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c: Velocidade absoluta;
w: Velocidade relativa;
u: Velocidade tangencial;
c m : Velocidade meridiana, projeção da velocidade absoluta c sobre o plano meridiano;
c u : Componente da velocidade absoluta c segundo a direção tangencial;
α: Ângulo formado pelo sentido positivo da velocidade absoluta c e do sentido positivo da velocidade
tangencial u;
β: Ângulo formado pelo sentido positivo da velocidade relativa w e do sentido negativo velocidade
tangencial u.
Os triângulos de velocidade devem, nos casos de dimensionamento, serem traçados com velocidades
adimensionais, ou melhor, com os coeficientes de velocidades.
Atribuindo a esses vetores e suas componentes os índices: (4) para o ponto situado imediatamente
após a entrada do rotor, portanto, já no espaço entre as pás giratórias, e (5) um ponto situado imedia-
tamente antes da saída do rotor, portanto, ainda no espaço entre as pás giratórias, tem-se as seguintes
representações respectivamente para máquina geradora e motora centrífuga.
2.1.3 Vazão
Z
→
− →
−
Q= V •d A (2.1)
A
Z
c d Asen 90◦ − α5
¡ ¢
Q= (2.2)
A
e c sen (α5 ) = c m
Q = cm A (2.4)
π¡ 2
D e − D i2
¢
Para máquinas axiais: A =
4
Onde D e é o diâmetro externo e D i é o diâmetro interno.
De + Di
µ ¶
Para máquinas diagonais: A = π b
2
2.1.4 Recomendações
Máquinas geradoras: ⇒ α4 = 90◦ Maior rendimento, condição ideal para projeto
Bombas: 15◦ ≤ β4 ≤ 20◦ e 14◦ ≤ β5 ≤ 50◦ Diminui o risco de cavitação na entrada
Ventiladores: 15◦ ≤ β4 ≤ 20◦ Baixo nível de ruído em ventiladores de baixa e média pressão
40◦ ≤ β5 ≤ 60◦ Pás curvadas para trás
150◦ ≤ β5 ≤ 170◦ Pás curvadas para frente (SIROCCO)
OBS: ↑ Ruído, ∆P ↓ e Q ↑
Motrizes: α5 = 90◦ Maior rendimento, condição ideal para projeto.
Turbinas radiais: 15◦ ≤ α4 ≤ 55◦ ⇒ Macintyre.
45◦ ≤ β4 ≤ 135◦ ⇒ Rápidas
β4 ≤ 90◦ ⇒ Lentas
2.2. Equação Teórica Fundamental das Máquinas de Fluxo 17
Z
→
− −
→ ¡→
− →
−¢ →−
r × Fs + r × g ρd ∀ + T ei xo =
VC
∂
Z Z ³
³
→− →
−´ →
− →
−´ →− →
−
r × V ρd ∀ + r × V ρV • d A (2.5)
∂t VC SC
onde:
1. as parcelas à esquerda do sinal de igualdade representam o somatório dos torques que atuam
sobre o volume de controle;
3. a segunda parcela à direita do sinal de igualdade representa a taxa líquida de fluxo de momento de
quantidade de movimento que atravessa as fronteiras do volume de controle.
Considerando:
Esta equação mostra que para uma máquina geradora, o torque requerido causa uma variação na
quantidade de movimento angular do fluido, ao passo que, para uma máquina motora, o torque produ-
zido deve-se a uma variação na quantidade de movimento angular do fluido.
Aplicando a equação anterior à Figura 4.1 obtém-se:
→
− →
− →
−
r = r cos θ i + r sen θ j (2.7)
→
−c = →
− →
−
(−c u sin θ + c m cos θ) i + (c u cos θ + c m sen θ) j (2.8)
18 Capítulo 2. Equação Teórica Fundamental das Máquinas de Fluxo
¯ →
− →
− →
− ¯
¯ i j k ¯
³
→− →
− ´ ¯ ¯
r ×V =¯ r cos θ r sen θ 0 (2.9)
¯ ¯
¯
¯ (−c u sen θ + c m cos θ) (c u cos θ + c m sen θ)
¯ ¯
0 ¯
³
→
− →
−´ →
− →
−
r × V = r cos θ (c u cos θ + c m sen θ) k − r sen θ (−c u sen θ + c m cos θ) k (2.10)
³
→
− →
−´
r × V = r c u sen2 θ + cos2 θ + c m (sen θ cos θ − senθ cos θ)
£ ¡ ¢ ¤
(2.11)
³
→− →
−´ →
−
r × V = r cu k (2.12)
→
− →
− →
−
Z Z
Tei xo k = r 4 c u,4 k ρ c m d A cos 180◦ + r 5 c u,5 k ρ c m d A cos 0◦ (2.13)
A4 A5
Sendo ω a velocidade angular do rotor então a potência pode ser calculada por:
ρQ r 5 c u,5 − r 4 c u,4 ω
¡ ¢
Y pa,∞ = (2.18)
ρQ
Enfim, a altura teórica, H t ,∞ , também denominada de altura de Euler ou altura de carga da turbomá-
quina é destrica pela equação geral de Euler:
Nota-se que a definição de carga como energia por unidade de peso permite fazer analogia com as
máquinas motoras
w
c
cm
α β
cu wu
w 2 = cm
2
+ w u2 (2.23)
w 2 = cm
2
+ (u − c u )2 (2.24)
w 2 = cm
2
+ u 2 + c u2 − 2uc u (2.25)
c 2 + u2 − w 2
uc u = (2.26)
2
Sendo a equação geral de Euler dada por:
u 5 c u,5 − u 4 c u,4
H t ,∞ = ± (2.27)
g
pode-se escrever:
c 52 + u 52 − w 52 c 42 + u 42 − w 42
"Ã ! Ã !#
1
H t ,∞ = ± − (2.28)
g 2 2
ou seja,
c 52 − c 42 u 52 − u 42 w 52 − w 42
à !
H t ,∞ = ± + + (2.29)
2g 2g 2g
Essa equação é conhecida como as segunda forma da equação de Euler
Aplicando-se a equação de Bernoulli entre a entrada e saída do rotor para o caso sem atrito, obtém-se:
P 5 − P 4 c 52 − c 42
H t ,∞ = ± + + (Z5 − Z4 ) (2.30)
ρg 2g
Considerando Z4 = Z5 , observa-se que parte da energia fornecida pelo rotor ao fluido (máquinas ge-
P5 − P4
µ ¶
radoras) ou pelo fluido ao rotor (máquinas motoras) é feita sob a forma de energia de pressão ±
ρg
c5 − c4
µ ¶
e parte é feita sob forma de energia cinética ± .
2g
20 Capítulo 2. Equação Teórica Fundamental das Máquinas de Fluxo
Comparando a expressão anterior com a segunda forma da equação de Euler, observa-se ainda que:
Para máquina geradora
P 5 − P 4 c 52 − c 42
Y pa,∞ = + (2.31)
ρ 2
Para máquina motora
P 4 − P 5 c 42 − c 52
Y pa,∞ = + (2.32)
ρ 2
Yest
ρt = (2.34)
Y pa,∞
Igualando as equações:
P 5 − P 4 c 52 − c 42
u 5 c u,5 − u 4 c u,4 = + (2.35)
ρ 2
P5 − P4 c 2 − c 42
= u 5 c u,5 − u 4 c u,4 − 5 (2.36)
ρ 2
c 42 + u 42 − w 42
c u,4 u 4 = (2.37)
2
Para máquina geradora
P 5 − P 4 u 52 − u 42 w 42 − w 52
Yest = = + (2.38)
ρ 2 2
Para máquina motora
P 4 − P 5 u 42 − u 52 w 52 − w 42
Yest = = + (2.39)
ρ 2 2
Portanto as equações podem ser reescritas:
Para máquina geradora:
u 52 − u 42 w 42 − w 52 c 42 − c 52
Y pa,∞ = + + (2.40)
2 2 2
Para máquina motora:
u 42 − u 52 w 52 − w 42 c 52 − c 42
Y pa,∞ = + + (2.41)
2 2 2
c 42 − c 52
1. o termo ± refere-se à altura dinâmica ou cinética proporcionada pelo rotor ao fluido (má-
2
quina geradora) ou pelo fluido ao rotor (máquinas motoras),
u 42 − u 52 w 42 − w 52
2. e os termos ± e±
referem-se à altura de pressão proporcionada pelo rotor ao
2 2
fluido (máquinas geradoras) ou pelo fluido ao rotor (máquinas motoras).
2.2. Equação Teórica Fundamental das Máquinas de Fluxo 21
O grau de reação (ρ t ) de uma turbomáquina refere-se ao modo como o rotor trabalha, isto é, ele
indica a razão entre a energia de pressão e a energia total cedida ou recebida pelo rotor da máquina:
H p,∞
ρt = (2.42)
H t ,∞
Onde,
De acordo com a sua definição, o grau de reação (ρ) é tanto maior quanto maior a parcela de energia de
pressão fornecida pelo rotor ao fluido (máquinas geradoras) ou pelo fluido ao rotor (máquina motoras).
Se H p,∞ = 0 a máquina é de ação. Neste caso, toda a energia do fluido é transformada em energia
cinética, antes da transformação em trabalho mecânico processado pela máquina.
Se 0 ≤ H p,∞ ≤ H t ,∞ caso mais comum, a máquina é de reação. Neste caso, tanto a energia cinética
como a energia de pressão são transformadas em trabalho mecânico e vice-versa.