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em Bibliotecas Escolares
Brasília-DF.
Elaboração
Alzemi Machado
Produção
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
SERVIÇOS E PRODUTOS....................................................................................................................... 13
CAPÍTULO 1
PRINCIPAIS SERVIÇOS E PRODUTOS OFERECIDOS AOS USUÁRIOS............................................. 13
CAPÍTULO 2
SERVIÇOS OFERECIDOS NA BIBLIOTECA ESCOLAR................................................................... 16
CAPÍTULO 3
SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÂO............................................................................. 20
CAPÍTULO 4
PESQUISA ESCOLAR .............................................................................................................. 23
UNIDADE II
ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR................................................................................................... 28
CAPÍTULO 1
PROMOVENDO A AÇÃO CULTURAL........................................................................................ 28
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 42
ANEXO............................................................................................................................................... 45
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
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Introdução
Além dessas ações, as Diretrizes (p.16) recomendam que a biblioteca escolar deve desenvolver uma
série de atividades diversificadas, tendo como “função-chave” o cumprimento da missão e da visão da
escola, objetivando atender, ainda, todos os usuários potenciais da comunidade escolar, satisfazendo
as necessidades informacionais específicas do seu público-alvo e pensando na “estreita colaboração”
com os membros da comunidade escolar, composta por bibliotecários, diretores, supervisores,
orientadores, chefes de departamento, professores (da primeira série até o nível médio), equipe de
apoio e estudantes, dando ênfase ao papel do diretor da escola, que exerce uma função de “ líder
pedagógico e figura-chave na criação de um ambiente para a implementação do programa escolar,
devendo reconhecer a importância dos serviços efetivos da biblioteca escolar e estimular o seu uso.”
Para Moro e Estabel (2012, p. 2), além dos profissionais envolvidos no projeto político-pedagógico
da escola, outros componentes devem estreitar a relação biblioteca/escola.
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fazem parte do contexto escolar, do bairro, da cidade, sejam elas educacionais
ou culturais, com a finalidade de integrar a ação cultural numa participação
efetiva conjunta. As entidades empresariais também podem fazer parte,
construindo parcerias para execução das atividades previstas que necessitem
de recursos financeiros.
Da mesma forma, essa ação conjunta dos membros da biblioteca e da equipe pedagógica estende-
se, também, na realização de eventos especiais ou de cunho cultural, tais como: exposições de
artes plásticas, filatelia, numismática, feira de livros, apresentações literárias e musicais, encontro
com escritores locais, lançamento de livros, documentários, apresentações folclóricas, datas
comemorativas nacionais e locais, oficinas, encenações teatrais, fantoches, hora do conto e outras
atividades que estimulem o interesse e o gosto pela leitura e que possam ampliar a formação e o
desenvolvimento cultural.
Essa diversificação de atividades, denominada “ação cultural” é, segundo Sanchés Rodrigués (1984
apud OLIVEIRA e ZEN, 2007, p. 4),
8
outros tipos de acervo, especializados em diferentes formas de acesso à arte
e à cultura. Tratam-se, portanto, de organizações que, embora diferentes, se
complementam, uma vez que todas se constituem em locais onde o consumo,
a criação e a ação cultural se manifestam em plenitude. No Brasil, onde o
número de instituições culturais especializadas é reduzido, as bibliotecas têm
sua responsabilidade cultural aumentada, ao desempenhar esse papel social
importante de desenvolver a formação cultural do país.
Coelho Neto (1989), respeitado intelectual, chama atenção para as diferenças conceituais referentes
aos termos “ação cultural”, “fabricação cultural” e “animação cultural”.
A “animação cultural” é definida pela ação do sujeito, ou seja, aquele que cria, que anima, que parte
a ação. “Ele é o sujeito e os outros são meros objetos” (p.16). A principal função do animador cultural
é divertir o público.
Para Cabral (1989, p. 27), a “ação cultural” deve estar voltada, principalmente, para:
»» que os indivíduos não sejam apenas receptores, mas sujeitos da criação cultural;
»» a democratização da cultura.
Assim, a “ação cultural” é vista como um fértil terreno de atuação, possibilitando uma gama de
atividades que poderão ser desenvolvidas pelos profissionais que atuam nas bibliotecas públicas e
escolares, estendendo-se, também, nas bibliotecas comunitárias e nos centros culturais.
Jara (1981 apud CABRAL,1999, p.42) observa que, nas atividades de ação cultural, aplica-se uma
variedade de técnicas e instrumentos, todos, porém, em conformidade com os interesses dos
grupos envolvidos e das condições estruturais e de recursos no âmbito de cada escola/comunidade.
A autora sugere:
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(canções, programas de rádio), os códigos audiovisuais (cinema, televisão) e
os códigos vivenciais ( dinâmica de grupos, jogos, exercícios de comunicação
etc.). Atualmente, com as novas tecnologias de comunicação e informação, a
variedade tornou-se bem maior, pois os recursos computacionais oferecem uma
gama infinita de sofwares que possibilitam manipular símbolos, criar imagens,
trabalhar materiais gráficos, escanear textos, consultar bibliotecas virtuais
etc. Sabe-se, no entanto, que nem todas as escolas já podem contar com tais
equipamentos, o que restringe, sem dúvida, seu uso mais amplo e democrático.
Outro aspecto importante ao se definir a “ação cultural” na biblioteca escolar está relacionado ao
termo “cultura”, que tem sofrido, ao longo dos anos, diversas revisões. Favero (1983, p.78) elabora
um conceito de cultura, tendo como referência a abordagem antropológica-cultural.
Cultura é tudo o que o homem acrescenta à natureza; tudo o que não está
escrito no determinismo da natureza e que aí é incluído pela ação humana.
Distinguem-se na cultura os seus produtos: instrumentos, linguagem, ciência,
a vida em sociedade; e os modos de agir e pensar comuns a uma determinada
sociedade, que tornam possível a criação da cultura.
Para Silva (1986), entretanto, é importante definir novas práticas dos profissionais que atuam nas
bibliotecas e nas escolas.
Côrte e Bandeira (2011, p.15) ressaltam as características e competências que devem possuir os
integrantes da biblioteca e, em especial, o bibliotecário escolar.
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»» Saber que a informação é imprescindível à formação do aluno.
A figura do “promotor, agente cultural e/ou ativador cultural”, definido por Carmo e Souza
(2000), é constituído por um elemento humano considerado imprescindível, recaindo sobre ele, a
responsabilidade de promover a promoção e ação cultural, bem como o papel de articulador político
e cultural entre o corpo diretivo da escola, a equipe pedagógica, os alunos, os pais, os membros
da comunidade, as instituições estudantis, o conselho escolar, as instituições local, nacional,
internacional etc.
Para os autores (2000, p. 90), o promotor cultural “promoverá interpenetrações dos fatores de
um mesmo fenômeno: educação cultural e cultura educacional”, consolidando, assim, a proposta
denominada – “a revolução das vontades” – em que é apresentada a construção de uma nova
escola: a “escola da cidadania”.
Corroborando com o ponto de vista dos autores referenciados, a biblioteca escolar surge, então,
como uma das possibilidades para desenvolver ações voltadas à ação cultural, transformando esse
espaço não apenas informativo, mas, sobretudo, de convivência e articulação cultural.
Caberá aos profissionais que atuam na biblioteca incorporar novas funções e novos papéis: o de ser
educador e agente cultural, tornando, efetivamente, o espaço biblioteca num ambiente dinâmico,
motivador e estimulador para a comunidade. A transformação desse espaço ultrapassa a função
de depositária de informações já produzidas, mas, sobretudo, permite que os sujeitos passem a
produzir e incorporar novos conhecimentos e novas informações.
COELHO NETO, José T. O Que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense. 1988, 96 p.
11
______. O Que é indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1980.109 p.
FAVERO, O (org.) Cultura popular e educação: memória dos anos 60. Rio de Janeiro:
Graal, 1983.
______. Biblioteca escolar: quem cuida. In: GARCIA, Edson Gabriel (Org.). Biblioteca
escolar: estrutura e funcionamento. São Paulo: Loyola, [198-?] p. 27-33.
Objetivos
»» Propor ações que estimulem o planejamento e o uso continuo dos serviços e dos
recursos existentes nas bibliotecas escolares.
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SERVIÇOS E UNIDADE I
PRODUTOS
CAPÍTULO 1
Principais serviços e produtos
oferecidos aos usuários
Para Carvalho (1981, p 22-29), o estímulo ao leitor deve ser feito por meio dos serviços oferecidos,
implicando na mudança de comportamentos na escola e fora dela.
Nas concepções previstas no Manifesto da Unesco/Ifla (2000, p. 2), os serviços devem ser “oferecidos
igualmente a todos os membros da comunidade escolar, a despeito de idade, raça, sexo, religião,
nacionalidade, língua e status profissional e social”, bem como seguir os “preceitos da Declaração
Universal de Direitos e Liberdade do Homem [...] e não deve estar sujeito a nenhuma forma de
censura ideológica, política, religiosa, ou a pressões comerciais”.
13
UNIDADE I │ SERVIÇOS E PRODUTOS
O mesmo Manifesto (p.3), recomenda que a biblioteca ofereça serviços efetivos e responsáveis,
devendo agir da seguinte forma.
Supervisão e Avaliação é outro aspecto contemplado no Manifesto da Unesco/Ifla (2000, p.5), como
forma de garantir o supervisionamento contínuo e estabelecer parâmetros que permitem verificar
o desempenho dos serviços.
»» O custo benefício.
Todavia, faz-se necessário estabelecer na avaliação de desempenho alguns Indicadores (de Uso, de
Recursos, de Pessoas, de Qualidade, de Custo e Comparativos), o que permitirá monitorar
e avaliar o cumprimento dos objetivos previstos.
Indicadores de Uso
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SERVIÇOS E PRODUTOS │ UNIDADE I
Indicadores de Recursos
Indicadores de Pessoas
Indicadores de Qualidade
»» Grupos focais
»» Atividades de consulta
Indicadores de Custo
Indicadores Comparativos
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CAPÍTULO 2
Serviços oferecidos na biblioteca escolar
A seguir, apresentamos alguns serviços/produtos que devem ser oferecidos aos membros da
comunidade escolar.
»» Noções de conservação e preservação dos acervos. Essa atividade poderá ser feita
na biblioteca (com divisões de turmas) ou em um outro ambiente (auditório, sala
de aula).
Cabe ressaltar, que as atividades devem ser programadas em conjunto com os professores/equipe
pedagógica e planejadas para acontecer a partir do início do ano letivo.
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SERVIÇOS E PRODUTOS │ UNIDADE I
Outra forma de divulgação consiste na elaboração de uma lista e encaminhá-la nas salas de aula,
ao corpo diretivo e pedagógico, aos pais, ou enviá-lo por e-mail para aqueles que possuem correio
eletrônico.
Caso a escola ou a biblioteca possua uma página na Internet, deverão ser postadas as informações
referentes aos serviços e produtos oferecidos pela biblioteca escolar.
Os murais são, também, espaços que ajudam a divulgar os serviços e as atividades programadas,
bem como informações voltadas ao interesse comunitário. Avisos gerais, anúncios, campanhas
de interesse público e comunitário, reportagens veiculadas em jornais e revistas, fotografias etc.,
poderão ser fixados junto ao mural.
Um outro veículo informativo elaborado pela equipe da biblioteca é o jornal ou boletim. Além de
divulgar os serviços/produtos e as atividades desenvolvidas, sugere-se a inclusão de seções voltadas
à leitura, à cultura, ao meio ambiente, à memória etc. Importante meio de veiculação da produção
escolar,principalmente, de textos de alunos e professores, poderá ser em formato físico (impresso)
ou on-line.
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UNIDADE I │ SERVIÇOS E PRODUTOS
Serviço de ouvidoria
Serviço muito utilizado em diversas instituições públicas e privadas, que objetiva identificar a
satisfação de seus clientes e usuários. É um serviço que permite a comunicação dos usuários da
biblioteca, permitindo a avaliação e a melhoria da qualidade dos serviços prestados. Conforme
Côrte e Bandeira (2011, p.114), por ele os usuários podem:
sugerir, criticar, elogiar, enfim, valer-se de seu direito de cidadão. Pode ser
feito por qualquer meio de comunicação: pessoalmente, por telefone, por carta
enviada à administração da biblioteca ou formulários colocados em urnas ou
caixas de sugestões e reclamações. Para conferir a credibilidade à ouvidoria,
é necessário que a biblioteca responda a toda e qualquer manifestação,
mostrando ao usuário interesse pelas questões levantadas e a vontade de
resolvê-las.
biblioteca toda arrumadinha, com tudo sempre no lugar, toda bonitinha é mau
sinal! Ou melhor, é sinal de que não é constantemente usada; é sinal de que
não é ‘fuçada’ por seus leitores e, portanto, não está desempenhando a sua
principal função, qual seja, disseminar as informações contidas em seu acervo.
Não queremos dizer com isso que a desorganização deve ser instaurada. Muito pelo contrário. Após
o uso do material retirado da estante, ele deve ficar sob a mesa, e somente o profissional da biblioteca
pode devolvê-lo ao local de origem, até mesmo porque todo o material consultado é registrado para
fins estatísticos.
Num Brasil de enormes desigualdades, é na escola que se inicia o primeiro e, às vezes, o único
contato com materiais voltados à leitura e à pesquisa. Se existir biblioteca escolar, é ela quem deve
propiciar e estimular o maravilhoso contato com o mundo da leitura e da informação.
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SERVIÇOS E PRODUTOS │ UNIDADE I
Quando determinada obra tem muita demanda, que pode ser um romance, um livro de poesia,
autoajuda, ou mesmo didático, utiliza-se o serviço de reserva de obras, seguindo o critério
cronológico da solicitação pelo usuário.
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CAPÍTULO 3
Serviço de referência e informação
Podemos dizer que, nas grandes e portentosas bibliotecas, a referência é considerada um serviço
especial, enquanto que nas pequenas, toda ela funciona como um Serviço de Referência e de
Informação. Referência pode ser definida como o seguinte.
[...] deve contar com bibliotecário familiarizado com o acervo, com a escola e
com os direitos e deveres dos usuários, porque ele é o elo entre os leitores e o
acervo bibliográfico. [...] Esse serviço também é responsável pela imagem da
biblioteca e, portanto, uma das características dos funcionários desse setor é a
habilidade para lidar com o público, ou seja, simpatia, paciência, compreensão,
e vontade de ajudar. [...] O bibliotecário responsável pelo serviço de referência
deve procurar sempre capacitar os alunos no uso da biblioteca e de seu acervo.
É importante que o leitor tenha intimidade com a biblioteca e sinta-se parte
dela. Além de sua atenção para com os compromissos escolares, deve estar
atento para sugerir livros e outros materiais apropriados a cada faixa etária,
respeitando o gosto e temperamento de cada leitor. Quanto aos professores, o
bibliotecário deve ter o compromisso de mantê-los atualizados na literatura de
sua área de atuação e colaborar no planejamento de atividades para os alunos,
relacionadas com os serviços prestados pela biblioteca.
(CÔRTE; BANDEIRA, 2011, p.106).
Ainda segundo Côrte e Bandeira (2011, p.106-108), o bibliotecário de referência deverá estar
capacitado para orientar os usuários nas seguintes consultas.
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SERVIÇOS E PRODUTOS │ UNIDADE I
»» Consultas mutáveis.
»» Consultas de pesquisas.
»» Consultas inesperadas.
Quadro 1 – Constituem-se etapas do processo de referência, conforme Grogan (2001) e Figueiredo (1992)
QUESTÕES FONTES
Acontecimentos mundiais e nacionais Almanaque, recortes de jornais
Assuntos bem atuais Recortes de jornais
Assuntos bem genéricos Enciclopédias
Assuntos com mais profundidade Dicionários ou enciclopédias especializadas
Biografias Enciclopédias, dicionários biográficos
Localização de pessoas, organizações Diretórios, listas telefônicas
Lugares, países Almanaques anuais, atlas, dicionário geográfico
Palavras (definição, em outras línguas, como usar) Dicionários linguísticos
As bibliotecas escolares que dispõem de acesso à Internet podem utilizar o Serviço de Referência
Virtual. Iniciado eletronicamente e, em algumas vezes, em tempo real, disponibiliza aos usuários
a utilização de computadores ou outras tecnologias da Internet, para se comunicarem com
bibliotecários, sem a necessidade da presença física. Podem utilizar canais de comunicação
21
UNIDADE I │ SERVIÇOS E PRODUTOS
que incluem chat por videoconferência, voz sobre IP, e-mail, mensagens instantâneas,
telefone etc.
No quadro abaixo, estão exemplificados alguns serviços com base manual e informatizado.
Fonte: Figueiredo, Nice (1996), citado por Carvalho, Lidiane dos Santos (2010), com adaptações.
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CAPÍTULO 4
Pesquisa escolar
A pesquisa escolar é uma das atividades desenvolvidas na escola e que, ao longo de décadas, tem
gerado muitas discussões. Destacados autores, como Milanesi (1986), Carneiro da Silva (1995), entre
outros, enfatizam que, com a introdução da Reforma do ensino, na década de 1970, foi introduzida a
“pesquisa escolar”, objetivando desenvolver novas abordagens de ensino e aprendizagem, contudo,
essas mesmas escolas não estavam suficientemente preparadas para atender esta demanda escolar.
Pesquisar implica, necessariamente, em ter em seu alcance diversas fontes de informações, sejam elas
bibliográficas ou não, ficando sob o encargo da biblioteca, a orientação dos seus usuários, colocando
os seus recursos informacionais à disposição, além de sugerir ou indicar leituras, permitindo, assim,
as condições condizentes para a complementação dos trabalhos escolares ou não.
Entretanto, sem bibliotecas e acervos diversificados, aliado ao fato de que grande parcela do
professorado da época (e com reflexos até os dias de hoje) herdou uma formação pedagógica em que
essa nova modalidade de ensino e aprendizagem não se fez presente, quer na sua vivência discente,
quer na sua formação profissional, o resultado foi e continua desastroso: pesquisa virou cópia
de obras de referência (enciclopédias, manuais, almanaques etc.) e, num requinte de tecnologia,
reprodução na íntegra do assunto a ser pesquisado nos sítios disponibilizados via Internet.
Para Silva (2012, p. 3), alguns fatores justificam a falta de intimidade da escola com a pesquisa.
Um deles é que o sistema de ensino que forma o aluno e que, obviamente, formou
o professor, ou seja, as mesmas dificuldades (deficiência) e/ou qualidades que
o ensino tiver, provavelmente, o aluno herdará. Assim, se a pesquisa não foi
um elemento presente na escola básica do professor, é provável que ele pouco
incentive, sendo o modelo de pesquisa a ser utilizado o último mais recente que
teve, ou seja, o da faculdade. No cotidiano escolar, podemos encontrar o modelo
de pesquisa que, em muitos aspectos, assemelha-se ao modelo universitário.
Esse modelo pode até ser compatível aos alunos maiores, que têm autonomia
e maturidade escolar, entretanto, mas não é o indicado para os menores, pois
ainda necessitam de acompanhamento próximo, tanto do professor quanto do
bibliotecário escolar, para estruturar sua pesquisa, para identificar as fontes
apropriadas ao assunto. Assim, para os alunos do Ensino Fundamental, há
muito que ser feito nesse aspecto, pois falta clareza nos procedimentos a serem
usados na escola, inclusive a concepção de pesquisa que a escola tem.
23
UNIDADE I │ SERVIÇOS E PRODUTOS
Em estudo realizado por Neves (2000) que investigou a questão da pesquisa escolar a partir
dos alunos da 4a série1 do Ensino Fundamental, além de identificar o desempenho dos diversos
componentes que fazem parte da relação ensino-aprendizagem (alunos, professores, bibliotecários
e equipe da biblioteca), a autora destacou uma série de situações que demonstraram a “inadequação
do processo em relação aos objetivos a serem atingidos”, entre os quais destacamos os seguintes.
A falta de conhecimento do acervo da biblioteca por parte do professor é um dos fatores que
acabam prejudicando o desenvolvimento das atividades relacionadas à pesquisa. Estabelecer uma
frequência contínua à biblioteca, se inteirar sobre o acervo, repassar orientações aos membros da
biblioteca quanto ao tipo de tarefa repassada ao aluno, constituem-se estratégias que irão facilitar o
cumprimento dos objetivos traçados.
1 Atual 5o
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SERVIÇOS E PRODUTOS │ UNIDADE I
»» Incentivar o aluno a não copiar, mas escrever com suas próprias palavras, a ideia
transmitida pela fonte consultada.
»» Lembrar ao aluno que todo trabalho escolar deve obedecer a regra de apresentação,
no que concerne à autoria, à introdução, ao desenvolvimento, à conclusão e à
bibliografia consultada.
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UNIDADE I │ SERVIÇOS E PRODUTOS
26
SERVIÇOS E PRODUTOS │ UNIDADE I
SILVA, Rovilson José da. Desafios da relação pesquisa, escola e biblioteca escolar.
Disponível em: <http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=425>.
Acesso em: 9 abr. 2012.
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ATIVIDADES NA UNIDADE II
BIBLIOTECA ESCOLAR
CAPÍTULO 1
Promovendo a ação cultural
Lembramos que todas as atividades requerem um planejamento mínimo. O ideal é que o planejamento
contemple atividades que possam ser desenvolvidas no decorrer do ano letivo (semanal, mensal,
bimestral, semestre etc.).
Algumas atividades são realizadas com os recursos existentes na biblioteca e na escola. Outras
atividades que necessitam de investimentos financeiros (locação sonorização, equipamentos,
cenários, decorações, cachês etc.) deverão ter detalhamento de todas as etapas, inclusive, com
propostas de um “Plano B”, estabelecendo outras alternativas, caso a ideia inicial não possa ser
executada. Não podemos esquecer de que imprevistos fazem parte do contexto.
Parte dos recursos deve ser obtida junto ao órgão em que a escola/biblioteca tenha vinculação
administrativa (a Secretaria de Educação do município ou do Estado) e às Associações de Pais e
Mestres (APPs). Entretanto, a biblioteca deve começar a dispor de outras alternativas, tais como o
envolvimento com empresas, comércio, ONGs do entorno comunitário, e por meio da Associação
de Amigos da Biblioteca, que poderá ser fundada, e que tenha, entre seus diretores, pessoas
representativas da comunidade.
»» O calendário cultural.
»» O tempo de duração que não poderá ser extenso e deverá obedecer a um cronograma
preestabelecido, para não prejudicar o bom funcionamento da biblioteca.
28
ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR │ UNIDADE II
Março Abril
1. Dia do Turismo 1. Dia da Abolição da Escravatura dos Índios
2. Dia Nacional do Turismo Dia da Mentira
3. Dia do Metereológico 2. Dia Internacional do Livro Infantil
Criação do Estado do Amazonas 6 a 12. Semana do Leite
4. Dia do término da Guerra do Paraguai 7. Dia do Médio Legista
7. Dia os Fuzileiros Navais Dia Mundial da Saúde
8. Dia Internacional da Mulher 8. Dia Mundial de Combate ao Câncer
12 a 19. Semana Nacional da Biblioteca 15. Dia do Desenhista
14. Dia Nacional da Poesia 18. Dia do Livro
Dia Nacional do Vendedor de Livros Dia de Monteiro Lobato
Nascimento de Castro Alves 19. Dia do Índio
15. Dia do Circo 20. Dia do Diplomata
19. Dia da Escola 21. Dia de Tiradentes
21. Dia Internacional para a Eliminação da Data da transferência da Capital Federal para Brasília
Discriminação Racial Dia do Café
23. Dia Mundial da Meteorologia 22. Dia do Descobrimento do Brasil
27. Dia do Teatro Dia da Comunidade Luso-Brasileira
22 a 28. Semana da Educação
Última semana: semana da Merenda escolar 23. Dia do Escoteiro
27. Dia da Empregada Doméstica
30. Dia do Ferroviário – Inauguração da 1ª Estrada de Ferro no Brasil
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UNIDADE II │ ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR
Maio Junho
1. Dia Internacional do Trabalho 5. Dia da Ecologia – Dia Mundial do Meio ambiente
Nascimento do escritor José de Alencar
7. Dia da Liberdade de Imprensa
5. Dia Nacional das Comunicações
10. Dia do Divino Espírito Santo
Dia do Expedicionário
11. Dia do Educador Sanitário
5 a 10. Semana de Osório
Dia da Marinha e da Batalha Naval do Riachuelo
8. Dia do Artista Plástico
12. Dia dos Namorados
10. Dia do Campo Dia do Correio Aéreo Nacional
12. Dia da Inauguração do telégrafo no Brasil 18. Dia do Imigrante Japonês
2° Domingo. Dia das Mães 21 a 27. Semana Nacional do Livro
12 a 20. Semana da Enfermagem 24. Dia da Comunidade Britânica
13. Dia da Abolição da Escravatura no Brasil 25. Dia do Imigrante
Dia da Imprensa
26. Dia da Telefonista
Criação da Biblioteca Nacional
29. Dia dos Pescadores
15. Dia do Assistente Social
24. Dia do Detento
Dia do Vestibulando
25. Dia do Trabalhador Rural
Dia da Indústria
Dia do Massagista
Julho Agosto
1ª Semana. Prevenção contra incêndios 1 a 31. Mês do Folclore
Semana Nacional da Educação
2° Domingo: Dia dos Pais
1. Dia dos Bancários
1. Dia do Selo
Dia do Hospital
3. Dia do Tintureiro
2. Dia dos Bombeiros
5. Dia do Carteiro
4. Dia Internacional do Cooperativismo
Dia Nacional da Saúde
8. Dia do Panificador
11. Dia dos Garçons
15. Dia Nacional dos Clubes Dia Internacional da Logosofia
Dia do Direito – Dia do Advogado e Magistrado
16. Dia do Comerciante
Dia do Estudante
19. Dia do Futebol
12. Dia Nacional de Artes
20. Dia Internacional do Amigo
13. Dia do Economista
22 a 28. Semana da agricultura
18 a 25. Semana do Exército
25. Dia do Escritor
19. Dia Mundial da Fotografia
Dia do Motorista
19 a 23. Semana do Livro Escolar
26. Dia da Vovó
21 a 28. Semana Nacional da Criança Excepcional
28. Dia do Agricultor
22. Dia Nacional do Folclore
24. Dia dos Artistas
25. Dia do Soldado brasileiros
30
ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR │ UNIDADE II
Setembro Outubro
1 a 7. Semana da Pátria 1° Domingo. Dia do Prefeito e dos Municípios
5. Dia da Amazônia 1. Dia do Agente Comercial
Dia do Viajante Comercial e representante comercial
6. Dia do Alfaiate
3. Dia do Dentista
Dia do Barbeiro e Cabeleireiro
4. Dia Internacional dos Animais
7. Dia da Proclamação da Independência do Brasil –
4 a 10. Semana de Proteção aos Animais
Dia da Pátria
7. Dia do compositor
8. Dia Internacional da Alfabetização
12 a 18. Semana da Criança
9. Dia do Veterinário
Dia do Administrador de Empresas 12. Dia da Criança
Dia do Descobrimento da América
10. Dia da Imprensa Dia da Padroeira do Brasil
Dia do Mar
13. Dia do Agrônomo
Dia do Engenheiro Agrônomo
18 a 23. Semana da Comunidade
15. Dia do Professor
21. Dia da Árvore 17 a 23. Semana da Aeronáutica
Dia do Radialista – Dia do Rádio
18. Dia do Médico
22. Dia da Juventude
19 a 25. Semana Nutricionista
27. Dia dos Anciãos
23. Dia de Santos Dumont – Dia do Aviador
28. Dia da Lei do Sexagenário e da Lei do Ventre Livre 23 a 29. Semana do Livro
30. Dia da Secretária 24. Dia das Nações Unidas
28. Dia do Funcionário público
29. Dia Nacional do Livro
30. Dia do Comerciário
Novembro Dezembro
1 a 8. Semana do Urbanismo 2. Dia Nacional do Samba
1. Dia de Todos os Santos Dia Pan-Americano da Saúde
31
UNIDADE II │ ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR
A partir do calendário, podemos planejar atividades de alcance cultural e educativo, como, por exemplo,
na semana alusiva ao Folclore (agosto), uma série de atividades podem ser realizadas (apresentações
de grupos locais folclórico e para-folclórico, palestras, pesquisa junto ao acervo das manifestações de
cada região, biografia dos principais folcloristas brasileiros, exibição de documentários, dramatizações
sobre as lendas e mitos, depoimentos de integrantes de grupos, exposições etc.), pois engloba uma
variedade de manifestações de norte a sul do Brasil, envolvendo o seguinte.
Na semana do livro e da biblioteca, devem-se planejar atividades envolvendo escritores locais, tais
como: palestras, lançamento de livros, pesquisas dirigidas sobre determinado(s) autor(es), troca
de livros entre os usuários e franqueada à comunidade, contações e dramatizações de histórias,
vídeos etc.
.
IMPORTANTE: Temos que tomar cuidado ao planejar as ações escolares, pois não
podem ser feitas tendo como base apenas as datas festivas presentes no calendário
escolar e, assim, ficar reproduzindo, numa sequência de anos letivos, as mesmas
atividades sem sentido.
A principal função do planejamento é antecipar situações, para favorecer a aprendizagem. Por isso,
as atividades devem estar a serviço do currículo escolar e do aprimoramento cultural.
32
ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR │ UNIDADE II
Sugere-se a realização de exposição de livros danificados pela ação humana, como, por exemplo, com
páginas riscadas, rasgadas, manchadas (água, baton, chocolate etc.), dobradas, costuras danificadas,
falta de páginas, de capas etc., que poderá ser por meio de materiais danificados existente no acervo
da biblioteca.
A seguir, recomendações dirigidas aos usuários da biblioteca, objetivando orientar quanto aos
princípios de preservação.
»» Usar ambas as mãos ao manusear gravuras, impressos, mapas etc. sobre superfície
plana.
»» Não fumar onde haja guarda de papéis ou outros materiais inflamáveis, evitando
possíveis incêndios.
»» Não umedecer os dedos com saliva para folhear as publicações. O papel guardará um
depósito de ácidos e de bactérias que, por mínimo que seja, prejudicará o material,
com o tempo.
33
UNIDADE II │ ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR
»» Não deixar o livro aberto com a lombada para cima e nem com objetos entre as
páginas.
»» Jamais dobrar o papel, pois uma dobra, com o tempo, se torna uma ruptura. Por
isso, não guarde mapas e outros papéis de grande tamanho dobrados ou em gavetas
pequenas. Existem móveis apropriados para esse tipo de material.
»» Ter controle quanto ao uso de colas plásticas (PVA), devido ao seu teor de acidez,
que, por muitas vezes, geram manchas comprometedoras. Optar sempre que
possível pelo uso da cola metilcelulose.
»» Nunca usar fitas adesivas em virtude da composição química da cola. Com o tempo,
a cola que penetra nas fibras de papel desencadeia uma ação ácida irreversível. A fita
perde seu poder de adesão e o papel fica manchado. As colas reversíveis e neutras,
como a metilcelulose, são as ideais.
»» Não deixar dentro dos livros marcadores coloridos: cedo ou tarde a sua tinta se
desprenderá e manchará o papel.
»» Nunca efetuar marcas nos livros, seja com grafites, tintas ou dobras nas partes
superiores ou inferiores das folhas. Existem marcadores de páginas especialmente
criados para esse fim.
»» Não retirar um livro da estante puxando-o pela borda superior da lombada, mas
sempre pelo meio, deslocando para dentro os livros laterais. Evidentemente, para
que isso seja possível, é necessário que haja folga entre os livros.
34
ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR │ UNIDADE II
Pode ser acompanhada de fantoches, músicas, expressões mímicas etc. e prever atividades
complementares: pinturas e desenhos referentes à estória narrada, nova versão da estória, palavras
cruzadas literárias etc.
Feira de livros
Constitui-se numa atividade que requer planejamento específico. Devem-se selecionar as editoras
que participarão, definir percentuais de desconto para o público e os valores financeiros que
retornarão para a biblioteca. Na feira, poderá ser criado um estande para troca de livros (duplicatas
da biblioteca), contribuindo para aumentar o acervo da biblioteca. As feiras de livros constituem-
se em excelentes espaços para conhecimento das publicações mais recentes, bem como os novos
suportes (CD-ROM, DVDs, e-books etc.). Recomenda-se realizar lançamentos de livros e, também,
conversas com os escritores (mediante palestras, mesa-redonda etc.).
Clubes de Leitura
Constituídos por pessoas que se reúnem a fim de trocar opiniões sobre determinados livros ou temas
específicos. Professores de português e de literatura brasileira são peças-chave na constituição
desses grupos.
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UNIDADE II │ ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR
Podem-se organizar atividades como, por exemplo, uma semana da poesia, período dedicado a
algum autor de expressão local ou nacional, divulgando a produção literária, as mesas-redondas,
os filmes etc.
Concursos literários
Podem ser de poesias, crônicas, contos etc. Servem para estimular a produção literária e a divulgação
do jovem produtor cultural. Deve-se prever premiação aos participantes e, se possível, publicá-las
em forma de livros impressos.
Teatro de fantoche
Gênero teatral voltado, principalmente, ao público infantil. Requer técnica especial, tanto para a
confecção dos bonecos quanto para a interpretação. Tem forte apelo educativo e lúdico, pois facilita
a expressão, desenvolve espírito de colaboração e o senso crítico.
Exposições
É um excelente recurso para a divulgação do trabalho na biblioteca. Para Antunes (2000, p.128), no
planejamento dessas atividades, devem ser considerados alguns aspectos.
»» Público: como esse tipo de atividade constitui uma das formas de maior acesso à
comunidade , é necessário conhecer seus interesses, suas necessidades e inquietudes,
cuidando para que os temas sejam interessantes.
Essas atividades devem ser articuladas em conjunto com professores de diversas disciplinas
(história, geografia, artes português e literatura e outras) e alunos, que poderão colaborar cedendo
parte da produção escolar (trabalhos escolares fetos individualmente ou em grupos).
Deve-se estimular que os pais ou qualquer pessoa integrante da comunidade apresentem trabalhos,
desde que tenha relação com o tema selecionado.
A duração da exposição merece atenção dos promotores. O ideal é que não ultrapasse mais de
quinze dias.
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ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR
»» O meu, o seu, o nosso: o professor pode solicitar que cada aluno compre um
livro de uma lista apresentada por ele (ou do gosto de cada um). Os livros circularão
pela turma em sistema de empréstimo, de forma que todos leiam os livros até o fim
do ano letivo. Ao final, os livros serão doados para a biblioteca da escola, a fim de
que todos tenham, no ano seguinte, acesso aos livros sem exceção.
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ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR │ UNIDADE II
Em cada atividade realizada será gerado um Relatório individualizado que, ao final do ano, fará
parte do Relatório Geral da Biblioteca. Esse Relatório Geral é um importante documento que
conterá informações sobre a movimentação anual da biblioteca, servindo como parâmetro para a
formulação de indicadores.
Objetivos, estratégias e planos de ação que assegurem os objetivos e métodos de avaliação são os
elementos essenciais que deverão estar contemplados na elaboração dessa política. (DIRETRIZES,
2005, p. 20)
No documento elaborado pela IFLA/UNESCO (p.21), recomenda-se que as estratégias previstas nas
ações poderão diferir, dependendo das “finalidades e circunstâncias locais”, contudo alguns itens
tornam-se essenciais, tais como, a seguir.
Recomenda-se rediscutir e reavaliar anualmente o plano de ação, e a cada dois anos a política de
promoção e marketing.
39
UNIDADE II │ ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR
Cabe um papel especial e reservado ao bibliotecário escolar, pois recai sob a sua responsabilidade
os programas destinados à educação do usuário, atuando em regime de cooperação com os demais
membros da equipe pedagógica, principalmente, os professores.
Nas capacitações que envolvam a participação de professores, é fator primordial que se esclareça
o papel da biblioteca na relação ensino-aprendizagem e, a partir das experiências acumuladas
pelo professor, ele comece a desenvolver e perceber a importância do potencial biblioteca na
complementação das atividades planejadas junto à classe e integradas ao conteúdo curricular.
Conhecer a biblioteca (seus objetivos, sua organização, seus serviços e recursos disponíveis),
habilidade de busca e uso da informação e a motivação para o uso da biblioteca em projeto de
aprendizagem formal e informal são, conforme as Diretrizes da IFLA /UNESCO (p.22), os “três
principais tópicos de ensino” relacionados com a educação dos usuários.
40
ATIVIDADES NA BIBLIOTECA ESCOLAR │ UNIDADE II
41
REFERÊNCIAS
AMATO, Mirian; GARCIA, Neise A. Rodrigues. A Biblioteca na escola. In: Garcia, Edson Gabriel
(Org.). Biblioteca escolar: estrutura e funcionamento. São Paulo: Loyola, 1989, Cap. 1. p. 7-22.
BARRETO, Cintia. Biblioteca escolar: ranços e avanços. Educação Pública, Rio de Janeiro.
Disponível em: <http:/www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0190.html>. Acesso
em: 9 abr. 2012.
CARMO, Paulo Roberto do; SOUZA, Vilmar F. de. A revolução das aprendências. São Leopoldo:
UNISINOS, 2000.
CARNEIRO DA SILVA, W. Pelo livre acesso às estantes e pelo empréstimo domiciliar ou atirando a
primeira pedra. Rio de Janeiro: UGF, 1989.
CÔRTE, Adelaide Ramos e; BANDEIRA, Suelena Pinto. Biblioteca escolar. Brasília: Briquet de
Lemos/Livros, 2011.
FAVERO, O. (org.) Cultura popular e educação: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Graal,
1983.
42
REFERÊNCIAS
HOELTGEBAUM, Marli Mira. Calendário cívico: feriados nacionais e datas comemorativas. São
Paulo: Scipione, 1995. 80 p.
NEVES, Iara C. Bitencourt. Pesquisa escolar nas séries iniciais do ensino fundamental:
bases para um desempenho interativo entre sala de aula e biblioteca escolar. 2000. Tese (Doutorado
em Ciência da Informação e Documentação) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São
Paulo, São Paulo.
OLIVEIRA, Débora Costa; ZEN, Ana Maria Dalla. Ação cultural em bibliotecas escolares da
rede pública de Porto Algre. Disponível em: <file://D:informa/acao.htm>. Acesso em: 25 jul.
2007.
PIMENTEL, Graça; BERNARDES, Liliane; SANTANA, Marcelo. Biblioteca escolar. Brasília, DF:
UNB, 2007. 117 p.
______. Biblioteca escolar: quem cuida. In: GARCIA, Edson Gabriel (org.). Biblioteca
escolar: estrutura e funcionamento. São Paulo: Loyola, [198-?] p. 27-33.
SILVA. Rovilson José da. Desafios da relação pesquisa, escola e biblioteca escolar.
Disponível em: <http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=425>. Acesso em: 9 abr.
2012.
SIMÃO, Maria Antonieta Rodrigues; SCHERCHER, Eroni Kern; NEVES, Iara Conceição Bitencourt.
Ativando a biblioteca escolar. Porto Alegre: Sagra; DC Luzzatto, 1993. 68 p.
43
REFERÊNCIAS
VIANA, Márcia Milton; CARVALHO, Natália G. de Mello; SILVA, Rosana Matos da. Entre luz
e sombra... uma revisão de literatura sobre biblioteca escolar. Disponível em: <http://gebe.eci.
ufmg.br/dowload/104.pdf>. Acessso em: 4 abr. 2012.
44
ANEXO
Textos de apoio
Com formação em Biblioteconomia – área que combinou com seu interesse em Educação –, ele é
docente da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, conselheiro do Ministério
da Educação para a política de formação de leitores e autor de livros infantis.
Perrotti – O responsável pela biblioteca tem o papel de articular programas com a biblioteca pública
e fazer contato com a livraria mais próxima, além de estar atento à programação cultural da cidade.
45
ANEXO
Há uma série de estratégias possíveis para inserir a criança num contexto letrado. A biblioteca
precisa ter outra finalidade que não seja, simplesmente, a de um depósito de onde se retiram livros
que depois são devolvidos. Nós não trabalhamos mais com a ideia de unidades isoladas. O ideal é
formar redes, um conjunto de espaços que eu chamo de estações de conhecimento, cujo objetivo é a
apropriação do saber pelas crianças.
Perrotti – Processar as informações e criar nexos entre elas é um ato educativo. O responsável,
portanto, é um educador para a informação, que nós chamamos de infoeducador, um professor com
especialização em processos documentais. Uma rede de bibliotecas tem uma plataforma de apoio
técnico-especializado, que é a área do bibliotecário, um especialista em planejamento e organização
da informação. Junto com ele, trabalham os educadores, que são especialistas em processos de
mediação de informação. Dar acesso ao acervo não basta para que o aluno saiba selecionar e
processar informações e estabelecer vínculos entre elas.
Perrotti – Porque se acredita que basta escolarizar as crianças para formar leitores. De fato, a
escola tem o papel de construir competências fundamentais para a leitura, mas isso não quer dizer
formar atitude leitora. Hoje, o que distingue o leitor das elites do leitor das massas é que o primeiro
tem um circuito de trocas. Ele participa do comércio simbólico da escrita, da produção à recepção:
sabe o que é publicado, informa-se sobre os autores, encontra outros leitores etc. Já a criança da
escola pública, muitas vezes, não tem livros em casa e só lê o que o professor pede. Ela não tem com
quem comentar. Está sozinha nesse comércio das trocas simbólicas.
46
ANEXO
Perrotti – Estou convencido de que é a pessoa que trabalha ali, mediando relações entre a criança,
a informação e o espaço. Não precisa ser alguém superespecializado, mas que compreenda a função
da escrita e da imagem e que saiba qual é a importância daquilo na vida das pessoas. Assim, a
compra de livros seguirá um critério de escolha consciente. É claro que é bom construir um ambiente
agradável e funcional, mas não é indispensável, porque a leitura não depende das instalações da
biblioteca; ela se dá em qualquer lugar.
Perrotti – Nós temos trabalhado um modelo em que a escolha é feita por todos os que participam
dos processos de aprendizagem: professores, coordenadores, diretores e alunos. Formulários são
colocados à disposição, para que sejam feitas sugestões de compra. O infoeducador não só coleta
esses dados, como divulga, por meio dos quadros de aviso, as informações sobre lançamentos que
saem na imprensa e na Internet. Depois, ele vai analisar os pedidos, separá-los em categorias —
livros importantes para os projetos em andamento, leituras de informação geral ou complementares
etc. — e, com base nessas listas, a escolha é feita de acordo com os recursos disponíveis.
Perrotti – Ele participa da escolha do acervo e, também, pode estar pessoalmente representado
nele, por meio de livros que ele escreve e de documentos de sua passagem pela escola. Uma parte
do acervo vem da indústria cultural e outra é produzida internamente, com documentos e relatos
referentes à história da instituição. Formar um repertório de dados locais cria relações com as
informações universais.
Perrotti – É aquela que possui todo tipo de recurso informacional, do papel ao equipamento
eletrônico. O espaço é construído especialmente para sua finalidade e de acordo com quem vai usar.
Se o público majoritário é infantil, a disposição dos móveis e do acervo deve permitir que a criança
se mova com autonomia. É preciso ser um local acolhedor, mas que empurre rumo à aventura,
porque conhecer é sempre se deslocar.
Perrotti – Os interesses mudam na passagem da infância para a adolescência e a leitura que era
feita antes, já não interessa tanto, mesmo porque cresce a concorrência de outras mídias. Essa é
uma transição crítica e ainda não foram definidas ações específicas para promover a leitura nessa
faixa etária. Os adolescentes identificam o livro com as tarefas da escola, que reforça essa percepção,
porque, raramente, sai da abordagem instrumental da leitura. E, no âmbito social, entre os amigos,
a leitura não está presente. Mesmo assim, essa fase é a das grandes paixões. Portanto, há um espaço
enorme para promover a leitura entre os jovens.
47
ANEXO
Perrotti – O problema é saber que caráter elas têm. Eu não concordo com estratégias que
pretendam ensinar os alunos a gostar de ler. A função do poder público é criar ambientes que deem
condições de ler, tentar despertar as crianças para as potencialidades da escrita, prepará-las para as
competências leitoras — enfim, providenciar para que seja constituída a trama que sustenta o ato de
ler. Mas gostar de ler é questão de foro íntimo, não de políticas públicas.
A escola deve obrigar um aluno a ler livros e frequentar bibliotecas mesmo que ele
não goste?
Perrotti – Não se pode deixar de perguntar por que esse aluno não gosta de ler. Ele teve uma
relação negativa com a situação de aprendizagem? Ninguém lê em casa? Tem dificuldades de visão?
Não domina o código? Não tem circuitos culturais a sua volta? Tudo isso pode e deve ser trabalhado.
Agora, se ele teve apoio para experimentar a prática da leitura e prefere fazer outras coisas, não
adianta forçar. É claro que não estou falando da leitura funcional, indispensável para a vida diária.
Nesse caso, é obrigatório negociar com a criança o “não querer ler”.
Perrotti – A pergunta já supõe que de fato existe uma literatura de má qualidade. Há leitores que
são capazes de voar longe com um suposto mau livro, assim como há muitos trabalhos escolares que
se utilizam de grandes textos, mas sufocam o interesse de aprender. Por outro lado, não é possível
deixar o gosto do leitor imperar sozinho. É fundamental operar mediações entre as crianças e uma
literatura que tenha condições de produzir significações importantes.
Perrotti – Ele está aquém do que gostaríamos que fosse e, também, do que seria necessário. Mesmo
assim, o livro está entrando nas escolas numa medida que não entrava, nem que seja por meio das
distribuições feitas pelo Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais. Há 50 anos,
nem sequer se sonhava com isso no Brasil. O problema maior é o de mau uso desses livros, com
estratégias impositivas de leitura. Muitas vezes, falta penetrar no avesso dos textos com as crianças
e realmente mergulhar numa viagem de conhecimento, de imaginação.
Perrotti – Eu participei de uma pesquisa feita com as crianças usuárias das redes de biblioteca que
ajudei a implantar no estado de São Paulo. Queríamos saber se elas estão incorporando a leitura a
sua prática de vida e não apenas como lição de casa. Qual é a constatação? Houve um grande avanço
e as crianças se mostram muito mais familiarizadas com os livros, mas, infelizmente, ainda não
usam as novas competências para trocas culturais. Por exemplo: não têm o hábito de comprar e
emprestar livros. A prática escolar não se transferiu para a prática cultural.
48
ANEXO
Bibliografia
Confinamento cultural, infância e leitura, Edmir Perrotti, 112 págs., Ed. Summus,
CAPÍTULO I
II – firmar convênios para os fins sociais, com pessoas jurídicas de direito público e de direito
privado, nacionais ou estrangeiras;
49
ANEXO
VII – divulgar na comunidade a Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei no 8313, de 23/12/1991
– LeiRouanet, bem como as leis de incentivos fiscais estaduais, visando a captar recursos para
desenvolvimento de projetos da biblioteca;
VIII – veicular, por meio de estratégias de marketing, a imagem da biblioteca como um serviço
essencial para assegurar os valores de cidadania e o desenvolvimento econômico e social da
comunidade;
CAPÍTULO II
QUADRO SOCIAL
Art. 4o – É ilimitado o número de associados, podendo participar do quadro social pessoas físicas ou
jurídicas, desde que satisfaçam às exigências e condições previstas neste Estatuto, não respondendo
pelas obrigações sociais.
Parágrafo Único – Os representantes do que trata o presente artigo poderão ser substituídos a
qualquer tempo.
a) FUNDADORES
b) BENEMÉRITOS
As pessoas físicas que tiveram prestado relevantes serviços à SAB, à Biblioteca ou à área cultural.
50
ANEXO
c) CONTRIBUINTES
d) COLABORADORES
Art. 7o – A admissão de associados será feita mediante proposta escrita e assinada pelo candidato.
Art. 8o – A proposta para associado benemérito deverá ser justificada convenientemente, subscrita
por 03 (três) associados, no mínimo, da mesma categoria, ou por membro do Conselho Deliberativo.
O Conselho Deliberativo apreciará o pedido pelo voto da maioria de seus membros presentes.
Parágrafo Primeiro – O valor das anuidades correspondentes às diversas categorias será fixado pela
Assembleia da SAB, nos termos do art. 31 o , alínea “j”.
Parágrafo Segundo – Os associados das diversas categorias poderão contribuir com importâncias
suplementares, tendo em vista os objetivos da Entidade.
CAPÍTULO III
e) os associados quites poderão ter delegação, outorgada pelo Presidente do Conselho Deliberativo,
para representar a SAB em Congressos, Jornadas, Encontros e demais atividades culturais
promovidas por outras associações nacionais e/ou estrangeiras;
g) gozar das vantagens correspondentes a sua categoria, conforme for decidido pelo Conselho
Deliberativo;
51
ANEXO
a) deixar de solver seus compromissos financeiros com a SAB por mais de 01 (um) ano sem
justificativa convincente e comprovada;
CAPÍTULO IV
c) doações, patrocínios, legados ou outros recursos que lhe forem concedidos por pessoas físicas ou
jurídicas, associadas ou não;
d) bens móveis ou imóveis e direitos pertencentes à SAB, bem como rendas decorrentes de sua
exploração;
Parágrafo Primeiro – O valor dos serviços a serem prestados pela SAB será fixado pela Diretoria
Executiva.
CAPÍTULO V
ÓRGÃOS SOCIAIS
a) Assembleia Geral;
b) Conselho Deliberativo;
c) Diretoria Executiva;
d) Conselho Fiscal;
52
ANEXO
ASSEMBLEIA GERAL
Art. 16 – A Assembleia Geral, órgão soberano, de deliberação social, poderá ser Ordinária ou
Extraordinária. A Assembleia Geral Ordinária reunir-se-á anualmente no decorrer do primeiro
trimestre.
Art. 17 – A convocação da Assembleia Geral Ordinária ou Extraordinária, deverá ser feita por Edital,
com antecedência de 10 (dez) dias da data da reunido, por iniciativa do Presidente do Conselho
Deliberativo.
Parágrafo Único. Havendo urgência, o prazo referido no parágrafo anterior poderá ser dispensado,
procedendo-se a convocação de todos os associados por carta, que lhes será entregue pessoalmente,
salvo se ausentes desta cidade, caso em que será postada para a sua residência.
d) eleger, entre os associados com direito a voto, os membros do Conselho Deliberativo, cujos
mandatos serão de 02 (dois) anos, permitida a reeleição;
e) eleger, entre os associados com direito a voto, os membros do Conselho Fiscal, cujos mandatos
serão de 02 (dois) anos, permitida a reeleição.
Art. 21 – A Assembleia Geral Extraordinária poderá ser convocada a qualquer tempo para:
53
ANEXO
c) decidir sobre qualquer assunto relevante e de interesse da Associação e/ou de seus associados.
Art. 22 – As decisões das Assembleias Gerais serão tomadas por maioria simples de votos.
Parágrafo Único. Nas Assembleias Gerais, qualquer associado poderá ser representado por outro,
mediante procuração. O associado representante terá direito a um voto para cada associado
representado até o máximo de cinco votos, inclusive o dele.
Art. 23 – Quando uma Assembleia Geral Extraordinária for convocada, para deliberar sobre a
dissolução da SAB, a decisão será tomada por três quartos (3/4) dos votos.
CONSELHO DELIBERATIVO
Art. 24 – O Conselho Deliberativo, órgão orientador da SAB, eleito em Assembleia Geral, será
constituído por associados com direito a voto, com interesse em assuntos culturais, e pelo Diretor
da SAB, Conselheiro Nato.
Parágrafo Único. O mandato dos membros eleitos do Conselho Deliberativo será de 02 (dois) anos,
permitindo a reeleição.
Art. 25 – O Presidente e o 2o Vice-Presidente serão eleitos, pelos seus pares, por mandato de 02
(dois) anos, permitida a reeleição.
Art. 26 – O Conselho Deliberativo reúne-se, por convocação do Presidente, sempre que necessário.
As Atas das reuniões serão lavradas em livro próprio.
Art. 27 – O mandato do Conselheiro é pessoal, não podendo ser exercido por delegação.
Art. 29 – As deliberações do Conselho Deliberativo serão tomadas por maioria dos votos dos
membros presentes. Caberá ao Presidente do Conselho, ou ao seu substituto, o voto de desempate.
Art. 30 – O Presidente, por proposta dos Conselheiros, poderá solicitar a presença, em suas reuniões,
de terceiros, associados ou não da SAB, cuja competência possa parecer útil. Esses convidados não
poderão participar das votações.
Quando não forem membros do Conselho Deliberativo, não poderão participar das votações.
54
ANEXO
d) autorizar a Diretoria Executiva a comprar ou alienar bens, contrair empréstimos, dar garantias
e contratar;
f) outorgar os títulos de associado honorário às pessoas que houverem prestado serviços relevantes
à SAB e/ou à área cultural, nos termos do art. 8o;
g) deliberar sobre a exclusão de associados, em qualquer categoria, nos termos do art. 12, parágrafo
único;
j) fixar o valor das contribuições relativas às categorias de sócios de que trata o art. 6o;
DIRETORIA EXECUTIVA
Art. 33 – A Diretoria Executiva, nos termos do art. 15, compor-se-á dos seguintes membros:
a) Diretor Executivo;
b) Diretor Adjunto.
Art. 34 – Os membros do Conselho Deliberativo poderão acumular suas funções com a de membros
da Diretoria Executiva.
55
ANEXO
f) elaborar o projeto de reforma deste Estatuto, a ser submetido ao Conselho Deliberativo, que
apresentará à Assembleia Geral Extraordinária, na forma Estatutária;
l) participar das reuniões do Conselho Deliberativo, nos termos do art. 30, parágrafo único;
Art. 38 – Os atos de qualquer natureza que envolvam obrigações sociais, inclusive aquisição e
oneração de bens e móveis e imóveis, bem como contratação de empréstimos, emissão de cheques
e outras ordens de pagamento, serão, obrigatoriamente, assinados pelo Diretor Executivo e pelo
56
ANEXO
Diretor Adjunto ou, no caso de impedimento de 01 (um) deles, por procuração nomeado na forma
do item “k”, do art. 35.
CONSELHO FISCAL
Art. 40 – O Conselho Fiscal deverá reunir-se ordinariamente 02 (duas) vezes por ano e
extraordinariamente sempre que se fizer necessário, com participação de 03 (três) de seus membros.
Parágrafo Único. Em caso de impedimento de membros efetivos de Conselho Fiscal, será convocado
um dos membros suplentes.
Art. 41 – As deliberações do Conselho Fiscal serão tomadas por maioria de votos e constarão de Ata
lavrada em livro próprio, aprovada e assinada no final dos trabalhos de cada reunião, pelos 03 (três)
Conselheiros Fiscais presentes.
a) examinar a escrituração contábil da SAB, assim como a documentação a ela referente, emitindo
parecer;
b) examinar o relatório das atividades da SAB, assim como a demonstração dos resultados
econômico-financeiros do exercício findo, emitindo parecer quanto a esses últimos;
d) examinar se os montantes das despesas e inversões realizadas estão de acordo com os programas
e decisões da Assembleia Geral, emitindo parecer.
Parágrafo Único. Para os exames e as verificações adequadas dos livros, das contas e dos documentos
necessários, poderá o Conselho Fiscal, ouvida a Diretoria Executiva, contratar o assessoramento de
técnico especializado e registrado em órgão competente.
57