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artigo-pesquisa 2015
PSPXXX10.1177/0146167215599749Boletim de Personalidade e Psicologia SocialPark et al.

Artigo

Personalidade e Social
Boletim de Psicologia
(Psicológica) A distância faz o coração 1–15
© 2015 pela Society for Personality

Grow Fonder: Efeitos da Psicologia e Psicologia Social, Inc.

Reimpressões e permissões:
sagepub.com/journalsPermissions.nav
Distância e Inteligência Relativa em DOI: 10.1177/0146167215599749
pspb.sagepub.com
Atração masculina por mulheres

Lora E. Park1, Ariana F. Young2 e Paul W. Eastwick3

Resumo

A atração interpessoal pode ser moldada por (a) a distância psicológica de um alvo (a experiência subjetiva de que um alvo está próximo ou distante do self) e
(b) a posição percebida de um alvo em um traço relativo ao self (como melhor ou pior do que o próprio). Propomos que, ao avaliar um alvo psicologicamente
distante, os indivíduos podem confiar em esquemas abstratos (por exemplo, a conveniência dos traços de um parceiro) e preferir alvos que possuam mais (vs.
menos) qualidades desejáveis do que eles. No entanto, ao avaliar alvos psicologicamente próximos, detalhes contextuais concretos do ambiente (por exemplo,
como o comportamento de um alvo afeta as autoavaliações no momento) podem determinar a atração dos indivíduos em relação aos alvos.

Seis estudos revelaram que, ao avaliar alvos psicologicamente distantes, os homens mostraram maior atração por mulheres que exibiam mais (vs. menos)
inteligência do que eles. Em contraste, quando os alvos estavam psicologicamente próximos, os homens mostraram menos atração pelas mulheres que os
enganaram.

Palavras-chave
distância psicológica, comparação social, atração, nível de construção, autoavaliação

Recebido em 21 de maio de 2014; revisão aceita em 17 de julho de 2015

Imagine que Joe está antecipando um encontro às cegas. Seu amigo a
descreve como divertida e atlética – alguém que poderia inspirar Joe a ir à
academia com mais regularidade. Agora, avance rapidamente para a data.
Depois do jantar, Joe e seu par vão para o complexo esportivo local para
uma partida de minigolfe e algumas rodadas nas gaiolas de rebatidas. Para
sua surpresa, ela o vence por várias tacadas no minigolfe e esmaga sua
média de rebatidas nas gaiolas. Joe se sente desanimado e decide não vê-la
novamente.
Este exemplo, embora um tanto clichê, ilustra um princípio mais amplo de
distância psicológica: quando um evento está psicologicamente distante (no
tempo, no espaço ou na hipotética), os indivíduos confiam em representações
abstratas e esquemáticas do evento. No entanto, à medida que a distância
psicológica diminui, os indivíduos se concentram em aspectos mais concretos
e proximais do ambiente para determinar como pensar, sentir e se comportar
(Trope & Liberman, 2010).
A presente pesquisa aplica os princípios básicos da distância psicológica
para estudar a atração interpessoal – um domínio no qual os parceiros
a presente pesquisa gera novas previsões sobre as condições sob as quais
as pessoas são atraídas ou não por outras.
Especificamente, propomos que a atração é afetada por duas características-
chave do ambiente social: (a) distância psicológica, ou a distância entre si
mesmo no aqui e agora e a construção mental de um alvo de um ponto de
vista egocêntrico; e (b) a posição percebida de um alvo em relação a si
mesmo, ou como um alvo se sai em alguma dimensão em relação a si mesmo.
Sugerimos que quando os indivíduos estão psicologicamente distantes
de um alvo, eles podem ser atraídos por alvos que possuem mais (vs. menos)
qualidades desejáveis do que eles.
No entanto, à medida que a distância psicológica diminui, a atração por alvos
pode ser mais influenciada por pistas situacionais, como como o alvo faz a
pessoa se sentir no momento. Para ilustrar esses processos, os estudos
atuais examinaram a atração dos homens
1

Universidade de Buffalo, NY, EUA

abstratos e hipotéticos e os parceiros de interação ao vivo nem sempre 2
Universidade Luterana da Califórnia, Thousand Oaks, CA, EUA
provocam as mesmas avaliações e comportamentos interpessoais (Eastwick, 3
Universidade do Texas em Austin, EUA
Hunt, & Neff, 2013; Eastwick, Luchies, Finkel e Hunt, 2014). Integrando
pesquisas sobre teoria de nível de construção (CLT; Trope & Liberman, 2010) Autor correspondente:
com o modelo de manutenção de autoavaliação (SEM; Tesser, 1988), Lora E. Park, University at Buffalo, 344 Park Hall, Buffalo, NY 14260, EUA.
E-mail: lorapark@buffalo.edu

Transferido de psp.sagepub.com nas BIBLIOTECAS UNIV OF GEORGIA em 12 de setembro de 2015

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2 Boletim de Personalidade e Psicologia Social
para mulheres que superaram (vs. desempenho inferior)
no domínio da inteligência. Previmos que, ao avaliar alvos
psicologicamente distantes (por exemplo, em interações hipotéticas ou
espacialmente distantes), os homens achariam uma mulher atraente se
ela possuísse mais (vs. menos) qualidades desejáveis do que eles (por
exemplo, fosse mais inteligente do que eles).
Em contraste, ao avaliar alvos psicologicamente próximos ( p . de
ser enganado por uma mulher). Essa síntese de CLT e SEM contribui
para um crescente corpo de pesquisa que identifica diferenças nos
processos psicológicos em contextos hipotéticos versus contextos ao
vivo – uma distinção crítica que permeia a pesquisa psicológica social
(Eastwick et al., 2013).
Teoria de nível de construção
Uma característica do ser humano é a capacidade de representar
mentalmente objetos e eventos no tempo e no espaço. De acordo com
a CLT (Trope & Liberman, 2010), as representações mentais variam de
acordo com a distância psicológica entre si e um alvo (um objeto,
evento, pessoa ou ação). À medida que a distância psicológica aumenta,
as pessoas adotam níveis mais altos de construção mental que
representam informações sobre um estímulo usando recursos abstratos
e prototípicos. À medida que a distância psicológica diminui, as pessoas
formam representações mais concretas e detalhadas do estímulo,
incorporando características secundárias em suas representações.
Estímulos psicologicamente próximos são assim construídos em termos
de características locais periféricas, como a experiência momentânea
de alguém, para determinar como se sente em situações de interpretação
de baixo nível. Como os indivíduos geralmente têm menos informações
disponíveis ou confiáveis para eventos psicologicamente distantes, eles
normalmente formam representações abstratas de eventos.
Acredita-se que essa associação – entre maior distância psicológica e
interpretação de alto nível – seja supergeneralizada, levando a uma
dependência de processos de interpretação de nível superior para
eventos distantes e processos de interpretação de nível inferior para
eventos proximais, mesmo em situações em que se tem a mesma
informação sobre eventos distais e proximais.
Um grande corpo de pesquisa apoia essas ideias (Liberman &
Trope, 2014). Os alvos que são retratados no futuro distante (vs.
próximo) são percebidos usando interpretações de nível superior que
se concentram em características centrais e esquemáticas dos alvos.
Por exemplo, ao fazer julgamentos relacionados ao futuro, as pessoas
colocam mais peso em traços gerais e descontextualizados para prever
o comportamento dos outros do que em estados específicos da situação
(Nussbaum, Trope, & Liberman, 2003). À medida que um evento se
torna mais distante no tempo, as preocupações superiores influenciam
as decisões mais do que as características incidentais ou as
preocupações subordinadas. Por exemplo, os valores ideológicos
orientam as intenções comportamentais das pessoas ao considerar um
futuro distante versus um evento iminente (Ledgerwood, Trope, &
Chaiken, 2010). Em termos de distância espacial, os indivíduos inferem espontaneamente
correspondiamtraços abstratos de com seu parceiro ideal idiossincrático
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a mesma informação comportamental sobre os outros quando eles são
apresentados como distantes versus próximos (Rim, Uleman, & Trope,
2009). Eles também atribuem o comportamento dos outros a disposições
duradouras versus demandas situacionais quando o comportamento é
descrito como espacialmente distante (Henderson, Fujita, Trope, &
Liberman, 2006).
Com base nessas ideias, sugerimos que, quando as pessoas
avaliam um alvo distante, elas são especialmente propensas a fazer
inferências baseadas em traços sobre o alvo; suas avaliações de alvos
distantes estarão, portanto, fortemente ligadas às implicações positivas
ou negativas das características do alvo. Em contraste, os traços são
menos propensos a serem inferidos de comportamentos à medida que
um alvo se aproxima, o que deixa mais espaço para as avaliações das
pessoas de um alvo incorporarem características contextuais da
situação, como reações afetivas momentâneas ou autoavaliações.
Pode-se perguntar se a percepção direta de um alvo fisicamente
presente no “aqui e agora” requer alguma interpretação. Na verdade, a
CLT deve ser aplicável a qualquer situação em que um indivíduo forme
uma representação mental de um estímulo; objetos de percepção direta
são construídos desde que o observador forme uma representação
mental do objeto (Bruner, 1957). De fato, pesquisas clássicas sobre
percepção de pessoas demonstram que os humanos formam
espontaneamente impressões de outros – impressões que requerem a
formação de uma representação mental de uma pessoa e seus traços
associados (Uleman, Saribay, & Gonzalez, 2008). Assim, os participantes
que percebem diretamente uma pessoa fisicamente presente estão
interpretando essa pessoa, embora em um nível muito baixo de
interpretação.
A pesquisa de Liviatan, Trope e Liberman (2008) é especialmente
relevante para o presente trabalho. Seus estudos examinaram os
efeitos da distância social (isto é, similaridade interpessoal) nas
representações mentais e julgamentos dos outros.
Baseando-se na CLT, eles esperavam que os indivíduos confiassem
mais em características secundárias subordinadas – e menos em
características primárias e superordenadas – ao perceber as ações dos
alvos quando eles eram interpretados como socialmente próximos
(semelhantes vs. diferentes). Como previsto, os participantes que se
sentiram semelhantes a um alvo mostraram um nível mais baixo em
relação a interpretações de nível superior em seus julgamentos das
ações do alvo e atribuíram maior peso às características subordinadas
ao julgar a habilidade e o desempenho do alvo.
A pesquisa atual expande essas ideias examinando como os
processos de comparação social se cruzam com a CLT para prever a
atração interpessoal. Especificamente, estendemos além dos
julgamentos das ações dos outros para examinar como a inteligência
de um alvo, em relação à própria, afeta a atração ao avaliar alvos
psicologicamente próximos versus distantes que variam em outros tipos
de distância (por exemplo, hipotetização, distância espacial).
Um estudo recente aplicou a CLT para examinar a distinção entre
contextos interpessoais que envolviam interações hipotéticas versus
reais (Eastwick, Finkel, & Eagly, 2011).
Este estudo descobriu que, quando os participantes avaliaram o perfil
escrito de um parceiro em potencial (um contexto abstrato de alto nível),
eles relataram maior interesse romântico quando os traços do parceiro
(vs. incompatíveis)
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Parque et ai.
preferências (ou seja, traços abstratos que os participantes costumavam
descrever seu parceiro ideal). No entanto, após uma interação ao vivo
com o parceiro (um contexto concreto de baixo nível), a extensão em que
os traços dos parceiros correspondiam aos ideais dos participantes não
predizia interesse romântico.
Subjacente a essa mudança na validade preditiva dos ideais do
parceiro está o fato de os participantes levarem em consideração fatores
contextuais na interação ao vivo e reinterpretarem o significado dos traços
do parceiro. Por exemplo, os participantes que não gostaram da
característica “fala franca” em um parceiro ideal provavelmente
interpretariam essa característica como “sem tato” no contexto hipotético.
No entanto, ao conhecer e gostar de um parceiro do sexo oposto na
interação ao vivo, os participantes provavelmente reinterpretaram o traço
do parceiro “franco” para ter a conotação mais positiva “franco”. Assim,
em interações reais, face a face, as pessoas usam informações
experienciais de baixo nível (por exemplo, o afeto momentâneo que o
parceiro inspira) para reinterpretar o significado de informações abstratas
de alto nível sobre os parceiros, o que influencia suas avaliações de esses
parceiros.
Modelo de Manutenção de Autoavaliação
De acordo com a CLT, o aumento da distância psicológica leva as
pessoas a confiar em informações abstratas e superordenadas na
formação de impressões, enquanto a diminuição da distância psicológica
leva as pessoas a confiar em informações mais concretas e
contextualizadas para determinar como pensar e sentir. Juntas, essas
ideias podem ser relevantes para a compreensão do impacto dos outros
no eu e na atração interpessoal.
De acordo com o modelo SEM (Tesser, 1988), o desempenho dos
outros molda as autoavaliações com base (a) na auto-relevância da
dimensão de comparação, (b) no desempenho do alvo na dimensão
relativa a si mesmo e (c) no grau de proximidade com o alvo. Na presente
pesquisa, mantivemos a auto-relevância equivalente em todos os estudos
– enquadrando o teste como um teste de inteligência – e variando o
desempenho do alvo em relação a si mesmo quando o alvo estava
psicologicamente próximo versus distante.
Quando um outro próximo (mas não distante) supera o eu, isso afeta
negativamente as autoavaliações por meio de processos de comparação
social ascendente (Festinger, 1954). “Outro próximo” é tipicamente
definido como alguém que compartilha uma conexão psicologicamente
significativa com o eu, semelhante à relação de unidade; amigos são mais
próximos do que estranhos, outros semelhantes são mais próximos do
que outros diferentes, e assim por diante (Tesser, 1988). Em pesquisas
anteriores de SEM, “proximidade” geralmente foi definida em termos de
relacionamentos preexistentes, como amigos, irmãos, relacionamentos
românticos estabelecidos ou percepções de semelhança de auto-alvo
(Lockwood, Dolderman, Sadler, & Gerchak, 2004; Ratliff & Oishi, 2013;
Tesser & Campbell, 1982). Enquanto essas conceituações tratam a
proximidade como uma propriedade estática e preexistente, mesmo uma
breve proximidade psicológica criada no laboratório pode levar os
indivíduos a agir de maneira paralela à forma como eles podem agir em
relacionamentos estabelecidos. Sugerimos, portanto, que o conceito de
proximidade possa ser estendido a
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3
abrangem formas mais amplas de distância psicológica, como
hipotetização e distância espacial.
Desejando a inteligência em si mesmo e em
Um parceiro
Ao avaliar alvos psicologicamente distantes (por exemplo, alvos
hipotéticos, espacialmente distantes), os homens podem ser mais atraídos
por parceiros que os superam (vs. desempenho inferior) em uma tarefa
auto-relevante. No entanto, espera-se que o oposto surja em contextos
psicologicamente próximos nos quais o alvo é construído como próximo
ao self (por exemplo, em interações reais, espacialmente próximas).
Nessas últimas situações, os homens podem ser menos atraídos por
alvos que os superam em inteligência, e isso pode ser devido a mudanças
momentâneas nas experiências afetivas (por exemplo, sentir-se menos
masculino por ser enganado por uma mulher). Os estudos atuais
concentram-se na inteligência relativa, que é relevante para a população
em estudo (estudantes universitários). Ser inteligente pode ser
especialmente importante para os homens, uma vez que os principais
aspectos da inteligência, como a capacidade analítica, são considerados
estereotipicamente masculinos (Diekman & Eagly, 2000).
A inteligência não é apenas um traço pessoal desejável, mas também
é preferida em parceiros românticos, pelo menos em abstrato.
Apoiando essa ideia, dados piloto (N = 55 estudantes universitários do
sexo masculino) revelaram que 86% dos homens relataram que se
sentiriam confortáveis parceiros de namoro que eram mais inteligentes
do que eles (ou seja, selecionaram 4 ou 5 em uma escala de 1 =
fortemente desfavorável ). concordo com = 3,92, SD
5 = concordo = 0,88), e Mfull
totalmente;
amostra
essa média diferiu significativamente do ponto médio da escala, t(54) =
7,83, p < 0,001. Tais achados são consistentes com pesquisas que
mostram que as pessoas preferem que seu parceiro romântico ideal tenha
personalidade mais favorável e ter maior valor de parceiro do que eles
próprios (Figueredo, Sefcek, & Jones, 2006). Assim, esperávamos que os
homens fossem atraídos por alvos psicologicamente distantes que
possuíssem mais (vs. menos) qualidades desejáveis (por exemplo,
inteligência) do que eles .
No entanto, os homens são atraídos por mulheres que demonstram
inteligência quando estão psicologicamente próximas? Um estudo recente
descobriu que, nos casos em que os homens percebiam que sua parceira
de namoro rápido era mais inteligente do que eles, sua percepção de sua
inteligência estava negativamente relacionada ao interesse romântico por
ela (Fisman, Iyengar, Kamenica e Simonson, 2006). Ou seja, em uma
interação cara a cara, os homens achavam a inteligência de uma mulher
atraente até certo ponto, mas uma vez que a inteligência dela superava a
dele, seu interesse romântico diminuía. Além dessas descobertas,
nenhum outro estudo, até onde sabemos, examinou o impacto da
inteligência relativa na avaliação de alvos psicologicamente próximos
versus distantes.
Visão geral da pesquisa atual
Concentrando-se nas avaliações românticas dos homens sobre as
mulheres, realizamos seis estudos para examinar a atração interpessoal
em função das características mutáveis do ambiente. Em estudos
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4 Boletim de Personalidade e Psicologia Social
1a e 1b, examinamos a atração por alvos que estavam psicologicamente
distantes (ou seja, hipotéticos, espacialmente distantes) e os superaram
(vs. desempenho inferior) em um teste de inteligência. Os estudos 2a e
2b examinaram a atração por alvos psicologicamente próximos (ou seja,
reais, espacialmente próximos), e os estudos 3a e 3b manipularam tanto
a distância psicológica quanto o desempenho relativo para examinar a
atração e um mediador potencial, os sentimentos de masculinidade.
Incluímos recursos de design ao longo desses estudos para fortalecer
a base das conclusões tiradas e descartar explicações alternativas. Por
exemplo, administramos diferentes tipos de testes para determinar se o
domínio da inteligência era importante. Também incluímos uma condição
de não feedback de desempenho e comparamos as reações com um
alvo feminino versus masculino (Estudo 1b) para determinar se o desejo
dos homens de interagir com os outros variava de acordo com o sexo do
alvo. Também incluímos verificações de manipulação da distância
psicológica (Estudo 3b) e avaliamos a atração romântica de maneiras
conceitualmente semelhantes, mas metodologicamente variadas, usando
auto-relato e medidas comportamentais (por exemplo, distância da
cadeira).
Estudo 1a
No Estudo 1a, esperávamos que homens expostos a um alvo
psicologicamente distante (ou seja, uma mulher hipotética) formassem
impressões favoráveis e mostrassem maior interesse romântico por ela
quando ela demonstrasse mais (vs. menos) inteligência do que eles.
Para determinar se o domínio do desempenho importava, manipulamos
o teste no qual a mulher teve desempenho superior ou inferior aos
participantes (matemática vs. inglês).
Participantes e Procedimento
Cento e cinco estudantes de graduação do sexo masculino (Mage =
19,29 ) participaram de um “Estudo de Experiências Sociais” em troca
de créditos do curso de psicologia. ou aula de inglês (consulte o arquivo
de metodologia para todos os materiais). Eles foram instruídos a se
imaginarem na situação e a considerar como pensariam, sentiriam e se
comportariam. Em seguida, os participantes avaliaram suas impressões
sobre as habilidades sociais do alvo (por exemplo, “calor”, “amigável”)
em uma escala de 1 (nada) a 7 (extremamente; 10 itens, ÿ = 0,91;
Rudman & Glick, 1999 ) e sua desejabilidade como parceira romântica
(por exemplo, “Quão desejável ela é para você como uma possível
parceira romântica de longo prazo?” de 1 = nada
a 7 = extremamente; 3 itens, ÿ = 0,89; Hill & Buss, 2008).
Resultados e discussão
Os resultados de uma ANOVA de duas vias com desempenho alvo
(desempenho superior vs. desempenho inferior) e domínio (matemática
vs. Inglês) como variáveis independentes (IVs) revelaram um efeito
principal significativo do desempenho alvo na previsão de percepções
das habilidades sociais do alvo, F (1, 101) = 4,50, p = 0,04, d = 0,42, 95%
Transferido de psp.sagepub.com nas BIBLIOTECAS UNIV OF GEORGIA em 12 de setembro de 2015
intervalo de confiança (IC) = [0,02, 0,75]; nenhum outro efeito ou
interação de ordem superior foi significativa. Os homens classificaram
os alvos que os superaram (M = 4,37, SD = 0,93), independentemente
do domínio, como mais habilidosos socialmente do que os alvos com
desempenho inferior (M = 3,98, SD = 0,94). Para a desejabilidade como
parceiro romântico, houve um efeito principal significativo do desempenho
alvo, F(1, 101) = 4,98, p = 0,03, d = 0,44, IC 95% = [0,06, 0,97]; os
homens encontraram alvos que os superaram (M = 5,21, SD = 1,11)
como parceiros mais desejáveis do que alvos com desempenho inferior
(M = 4,69, SD = 1,26). Nenhum outro efeito foi significativo.
O estudo 1a revelou que, quando os homens imaginavam ser
superados (vs. subdesenvolvidos) por uma mulher em um cenário
hipotético, eles a avaliavam mais favoravelmente e mostravam maior
interesse romântico por ela. O domínio não importava; independentemente
de os homens se imaginarem sendo superados por uma mulher em
matemática ou inglês, eles a perceberam como mais habilidosa
socialmente e desejável como parceira romântica quando ela exibia
mais (vs. menos) inteligência do que eles.
Estudo 1b
A distância psicológica pode ser conceituada não apenas em termos de
hipotetização, mas também em termos de distância espacial. No Estudo
1b, os participantes acreditavam que estariam interagindo com um alvo
que estava em uma sala ao fundo do corredor. Como no Estudo 1a,
manipulamos o desempenho relativo, de modo que os alvos tiveram um
desempenho melhor ou pior do que os participantes em um teste de
inteligência. Para determinar se as impressões interpessoais variavam
em função do sexo do alvo, os participantes acreditavam que estariam
interagindo com um alvo masculino ou feminino.
Esperávamos que os homens avaliassem os alvos de forma mais
favorável quando exibissem mais (vs. menos) inteligência do que eles
próprios. Examinamos ainda se o desejo dos participantes de interagir
era específico para alvos femininos ou estendido para alvos masculinos.
Participantes e Procedimento
Cento e cinquenta e um universitários do sexo masculino (Mage = 18,99)
participaram de um “Estudo de Performance e Primeiras Impressões”
em troca de créditos do curso de psicologia. Os participantes foram
informados de que o estudo tinha duas partes. Primeiro, eles
completariam um teste de inteligência e depois interagiriam com um
parceiro que estava em uma sala no final do corredor (consulte o
suplemento on-line para todos os materiais e roteiros usados nos estudos).
Os participantes então completaram um teste que presumivelmente
avaliou sua inteligência e foi enquadrado como um preditor de sucesso
acadêmico futuro. O teste computadorizado consistiu em 15 questões
de matemática do Graduate Record Examination (GRE) que deveriam
ser concluídas em 12 minutos. Decorrido o tempo, os participantes
submeteram seu teste para ser “classificado” pelo computador.
Os participantes viram uma tela piscando “Calculando sua pontuação
no teste . . .” seguido de seus resultados. Todos os participantes foram
levados a acreditar que acertaram 8/15 questões. Em seguida, os
participantes foram informados de que trocariam informações básicas com
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Parque et ai.
seu parceiro antes da interação. Eles foram informados de que a
quantidade de informações trocadas foi atribuída aleatoriamente
para que alguns participantes soubessem mais ou menos sobre seu
parceiro.
Todos os participantes então preencheram um Folheto de
Informações para Parceiros onde relataram seu gênero e pontuação
no teste. O experimentador então pegou o folheto e saiu do
laboratório, ostensivamente para entregá-lo ao seu parceiro no
corredor. Após alguns momentos, o experimentador retornou com
um formulário, supostamente preenchido pelo parceiro, indicando
que o parceiro era homem ou mulher e que acertou 12/15 questões
(condição de desempenho superior) ou 4/15 questões corretas.
(condição de baixo desempenho). Os participantes então preencheram
um Questionário de Primeiras Impressões no qual avaliaram as
habilidades sociais de seu parceiro usando a mesma medida do
Estudo 1a (ÿ = 0,93) e relataram seu interesse em interagir com seu
parceiro (por exemplo, “Eu gostaria de interagir com meu parceiro ”;
três itens, ÿ = 0,75) de 1 (nada) a 7 (muito); os itens foram
padronizados e então calculados a média. O experimentador então
explicou que não havia tempo suficiente para a interação, então os
participantes foram interrogados e dispensados.
Resultados e discussão
Para percepções das habilidades sociais do alvo, uma ANOVA de
duas vias com desempenho alvo (desempenho superior vs.
desempenho inferior) e sexo alvo (masculino vs. feminino) como os
IVs revelou um efeito principal marginalmente significativo do
desempenho alvo, F(1, 147) = 3,13, p = 0,08, d = 0,30, IC 95% =
[ÿ0,02, 0,46]; nenhum outro efeito ou interação foi significativo. Os
homens tendiam a classificar os alvos que os superavam (M = 4,05,
SD = 0,75) como mais habilidosos socialmente do que os alvos que
os superavam (M = 3,84, SD = 0,74).
Para o desejo de interagir, houve efeitos principais significativos
de sexo alvo, F(1, 147) = 12,87, p <0,001, d = 0,57, IC 95% = [0,20,
0,69] e desempenho alvo, F(1, 147) = 5,86, p = 0,02, d = 0,36, IC
95% = [0,05, 0,54], qualificado por uma interação significativa Sexo
Alvo × Desempenho Alvo, F(1, 147) = 8,76, p = 0,004. Os homens
relataram maior desejo de interagir com o alvo feminino quando ela
superou (M = 0,55, SD = 0,76) versus desempenho inferior (M =
-0,11, SD = 0,71), F(1, 147) = 21,87, p < 0,001, d = 0,90, IC 95% =
[0,31, 1,01]. Homens que esperavam interagir com um alvo masculino
não diferiram em seu desejo de interagir em função da condição de
desempenho (desempenho superior: M = -0,25, SD = 0,84;
desempenho inferior: M = -0,19, SD = 0,70; p = 0,70 ). Além disso,
os homens que foram superados mostraram maior interesse em
interagir com o alvo feminino versus masculino, F(1, 147) = 14,19, p
< 0,001, d = 1,00, IC 95% = [0,47, 1,15], enquanto essa diferença
não foi significativo quando o alvo teve um desempenho pior do que
os participantes.
Em suma, o Estudo 1b demonstrou que quando os homens
esperavam interagir com um parceiro que estava espacialmente
distante (ou seja, no final do corredor), eles percebiam alvos que
demonstravam mais (vs. menos) inteligência do que eles como sendo maiscomplementar online).
Transferido de psp.sagepub.com nas BIBLIOTECAS UNIV OF GEORGIA em 12 de setembro de 2015
5
socialmente habilidoso, independentemente do sexo do alvo. Além
disso, os homens relataram maior desejo de interagir com alvos
femininos (vs. masculinos) que exibiam mais (vs. menos) inteligência
do que eles. Uma interpretação dessas últimas descobertas é que,
como os homens valorizam a inteligência em parceiros românticos,
eles expressaram maior interesse em interagir com mulheres (mas
não homens) que mostraram níveis mais altos de inteligência do que
eles. Uma explicação alternativa é que, como os alvos masculinos
são mais semelhantes aos homens do que os alvos femininos, os
homens se sentiram mais ameaçados por alvos masculinos que os
superaram e, assim, se distanciaram dos alvos masculinos (mas não
femininos). Essa explicação parece improvável, no entanto, dado
que os homens não depreciaram as habilidades sociais dos alvos
masculinos quando eles foram superados.
Estudo 2a
Os estudos 1a e 1b envolveram alvos psicologicamente distantes
(ou seja, um alvo hipotético; esperando interagir com um parceiro
que estava no corredor). Esses estudos revelaram um padrão de
respostas consistente com interpretações de alto nível ou esquemas
abstratos sobre qualidades desejadas em um parceiro romântico.
Em particular, os homens formaram impressões favoráveis de alvos
que demonstraram mais (vs. menos) inteligência do que eles e
mostraram maior atração e gosto por mulheres que possuíam essa
característica desejável.
No próximo conjunto de estudos, examinamos as reações a uma
cúmplice feminina que estava psicologicamente próxima (ou seja,
real; espacialmente próxima). Nessas situações proximais, esperava-
se que ser superado fosse uma experiência altamente saliente e
imersiva que pudesse levar os homens a se distanciar das mulheres
que os superavam em inteligência. Tais achados seriam consistentes
com os de Liviatan e colegas (2008), que descobriram que alvos que
eram socialmente próximos (em termos de similaridade) eram
julgados mais em termos de características concretas e subordinadas
em comparação com características abstratas e superordenadas.
Participantes e Procedimento
Noventa graduandos do sexo masculino participaram de um “Estudo
de Atitudes Interpessoais” em troca de créditos do curso de psicologia.
Nove participantes foram excluídos por suspeitarem do confederado
ou não acreditarem no feedback do teste; a amostra final foi composta
por 81 participantes (Mage = 18,81). Ao chegar ao laboratório, o
participante estava sentado em uma sala fora do corredor do
laboratório. Pouco depois, houve uma batida na porta principal. O
experimentador trouxe uma cúmplice feminina para a sala e a sentou
ao lado da participante. Os participantes foram informados de que o
estudo tinha duas partes: um teste de inteligência, seguido de uma
interação interpessoal. Especificamente, os participantes foram
informados de que os pesquisadores estavam interessados em
fatores que influenciam a atração, então eles seriam solicitados a
recriar aspectos de um encontro típico. O participante e o cúmplice
foram então deixados sozinhos para se apresentarem (ver material
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6 Boletim de Personalidade e Psicologia Social

Em seguida, o participante e o confederado tiveram 15 minutos Resultados e discussão

para completar uma versão em papel e lápis de um teste de matemática
Os resultados de uma ANOVA de uma via com desempenho alvo
GRE enquanto estavam sentados lado a lado. Com 30 s restantes do
(desempenho superior vs. desempenho inferior) como o IV mostraram
teste, o experimentador pegou uma das duas cadeiras que estavam
um efeito principal significativo na previsão da distância da cadeira,
localizadas no corredor principal do laboratório e a arrastou pelo chão
F(1, 79) = 4,02, p = 0,05, d = 0,44, 95% IC = [0,02, 7,08]. Os homens
(para ser ouvida pelo participante) até a sala adjacente. Depois que a
colocaram sua cadeira mais longe da cadeira da cúmplice feminina
cadeira foi colocada no local designado, o cronômetro disparou. O
quando ela teve desempenho superior (M = 32,58, DP = 7,48) versus
experimentador então voltou para a sala onde o participante e o
desempenho inferior (M = 29,03, DP = 8,46). Para a atratividade
cúmplice estavam sentados, coletou seus testes e depois saiu para
percebida, houve um efeito principal marginalmente significativo do
classificá-los ostensivamente em outra sala. Em seguida, o cúmplice
desempenho alvo, F(1, 79) = 3,68, p = 0,06, d = ÿ0,42, IC 95% = [ÿ0,69,
iniciou uma conversa semi-escrito com o participante, fazendo perguntas
0,01]; os homens tendiam a classificar a cúmplice feminina como menos
gerais de fundo (por exemplo, “Em que ano você é?” “De onde você
atraente quando ela superava (M = 5,12, SD = 0,79) em comparação
é?”); ela foi treinada para manter a conversa neutra e no rumo certo.
com quando ela os superava ( M = 5,46, SD = 0,81).
Sua história de capa era que ela era uma caloura não declarada de 18
anos da área local.
Para interesse romântico, dicotomizamos essa variável de modo
que as respostas “sim” para ambos os itens de interesse romântico
Após alguns minutos, o experimentador retornou com os testes
fossem recodificados como 1 = interessado em discutir temas
“classificados” e anunciou suas pontuações enquanto devolvia os
românticos; 0 = não está interessado em discutir temas românticos
testes. Os participantes sempre acertaram 12/20 questões. Na condição
(20% dos participantes responderam “sim” a ambos os itens). Os
Outperformance, o confederado acertou 18; na condição de baixo
resultados de uma regressão logística binária com interesse romântico
desempenho, ela acertou 6. Todos os exames tiveram a pontuação
como variável dependente categórica (DV) produziram um efeito
escrita em tinta vermelha no topo da página com o número
significativo da condição de desempenho, B = -0,72, SE = 0,31, Wald =
predeterminado de questões marcadas como incorretas. Em seguida,
5,23, p = 0,022, Exp(B) = 0,49, IC 95% = [0,26, 0,90].
o experimentador explicou que todos preencheriam um Questionário
Homens que foram superados por uma mulher confederada se
de Primeiras Impressões antes da interação.
distanciaram mais dela, tenderam a avaliá-la como menos atraente e
mostraram menos desejo de trocar informações de contato ou planejar
Antes de fazer isso, no entanto, o participante foi solicitado a
um encontro com ela. Esses achados contrastam com os dos Estudos
configurar as cadeiras para a próxima interação enquanto o
1a e 1b, que descobriram que os homens formavam impressões
experimentador carregava os questionários nos computadores.
favoráveis e mostravam maior interesse em mulheres que exibiam
Especificamente, o participante foi instruído a pegar sua cadeira
mais (vs. menos) inteligência do que elas.
(localizada no corredor principal do laboratório) e colocá-la em frente à
A principal diferença é que, no estudo atual, os homens interagiram
cadeira de seu parceiro. O experimentador mais tarde mediu a
com uma mulher psicologicamente próxima (ou seja, real, espacialmente
distância, em polegadas, entre a cadeira do participante e a cadeira do
próxima), enquanto nos estudos anteriores a mulher estava
cúmplice como medida comportamental de atração. Depois que o
psicologicamente distante (ou seja, hipotética, espacialmente distante).
participante saiu da sala para mover a cadeira, o experimentador
carregava o questionário do participante em um computador, movia o
cúmplice para um computador do outro lado da sala e carregava seu Estudo 2b
questionário. Quando o participante voltou para a sala, ele classificou O Estudo 2b procurou estender as descobertas do Estudo 2a (a)
o quão atraente e desejável (quatro itens, ÿ = 0,84) o alvo parecia de 1 incluindo uma condição de controle na qual os participantes não
(nada) a 7 (extremamente) e relatou seu interesse (sim/ não) em falar receberam feedback de desempenho para determinar se os homens
sobre uma série de tópicos com seu parceiro na próxima interação. estão se distanciando das mulheres que os superam ou se aproximando
Dois dos tópicos refletiam interesse romântico: (a) planejar um encontro das mulheres que os superam e (b) variando o domínio para determinar
futuro com seu parceiro e (b) trocar informações de contato, que foram se ser superado em domínios específicos afeta diferencialmente a
incorporadas a uma lista de tópicos de preenchimento. atração dos homens por mulheres em uma interação real, espacialmente
próxima (ou seja, face a face).
Em seguida, o experimentador explicou que não haveria tempo
suficiente para a interação; em vez disso, os participantes responderam
às seguintes perguntas por escrito: “O que você acha que era esse
Participantes e Procedimento
experimento? Havia algo estranho ou suspeito sobre esse experimento? Setenta e três universitários do sexo masculino (Mage = 18,95)
Se sim, o quê?” participaram de um “Estudo de Atitudes Interpessoais” em troca de
As respostas foram posteriormente codificadas para saber se os créditos do curso de psicologia. O estudo seguiu procedimentos
participantes mencionaram (a) que seu parceiro não era real ou parte semelhantes aos do Estudo 2a, com algumas exceções. Primeiro,
do estudo ou (b) achavam que sua pontuação no teste era falsa. Os incluímos uma condição sem feedback (controle); depois de fazer o
participantes que relataram suspeita em um ou mais desses itens teste, os participantes simplesmente passavam para a próxima parte
foram excluídos das análises. do estudo. Também manipulamos o tipo de teste, de modo que os participantes

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Parque et ai.
um teste GRE de matemática ou verbal. Além de examinar a distância da
cadeira como um indicador de atração, os participantes relataram seu desejo de
interagir com seu parceiro usando a mesma medida do Estudo 1b (ÿ = 0,80).
Resultados e discussão
Uma ANOVA de duas vias com desempenho alvo (desempenho superior vs.
desempenho inferior vs. condição de controle) e tipo de teste (teste matemático
vs. verbal) como os IVs mostraram um efeito principal marginalmente significativo
do desempenho alvo na previsão da distância da cadeira, F(2, 67 ) = 2,46, p =
0,09; o efeito do tipo de teste e sua interação com o desempenho alvo não foram
significativos. Comparações de pares revelaram que os homens colocaram sua
cadeira mais longe da cadeira da cúmplice feminina quando ela os superou (M
= 33,82, SD = 9,65) versus a condição sem feedback (controle) (M = 28,25, SD
= 7,14, p = 0,03 , d = -0,66, IC 95% = [0,50, 10,74]). Os homens também
tenderam a colocar sua cadeira mais longe da cadeira da cúmplice feminina
quando ela superou versus desempenhou inferior (M = 30,36, DP = 9,40),
embora essa diferença não tenha sido significativa.
Para o desejo de interagir, houve um efeito principal significativo do
desempenho alvo, F(2, 67) = 3,30, p = 0,04; o principal efeito do tipo de teste e
sua interação com o desempenho alvo não foram significativos. No geral, os
homens relataram menos desejo de interagir com a cúmplice feminina quando
ela superou (M = -0,29, SD = 0,72) versus desempenho inferior (M = 0,16, SD =
0,96, p = 0,05, d = 0,53, IC 95% = [ÿ0,92, 0,00]) ou não recebeu feedback de
desempenho (M = 0,26, SD = 0,73; p = 0,02, d = ÿ0,76, IC 95% = [ÿ1,03, ÿ0,09]).
Consistente com o Estudo 2a, o Estudo 2b descobriu que em um contexto
espacialmente próximo (interação face a face), os homens se distanciaram mais
de uma mulher quando ela os superou (vs. baixo) em um teste de inteligência,
independentemente do domínio . É importante ressaltar que os efeitos de ser
superado na distância da cadeira e no desejo de interagir diferiram de uma
condição sem feedback, enquanto a condição de desempenho inferior não diferiu
da condição de controle para nenhuma das medidas dependentes. Assim, em
comparação com quando não receberam feedback, os homens se distanciaram
mais das mulheres que os superaram, em vez de se aproximarem das mulheres
que tiveram desempenho inferior e estavam psicologicamente próximas.
Estudo 3a
Enquanto os estudos 1a e 1b descobriram que os homens eram atraídos por
uma mulher hipotética que os superava em inteligência, os estudos 2a e 2b
revelaram o padrão oposto quando os homens interagiram com uma mulher
que estava psicologicamente próxima (ou seja, uma interação real que era
espacialmente próxima/face). -encarar); neste caso, os homens mostraram
menos interesse em mulheres que os enganaram. Para garantir que essa
reversão não reflita um artefato incidental dos desenhos de estudo ou amostras
usadas nos estudos, o conjunto final de estudos procurou documentar ambos
os efeitos simultaneamente. Especificamente, manipulamos se
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7
uma mulher teve desempenho superior ou inferior aos participantes do sexo
masculino e se a mulher estava ou não psicologicamente distante ou próxima.
Com base em nossos estudos anteriores, esperávamos que os homens
mostrassem maior interesse romântico na mulher de desempenho superior (vs.
desempenho inferior) em uma condição psicologicamente distante, mas
mostrassem menos interesse na mulher de desempenho superior em uma
condição psicologicamente próxima. Em suma, esperávamos encontrar uma
interação Distância Psicológica × Desempenho do Alvo.
Também examinamos um potencial mediador nesses estudos: as auto-
avaliações de masculinidade dos homens. Pesquisas sobre masculinidade
precária sugerem que sentimentos de masculinidade podem ser desfeitos por
falhas e transgressões públicas (Bosson & Vandello, 2011). Como ser
competente e competitivo é especialmente importante para os homens (Cross
& Madson, 1997), ser superado por uma mulher pode ameaçar os sentimentos
de masculinidade dos homens. Esse efeito pode ser intensificado na condição
psicologicamente próxima (ou seja, cara a cara), quando os homens recebem
feedback na presença de uma mulher que o superou e, portanto, a ameaça é
pública e vívida. Sentimentos de masculinidade, por sua vez, devem prever
interesse romântico e desejo de interação, com base em pesquisas que mostram
que sentimentos de confiança e poder – construções que estão relacionadas à
masculinidade – inspiram desejo romântico (Finkel & Eastwick, 2009) e aberturas
românticas (Kunstman & Maner, 2011).
Especificamente, esperávamos que a interação Distância psicológica x
desempenho do alvo para prever sentimentos de masculinidade, de tal forma
que ser superado (vs. subdesempenhado) predizia masculinidade ameaçada na
condição psicologicamente próxima (vs. distante). Os sentimentos de
masculinidade, por sua vez, eram esperados para predizer interesse romântico
e desejo de interagir; assim, o efeito direto da interação Distância psicológica ×
desempenho-alvo no interesse romântico e no desejo de interagir pode ser
mediado pela masculinidade (ou seja, moderação mediada).
Participantes e Procedimento
Oitenta e dois universitários do sexo masculino participaram de um “Estudo das
Primeiras Impressões” em troca de créditos no curso de psicologia.
Onze participantes foram excluídos por suspeitarem do confederado ou não
acreditarem no feedback do teste, restando uma amostra final de 71 participantes
(Mage = 19,28).
Perto da condição. Na chegada ao laboratório, os participantes estavam
sentados em uma sala fora do corredor do laboratório. Logo depois, uma
cúmplice feminina bateu na porta e sentou-se ao lado do participante. Como em
estudos anteriores, os participantes foram informados de que primeiro fariam
um teste de inteligência seguido de uma interação com seu parceiro – a cúmplice
feminina. O participante e o cúmplice então preencheram um Folheto de
Informações para Parceiros que pedia seu nome, sexo, status de relacionamento,
idade, ano de escola e outras informações (consulte o material complementar
online). O confederado sempre dava as mesmas respostas (por exemplo, Jillian,
mulher, solteira, 19 anos,
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8 Boletim de Personalidade e Psicologia Social

segundo ano). O participante e o cúmplice então se revezavam lendo Resultados e discussão

suas informações pessoais em voz alta um para o outro, com o
participante sempre indo primeiro.
Em seguida, eles foram informados de que fariam um teste de
inteligência e descobririam se eles se saíam bem. O participante e o
confederado foram então sentados em mesas de computador em lados
opostos da sala e completaram um teste GRE (10 itens matemáticos e
10 verbais). Após 15 minutos, o computador solicitava aos participantes
que enviassem seus testes para avaliação. O experimentador então saiu
da sala e voltou com impressões de suas supostas pontuações nos
testes. As pontuações do participante e do confederado, juntamente com
seus primeiros nomes, apareciam na impressão. Os participantes sempre
acertaram 12/20 itens. Na condição Outperformance, o confederado
acertou 18 itens; na condição de baixo desempenho, ela acertou 6. Em
ambas as condições, o experimentador anunciava suas pontuações em
voz alta enquanto devolvia as impressões.
Em seguida, os participantes preencheram um Questionário de
Primeiras Impressões que continha itens avaliando seu interesse
romântico em seu parceiro (por exemplo, “Em geral, quão desejável você
acha seu parceiro?”) de 1 (nada) a 7 (muito; 5 itens , ÿ = 0,88) e desejo
de interagir com o parceiro usando a mesma medida dos Estudos 1b e
2b (ÿ = 0,72).
Eles então relataram a autodescritividade de qualidades estereotipicamente
masculinas (por exemplo, “competitivo”, “analítico”, 12 itens, ÿ = 0,80;
Diekman & Eagly, 2000) de 1 (nada) a 7 (extremamente). Por fim, o
experimentador informou que não haveria interação; os participantes
foram então sondados para suspeita e interrogados.
Condição distante. Os participantes da condição Distante seguiram os
mesmos procedimentos da condição Perto, exceto que nunca interagiram
com a cúmplice feminina; em vez disso, sua presença estava implícita
durante todo o estudo. Especificamente, o participante ouviu uma batida
na porta no início da sessão, e o experimentador supostamente levou a
cúmplice feminina para uma sala adjacente. Durante a tarefa de troca de
informações, o experimentador levou o Folheto de Informações do
Parceiro preenchido do participante para a outra sala e retornou com um
formulário preenchido contendo as mesmas informações da condição de
Próximo. O participante então lia essas informações enquanto a cúmplice
feminina ostensivamente lia as informações do participante.
Em seguida, o experimentador leu as instruções do teste para o
participante e depois foi para a outra sala para ler as mesmas instruções
(ostensivamente, para a cúmplice feminina), que poderia ser ouvida pelo
participante. O experimentador também fez isso ao anunciar as
pontuações dos testes. Os participantes então completaram as mesmas
medidas dependentes da condição Perto e foram informados de que
nenhuma interação ocorreria. Assim, a única diferença entre as condições
Perto e Distante é que os participantes da condição Distante nunca
interagiram com a cúmplice feminina em nenhum momento durante o
estudo.
Para examinar os efeitos da Distância Psicológica (próximo versus longe)
e o desempenho do alvo (desempenho superior versus desempenho
inferior) nos DVs primários, realizamos uma série de ANOVAs bidirecionais.
Para interesse romântico, houve um efeito principal marginal do
desempenho alvo, F(1, 67) = 3,74, p = 0,06, d = 0,37, IC 95% = [ÿ0,72,
0,01], qualificado por uma distância psicológica significativa × Interação
de desempenho alvo, F(1, 67) = 9,02, p = 0,004; nenhum outro efeito foi
significativo.
A Tabela 1 relata as estatísticas descritivas. Como previsto, quando
a mulher confederada estava perto, os homens mostraram
significativamente menos interesse romântico por ela quando ela superou
versus desempenhou inferior, F(1, 67) = 11,01, p = 0,001, d = ÿ0,95, 95%
CI = [ÿ 1,46, -0,36]. Quando a mulher estava longe , não houve efeito do
desempenho sobre o interesse romântico dos homens no confederado .
= 0,02. Quando a cúmplice feminina estava perto, os homens tendiam a
relatar menos desejo de interagir com ela quando ela superava versus
desempenho inferior, F(1, 67) = 2,99, p = 0,09, d = ÿ0,56, IC 95% =
[ÿ1,05 , 0,07]. Quando ela estava longe, os homens tendiam a relatar
maior desejo de interagir com ela quando ela os superava versus os
desempenhos inferiores, F(1, 67) = 2,90, p = 0,09, d = 0,60, IC 95% =
[ÿ0,07, 0,95] .3
Para a masculinidade auto-avaliada, houve apenas uma distância
psicológica significativa × interação desempenho-alvo, F(1, 67) = 9,99, p
= 0,002. Quando a mulher estava perto, os homens se sentiam menos
masculinos quando ela os superava em comparação com os desempenhos
inferiores, F(1, 67) = 7,21, p = 0,009, d = ÿ1,03, IC 95% = [ÿ1,48, ÿ0,22].
Quando ela estava longe, os homens se sentiam marginalmente mais
masculinos quando a mulher os superava versus os desempenhos
inferiores, F(1, 67) = 3,04, p = 0,09, d = 0,53, IC 95% = [ÿ0,07, 1,07].4
Moderação mediada. Para testar se a autoavaliação da masculinidade
era um mediador significativo, realizamos duas análises de moderação
mediada usando a macro PROCESS de Hayes (2013) para SPSS.
Especificamente, inserimos Y (o DV: interesse romântico; desejo de
interagir, respectivamente), X (condição de desempenho alvo, codificada
como 1 = desempenho superior, ÿ1 = desempenho inferior), M (o
mediador da masculinidade auto-avaliada, centrado) , e W (o moderador,
distância psicológica, codificado como 1 = perto, ÿ1 = longe) no Modelo
8 de Hayes. Esse modelo insere automaticamente X (condição de
desempenho) e W (condição de distância) como covariáveis e calcula a
interação entre esses variáveis. Bs relatados abaixo refletem betas não
padronizados.
No primeiro modelo, que examinou o interesse romântico como o DV,
(a) o IV (distância psicológica × interação de desempenho) previu
significativamente o mediador (masculinidade auto-avaliada; B = ÿ.34, p
= .002), (b) masculinidade auto-avaliada predisse significativamente o
interesse romântico (B = 0,26, p = 0,01) com a interação Distância
psicológica × Desempenho incluída no modelo e (c) o efeito do IV no
interesse romântico (B = 0,28, p = 0,004) foi reduzido (B = -,19,

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9
Observação.
As
medidas
de
interesse
romântico
e
desejo
de
interagir
refletem
as
pontuações
após
padronizar
e
calcular
amédia
dos
itens
relevantes. Masculinidade
auto-
avaliada Desejo
de
interagir Interesse
romântico Medir Tabela
1.
Estatísticas
Descritivas
para
os
Estudos
3a
e
3b.
Desempenho
superior/
próximo
-0,19 -0,42
3,65
M
0,78 0,82 1,03 SD
Desempenho
superior/
longe
4,50 0,19 0,07
M
Condição
de
desempenho/
distância
1.11 0,82 0,67
SD
Estudo
3a
Desempenho
insatisfatório/
próximo
4,50 0,30 0,49
M
0,86 0,92 0,88
SD
Desempenho
inferior/
desempenho
distante/
perto
-0,25 -0,13
4,00
M
0,75 0,64 0,46
SD
-0,04
4,66 0,03
M
0,70 0,59 0,64
SD
Desempenho
superior/
longe
4,49 0,17 0,15
M
Condição
de
desempenho/
distância
1,04 0,75 0,81
SD
Estudo
3b
Desempenho
insatisfatório/
próximo
-0,09
4,51 0,20
M
0,78 0,64 0,85
SD
Desempenho
insatisfatório/
longe
-0,35 -0,09
4,49
M
0,84 0,98 0,75
SD
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10
p = 0,05) quando autoavaliações de masculinidade foram incluídas no
modelo.
Em seguida, usamos análises de bootstrapping com base em 5.000
reamostras para testar o efeito indireto da interação Distância
psicológica × Desempenho no interesse romântico por meio da
autoavaliação da masculinidade. O IC corrigido por viés para o tamanho
do efeito indireto para o interesse romântico excluiu zero, IC 95% =
[ÿ0,475, ÿ0,012], indicando um efeito indireto significativo da
autoavaliação da masculinidade no interesse romântico. O percentil IC
para análises de moderação mediada por bootstrap foi [ÿ0,444, ÿ0,001].
No segundo modelo, que examinou o desejo de interagir como
variável de resultado, o (a) IV (distância psicológica × interação de
desempenho) predisse significativamente o mediador (masculinidade
auto-avaliada; B = 0,34, p = 0,002), (b) a masculinidade predisse
significativamente o desejo de interagir (B = 0,23, p = 0,03), e (c) o
efeito do IV no desejo de interagir (B = 0,23, p = 0,02) foi reduzido ( B
= ÿ.15, p = .13) quando a masculinidade foi incluída no modelo. Análises
de bootstrapping com base em 5.000 reamostras revelaram que o IC
corrigido para o tamanho do efeito indireto do desejo de interagir
excluiu zero, indicando um efeito indireto significativo da masculinidade
no desejo de interagir, IC de 95% = [ÿ0,393, ÿ0,009] ; o percentil IC
ficou aquém da significância [ÿ0,374, 0,001].5
Também testamos o papel mediador da masculinidade quando a
distância era longe versus perto, examinando os efeitos indiretos
condicionais com base no Modelo 8 de Hayes. Quando a distância
estava longe, não houve efeito indireto significativo de X (condição de
desempenho) através da masculinidade no interesse romântico (efeito
= 0,07, IC 95% = [ÿ0,002, 0,236]) ou desejo de interagir (efeito = 0,06,
IC 95% = [ÿ0,003, 0,186]). No entanto, quando a distância estava
próxima, houve um efeito indireto significativo do desempenho por meio
da masculinidade no interesse romântico, efeito = ÿ0,11, IC 95% =
[ÿ0,312, ÿ0,005], e desejo de interagir, efeito = ÿ,10, 95% CI = [ÿ0,270,
ÿ0,004].
No geral, o Estudo 3a descobriu que quando uma mulher estava
psicologicamente próxima (na mesma sala que os participantes,
interagindo cara a cara), os homens mostravam menos interesse
romântico e desejo de interagir com ela quando ela os superava ou
subestimava. Em contraste, quando a mulher estava psicologicamente
distante, os homens não diferiam em seu interesse romântico em
função do desempenho da mulher; eles mostraram uma tendência
marginal, no entanto, em querer interagir com ela quando ela estava
psicologicamente distante e superada (vs. desempenho inferior).
Além disso, os homens se sentiam menos masculinos quando
eram executados por uma mulher que estava perto versus longe. A
masculinidade é considerada um estado precário que é difícil de
conquistar, mas facilmente perdido e deve ser continuamente validado
por meio de suas ações (Bosson & Vandello, 2011). Os homens que
foram superados no estudo atual podem ter se sentido particularmente
ameaçados quando a mulher estava psicologicamente perto versus
longe; na verdade, eles se sentiam menos masculinos, o que os levava
a experimentar menos interesse romântico e desejo de interagir com
mulheres que exibiam mais (vs. menos) inteligência do que eles.
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Boletim de Personalidade e Psicologia Social
Em contraste com os estudos 1a e 1b, o estudo atual não descobriu
que os homens eram significativamente mais atraídos por mulheres
que eram mais inteligentes do que eles na condição psicologicamente
distante. Uma explicação para essa discrepância é a diferença nas
manipulações de distância usadas entre os estudos. No Estudo 1a, os
participantes imaginaram ter um desempenho superior ou inferior a
uma mulher fictícia em um cenário hipotético. No Estudo 1b, os
participantes esperavam interagir com uma mulher que estava em uma
sala ao fundo do corredor. Em ambos os estudos, os homens foram
psicologicamente afastados da mulher.
No presente estudo, os participantes na condição Far também
esperavam interagir com a mulher, mas ela supostamente estava na
sala ao lado deles. Na verdade, eles ouviram a mulher “bater” na porta
do laboratório e ser escoltada para a sala ao lado deles. Tendo em
vista que a distância entre os participantes e a mulher foi menor em
relação aos estudos anteriores, essa diferença pode ter contribuído
para a falta de achados significativos na condição Far no presente
estudo.
Estudo 3b
Uma limitação do Estudo 3a é que os participantes na condição Perto
sempre sabiam como era a aparência do alvo feminino, enquanto não
sabiam na condição Distante. Para lidar com essa preocupação, o
Estudo 3b manipulou a distância psicológica, mantendo a quantidade
de informações sobre o confederado constante em todas as condições.
O estudo 3b também incluiu feedback de desempenho em outro
domínio (ou seja, percepção social) para determinar se os efeitos de
ser superado eram específicos do domínio ou mais gerais. Além disso,
usamos uma versão modificada do Behavior Identification Form
(Vallacher & Wegner, 1989) para avaliar a eficácia da manipulação
psicológica da distância. Se a distinção da condição Perto versus
Distante alterou a experiência da distância psicológica, então os
participantes na condição Perto deveriam interpretar os comportamentos
de seus parceiros em termos mais concretos e subordinados (e termos
menos abstratos e superordenados) em comparação com a condição
Distante.
Participantes e Procedimento
Cento e quarenta e nove estudantes universitários do sexo masculino
participaram de um “Estudo das Primeiras Impressões” em troca de
créditos no curso de psicologia. Quinze participantes foram excluídos
com base nos critérios de verificação de suspeita usados nos estudos
anteriores. A amostra final foi composta por 134 participantes (Mage =
19,08) e seguiu os mesmos procedimentos do Estudo 3a, com algumas
exceções notáveis. Primeiro, para garantir que os participantes em
ambas as condições psicológicas de distância tivessem informações
equivalentes sobre seu parceiro, todos os participantes viram e ouviram
o cúmplice no início da sessão. Especificamente, uma mulher
confederada bateu na porta, apresentou-se ao experimentador e foi
escoltada para o corredor do laboratório. Ela ficou na linha direta de
visão do participante, a aproximadamente 6 metros de distância,
enquanto interagia com o experimentador por alguns momentos.
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Parque et ai.
Na condição Near, ela foi então escoltada para a mesma sala que o
participante; na condição Far, ela foi escoltada para uma sala adjacente
no laboratório. Assim, os participantes da condição Far nunca interagiram
com a cúmplice, mas a viram e ouviram falar. Fizemos isso para garantir
que a condição Near - na qual o participante e o cúmplice se envolvessem
em uma interação real e face a face - fosse a principal diferença de
procedimento entre as duas condições.
Para determinar se o domínio do desempenho importava,
manipulamos o tipo de teste para que os participantes fizessem um teste
de inteligência (como no Estudo 3a) ou um teste de um domínio não
relacionado – ou seja, percepção social, “a capacidade de se sintonizar
com os outros”. necessidades e sentimentos em situações sociais” – que
foi descrito como um preditor de sucesso social futuro. Por consistência,
as pontuações foram distribuídas em porcentagens para ambos os testes,
em vez de pontuações brutas; os participantes sempre recebiam 60%. Na
condição de desempenho superior, o confederado obteve 90%; na
condição de baixo desempenho, ela obteve 30%.
Para confirmar a eficácia da manipulação da distância, avaliamos se
os participantes formavam uma interpretação mais abstrata, de nível
superior, ou uma interpretação concreta, de nível inferior, do cúmplice
(Liviatan et al., 2008). Especificamente, os participantes imaginaram o
confederado realizando 15 ações e escolheram qual das duas opções
melhor descrevia suas ações. Por exemplo, imaginaram a confederada
“Trancando a porta” e relataram se ela estava (a) colocando uma chave
na fechadura
(construção de baixo nível) ou (b) segurança da casa (construção de alto
nível). As escolhas de interpretação de alto nível foram codificadas como
1 e as de baixo nível como 0, então somadas de tal forma que números
mais altos refletiam interpretações mais abstratas (vs. concretas) do
confederado.
Os participantes então completaram os mesmos DVs (interesse
romântico, ÿ = 0,82; desejo de interagir, ÿ = 0,70) e auto-avaliações de
masculinidade (ÿ = 0,84) como no Estudo 3a. Como uma verificação
adicional de manipulação, os participantes relataram quão fisicamente
próximos estavam de seu parceiro “neste momento” em uma escala de 1
(muito longe) a 7 (muito perto).
Resultados e discussão
Verificações de manipulação. Para confirmar a eficácia da manipulação
de distância psicológica, realizamos uma ANOVA de três vias com
distância psicológica (próximo vs. distante), desempenho alvo (desempenho
superior vs. desempenho inferior) e tipo de teste (teste de inteligência vs.
percepção social) para examinar interpretações do confederado feminino.
Houve um efeito principal significativo da distância psicológica, F(1, 126)
= 5,29, p = 0,02; nenhuma interação de ordem superior foi significativa.
Como previsto, os participantes mostraram níveis mais baixos de
interpretações dos comportamentos de seus parceiros quando ela estava
perto (M = 8,29, SD = 3,27) versus longe (M = 9,52, SD = 2,50, d = ÿ0,42,
IC 95% = [ÿ2,16, -0,16]).
Os resultados de uma ANOVA de três fatores examinando como os
participantes fisicamente próximos se sentiam do cúmplice também
revelaram um efeito principal significativo da distância psicológica, F(1,
126) = 12,16, p = 0,001; nenhuma interação de ordem superior foi
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11
significativo. Os participantes relataram estar fisicamente mais próximos
do confederado na condição Perto (M = 3,45, SD = 1,21) do que na
condição Longe (M = 2,68, SD = 1,35, d = 0,60, IC 95% = [0,34, 1,22]).
Juntos, esses achados confirmam que a manipulação da distância teve
os efeitos pretendidos nas interpretações e percepções de proximidade
com o parceiro.
Análises primárias. Os resultados de uma ANOVA de três vias
examinando o interesse romântico como o DV revelaram uma distância
psicológica não significativa × interação desempenho-alvo, F(1, 126) =
0,15, p = 0,70; esta interação não foi moderada pelo tipo de teste, F(1,
126) = 0,29, p = 0,59. No entanto, uma ANOVA de três vias examinando
o desejo de interagir como o DV revelou uma distância psicológica
significativa × interação de desempenho do alvo, F(1, 126) = 8,36, p =
0,005; essa interação não foi moderada pelo tipo de teste, p = 0,85.
Quando a cúmplice feminina estava em uma sala diferente (condição
Far), os homens relataram maior desejo de interagir com a mulher quando
ela superou versus desempenhou inferior, F(1, 126) = 7,63, p = 0,007, d
= 0,59, 95% IC = [0,15, 0,90] (ver Tabela 1). Quando a cúmplice feminina
estava na mesma sala (Perto), no entanto, os homens demonstraram
menos desejo de interagir com ela quando ela superou versus
desempenhou inferior, embora esse achado não tenha alcançado
significância, F(1, 126) = 1,71, p = . 19, d = ÿ0,39, d = ÿ0,39, IC 95% =
[ÿ0,61, 0,12].6
Masculinidade auto-avaliada. Em contraste com o Estudo 3a, a interação
Distância psicológica x desempenho alvo não foi significativa para
autoavaliações de masculinidade, F(1, 126) = 0,27, p = 0,60, e essa
interação não foi moderada pelo tipo de teste, F(1 , 126) = 0,00, p = 0,98;
nenhum outro efeito ou interação foi significativo.
Um fator que pode ter afetado a força dos resultados entre os estudos
é que os participantes do estudo atual viram seu parceiro nas condições
Perto e Distante, enquanto no Estudo 3a, eles viram apenas o parceiro na
condição Perto.
Talvez no estudo atual, a mulher na condição “Longe” tenha sido menos
hipotética do que nos outros estudos (porque os participantes do presente
estudo viram que uma pessoa real estava envolvida), o que pode ter
enfraquecido os efeitos.
Outra explicação para a diferença nos resultados é o número de
experimentadores envolvidos. Enquanto o Estudo 3a envolveu dois
experimentadores, possivelmente fornecendo um controle experimental
mais rígido sobre os procedimentos, o Estudo 3b envolveu cinco
experimentadores, o que poderia ter aumentado o ruído experimental e
atenuado os efeitos das manipulações do estudo. Além disso, os
participantes do estudo atual completaram a medida de interpretação do
parceiro antes de completar as medidas dependentes primárias, enquanto
essa medida não foi administrada no Estudo 3a. Talvez o preenchimento
deste questionário possa ter atenuado os efeitos das manipulações nas
medidas subsequentes.
Meta-análise entre estudos
Os estudos 1a e 1b examinaram a atração em contextos distantes,
Os estudos 2a e 2b examinaram a atração em contextos próximos e
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Os estudos 3a e 3b examinaram contextos próximos versus contextos distantes
simultaneamente. Embora os DVs primários entre os estudos tenham revelado
padrões semelhantes de dados, a significância dos efeitos simples diferiu entre
os testes de hipóteses. Assim, para obter uma representação mais abrangente
dos dados, realizamos uma meta-análise em todos os seis estudos (Braver,
Thoemmes, & Rosenthal, 2014).
Conduzimos duas meta-análises, uma para as condições Far (Estudos
1a, 1b, 3a e 3b) e outra para as condições Near (Estudos 1a, 1b, 3a e 3b).
Calculamos o tamanho do efeito d para a diferença entre as condições de
desempenho superior e inferior para cada DV e, em seguida, calculamos a
média dos ds nos DVs dentro do estudo para produzir quatro ds para as
condições Far e quatro ds para as condições Near. O binário DV no Estudo 2a
foi convertido em a d usando a fórmula B × ÿ3/ÿ (Borenstein, Hedges, Higgins,
& Rothstein, 2009).
Em seguida, inserimos esses ds na ferramenta de planilha meta-analítica
fornecida por Braver et al. (2014), que calcula o tamanho geral do efeito meta-
analítico após ponderar cada efeito pelo inverso de sua variância (ou seja, o
inverso do erro padrão quadrado da diferença nas médias), de modo que os
efeitos estimados com mais precisão tenham um efeito mais forte influência no
tamanho do efeito agregado. Relatamos os resultados de g de Hedges (que é
calculado pela ferramenta de planilha) como o tamanho de efeito padronizado
primário para diferenças médias porque g controla vieses devido a amostras
pequenas.
Quando o alvo feminino estava longe, os homens relataram maior atração
por ela quando ela superou versus desempenhou inferior, Hedges' g = 0,39,
SE = 0,11, z = 3,68, p < 0,001, IC 95% = [0,18, 0,60 ]. Quando
estavaopróximo,
alvo feminino
os
homens relataram menos atração por ela quando ela superou versus
desempenhou inferior, Hedges ' g = 0,37, SE = 0,13, z = 2,80, p = 0,005, IC
95% = [-0,11, -0,63]. As meta-análises de efeitos fixos e aleatórios produziram
resultados
idênticos: nem a estatística de homogeneidade da condição distante, Q(3) =
0,27, p = 0,96, nem a estatística de homogeneidade da condição próxima, Q(3)
= 2,23, p = 0,53, diferiu significativamente de zero, e o componente de variância
de efeitos aleatórios (ÿ2 ÿ) foi nulo, como é frequentemente o caso quando o
número total de estudos é pequeno (Lipsey & Wilson, 2001).
Para testar se a condição Far difere significativamente da condição Near,
inserimos os oito tamanhos de efeito (4 para “Far” e 4 para “Near”) no programa
Comprehensive Meta-Analysis (Borenstein, Hedges, Higgins, & Rothstein,
2005). ). Os resultados desta análise revelaram uma estatística Q que testou a
significância da condição codificada dummy.
Consistente com as interações demonstradas nos Estudos 3a e 3b, o tamanho
do efeito da condição Far (Hedges' g = 0,39) diferiu significativamente do
tamanho do efeito da condição Perto (Hedges' g = 0,37), Q(1) = 20,64, p <
0,001.
Mesmo nos estudos 3a e 3b sozinhos, que oferecem a comparação mais
rigorosamente controlada de Near versus Far, o tamanho do efeito da condição
Far (Hedges' g = 0,45) diferiu significativamente do tamanho do efeito da
condição Near (Hedges' g = 0,30) , Q(1) = 5,02, p = 0,025. Em suma, apesar
de algumas inconsistências nos DVs, o padrão geral de dados entre os estudos
é consistente com um padrão de interação cruzada: Desempenho superior
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Boletim de Personalidade e Psicologia Social
(vs. desempenho inferior) previu um aumento da preferência por alvos
distantes, mas uma diminuição da preferência por alvos próximos.
Discussão geral
Enquanto as teorizações e pesquisas anteriores sobre CLT e SEM foram
conduzidas isoladamente umas das outras, a presente pesquisa integra essas
perspectivas e destaca pontos-chave de interseção. Em particular, sugerimos
que a proximidade pode ser conceituada não apenas em termos de proximidade
social, mas também em termos de outras formas de distância, como
hipoteticidade e distância espacial.
No primeiro conjunto de experimentos (Estudos 1a-1b), que envolveu
situações psicologicamente distantes, os homens mostraram maior atração por
mulheres que exibiam mais (vs. menos) inteligência do que eles.
Especificamente, quando os homens imaginaram uma mulher hipotética ou
esperavam interagir com uma mulher que estava espacialmente distante, eles
a classificaram de forma mais favorável e expressaram maior interesse
romântico e desejo de interagir com ela quando ela demonstrou mais (v.
menos) inteligência do que eles. . Tais achados são consistentes com
pesquisas anteriores que mostram que, em resumo, os indivíduos preferem
parceiros românticos ideais que possuem traços de personalidade mais
favoráveis e têm maior valor de parceiro do que eles próprios (Figueredo et al.,
2006).
O próximo conjunto de experimentos (Estudos 2a-2b) revelou um padrão
muito diferente de resultados. Nesses estudos, as mulheres foram retratadas
não em um sentido abstrato, mas em um sentido concreto, real. Especificamente,
os homens interagiram com uma mulher real que estava espacialmente
próxima (ou seja, interação face a face) que teve um desempenho melhor ou
pior do que eles em um teste de inteligência. Nessas situações proximais, os
homens tendiam a classificar as mulheres com desempenho superior (vs.
desempenho inferior) como menos atraentes, demonstravam menos interesse
em trocar informações de contato e planejar um encontro com ela e se
distanciavam mais fisicamente dela.
No conjunto final de experimentos (Estudos 3a-3b), a distância psicológica
e a inteligência relativa foram manipuladas simultaneamente. Nesses estudos,
os homens esperavam interagir com uma mulher com desempenho superior
ou inferior ao deles e que estava psicologicamente distante ou próxima.
Quando os homens esperavam interagir com uma mulher que estava
espacialmente distante (por exemplo, em outra sala), eles expressaram maior
desejo de interagir com ela quando ela os superou versus desempenhou
inferior (Estudos 3a-3b). No entanto, quando os homens interagiram com uma
mulher real que estava espacialmente próxima (por exemplo, em uma interação
face a face), os homens mostraram menos interesse romântico e desejo de
interagir com ela quando ela os superou versus desempenhou inferior (Estudo
3a).
Além disso, uma meta-análise entre os seis estudos confirmou que na
condição psicologicamente distante (longe), os homens mostraram maior
atração por mulheres que os superaram versus tiveram desempenho inferior.
Em contraste, quando a mulher estava psicologicamente próxima, os homens
mostraram menos atração por ela quando ela os superou (vs. desempenho
inferior).
Esses resultados qualificam o achado comumente citado de que
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Parque et ai.
proximidade leva à atração (Festinger, Schachter, & Back, 1950). Na presente
pesquisa, a proximidade realmente levou os homens a se tornarem menos
atraídos pelas mulheres quando as superavam em situações psicologicamente
próximas.
Implicações teóricas
A presente pesquisa fornece uma nova estrutura para entender como os
processos de comparação social se cruzam com a distância psicológica para
afetar a atração interpessoal.
Pesquisas anteriores mostraram que os indivíduos descrevem seu parceiro ideal
como possuidor de qualidades mais favoráveis e maior valor de companheiro
do que eles (Figueredo et al., 2006). Faz sentido, então, que ao avaliar alvos
psicologicamente distantes – quando as pessoas estão presumivelmente
confiando em seus esquemas abstratos e ideias do que querem em parceiras –
os homens se sintam atraídos por mulheres que demonstram mais (vs. menos)
inteligência do que eles.
Em contraste, quando os homens avaliam as mulheres que estão
psicologicamente mais próximas de si, eles parecem confiar mais nas
características de nível inferior da situação, como quão masculinos eles se
sentem no momento, para determinar sua atração por seu parceiro. De fato, os
homens mostraram menos atração por mulheres que os superaram em
condições psicologicamente próximas (vs. distantes), e isso pode ter ocorrido
devido à diminuição dos sentimentos de masculinidade (Estudo 3a). Tais
achados são consistentes com a ideia de que a atração provavelmente é
influenciada pelo grau de distância psicológica a um alvo, de modo que
características interpretativas de baixo nível têm maior peso na determinação de
atração por alvos que estão mais próximos do eu, enquanto que características
de nível superior características de construção devem influenciar a atração
quando os outros estão psicologicamente distantes (Liviatan et al., 2008).
Embora existam muitos contextos em que a distância psicológica e os
processos de comparação social possam ser relevantes, optamos por examinar
os estágios iniciais da formação de relacionamentos devido à escassez de
pesquisas nessa área. Além disso, enquanto pesquisas anteriores sobre CLT e
percepção interpessoal focaram principalmente na distância social (Liviatan et
al., 2008), a presente pesquisa ampliou esse foco para examinar outros tipos de
distância, como hipotetização e distância espacial, na formação da atração.
Nossa ênfase na interação interpessoal também estende a pesquisa sobre
SEM, que normalmente se concentra nos efeitos de ser superado por estranhos
sem potencial de relacionamento ou entre indivíduos em relacionamentos
preexistentes. Investigar os efeitos da distância psicológica na atração inicial
recebeu alguma atenção (Eastwick et al., 2011), mas ainda precisa ser integrado
a outras teorias existentes que podem ser relevantes para a atração.
A descoberta preliminar – que ser superado levou os homens na situação
psicologicamente próxima a se sentirem menos masculinos (Estudo 3a) – é
consistente com a pesquisa sobre masculinidade precária. Nessa perspectiva,
espera-se que os homens defendam e mantenham seu senso de masculinidade
quando ameaçados (Bosson & Vandello, 2011). Acredita-se que a masculinidade
precária tenha evoluído de adaptações a ambientes sociais nos quais os homens
competiam pelo acesso a parceiros desejáveis, demonstrando
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sua força e domínio (Buss & Schmitt, 1993).
Assim, acredita-se que os homens se preocupam em alcançar e preservar seu
status social e mostram maior sensibilidade às ameaças relacionadas ao status.
Do ponto de vista do papel social, os homens se preocupam em defender seu
status porque historicamente ocuparam papéis que os encorajam a buscar poder
e recursos, consistentes com a divisão tradicional do trabalho na sociedade
(Eagly & Wood, 1999). Com o tempo, qualidades como competitividade podem
ter se tornado intimamente ligadas à ideia de masculinidade nas culturas
ocidentais.
Na presente pesquisa, os homens reagiram a uma mulher que os superou
em um teste de inteligência (na condição espacialmente próxima) expressando
menos interesse romântico por ela. Os sentimentos diminuídos de masculinidade
dos homens, por sua vez, foram responsáveis pela ligação entre ser superado
e ser menos atraído pela cúmplice feminina (Estudo 3a). Tais achados, embora
preliminares, são consistentes com pesquisas que indicam que sentimentos de
confiança e poder, associados à masculinidade, estão relacionados à
aproximação e início de encontros românticos (Finkel & Eastwick, 2009;
Kunstman & Maner, 2011). Além disso, dado que ser melhor do que os outros é
especialmente importante para os homens, juntamente com a crença social de
que é altamente desejável que os homens sejam inteligentes (Prentice &
Carranza, 2002), faz sentido que ser enganado por uma mulher reduza a
sentimentos de masculinidade quando ocorreu em contextos psicologicamente
próximos (vs. distantes).
No entanto, dado que os resultados para a masculinidade surgiram apenas no
Estudo 3a, são necessárias mais pesquisas para fornecer um relato mais
definitivo desses efeitos.
Limitações e direções futuras
Pesquisas anteriores sugerem que quando as pessoas interagem com um
parceiro em potencial em um contexto ao vivo (por exemplo, contexto
espacialmente próximo), elas confiam principalmente em sua experiência afetiva –
positivo ou negativo – para determinar sua atração pelo alvo (Eastwick et al.,
2014). Além disso, pesquisas sobre SEM sugerem que as pessoas experimentam
sentimentos negativos (por exemplo, ciúme) quando são superadas em um
domínio auto-relevante (Salovey & Rodin, 1984). Juntas, essas duas linhas de
pesquisa sugerem que os homens que interagiram com uma cúmplice feminina
na condição próxima podem ter se sentido mal quando foram superados em um
domínio auto-relevante, como a inteligência, e esses sentimentos moldaram
suas avaliações do cúmplice. Embora não tenhamos medido sentimentos de
ciúme nos presentes estudos, avaliamos a autoavaliação da masculinidade, que
produziu resultados mistos. No entanto, tais medidas de auto-relato podem ser
limitadas, uma vez que os processos SEM são considerados automáticos e
estão fora da consciência (Tesser, Millar e Moore, 1988).
Pesquisas futuras poderiam examinar mediadores adicionais usando
medidas indiretas para avaliar os processos de autoavaliação; por exemplo,
estudos descobriram que ser superado por um parceiro romântico atual levou a
uma baixa autoestima implícita, mas não explícita, para os homens (Ratliff &
Oishi, 2013). Esses autores especularam que as preocupações de
autoapresentação e/ou uma
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a falta de consciência do impacto do sucesso de um parceiro sobre os
sentimentos de si mesmo pode ter contribuído para os resultados nulos
de auto-estima explícita. Observações semelhantes foram feitas em
pesquisas sobre masculinidade precária, em que se acredita que os
homens subnotificam sentimentos de ameaça e ansiedade devido a
preocupações com a autoapresentação (Vandello, Bosson, Cohen,
Burnaford, & Weaver, 2008). Trabalhos futuros poderiam procurar
confirmar processos autoavaliativos usando meios indiretos, como
medidas implícitas ou codificação de expressões faciais e linguagem
corporal ao receber feedback.
Embora os estudos atuais se concentrem no impacto da distância
psicológica e do desempenho relativo na atração de homens por
mulheres, a estrutura proposta pode ser expandida para examinar
outros grupos e contextos, como atração de mulheres por homens ou
atração de membros do grupo interno por membros do grupo externo.
Os pesquisadores também podem examinar a generalização das
descobertas para configurações do mundo real, como encontros online,
encontros rápidos ou misturadores de solteiros.
Os presentes estudos examinaram vários graus de hipoteticidade
e distância espacial como instâncias de distância psicológica. Embora
algumas de nossas manipulações misturassem esses dois tipos de
distância, essas manipulações pretendiam refletir os diferentes
contextos de avaliação de parceiros que as pessoas experimentam na
vida real. Por exemplo, as pessoas às vezes aprendem sobre uma
pessoa que não conheceram (que é hipotética e espacialmente
distante) e às vezes avaliam uma pessoa em uma interação face a
face (que é real e espacialmente próxima). Pesquisas futuras poderiam
examinar se as distinções entre hipotetização, distância espacial e
outras formas de distância têm efeitos únicos na atração interpessoal
em função do desempenho relativo.
Conclusão
Quando se trata de atração interpessoal, como as pessoas respondem
ao serem superadas? Eles são mais (ou menos) atraídos por parceiros
em potencial que os superam em domínios importantes? Conforme
revelado nos estudos atuais, a resposta a essa pergunta está na
intersecção das teorias da distância psicológica e da comparação
social. Concentrando-se nas avaliações românticas dos homens na
presente pesquisa, quando os homens estavam psicologicamente
distantes de uma mulher (ou seja, interações hipotéticas, espacialmente
distantes), os homens mostraram maior atração por mulheres que os
superaram em inteligência. No entanto, em situações psicologicamente
próximas (ou seja, interações reais, espacialmente próximas, face a
face), os homens se distanciaram e mostraram menos interesse nas
mulheres que os enganaram.
Evidências preliminares sugeriram que os sentimentos de
masculinidade diminuída foram responsáveis pela diminuição da
atração dos homens por mulheres que os superaram no contexto de
interação ao vivo, embora sejam necessárias mais pesquisas para
confirmar a robustez desses achados. No geral, a pesquisa atual
contribui para uma compreensão mais sutil e integrativa dos fatores
situacionais que moldam a atração (ou seja, a atração dos homens
pelas mulheres) e sugere condições-chave sob as quais as
preocupações de autoproteção podem superar as qualidades dos
parceiros que parecem desejáveis à distância .
Transferido de psp.sagepub.com nas BIBLIOTECAS UNIV OF GEORGIA em 12 de setembro de 2015
Boletim de Personalidade e Psicologia Social
Declaração de interesses conflitantes
O(s) autor(es) não declarou(m) potenciais conflitos de interesse com relação
à pesquisa, autoria e/ou publicação deste artigo.
Financiamento
O(s) autor(es) não recebeu apoio financeiro para a pesquisa, autoria e/ou
publicação deste artigo.
Notas
1. Ao anunciar os estudos usando o sistema de pool de assuntos online,
procuramos recrutar participantes do sexo masculino que fossem
“heterossexuais” e “solteiros”; alguns participantes não atenderam a
esses critérios, mas isso não foi descoberto até que eles completassem
o estudo e o formulário demográfico. Mesmo excluindo os poucos
participantes que não eram heterossexuais ou solteiros, os resultados
foram os mesmos; assim, retivemos os dados de todos os participantes
em todos os estudos. Cada estudo é alimentado como está porque
executamos cada estudo ao longo do semestre e analisamos os dados assim que o semestre
2. Os homens que foram superados tenderam a relatar menos interesse
romântico na mulher quando ela estava perto versus longe, F(1, 67) =
3,51, p = 0,06, d = -0,56, intervalo de confiança de 95% (IC) = [ -1,00,
0,03]. Homens com desempenho inferior relataram maior interesse
romântico quando a mulher estava perto versus longe, F(1, 67) = 5,63, p
= 0,02, d = 0,88, IC 95% = [0,09, 1,15].
3. Os homens que foram superados relataram menos desejo de interagir
com a mulher quando ela estava perto do que longe, embora esse
achado não tenha alcançado significância, F(1, 67) = 2,03, p = 0,16, d =
-0,46, IC 95% = [ÿ0,92, 0,15]. Homens com desempenho inferior
mostraram maior desejo de interagir quando a mulher estava perto versus
longe, F(1, 67) = 4,01, p = 0,05, d = 0,69, IC 95% = [0,00, 1,09].
4. Os homens que foram superados se sentiram menos masculinos quando
a mulher estava perto versus longe, F(1, 67) = 8,02, p = 0,006, d = ÿ0,89,
IC 95% = [ÿ1,45, ÿ0,25]. O efeito da distância entre os homens que
tiveram desempenho inferior não foi significativo, F(1, 67) = 2,71, p =
0,10, d = 0,62, IC 95% = [ÿ0,11, 1,11].
5. A análise de moderação mediada também revelou que os homens que
foram superados na condição próxima se sentiram menos masculinos
porque mostraram menos interesse romântico e desejo de interagir com
a mulher. Embora a mediação tenha funcionado nos dois sentidos, nossa
conceituação é mais consistente com pesquisas anteriores sugerindo
que construções masculinas (por exemplo, confiança, Finkel & Eastwick,
2009; poder, Kunstman & Maner, 2011) aumentam o desejo romântico, e
não o contrário.
6. Entre os homens que foram superados, o efeito da distância no desejo de
interagir não foi significativo, mas na direção esperada, F(1, 126) = 1,26,
p = 0,26, d = ÿ0,31, IC 95% = [ÿ 0,58, 0,16]. Homens com desempenho
inferior relataram maior desejo de interagir quando ela estava perto
versus longe, F(1, 126) = 8,74, p = 0,004, d = 0,66, IC 95% = [0,18, 0,93].
Material Suplementar
O material suplementar online está disponível em http://pspb.
sagepub. com/supplemental.
Referências
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Meta-análise abrangente (versão 2). Englewood, NJ: Biostat.
Borenstein, M., Hedges, LV, Higgins, J., & Rothstein, H. (2009).
Introdução à meta-análise. Hoboken, NJ: John Wiley.
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