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The Graphic Project of the book “Le Petit Prince”: Analysis of Brazilian
Editions from the perspective of Editorial Design
Lucas Leon
Melissa Haag
Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, SC
RESUMO
O design gráfico de um livro, mais do que a elaboração de uma capa e uma
diagramação adequadas, influencia a forma como o texto será circulado e recebido
pelo leitor. O objetivo deste trabalho é analisar e comparar o projeto gráfico do livro
"O Pequeno Príncipe" a fim de refletir sobre as escolhas gráficas e visuais de
diferentes editoras para um clássico da literatura mundial. A metodologia consiste em
pesquisa bibliográfica e em uma coleta de dados através da observação e análise
comparativa do design de duas edições do livro de editoras diferentes. O design
destas obras foi analisado atentando-se para aspectos do projeto gráfico (ilustração,
relação texto e imagem e tipografia) e da produção gráfica (formato, papel, cores,
impressão e acabamento). Como referencial teórico foram adotados os estudos de
Hendel (2006), Haslam (2007) e Haluch (2013). O resultado reflete quais aspectos do
design editorial estão sendo utilizados com mais ênfase pelas editoras brasileiras com
a finalidade de se destacar entre os similares.
ABSTRACT
The graphic design of a book, more than the elaboration of an adequate cover and
layout, influences the way the text will be circulated and received by the reader. The
objective of this work is to analyze and compare the graphic design of the book "Le
Petit Prince" in order to reflect on the graphic and visual choices of different publishers
for a classic of world literature. The methodology consists of bibliographic research
and data collection through observation and comparative analysis of the design of two
editions of the book from different publishers. The design of these works was analyzed
paying attention to aspects of graphic design (illustration, text and image relationship
and typography) and graphic production (format, paper, colors, printing and finishing).
As a theoretical framework, the studies of Hendel (2006), Haslam (2007) and Haluch
(2013) were adopted. The result reflects which aspects of editorial design are being
used with more emphasis by Brazilian publishers in order to stand out among similar
ones.
1 INTRODUÇÃO
Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer,
quando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos. [...]
os clássicos não são lidos por dever ou por respeito, mas só por amor. Exceto
na escola: a escola deve fazer com que você conheça bem ou mal um certo
número de clássicos dentre os quais (ou em relação aos quais) você poderá
depois reconhecer os seus clássicos. A escola é obrigada a dar-lhe
instrumentos para efetuar uma opção: mas as escolhas que contam são
aquelas que ocorrem fora e depois de cada escola. (CALVINO, 1993,
p.12/13).
Neste sentido, a adoração do leitor pela obra pode ser algo que determine sua
conservação de geração a geração. O mesmo passaria a agir como incentivador que
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motivaria uma obra a ser apreciada como clássica. Não obstante, Calvino adverte que
as leituras feitas na escola não são fundamentalmente aquelas que causam esse laço
entre o leitor com os livros que serão considerados como “os seus clássicos”. Essa
escolha é imbuída, antes de tudo, por espontaneidade, e de acordo com o autor,
jamais acontecem de forma arbitrária.
Ora, sabendo-se que é na fase escolar que o ser humano passa a identificar
algumas obras como preferidas, tornando-as como clássicos para si, é fundamental
pensar em como aproximar o leitor dessas obras. Assim, apelar visualmente para o
leitor, dá subsídios para que o escritor chegue mais facilmente ao público,
transmitindo por meio do design escolhido para a obra, a alma dos personagens, os
quais passarão a se comunicar “instantaneamente” com aquele que apreciar a
história. De acordo com Fabiarz, Reis e Novaes (2016, p. 17)
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Tendo essas questões em vista, surgiu o interesse em investigar quais formas
e aspectos os designers e editoras estavam dando a um conteúdo já tão visto e que
faz parte da nossa cultura, como o clássico da literatura infantojuvenil "O Pequeno
Príncipe". O livro foi escrito e ilustrado pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, e
publicado pela primeira vez em 1943. Desde então, tornou-se um fenômeno mundial,
tendo sido traduzido em mais de 220 idiomas e vendido 134 milhões de cópias,
segundo dados do site oficial da marca
(http://www.opequenoprincipe.com/index.html).
Deste modo, o objetivo geral deste trabalho é analisar o projeto gráfico do livro
"O Pequeno Príncipe" a fim de refletir sobre as escolhas gráficas e visuais de
diferentes editoras para um clássico da literatura mundial.
Como objetivos específicos pode-se citar: estudar os elementos do design
editorial e da produção gráfica que se relacionam com o objeto livro; levantar o
histórico do livro "O Pequeno Príncipe" no Brasil; e analisar edições da obra
publicadas depois que ela passou a ser de domínio público.
Espera-se, com este estudo, contribuir para a compreensão de questões que
envolvem o projeto gráfico e a produção gráfica de livros infantojuvenis no Brasil,
assim como servir como suporte à futuros estudos na área do design.
2 METODOLOGIA
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probabilístico por conveniência em relação à disponibilidade de acesso e publicado a
partir de 2015, após a obra cair em domínio público.
Os critérios para a observação e análise comparativa do design foram definidos
por meio da revisão bibliográfica, elucidados por Hendel (2006), Haslam (2007) e
Haluch (2013). Espera-se como resultado refletir quais aspectos do design editorial
estão sendo utilizados com mais ênfase pelas editoras brasileiras com a finalidade de
se destacar entre os similares.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
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estudiosos e pesquisadores da literatura infantil da década de 1980, passaram a
defender a liberdade de criação estética neste gênero literário, rompendo com o
padrão moralista predominante em quase todo o século XX. Essa melhora refletiu-se
no aumento do consumo dos livros de literatura infantil. A professora e escritora Fanny
Abramovich (1989) destaca que os livros ilustrados instigam o leitor a entrar no
universo da história, reforçando o caráter ético e estético do texto.
Para Hendel (2003, p. 3),
O design do livro é diferente de todos os outros tipos de design gráfico. O
trabalho real de um designer de livro não é fazer as coisas parecerem
“legais”, diferentes ou bonitinhas. É descobrir como colocar uma letra ao lado
da oura de modo que as palavras do autor pareçam saltar da página. O
design do livro não se deleita com sua própria engenhosidade; é posto à
serviço das palavras. Um bom design só pode ser feito por pessoas
acostumadas a ler – por aquelas que perdem tempo em ver o que acontece
quando as palavras são compostas num tipo determinado.
Precisamos estar por dentro dos novos processos de produção, dos novos
softwares, materiais, enfim, tudo que faça parte do nosso universo de
trabalho. E, no caso do designer de livros e capas, devemos amar os livros,
cultivar o hábito da leitura e da observação desse objeto que nos acompanha
desde pequeninos, que já ajudou a fazer revoluções, que sustenta religiões,
que provoca a ira de alguns... O livro nos faz sonhar por meio de histórias
comoventes, engraçadas, irônicas, assustadoras e nossa responsabilidade
é cultivar o leitor que vai sonhar com todas as histórias que ainda estão por
ser contadas e recontadas. (HALLUCH, 2013, p. 89)
Para Haslan (2017) o designer deve estar por dentro de todo o projeto editorial
da obra, entretanto, não há a necessidade de um maior aprofundamento sobre cada
um dos processos envolvidos no projeto gráfico, conforme observa,
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A materialidade do livro impresso implica em maiores custos de produção,
em função dos gastos de material, e das limitações ergonômicas impostas
às dimensões e à quantidade de conteúdo possível de incluir em cada
volume. A produção editorial impressa nos solicita levar em conta também o
impacto ambiental do uso do papel, que é um recurso altamente
desperdiçado em um cenário em que milhares de impressos são produzidos,
distribuídos e jogados fora diariamente, com uma porcentagem pouco
significativa de reciclagem. Ainda em decorrência de sua materialidade, o
designer gráfico tem controle muito maior sobre o resultado que chegará às
mãos do leitor do livro impresso.
a) Margens - Cada página do livro impresso possui três margens externas, sendo
elas margem superior, inferior e lateral, e uma margem interna também
chamada de medianiz. Em conformidade com HALUCH (2013) em livros de
leitura contínua, as páginas espelhadas devem ser posicionadas uma em
relação à outra de forma que o leitor pense nelas como uma unidade. Dessa
forma, num design tradicional, a medianiz (margem interna nas duas páginas)
deve ser menor que a margem lateral, de modo que os dois blocos de texto
fiquem próximos e o espaço externo a eles seja maior, como uma moldura. A
margem superior deve ser menor do que a inferior, que é a mais larga de todas.
b) Mancha Gráfica - Serve como um recuo de segurança em relação aos limites
da página e também delimita o local onde será demarcado o conteúdo do livro
na hora da diagramação. Quando a área de impressão ocupa a página inteira
chama-se impressão sangrada. (MARGRAF, 2020)
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rosto, conteúdo, abertura de capítulos, corpo de texto, legendas e índice. Cada
alinhamento possui intensidades que sustentam a leitura de informações
diferentes ou a aparência visual da página.”
HENDEL (2003) pontua que “entre as muitas maneiras de fazer o design de um livro,
há três abordagens principais: Uma tipografia tão neutra quanto possível, que não
sugira época nem lugar; uma tipografia alusiva, que dê propositadamente o sabor de
um tempo passado; e ainda, uma tipografia nova, que apresente o texto de forma
única.
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Uso de imagens e ilustrações - As imagens são mais que mera decoração. No
design, elas são o gancho que convida o espectador a conectar-se com o público e
causar uma boa impressão antes de que leiam uma única palavra da obra.
Neste sentido, mais do que procurar imagens de alta qualidade, nítidas, claras
e sem distorções, a escolha da imagem que possa ser mais facilmente compreendida
pelo leitor, é o mais importante. Tendo em vista que, é a imagem que fará a ponte
entre a linearidade do texto e a imaginação de quem a observar.
De outro modo, ao pensarmos apenas nos aspectos técnicos para a seleção
de imagens a compor uma obra, em geral, quanto maiores forem as imagens
escolhidas, mais opções você terá para trabalhar. Uma imagem grande e de alta
resolução sempre pode ser cortada ou reduzida, dependendo das necessidades do
projeto.
Infelizmente o contrário não funciona. Se você ampliar uma imagem pequena, ela
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perderá imediatamente a qualidade, já que a maioria está em um formato Raster, ou
seja, elas são feitas de milhares de pequenos pixels, que são invisíveis no tamanho
original da imagem.
Por outro lado, existem as imagens vetorizadas, que você pode ampliar ou reduzir
seu tamanho, sem perder qualidade. Isso ocorre porque elas são feitas de algo mais
complexo que pixels e são processadas usando uma forma especial de geometria.
Cores – Segundo FONSECA (2008), “As cores possuem, além de seu potencial
psicofísico, uma força simbólica e uma relação definitiva com nossas atividades e
sentimentos”
Podem ser utilizados, ou não, os capitulares e os grafismos.
Título Corrente - (HASLAM, 2007) pontua que “Os títulos correntes são geralmente
colocados no topo da página, embora também possam ser encontrados ao longo da
borda exterior do bloco de texto ou na margem inferior da folha, como título de pé de
página ou rodapé.”
Fólio - (HASLAM, 2007) Os fólios são geralmente localizados em cada página distinta
do livro. A sequência da numeração começa com o número "um", situado na página
da direita. Os números “dois" e "três" formam a primeira página espelhada dupla da
publicação. O padrão de inserção de números pares nas páginas da esquerda e
números ímpares nas da direita continua ao longo do livro.
Parte pré-textual – é composta pelos seguintes itens: falsa folha, folha de rosto, e
sumário. Este último refere-se à enumeração dos capítulos, seções ou partes da obra,
na ordem em que aparecem no texto. Se a obra for apresentada em mais de um
VOLUME, em cada um deles deve constar o SUMÁRIO completo da obra. Deve ser
apresentado em página distinta, após a Folha de rosto, a Dedicatória, os
Agradecimentos, a Epígrafe e o Prefácio. (Letra Capital, 2019)
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Parte pós-textual - inexistente, ou restrita ao colofão, ou eventualmente com
outros componentes, que podem ser:
Glossário: Lista com os termos e palavras contidas no texto do trabalho que
não têm um significado de conhecimento comum.
Referência: As referências constituem uma lista ordenada das obras citadas
pelo Autor no texto.
Anexos
Índice: É a relação detalhada dos assuntos, nomes e títulos, em ORDEM
Alfabética, que aparece no final do documento, do livro.
Todos esses elementos podem ser melhor observados pela figura abaixo:
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3.1.2 Elementos da produção gráfica
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Para HALUCH (2013) os mais utilizados são o altaprint, o offset, a linha pólen
da Suzano, os couchés (para livros que necessitem de uma alta qualidade de
impressão como os livros ilustrados).
b) Características do Papel - HASLAM (2010, p. 191) afirma que "O papel tem
sete características-chave: o formato, a gramatura, o corpo, o sentido da fibra,
a opacidade, o acabamento e a cor" Suas características devem estar claras
para o designer sendo estas a considerar além do tipo de textura, espessuras,
cores e entre outros aspectos.
c) Formato - De acordo com HENDEL (2006, p. 34) “O design começa com a
forma física do livro. Para o autor, o retângulo vertical se tornou um padrão
devido à praticidade, ainda que os livros possam assumir variados formatos.
Quanto mais próximos estiverem o tamanho do formato do livro, mais baratos
serão os custos de impressão.
d) Gramatura - Se trata do peso do papel. HASLAM (210, p. 196) pontua que
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laminação fosca que serve para realçar a textura de papel da capa ademais
prover um efeito mais agradável ao toque. Além da laminação, o relevo
também é um recurso com um resultado elegante e caracterizado. Entre eles
existe também o hot stamping que nada mais é que a aplicação de uma tira
metálica que, com ação do calor, transfere a superfície metálica para o papel.
Sendo muito utilizado em títulos de livros pelo seu aspecto brilhante. E por fim
as facas especiais, um recurso de alto custo que serve para agregar valor à
capa. Pode ser utilizada no verso das orelhas para criar efeito de cor e volume.
Preferencialmente usado em tiragens especiais ou limitadas. (HALUCH, 2013)
[...] chamada de "Le Petit Prince", a história foi publicada pela primeira vez em 1943,
em francês e inglês, porque o autor e sua esposa viviam nos Estados Unidos desde
1941. Não demorou para o conto infantil ganhar o mundo. No Brasil foram vendidos
cerca de 2 milhões de exemplares do livro. A primeira tradução em português foi feita
em 1954, por Dom Marcos Barbosa. Mais recentemente, em 2014, foi publicada uma
versão de Ferreira Gular, pela editora Agir.
A obra conta a história de um piloto que cai com seu avião em pleno deserto devido
ao pane no sistema e, durante o tempo em que procura maneiras de consertar sua
máquina, ele se depara com a figura de um menino loiro e frágil, o Pequeno Príncipe,
que diz ter vindo de um planeta distante. E dali em diante os dois desenvolvem uma
longa e profunda conversa abordando assuntos intensos e filosóficos da vida.
Após completar sete décadas da morte do autor Antoine de Saint-Exupéry,
toda a sua obra passou a ser de domínio público a partir de 1º de janeiro de 2015. Em
geral, os países tornam uma obra pública no primeiro dia do ano seguinte em que se
completam 50 ou 70 anos da morte do autor. O ano de 2014, por exemplo, marcou
os 70 anos da morte de Antoine de Saint-Exupéry, escritor de "O Pequeno Príncipe".
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De acordo com a legislação brasileira, a obra de Saint-Exupéry entraria em domínio
público em 2015. Mas como o escritor foi um herói de guerra, o governo francês
decidiu prorrogar por mais 30 anos o prazo para que a família dele se beneficie dos
direitos sobre a obra, medida que gerou debates entre os especialistas brasileiros. De
acordo com o Itamaraty, com base na legislação internacional e na brasileira, a obra
já se encontra em domínio público. (JADE, 2015).
Após a autorização para publicação, por meio do domínio público, diversas
editoras passaram a lançar suas versões do “Pequeno Príncipe”, desde o ano de
2015, entre elas: L± Geração Editorial; Agir; Autêntica, entre outras.
Fonte: https://www.maisquelivros.com/2015/04/resenha-o-pequeno-principe-antoine-de.html
Análise descritiva do projeto - O livro lançado pela Editora Geração é traduzido Luiz
Fernando Emediato. O design é caracterizado por uma edição luxo, que valoriza os
detalhes: uma capa branca com pontos de luz dourada que brilham conforme a
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movimentação do livro, impresso em formato brochura, com capa dura e resistente;
A robustez do material contrasta com a suavidade das cores, promovendo um convite
à leitura do clássico.
- Formato do Livro - De acordo com Hendel (2006, p. 34) “O design começa com a
forma física do livro - o formato” pois a materialidade do objeto é o primeiro atrativo
para os olhos do leitor. O livro Pequeno Príncipe Edição Luxo (2015) publicado pela
editora Geração tem formato padrão vertical (1.70cm x 16.30cm x 23.50cm) capa dura
e de fácil manuseio. HENDEL (2006, p. 34) afirma que “os livros podem ter qualquer
forma física, mas o retângulo vertical que consideramos normal tornou-se normal
devido tanto ao costume quanto à praticidade”
- As ilustrações:
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Nesta versão as ilustrações originais do autor foram preservadas e são usadas
de modo complementar ao texto. Com cores vivas e vibrantes elas se interligam ao
texto.
- Tipografia
HENDEL (2003) pontua que “Não é somente o que o autor escreve num livro
que vai definir o assunto do livro. Sua forma física, assim como sua tipografia, também
o definem. Cada escolha feita por um designer causa algum efeito sobre o leitor
TIPO DE PAPEL: O tipo de papel utilizado para impressão do livro é o papel pólen
soft.
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instrumentais, ensaios e obras gerais. Suas características ajudam a diminuir o
contraste do preto com o papel, o que reduz o cansaço dos olhos na leitura. O mesmo
possui uma textura agradável. Em alguns livros a cor das ilustrações pode sofrer
alteração, porque o papel não é totalmente branco.
GRAMATURA: Peso 503g, pode ser considerado um peso confortável porque não é
pesado e também não é leve; é um livro firme.
TIPO DE IMPRESSÃO: Offset. Este também é o processo mais usual pelas editoras,
porque sai mais barato para impressão de altas quantidades, diferente da impressão
digital.
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As ilustrações e bordas não possuem simetria, ficando diferentes a cada página;
causando um efeito mais dinâmico à leitura, o que a deixa menos monótona, porque
você não sabe como a próxima página vai ser. Porém, se a variação for muito grande,
talvez possa incomodar, ou distrair, quem esteja lendo.
Nesse caso, é redundante, quando se está com ele em mãos, o que chama a atenção
de primeira é o hot stamping na tipografia, seguido das bordas e elementos da capa,
considerando que a capa, em si, não é muito chamativa.
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CORES: As cores são bem acentuadas, com nuances mais vivas e vibrantes, às
vezes nas páginas inteiras. A opção por esse estilo, com cores fortes no todo, por
vezes pode ser cansativo para a leitura. Ocorre que, no caso no livro, existem várias
páginas muito coloridas, porém, sempre contrastando com uma página branca.
FÓLIO: O fólio é centralizado, e em algumas páginas do livro eles não aparecem por
conta da ilustração, a qual vai até a sangria.
Guarda: Folha colada na capa, que pertence a folha de guarda, a qual recebe
destaque pela utilização do dourado, com ilustrações de estrelas douradas, o que
forma uma coesão com o resto do projeto.
Falsa folha de rosto: Branca com estrelas e detalhes na dourado; o título da obra na
mesma fonte tipográfica da capa, em tamanho um pouco reduzido, contrastando com
a folha de guarda.
Folha de rosto: Branca com detalhes na cor dourada com o nome do autor na parte
superior. Contém informações sobre a obra, tal como título, nome do autor, editora e
tradutor; e ainda apresenta a mesma ilustração do príncipe, que consta na capa,
contudo, com um cenário mais minimalista, com poucos elementos. Já, no verso,
encontra-se a ficha catalográfica.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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elaboração de um livro em todas as suas fases, e o quanto as obras de hoje
avançaram em qualidade com relação há duas ou três décadas atrás.
Vale ressaltar que esta pesquisa foi o início de um estudo que pretendeu
compreender o design de uma edição do livro “O Pequeno Príncipe” e seus suportes.
Destarte, fez-se imprescindível a construção de um conhecimento por meio de estudo
teórico sobre o assunto, buscando a identificação dos principais elementos, assim
como da interface e da interação envolvida no design. Assim, espera-se que o artigo
possa ser usado para orientar estudantes, designers e pesquisadores interessados
sobre estas questões e sobre a obra em si, assim como sirva de aporte para estudos
futuros.
REFERÊNCIAS
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. Trad. Nilson Moulin. São Paulo:
Companhia das Letras, 1993.
22
FABIARZ, Jackeline; NOVAES, Luíza; REIS, Andréa L. O Design na Modernidade
Líquida e suas interações com a Educação na criação de jogos e atividades
lúdicas. Estudos em Design. Disponível em:
<https://estudosemdesign.emnuvens.com.br/design/article/view/349/235> . Acesso
em: 06 jun. 2022.
FONSECA, Joaquim da. Tipografia & design gráfico: design e produção gráfica
de impressos e livros. Porto Alegre: Bookman, 2008.
FRAGOSO, Suely; UNGARETTI, Clara Eloísa. Design gráfico para e-books e livros
impressos: proposta de método de projeto simultâneo para explorar a
complementaridade dos suportes. Disponível em: <
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/148939/000871562.pdf?sequence=1&is
Allowed=y> . Acesso em: 07 jun. 2022.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
HASLAM, A. O livro e o designer II: como criar e produzir livros. São Paulo:
Rosari, 2007.
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HENDEL, R. O design do livro. 2. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006.
JADE, Líria. Confira as obras que viraram domínio público em 2015. Portal EBC,
2015. Disponível em: <https://memoria.ebc.com.br/cultura/2015/01/confira-as-obras-
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LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e
estudantes. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
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