiti Okada e sim apresentar o seu instrumental lógico,
é oportuno comentar que toda a intenção de fazer gratidão,
encaminhamento, abraçar, comer, amar, cantar, harmonizar,"
presentear, ou até, como diz Tetsuo Watanabe, motivar para motivar-
se, se não for materializada, desmancha-se e não altera a
condição espiritual, pois não realimenta o espírito, por não estar
plantada. Não forma o círculo positivo do crescimento espiritual /
material. É como se não tivesse existido a intenção. Portanto,
crescer é fazer bem, com pensamento / sentimento grande, e
decrescer é conseqüência de um fazer mal.
3) Lei da Ordem
Tudo no Universo se subordina ao princípio da ordem,

como, por exemplo, as estações do ano, o desabrochar das flores,
as fases da vida, da lua...
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Quando se age fora da ordem, a essência espiritual desta

ação, por menor que seja, afeta a essência espiritual da realidade,
com a correspondente conseqüência futura.
Mokiti Okada alerta objetivamente para a observância desta

Lei no funcionamento de todas as instituições sociais, tanto no
aspecto pessoal ou no material, inclusive na família, onde até a
ordem segundo a qual pais e filhos ocupam os cômodos da casa e
também a ordem em que eles sentam à mesa são fatores de
harmonia familiar.
4) Lei de Causa e Efeito
Esta Lei assevera que todo acontecimento é conseqüência de

uma causa, logo, o presente e o futuro do indivíduo e da sociedade
dependem do que se fez e do que se faz no presente.
Pela ótica da Lei da Identidade Espírito / Matéria é fácil

visualizar o efeito de um ato do homem na mudança da sua
condição espiritual / material posterior.
Com a Lei de Causa e Efeito Mokiti Okada sintetiza os

pensamentos filosóficos determinista e de liberdade, pois o
homem é determinado pelo que já fez, mas tem o livre arbítrio
para transformar a realidade, na medida que desenvolve a
consciência da sua função transformadora do Universo. Até porque
o estado natural é transformação / evolução, caso contrário, o
mundo seria estático, só reprodutivo, no máximo.
5) Movimento
Mokiti Okada diz: “Tudo está em movimento" e "de acordo

com a Lei da Evolução" “Mundo obedece à Lei do movimento
perpétuo" e "cíclico", ratificando, mas ampliando conceitos de
Heráclito, Hegel, Bergson, Marx e Engels...
22
Este princípio está presente também na lógica dialética

materialista, mas, em Mokiti Okada, o movimento é evolutivo também
no plano espiritual e não só na matéria e pensamento.
Portanto, o movimento é um elemento estrutural e comum

do raciocínio espiritualista e materialista, mas sendo o primeiro
mais profundo, mais abrangente, mais fecundo e logicamente mais
intuitivo, pela sintonia com DEUS. E a Razão com Fé intrínseca
ou Fé Racional, superando completamente a dicotomia histórica
entre Fé e Razão, que as lógicas clássica e dialética produziram.
Isto não impede que um materialista aproveite só o sentido

racional do princípio movimento e da Lógica de Mokili Okada como
um todo para, pelo menos, sair do vazio lógico desta sociedade,
dita pós-moderna, e reconstruir sua perspectiva lógico-ideológica.
6) Contradição
Para Mokiti Okada, também, o real possui estrutura

contraditória, gerada pelas forças naturais e opostas,
denominadas positivo e negativo, Bem e Mal, Kamurogui e
Kamurorni) Ying e Yang, que geram pares contraditórios como claro
e escuro, bom e mau, quente e frio, alegre e triste, rico e pobre,
capital e trabalho, patrão e empregado, velho e novo, que produzem
a dinâmica da realidade, formando a unidade dos pólos contrários
inseparáveis e em relação recíproca para crescimento.
Mokiti Okada diz que "tudo tem frente e verso" e que isto só
pôde ficar claro na era que se inicia agora, embora Heráclitto já
investigasse sobre este assunto no século VI a.C.
Já se sabe hoje que até a estrutura atômica apresenta a

dualidade matéria e energia.
Este princípio se encontra também na lógica dialética

materialista. Mas como esta não contempla o lado espiritual no
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raciocínio e, sim, apenas matéria e pensamento, este se torna

limitado. Isso é irônico, porque estamos num momento histórico de
muitas experiências espirituais consagradas.
Pelo prisma deste princípio da contradição, como o do

movimento, a Lógica de Mokiti Okada é também mais profunda, mais
fecunda, mais intuitiva, favorecendo a "inteligência da percepção
verdadeira", pois eslá sintonizada com DEUS e una com a Fé,
confirmando a superação completa da dicotomia Fé e Razão.
Mokiti Okada diz: "É preciso que sejam racionais e estejam

de acordo com a lógica".
7) Lei da Harmonia
Na Lógica Dialética da Harmonia, os contrários garantem a

grande Harmonia do Universo pela tendência natural de
encontrar o ponto de equilíbrio ou o "caminho do meio" entre
eles, de acordo com Lei da Harmonia, de tal forma que
possibilitem o movimento evolutivo, conforme a Lei da Evolução.
A propósito disto, Heráclito já dizia: "a realidade é a harmonia dos
contrários que não cessam de se transformar uns nos outros".
Sendo os contrários, como diz Mokili Okada, a frente e o

verso das coisas, eles não podem deixar de existir, em princípio.
Embora uma árvore possa ser negada pelo contrário não-árvore
e deixar de existir para dar lugar a uma canoa, mesa... isto não
elimina o ser árvore no plano concreto, abstrato, individual ou
coletivo, a despeito da negação da árvore eventualmente
suprimida.
Isto confirma, sim, um passo na transformação e evolução

harmônica da grande Natureza, através da criatividade e arte
pragmáticas do homem, expandindo o Universo inteligível e
sensível, gerando "n" pares contraditórios a partir do par árvore /
não árvore.
24
Já na lógica dialética materialista, os contrários são vistos

como a tese e a antítese, que tendem a se eliminarem para dar
lugar a um terceiro elemento que, pela teoria da síntese
marxista, torna-se a nova tese, que induz a nova antítese e a
nova síntese e assim sucessivamente.
Este princípio marxista, apreendido como elemento

estrutural da razão, norteador do pensamento humano, o que
efetivamente aconteceu com os comunistas, pode levar ao
seguinte raciocínio ideológico: se o par contraditório patrão e
empregado tende a se eliminar por síntese, um dia, por que não
criar hoje a ideologia da eliminação (síntese) e tentar antecipar
esse dia? Essa é a ideologia do conflito inerente à vida.
Na Lógica de Mokiti Okada, a síntese dos contrários se dá

pela busca do ponto de equilíbrio harmônico evolutivo,
produzindo em ambos, patrão e empregado, a ideologia da
construção da harmonia, hoje, tentando antecipar a harmonia que
deverá ocorrer naturalmente um dia. Portanto são ideologias
opostas neste aspecto, embora ambas dialéticas.
Então, temos duas ideologias dialéticas distintas, uma, de

Mokiti Okada, que sintetiza os contrários, realizando a harmonia
em favor de todos e a outra, marxista, realizando o conflito em
favor, supostamente, da maioria diferenciada.
Conseqüentemente, a ideologia que a Lógica de Mokiti

Okada produz não é de esquerda, porque é de todos, não é de
direita, pela mesma razão e não é de centro, porque não é apenas
a atenuação da voracidade de direita ou esquerda, nem
condescendência a desfavorecidos e sim uma nova concepção
ideológica de harmonia e crescimento com justiça, para se atingir
a sociedade ideal, onde todos serão felizes. Mokiti Okada refere-se
a este assunto usando títulos de "Ideologia ou Política Izunome".
25
8) Missão, Função e Forma (Identidade Natural)
Segundo Mokiti Okada, "tudo tem missão, função e forma",

ou seja, na Lógica Dialética da Harmonia, a identidade natural
de um ser não se resume à forma, mas tem também a função,
que esta forma realiza no Universo e, principalmente, a
missão que todo o ser tem, que é garantir o movimento
harmônico evolutivo da Cirande Natureza, em razão do que
existem a função e forma.
Embora a Lógica de Mokiti Okada expresse uma

concepção dialética de mundo em movimento, as coisas têm
uma identidade natural total, que não é absoluta nem estática,
como na lógica aristotélica, e sim, dinâmica e também evolutiva,
mas permite, num certo intervalo de tempo, que um ser seja
distinguido de outro ser de maneira formal, como na lógica
clássica, mesmo porque, um ser, em princípio, não vive se
transfigurado a todo o , instante, salvo exceções.
Portanto, a Lógica de Mokiti Okada contempla como válida

a lógica formal clássica e também a contemporânea lógica formal
dialética, chamada de para consistente, criada pelo filósofo
brasileiro Newton da Tosta, vivificando-as, como é a
característica de Mokiti Okada: vivificar os pensadores,
integrando e sintetizando suas contribuições para a cultura.
9) Tempo
Mokiti Okada diz: "O homem precisa ter muito mais

interesse por essa categoria chamada tempo" e "tudo que existe,
inclusive o que se relaciona ao homem, é regido pelo tempo".
Para tudo tem o tempo certo como, por exemplo, tempo de

amadurecer as frutas, o ser humano... Também há tempo
presente, passado, futuro. "Mesmo DEUS respeita o tempo." Não
26
fora assim, o mundo seria feito de uma vez só, tudo estaria
pronto, não havendo mais nada a ser esperado.
O tempo é parâmetro lógico para qualquer raciocínio, pois

não se faz plano algum sem ele. E ainda que a concepção de
tempo fosse diferente, possivelmente ele ainda existiria.
O próprio movimento de transformação é controlado pelo

tempo e só os Céus sabem a hora da mudança, a despeito de
alguns "seres especiais", extraordinariamente intuitivos e
perceptivos, anteciparem esses momentos.
10) Totalidade
Mokiti Okada ensina que "tudo deve ser encarado com

visão global", visto que as coisas estão em perpétuo movimento
e relações recíprocas. Logo, cada coisa deve ser vista como parte
constitutiva de uma totalidade e não isoladamente.
Quando um fenômeno é visto sem levar em conta a

categoria totalidade, corre-se o risco de não se perceber efeito
importante em algum ponto da cadeia de relações recíprocas e
as conseqüências são imprevisíveis, logicamente.
Um caso típico são os produtores da semente transgênica.

Eles não sabem quando, nem o que poderá ocorrer. Também
pudera, um "cientista" que não pode se basear na lógica clássica,
porque apresenta limitações para o mundo de hoje, já
nitidamente dialético; sem usar a lógica marxista pelos seus
resultados insatisfatórios; sem se submeter a uma moral
religiosa por ser dogmática e sem conhecer a Lógica supra-
religiosa de Mokiti Okada. possivelmente deve estar
desenvolvendo um trabalho com poucas chances de ter suas
conseqüências previstas, o que pode ser perigoso para a
humanidade. Este princípio da totalidade é pilar racional
27
importante para que se tenha comedimento nos atos científicos e

sociais.
A propósito, este princípio lógico é também comum entre a

Lógica Dialética da Harmonia e a dialética materialista e com a
mesma diferença descrita para os princípios do movimento e
contradição.
Com este princípio da totalidade completamos a seqüência

de 10 princípios racionais que, a nosso ver, constituem a Lógica
de Mokiti Okada.
28
V - CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DE MOKITI OKADA SOBRE O

MUNDO
A concepção filosófica de Mokiti Okada sobre o mundo é

religiosa, porque parte de DEUS, princípio e fonte de tudo, tem
traços do idealismo, porque o pensamento é anterior à matéria e
traços do materialismo dialético, porque a matéria é condição para o
pensamento existir concretamente e atua sobre ele. Mas, como já
vimos ao abordarmos a Lei da Identidade Espírito / Matéria, essa
interação se dá também na dimensão espiritual e é parte do
processo de manutenção do equilíbrio harmônico-dialético e
evolutivo da Grande Natureza. Esta concepção de mundo se
completa com a perspectiva lógica de que haverá sínteses
harmônicas até se atingir a utopia possível da Sociedade Ideal ou
Paraíso Terrestre.
29
VI - APLICAÇÕES DA LÓGICA DE MOKITI OKADA
1) Comentários:
Mokiti Okada ensina: "É preciso que sejam racionais, que

estejam de acordo com a lógica."
Relacionando este Ensinamento com o estudo lógico

desenvolvido neste trabalho, concluímos que, certamente, só a
partir de Sua Lógica, podemos praticar esta orientação de forma
plena.
Conclusão parecida tiramos para este outro Ensinamento:

"A base da Fé se encontra originariamente na palavra lógica";
pois nos parece claro que esta base só pode ser a sua Divina
Lógica, por ser o código da Vontade de Deus.
O Ensinamento que segue: "Ainda que sejam levantadas

teorias que na visão religiosa são corretas, se não estiverem
fundamentadas na lógica, não se pode dizer que a Fé seja
verdadeira"; assim como outros Ensinamentos, que reafirmam a
racionalidade na Fé, inspiraram a próxima seqüência de tópicos.
2) A Lógica de Mokiti Okada e as Religiões
A Lógica Dialética da Harmonia pode ajudar a religiosos

de outras tradições, cumprindo a função instrumental de
verificar a correção de certos conceitos históricos e atualizá-los,
se for o caso, bem como a função de doutrina de prova para
verificar se orientações espiritualistas surgidas no dia a dia
são verdadeiras e se apontam para a harmonia.
Islo significa poder preservar, racionalmente, laços

afetivos religiosos com suas Divindades do coração, praticando
uma Fé Racional, pois como já vimos, a Lógica Dialética da
Harmonia supera completamente a dicotomia Fé e Razão.
30
3) A Lógica de Mokiti Okada e a Intelectualidade
Para intelectuais que estão sem alternativa lógica (nem

aristotélica, nem marxista) e não se adaptam a dogmas
religiosos, muitos dos quais até primitivos, a Lógica de Mokiti
Okada resgata seu pensamento conceitual ou racional e os tira
do vazio lógico dessa cultura em colapso, embora em notória
transformação, chamada de pós-moderno e outros nomes.
4) A Lógica de Mokiti Okada e os Materialistas
Para os materialistas clássicos, dialéticos, psicológicos ou

mecanicistas, também sem alternativa lógica, a Lógica de Mokiti
Okada pode ser usada excluindo-se o caráter transcendental dos
seres, mas desenvolvendo o pensamento racional científico a
partir de instrumento lógico Universal, de tal forma que o
conteúdo pensado possa ser verificado quanto à correção e
veracidade.
Um indivíduo que raciocina pelo Código Divino, a despeito

de ser ateu, pode produzir elevados pensamentos e, pela Lei de
Identidade Espírito / Matéria, eleva sua essência espiritual.
5) A Lógica de Mokiti Okada e o Messianismo
Os já engajados no Movimento Messiânico de Construção

do mundo ideal, que se orientam pela supra-religiosa filosofia
messiânica, possuem, em princípio e intrinsecamente, a Lógica
Dialética da Harmonia nos seus atos. Essa lógica explicitada
facilita a reflexão filosófica, garanle a racionalidade da Fé,
previne contra eventual possibilidade de sair da visão crítica para
entrar na dogmalização de conceitos que não são dogmáticos,
ajuda no estudo da própria Filosofia Messiânica, permite
identificar, na vasta produção cultural da humanidade, os
conceitos filosóficos e religiosos compatíveis com o Movimento
31
Messiânico, tanto por análise lógica, como por comparação

filosófica.
6) A Lógica de Mokiti Okada e as Ciências
Com a desatualização das lógicas aristotélica e marxista,

como já analisamos, não está havendo ciência social
efetivamente, e sim práticas "científicas", muitas das quais
aceitas pelo senso comum, outras não.
Para que essas práticas sejam consideradas Ciência

Messiânica ou Ciência da Nova Era, é preciso passarem pelo
prisma lógico dialético-harmônico, uma vez que são produtos
sócio-culturais das outras duas lógicas ou de empirismo e seus
desdobramentos. Isto é o caso da medicina, economia, política,
pedagogia, sociologia, direito, psicologia...
Sendo assim, é necessário que os profissionais

messiânicos identifiquem, na Filosofia de Mokiti Okada, as
diretrizes para todas as ciências que Ele nos legou e, então,
depurar a ciência atual, criar novas ciências e formar o universo
científico do terceiro milênio sem a dicotomia com a Fé, como é a
lógica de Mokiti Okada.
E por serem dialéticas a lógica e a filosofia messiânicas,

pode-se aproveitar muito das ciências sociais dialéticas, como
pedagogia, sociologia, psicologia e outras, mas não na íntegra,
porque estas são ciências referenciadas nos conceitos de luta de
classe e no conflito inerente ao crescimento; enquanto as ciências
messiânicas são fundamentadas na harmonia dialética das classes e
de todos os seres, para crescimento no âmbito universal.
Não é só a medicina e a agricultura que não estão prontas

para receber o adjetivo "messiânica", são todas as outras também,
daí a importância dos estudos científicos messiânicos. E para isto
existem os economistas, pedagogos, políticos, advogados, que, por
32
certo, identificarão as respectivas metodologias messiânicas

específicas.
7) A Lógica de Mokiti Okada e as Ideologias
Como a ideologia que a Lógica de Mokiti Okada produz não

é de direita, nem de esquerda e nem de centro, e sim ideologia da
evolução e transformação dialético-harmônica, não há no planeta
ideologia ou filosofia política a ser incorporada pelo messianismo.
Logo, acautelemo-nos quanto à opção político-parlidária,

pois não há também partido político que possa ser adotado na
íntegra pelo messianismo.
Mas. como a cidade messiânica terá que ter necessariamente

estrutura política, e já é projeto, urge a definição da filosofia
política messiânica para se estabelecer o perfil do político e partido
da nova era.
Mokiti Okada nos legou também diretrizes para a política e

economia ideais, como o princípio da prosperidade mútua, o
fortalecimento da capacidade produtiva do indivíduo, com
vinculação óbvia com a educação, a distribuição da produtividade
e a impraticabilidade do comunismo, as limitações do
liberalismo...
Enfim, a Lógica de Mokiti Okada parece apontar para a

discussão de temas como ideologia messiânica, criação de partido
messiânico, messianização de partidos já constituídos, formação de
quadros políticos para a nova era. Isto significa criar consciência
política messiânica para, então, serem feitas opções político-
partidárias criticamente.
33
8) A Lógica de Mokiti Okada e os Países Socialistas
Como Mokiti Okada previu, a URSS acabou e a transição

dos outros países socialistas para a economia de mercado se dá
aceleradamente.
Analisando o caso de Angola, como exemplo didático,

vemos que a ideologia marxista, segundo a qual o país se
estruturou, não produziu os resultados para os quais a lógica
dialética materialista apontava racionalmente.
Isto trouxe a seguinte incongruência: as guerras fratricidas

levaram um gigantesco sofrimento à nação, determinando a
mudança da estrutura política e do modo de produção. Mas o povo
possui o pensamento e ideologia dialéticos sendo difícil
simplesmente retroceder pura a mentalidade clássica e seus
produtos. No entanto, o sofrimento determinou a transição em curso e
esta se faz, não por parâmetro ideológico marxista ou clássico e sim,
empiricamente, para buscar a harmonia, a paz.
O que a ideologia dialética da harmonia, uma vez

materializada, produziria, é exatamente o que este povo já com
formação ideológica dialética (do conflito) e descrente dela, mais
deseja hoje, que é a paz.
Isto apresenta enormes perspectivas de casamento desta

nação com a Lógica Dialética da Harmonia.
O mesmo se aplica para todos os países saindo do

socialismo e preservando algumas conquistas sociais, como os
países da ex-Cortina de Ferro.
34
9) A Lógica de Mokiti Okada e as Artes
A Lógica de Mokiti Okada desenvolve o senso do belo no

homem e o conscientiza da importância e influência de uma arte
elevada no processo evolutivo do mundo.
Esta lógica, por ser dialética e harmônica, cria a

expectativa de um porvir cada vez mais identificado com a arte. A
construção desta expectativa de evolução para a arte se forma no
pensamento através dos princípios lógicos, com alguns dos quais
vamos exemplificar, sem excluir os outros.
O princípio do movimento evolutivo cria, pelo menos, a

expectativa para o novo, alertando a criatividade. O da harmonia
desenvolve a disposição para se atingir o mais alto nível possível
no encontro entre os seres, tanto no plano inteligível como no
sensível.
O princípio do espírito precede a matéria conscientiza que,

quanto maior for o nível da essência espiritual de um ser, mais
elevada será a sua projeção material. E o da identidade espírito /
matéria aponta para o fato de que só uma verdadeiramente bela
expressão material (artística), incluindo o sentimento de quem a
manifesta, poderá refletir o melhor resultado na evolução dos seres.
Esta perspectiva de transformação do mundo em Mundo da

Arte pode ser depreendida pelo fato de a Lógica de Mokiti Okada
ser o próprio Código da Vontade de Deus.
Inobstante isto, e ainda desenvolvendo análises lógicas,

vemos que um momento artístico de alto nível é sempre um
momento concreto e cumulativo de elevação espiritual e material
dos envolvidos.
E na medida que a humanidade assimilasse profundamente

esta lógica, com a conseqüente elevação da consciência do belo,
35
todos os setores da cultura tenderiam a se elevar ao nível

artístico, incluindo as relações econômicas, sociais, familiares,
políticas.
Isto significa que a Filosofia que a Lógica de Mokiti Okada

produz é a própria arte de pensar, que, se materializada, se
tornaria a arte de viver, configurando o Mundo da Arte ou Paraíso
Terrestre previsto por Mokiti Okada.
“Quem se deleita profundamente com a Arte, está apto a viver

no Paraso.”
Mokiti Okada
36
AGRADECIMENTO
Finalmente, o nosso agradecimento, pela permissão de realizar o

trabalho, a Mokiti Okada, a quem chamamos apropriadamente, pela
Sua grandeza, de Meishu Sama, o Senhor da Luz.
37
GLOSSÁRIO
COMUNISMO: Sistema social, político e econômico,

desenvolvido teoricamente por Karl Marx, baseado na
propriedade coletiva e proposto pelos comunistas como etapa
posterior ao socialismo.
CONCEITO: Idéia abstraía e geral que representa

intelectualmente um objeto.
CONCRETO: Coisa ou representação que se apresenta de

modo completo, tal como é em realidade existencial.
DETERMINISMO: Teoria segundo a qual todo o fenômeno

está rigorosamente condicionado pelos outros que o precedem e,
portanto, não há liberdade humana.
DICOTOMIA: Divisão em duas partes, em geral contrárias.
DOGMA: Ponto indiscutível de uma doutrina e aceito sem

demonstração.
EMPIRISMO: Doutrina filosófica, segundo a qual o

conhecimento provém de experiência.
ESSÊNCIA: Aquilo que constitui a natureza das coisas, o

cerne de um ser.
IDEOLOGIA: Conjunto de conceitos ou princípios filosóficos

orientadores das ações do homem.
INTELIGÍVEL: O que só pode ser conhecido pelo

pensamento e não pelos sentidos (o contrário de sensivel).
INTUIÇÃO: Conhecimento imediato, sem intermediário; visão

súbita.
38
LIBERALISMO: Teoria política e econômica que defende os

direitos da iniciativa privada, restringindo o mais possível a atuação
do Estado nos negócios.
MARXISMO: Doutrina econômica e filosófica criada por Marx

e Engels, que se contrapõe ao sistema capitalista e que se
desenvolveu referenciada nas teorias de lutas de classe.
MATERIALISMO: Tendência, atitude ou doutrina que

consideram ser a matéria ou condições materiais suficientes para
explicar todos os fenômenos que se apresentam à investigação
humana.
METAFÍSICA: Parte da filosofia que estuda o ser enquanto

ser, ou seja, desenvolve o estudo do ser absoluto e dos primeiros
princípios.
RACIOCÍNIO: Operação discursiva do pensamento que

consiste em encadear logicamente juízos e deles tirar uma
conclusão.
RAZÃO: Faculdade que tem o homem de estabelecer

relações lógicas de conhecer, de compreender e de raciocinar.
SOCIALISMO: Nome genérico das doutrinas que pretendem

substituir o capitalismo por um sistema social planificado, alterando
o regime de propriedade.
SOFISMA: Falso raciocínio.
SOFISTAS: Filósofos contemporâneos de Sócrates que

praticavam e atribuíam grande importância à arte retórica.
TRANSCEDÊNCIA: Ato de ultrapassar, de ir além de. Na

teoria de conhecimento, refere-se ao que ultrapassa os limites da
consciência.
39
UTOPIA: Descrição de uma sociedade ideal que não existe

em lugar algum.
40
BIBLIOGRAFIA
Livros de e sobre Mokiti Okada, traduzidos para a língua

portuguesa, incluindo:
OKADA, Mokiti. A chave da difusão. 2ª ed. São Paulo:

MOA, 1984 Alicerce do paraíso. 13ª ed. São Paulo MOA,
1999
A outra face da doença. 11ª ed. São Paulo:
MOA, 1999
Luz do Oriente. São Paulo: MOA, 1983
O pão nosso de cada dia. São Paulo: MOA,1995
Os novos tempos. 16ª ed. São Paulo: MOA,1998
FUN DAÇÃO Mokiti Okada - MOA. Filosofia da Salvação -
material de estudo, 1997
Introdução à agricultura natural, 3ª ed., 1984
Mokiti Okada: introdução à sua filosofia. 1981
Entre outros:
ARANHA, Maria Lúcia de Anuda, MARTINS, Maria Helena
Pires. Filosofando: introdução à filosofia. - São Paulo: Moderna,
1986
CU AU í, Marilena. Convite à filosofia. 6ª ed. São Paulo:
Ática, 1997 FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 15 ed.
Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1989 GADOTTI, Moacir. Educação e
poder: introdução à pedagogia do conflito. 8ª ed. São Paulo:
Cortez,1988.
Concepção dialética da educação. 6 ª ed. São Paulo: Cortez,
1988.
MAYO, Henry B. Introdução à teoria marxista Rio de
Janeiro: Freitas Bastos, 1966.
SÁ VI AN l, Denneval. Educação: do senso comum à
consciência filosófica. 9ª ed. São Paulo: Cortez,1989
SPINDEL, Arnaldo. O que é comunismo. 8ª ed. São
Paulo: Brasiliense, 1983
41

A Lógica de Mokiti Okada Final 11 - 12

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A Lógica de Mokiti Okada Final 11 - 12

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A LÓGICA DE MOKITI OKADA

Revisado em dezembro de 2005

A LÓGICA DE MOKITI OKADA

“A fé precisa estar de acordo com a lógica”

Este trabalho é resultado de um emocionante mergulho nos

Falar sobre a Lógica de Mokiti Okada, que apresenta o

Com o aparecimento dos primeiros filósofos gregos,

Embora tenha havido tentativas de conciliação dos dois

que fez apelos para que Fé e Ciência se admitissem mutuamente,

Sendo nova cultura, implica também nova ciência que, por

Antes de apresentar o novo instrumental ou nova lógica, vale

Sem instrumental lógico racional (nem aristotélico, nem

universal e, portanto, ficando a opinião "científica" restrita à região de

O mesmo raciocínio também se aplica às ciências físicas,

O fato de Mokiti Okada dizer que, se o homem não agir com

"Michel Foucault, filósofo francês contemporâneo, refere-se a

Os animais se dividem em: a) pertencentes ao imperador,

Passado o riso ou o espanto, podemos ver que essa

IV Martins, rüosolinul introdução

"A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou

Vejamos como a lógica trata do assunto: a ela não interessa

Então, a lógica, além de ser base para a filosofia e a ciência,

Até o século VIl a.C., o homem vivia no estado de consciência

Entre VII a.C. e IV a.C., surgiram os primeiros filósofos

No século IV a.C., Aristóteles cria a primeira lógica do

Os Princípios Aristotélicos são:

1 - Princípio da Identidade: um ser é sempre idêntico a si

2 - Princípio da Não Contradição: é impossível que um ser

3 - Princípio do Terceiro Excluído: dadas duas proposições

OBS.: Hoje, estes princípios estão incompatíveis com a

No século XIX, Marx e Engels, opondo-se ao idealismo e a

No século XX, Mokiti Okada cria o Messianismo, trazendo

Devido a aparecer a palavra dialética em vários momentos

Baseados no livro "Filosofando: introdução à filosofia", de M.

Etimologicamente, é um conceito grego que se assemelha

Para Heráclito, um constante movimento e transformação

Para os sofïstas, a arte de discutir

Para Sócrates, método para se levar ao saber

Para Platão, arte do diálogo para se elevar dos

Para Kant, uso especulativo, não experimental e não

Para Hegel, uma concepção idealista de mundo, onde o

Para Marx e Engels, "A dialética é a ciência das leis gerais

Todas as coisas estão em movimento e transformação

acabadas e sim um complexo de processos, onde as coisas só são

A realidade é formada por uma gama infinita de elementos

Os elementos contrários do universo são chamados de

Obs.: Este princípio lógico será analisado com mais atenção

Todos os fenômenos devem ser vistos levando-se em

5) Transformação da Quantidade em Qualidade

Este princípio diz que toda a tranformação é precedida de um

Em Mokiti Okada, o termo Dialética da Harmonia dá nome a

A palavra Harmonia está presente para diferenciar a

Antes de Mokiti Okada, tanto Aristóteles como Mane,

A discordância na metafísica não impediu que

Logo, é fácil compreender que a Lógica de Mokiti Okada seja

Mokiti Okada diz: "...ainda que sejam levanladas teorias

No ponto fundamental da Lógica de Mokiti Okada que é a

Mokiti Okada, ao contrário, assevera que, objetivamente,

Se estas leis e princípios naturais fossem concretamenle

de evolução do indivíduo, bem como dos seus condicionamentos

Esta Lógica Dialélica da Harmonia é uma lógica total, pois

A Lógica de Mokiti Okada até contempla os princípios do

A diferença de sentimento com relação a DEUS para um