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Os telómeros (nome derivado do grego, onde telos significa final e meros significa
parte) são estruturas constituídas por partes muito repetitivas de proteínas e de DNA
não codificantes que formam as extremidades dos cromossomas. Têm como principal
função proteger o material genético transportado pelo cromossoma, impedindo que
este se desgaste, mantendo assim a estabilidade estrutural do cromossoma.
Cada vez que as nossas células se dividem para se multiplicarem e para regenerarem
os tecidos e órgãos do nosso corpo, os telómeros vão se reduzindo, ficando mais
curtos com o passar do tempo. O encurtamento dos telómeros deve-se à enzima DNA
polimerase que participa na replicação semi-conservativa do DNA e esta necessita de
16 repetições da sequência TTAGGG (no caso de seres humanos), copiando,
posteriormente, apenas o material genético, o que causa o encurtamento dos
telómeros.
Telómeros e clonagem
Os telómeros estão relacionados com a clonagem, isto é, estes têm influência nos
indivíduos geneticamente iguais. Sabe-se que em todas as clonagens feitas através de
uma transferência nuclear, o ser vivo clonado acaba por morrer muito cedo, uma vez
que as células deste clone gerado por esta transferência são cópias de uma célula já
adulta cujos telómeros já estão bastante encurtados, sendo um exemplo muito
famoso, a ovelha Dolly. Esta envelheceu e morreu muito rapidamente, pois ao ser
gerada tinha, biologicamente, a idade da ovelha que a originou, o que diminuiu
drasticamente a sua expectativa de vida.
Prevenção do envelhecimento
Para prevenir a velhice, ou seja, o encurtamento dos telómeros, existe (apenas nas
células eucarióticas) um complexo ribonucleoproteíco chamado telomerase.
A telomerase previne o encurtamento progressivo dos telómeros derivado das
sucessivas divisões celulares. Esta é uma enzima responsável pela adição de
sequências repetitivas à extremidade 3’ do cromossoma e para esta cumprir a sua
função é necessário utilizar um molde de RNA para a produção de DNA.
Cabe salientar que, o número de vezes que esta enzima adiciona sequências
repetitivas de nucleótidos não é controlado por ela própria, mas sim por outras
proteínas envolvidas no processo.