Você está na página 1de 43

A cor do sangue

A COR
DO
SANGUE
Biologia e Geologia
Física e Química A
Educação Física
Cidadania e Desenvolvimento

4 D E JUNHO DE 20 21

10ºA – Ciências e Tecnologias


Escola Básica e Secundária de Pinheiro
Termas de São Vicente, Penafiel
Trabalho realizado por:
Ana Soares Ana Cunha
Ana Ferreira Ana Catarina Cruz
Ana Ribeiro Ana Maria Cruz
Ana Rita Cruz Beatriz Gonçalves
Beatriz Silva Cristiana Barbosa
Dinis Canelha Filipa Soares
Inês Ferreira Rafael Pinto
Professoras:
Joana Cabral
Justina Vieira
Ana Botelho

1
A cor do sangue

Índice

Resumo ............................................................................................................................................................... 4

Introdução .......................................................................................................................................................... 5

Definição, constituição e funções do sangue ....................................................................................................... 6

Moléculas orgânicas e biomoléculas que constituem o sangue ............................................................................ 8

 Triglicerídeos................... 8

 Proteínas......................... 9

 Colesterol...................... 10

 Glicose .......................... 11

 Vitaminas ...................... 12

 Hormonas ..................... 14

Patologias associadas ao nível de concentração no sangue de alguns dos seus componentes............................ 15

 Colesterol...................... 15

 Glicose .......................... 17

 Plaquetas ...................... 18

 Glóbulos brancos .......... 21

 Glóbulos vermelhos / hemoglobina………23

 Eletrólitos ..................... 25

 Imunoglubina ................ 26

Doenças identificadas em exames laboratoriais................................................................................................. 27

 Anemia ......................... 27

 Diabetes........................ 29

 Aterosclerose ................ 33

 Ferritina ........................ 34

2
A cor do sangue

O exercício físico e o sangue .............................................................................................................................. 35

 Exercícios físicos aeróbios…………………36

 Exercícios físicos anaeróbios……………..37

 Substâncias produzidas durante o exercício físico…………38

Conclusão ......................................................................................................................................................... 39

Webgrafia ......................................................................................................................................................... 40

Bibliografia........................................................................................................................................................ 43

3
A cor do sangue

Resumo

O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular, sendo vital para a vida. Este
transporta oxigénio para os diferentes órgãos do corpo, remove dióxido de carbono e ainda contribuí para a
eliminação de substâncias tóxicas. Além disso, o sangue também transporta nutrientes e substâncias essenciais
para manutenção da vida e percorre cerca de 100 mil quilómetros do nosso sistema circulatório, entrando em
contacto com quase todos os tecidos do nosso corpo, incluindo os rins, o coração, o fígado e os pulmões.
O sangue é composto por vários tipos de células, sendo que a sua parte sólida representa cerca de 45%
do volume total, e os 55% restantes constituem a parte líquida, designada por plasma. Os glóbulos brancos, os
glóbulos vermelhos e as plaquetas compõem a parte sólida. O plasma, por sua vez, é formado por 90% de água,
1% de substâncias inorgânicas (como potássio, cálcio, ferro e sódio) e 7% de proteínas plasmáticas.
A quantidade de sangue no ser humano representa cerca de 8% da sua massa total.

Palavras-chave: sangue, hemácias, leucócitos, plaquetas, plasma, triglicerídeos, proteínas, colesterol, glicose,
vitaminas, hormonas, hemoglobina, exercício físico, alimentação saudável, doenças, eletrólitos, imunoglubina

4
A cor do sangue

Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito das disciplinas de Física e Química A, Biologia e Geologia, Educação
Física e Cidadania e Desenvolvimento - domínio “Saúde” e tem como tema “A cor do sangue”, mais concreta-
mente a importância que este fluido tem nosso dia a dia, a sua constituição e as principais patologias a ele asso-
ciadas. Ao longo deste trabalho, temos como objetivo responder às seguintes questões problema: “Será que to-
das as doenças relacionadas com o sangue têm tratamento?”, “Qual a importância de se realizar análises clíni-
cas?” e "Porque é que a realização de exercício físico é tão importante?".
Nos seres humanos e em muitos outros animais, o sangue é o líquido responsável pelo transporte de
nutrientes e de oxigénio até aos diferentes órgãos e pela eliminação de resíduos. Este circula, ao longo do nosso
corpo, num movimento unidirecional, devido às contrações rítmicas do coração, desempenhando um papel im-
portante no sistema cardiovascular ou circulatório (fig.1), que inclui o coração e uma grande rede de vasos san-
guíneos. Em relação às principais funções exercidas pelo sangue, podemos citar o combate a infeções, a regulação
do equilíbrio ácido-base (pH), bem como da temperatura corporal e o transporte de hormonas.
O plasma sanguíneo, fração líquida do sangue, transporta os elementos figurados, ou seja, as hemácias
(transportam o oxigénio e atribuem uma cor vermelha ao sangue), as plaquetas (responsáveis pela formação de
coágulos) e os leucócitos (atuam na defesa do organismo).

Figura 1 - Sistema circulatório 1

Fig.1 - https://dhojeinterior.com.br/saude-vascular-diabetes-mellitus-e-seus-efeitos-em-nossa-circulacao/

5
A cor do sangue

Capítulo I - Definição, constituição e funções do sangue

O sangue (fig.2), um fluido corporal produzido na medula óssea, é essencial para a sobrevivência dos
seres vivos, uma vez que desempenha papéis fundamentais para o bom funcionamento do organismo,
participando na regulação da temperatura, na manutenção do pH e no balanço osmótico.
Este é constituído por uma parte líquida e por elementos figurados, (fig.3). Nos elementos celulares estão
presentes as hemácias, que são células anucleadas,
ricas em hemoglobina e com função de transporte de
oxigénio e de dióxido de carbono, bem como, contém
os leucócitos que são células nucleadas, responsáveis
pela defesa contra agentes patogénicos e contra
células cancerosas. Também apresenta plaquetas
sanguíneas que são fragmentos celulares, de
pequenas dimensões e anucleados, que têm função
de coagulação sanguínea.

Figura 2 – Observação do sangue ao microscópio com uma ampliação de


100X (o sangue também é constituído por plaquetas, mas na ampliação
realizada não foi possível observá-las)

O plasma sanguíneo, que representa a parte líquida do sangue, é constituído maioritariamente por água
e por moléculas. Uma das suas principais funções é o transporte de substâncias entre as células e a superfície de
contacto com o meio externo.
É pelo sangue que os leucócitos desempenham a sua ação imunitária, percorrendo constantemente o
corpo e atravessando os tecidos por diapedese para proteger o nosso organismo de micro-organismos e infeções.
É também por este fluido que se transporta O2, CO2, metabólitos, hormonas e outras substâncias a todas as células
do corpo. O oxigénio vai-se ligar, principalmente, à hemoglobina dos eritrócitos, sendo muito mais abundante
nos vasos arteriais do que nos venosos; por sua vez, o dióxido de carbono, para além de também se ligar à
hemoglobina, é transportado em solução no sangue como CO2 ou HCO3.

6
A cor do sangue

Os nutrientes serão distribuídos a partir dos seus locais de absorção, ou seja, o estômago ou o intestino.
Por sua vez, os resíduos metabólicos são recolhidos das células de todo o corpo, transportados pelo sangue e
removidos pelos órgãos excretores. A distribuição de hormonas no sangue permite a troca de mensageiros
químicos entre órgãos distantes, de forma a regular o funcionamento dos mesmos.

Figura 3 – Componentes do sangue

7
A cor do sangue

Capítulo II – Moléculas orgânicas e biomoléculas que constituem o sangue

Triglicerídeos

Um dos constituintes do sangue são os triglicerídeos, lípidos com função de reserva, que resultam da
união de três moléculas de ácidos gordos e uma molécula de glicerol, sendo responsáveis pelo armazenamento
e pelo transporte de ácidos gordos.
A molécula de ácido gordo, para além de uma longa cadeia linear de átomos de carbono, contém um
grupo carboxilo. Os átomos de carbono desse grupo funcional irão estabelecer ligações covalentes1, com os três
grupos hidroxilo característicos de uma molécula de glicerol. A essa associação chamamos ligação éster (fig.4).
Os ésteres são compostos derivados dos ácidos carboxílicos, nos quais ocorre a substituição do grupo –OH, do
ácido, por um grupo -OR’, em que R’ representa um grupo alquilo. Como é uma reação de polimerização, obtém-
se como produto, para além dos triglicerídeos, uma molécula de água.

Legenda:
1- Grupo carboxilo
2- Grupo hidroxilo
3- Grupo éster

Figura 4 - Ligação éster

1Ligação covalente: há partilha localizada de eletrões pelos átomos envolvidos na ligação


Fig.4 - http://www.alunosonline.com.br/upload/conteudo/images/obtencao-de-um-triglicerideo.jpg

8
A cor do sangue

Proteínas

As proteínas são compostos quaternários, constituídos por carbono (C), hidrogénio (H), oxigénio (O) e
azoto (N). Estas macromoléculas contêm pelo menos uma cadeia polimérica linear derivada da condensação de
aminoácidos (fig.5) ou de polipeptídeos. Além disso, estão presentes em todos os seres vivos e podem ser
encontradas numa ampla variedade de alimentos de origem animal e vegetal, como por exemplo, na carne, nos
ovos, no leite e no peixe. As suas principais funções são: enzimática, estrutural, hormonal, imunológica, motora,
reserva alimentar e transporte.

As proteínas plasmáticas encontram-se no plasma sanguíneo, a parte líquida do sangue, entre as quais
se destacam a albumina (proteína globular composta apenas por aminoácidos, sendo a mais abundante no
sangue humano) e as globulinas (proteínas insolúveis em água) de diferentes tipos.

Em relação ao corpo humano, quando este não recebe as quantidades de proteínas necessárias pode-se
verificar insuficiência ou desnutrição proteica, o que poderá provocar uma série de doenças, entre as quais o
atraso no desenvolvimento das crianças e kwashiorkor1.

Figura 5 – Fórmula geral de estrutura de um aminoácido

1Kwashiorkor: desnutrição intermediária


Fig.5 - https://www.todamateria.com.br/proteinas/

9
A cor do sangue

Colesterol

O colesterol (C27H46O) é uma substância química que pertence ao grupo dos esteroides e dos álcoois e
que possuí um papel estabilizador na fluidez da membrana celular. A sua forma estrutural (fig.6) apresenta um
grupo hidroxilo (OH) ligado a um carbono saturado. No entanto, a maior parte da sua estrutura é apenas
composta por átomos de carbono e de hidrogênio, conferindo-lhe uma característica apolar, ou seja, é insolúvel
em água e, por isso, o colesterol pode ser encontrado no sangue, bem como em qualquer tecido do corpo
humano.
No caso do ser humano, o colesterol é sintetizado pelo fígado, órgão que produz cerca de 75% do
colesterol utilizado no nosso organismo.
Este tipo de álcool é transportado pelo sangue até aos tecidos sob a forma de lipoproteína, ou seja, vai
se associar a um fosfolípido e a uma proteína. Por essa razão, durante a sua produção ele vai aderir a diferentes
combinações de fosfolipídios e proteínas, o que faz surgir diferentes tipos de colesterol, como o LDL e o HDL.
No nosso organismo, este lípido:
 participa na construção e na manutenção das membranas celulares;

 participa na fabricação da bílis;

 participa no metabolismo de todas as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K);

 é utilizado como uma substância-base para a síntese de outras, como a progesterona, o cortisol e a testoste-
rona.

Grupo hiroxilo

Figura 6 – Fórmula de estrutura do colesterol

Fig.6 - https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/03bba469-ff

10
A cor do sangue

Glicose

A glicose (C6H12O6) (fig.7) é um monossacarídeo que apresenta um grupo aldeído (–CHO) e seis átomos
de carbono na sua cadeia, sendo classificada como uma hexose. À ligação que se estabelece entre dois
monossacarídeos, designamos ligação glicosídica (fig.8) e, como nas demais reações de condensação, ocorre a
remoção de uma molécula de água. Para além disso, representa um importante carboidrato, que é utilizado por
vários seres vivos no processo de produção de energia.
O transporte da glicose ocorre por difusão facilitada1, processo no qual se utilizam proteínas
transportadoras, conhecidas como GLUTs. A velocidade deste processo aumenta, consideravelmente devido à
ação da insulina, no entanto, se ocorrer juntamente com os iões de sódio, o transporte não depende da ação da
insulina.
A função primordial da glicose é fornecer energia aos organismos vivos, que posteriormente será
utilizada num processo de obtenção de energia designado por respiração aeróbia, onde as células conseguem
obter essa energia com base numa série de reações que levam à degradação da molécula glicose.

Figura 7 – Forma linear e forma cíclica da glicose Figura 8 – Ligação Glicosídica

1difusão facilitada: transporte do meio com maior concentração (meio hipertónico) para o meio com menor concentração (meio hipotónico)
Fig.7- https://brasilescola.uol.com.br/quimica/glicose.htm
Fig.8 - https://www.sobiologia.com.br/conteudos/quimica_vida/quimica2.php

11
A cor do sangue

Vitaminas

As vitaminas, lípidos não derivados de um álcool nem de ácidos gordos, são moléculas orgânicas
necessárias em pequena quantidade para o funcionamento adequado do organismo. Estas funcionam,
principalmente, como catalisadoras de reações químicas dentro do nosso corpo, ou seja, atuam aumentando a
velocidade de uma reação. Quando se encontram numa quantidade escassa no nosso organismo podemos não
conseguir realizar atividades essenciais, originando graves problemas de saúde.
Alguns exemplos de vitaminais que constituem o sangue são:

 Vitamina D (C27H44O)
A vitamina D (fig.9) é uma vitamina lipossolúvel produzida naturalmente no organismo através da expo-
sição da pele à luz solar, podendo também ser obtida pelo consumo de alguns alimentos de origem animal,
como peixes e leite, por exemplo. Esta vitamina possui funções bastante importantes no corpo, principal-
mente na regulação da concentração de cálcio e fósforo no organismo, favorecendo a absorção desses mi-
nerais no intestino e controlando as células que degradam e formam os ossos, mantendo os seus níveis no
sangue.

Legenda:
1- Grupo hidroxilo

Figura 9 – Fórmula de estrutura da vitamina D

Fig.9- https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/vitamina-D2-calciferol.jpg

12
A cor do sangue

 Vitamina B-12 (C₆₃H₈₈CoN₁₄O₁₄P)


A Vitamina B-12 (fig.10) desempenha uma série de funções essenciais para o nosso organismo,
sendo importante para, entre outras coisas, manter o metabolismo em funcionamento. Trata-se de um
nutriente que, entre as suas funções, promove a produção de glóbulos vermelhos no sangue.

Legenda:
1- Grupo hidroxilo
2- Amida

Figura 10 – Fórmula de estrutura da vitamina B-12

 Vitamina A (C20H30O)
A vitamina A (fig.11) pode ser encontrada tanto em alimentos de origem animal, como leite e gema de
ovo, quanto em alimentos de origem vegetal, tais como vegetais e frutas. Esta vitamina atua principalmente
na visão, mas também possui um papel importante no funcionamento do sistema imunológico, no cresci-
mento e desenvolvimento, na defesa antioxidante e na reprodução. Para além disso, a vitamina A fica ar-
mazenada no fígado, podendo ser utilizada de acordo com a necessidade do corpo.

Legenda:
1- Grupo hidroxilo

Figura 11 – Fórmula de estrutura da vitamina A


1

Fig.10- https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2b/Vitamin_B12.png/250px-Vitamin_B12.png
Fig.11-- https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQZTKK_4QP-3VBkEREvGTMFhxHawzIjj6Iw953XRBbsDoVBt_sc-RQ5AKTmi04h-WqqeA&usqp=CAU

13
A cor do sangue

Hormonas

As hormonas, produzidas nas glândulas endócrinas, são substâncias essenciais para o funcionamento do
corpo humano. Ao serem libertadas no sangue elas vão passar por diferentes células, mas só atuam nas células-
alvo1, onde existe um recetor hormonal (proteína que se irá ligar a uma hormona especifica).
As principais glândulas produtoras de hormonas no corpo humano são:
 Hipófise: adrenocorticotrófico, tireoideotrófico, prolactina;

 Tiroide: tiroxina, calcitonina, triodotionina;

 Testículo: andrógenos; testosterona (fig.13);

 Ovários: estrógeneos, progesterona;

 Medula da suprarrenal: adrenalina (fig.12), noradrenalina.

A sua concentração no sangue depende não só da velocidade com que são degradadas ou removidas do
corpo, mas também da velocidade com que são libertadas na corrente sanguínea. Além disso, existem
algumas hormonas que controlam a ação de outras glândulas endócrinas, sendo, por esse motivo, designadas por
hormonas tróficas. Por exemplo, as tiroideotrópicos atuam na tiroide, as adrenocorticotróficos atuam na
suprarrenal e as gonadotrópicos atuam nos testículos e ovários. A composição e a estrutura das hormonas é
muito variada e, consequentemente, os seus grupos funcionais também variam.

Figura 12 – Fórmula de estrutura da adrenalina Figura 13 – Fórmula de estrutura da testosterona

1Células-alvo: são células nas quais alguma hormona ou citosina pode atuar
Fig.12- https://www.preparaenem.com/quimica/adrenalina.htm
Fig.13- https://pt.wikipedia.org/wiki/Testosterona

14
A cor do sangue

Capítulo III - Patologias associadas ao nível de concentração no sangue de alguns dos


seus componentes

Colesterol

O colesterol LDL é habitualmente designado como colesterol "mau", uma vez que o aumento dos seus
níveis no sangue pode estar relacionado com o aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovascula-
res. Isto acontece, porque, ao serem transportadas para as células, as LDL 1 contribuem para a formação de depó-
sitos de gordura nas paredes e no interior das artérias (aterosclerose) (fig.14). Quando as placas de aterosclerose
sofrem uma fissura, pode ocorrer a formação de um coágulo de sangue no interior das artérias que pode blo-
quear por completo o fluxo de sangue nas artérias e provocar um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular
cerebral (AVC).

Num adulto saudável, o valor do colesterol LDL deve ser inferior a 115 mg/mL.

Por outro lado, o colesterol HDL é habitualmente designado por colesterol "bom", pois o aumento dos
seus níveis no sangue não está relacionado com um aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovas-
culares. As HDL2 ajudam a remover o colesterol das artérias para o fígado, onde é degradado e posteriormente
eliminado.

O valor recomendado para o colesterol “bom” depende do género (feminino e masculino):

 Nos homens- superior a 40 mg/mL;

 Nas mulheres- superior a 45 mg/mL.

Figura 14 – Formação de depósitos de gordura nas paredes internas das artérias

1LDL: lipoproteínas de baixa densidade


2 HDL: lipoproteínas de alta densidade
Fig.14- https://www.diabetes.org.br/publico/tribuna-livre/1655-dez-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-colesterol
2

15
A cor do sangue

A elevada concentração de colesterol no sangue pode contribuir para um aumento do risco a certas do-
enças, devido a fatores como:

 o consumo de tabaco;  os fatores familiares;

 a pressão arterial elevada;  o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;

 o género (nos homens o risco é superior);  o sedentarismo.

 a idade (o risco aumenta com a idade);

Assim, para controlar o nível de colesterol no sangue, devem-se introduzir mudanças no estilo de vida,
quer ao nível da alimentação quer ao nível do exercício físico (fig.15).

Figura 15 – Estilo de vida essencial (alimentação equilibrada + exercício físico)

Fig.15- https://hilab.com.br/blog/colesterol-hdl-ldl-triglicerideos/

16
A cor do sangue

Glicose

Em condições normais, o organismo mantém a concentração de açúcar no sangue entre 70 e 110 mg/dl,
valores que podem ser obtidos através de, por exemplo, um teste de glicemia capilar (fig.16). Na diabetes, os
valores tornam-se demasiado altos, enquanto que na hipoglicemia, são demasiado baixos. O que irá afetar o
funcionamento de alguns sistemas do corpo humano, especialmente do cérebro. Este é especialmente sensível,
uma vez que a glicose é a sua única fonte de energia.

Para evitar os baixos valores de açúcar no sangue, as glândulas suprarrenais vão ser estimuladas, através
do sistema nervoso, a libertar adrenalina. O que irá provocar, por sua vez, a libertação de açúcar por parte do
fígado. No entanto, se os seus valores continuarem demasiado baixos, o funcionamento do cérebro poderá ficar
prejudicado.

Em relação à diabetes, podem existir dois tipos: a Diabetes Tipo 1, que surge quando as células do pân-
creas deixam de produzir insulina, e a Diabetes Tipo 2, que está associada ao excesso de peso.

Figura 16 – Teste de glicemia capilar

Fig.16- https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hipoglicemia/

17
A cor do sangue

Plaquetas

As plaquetas ou trombócitos (fig.17) são fragmentos celulares que circulam na corrente sanguínea e que
ajudam o sangue a coagular. A trombopoietina, produzida
principalmente no fígado, estimula a medula óssea a
fabricar células grandes (megacariócitos) que, por sua vez,
fabricam os trombócitos no seu citoplasma. A contagem de
plaquetas costuma ser de 140 × 109 a 440 × 109 por litro.
Alguns distúrbios relacionados com a quantidade destes
fragmentos celulares na corrente sanguínea são: a
trombocitemia essencial, a trombocitose reativa, a
trombocitopenia e a disfunção das plaquetas.
Figura 17– Glóbulos vermelhos e plaquetas na corrente sanguínea

Na trombocitemia essencial, as células da medula óssea crescem exageradamente e produzem


plaquetas em excesso (fig.18), apesar de não ser
identificado outro distúrbio. Curiosamente, o aumento
do número de plaquetas, neste caso, causa mais
frequentemente hemorragias do que coagulação. Para se
reduzir o risco de coagulação anormal, os médicos podem
administrar aspirina nos seus pacientes, se eles tiverem
doenças vasculares ou um maior risco de ataque
cardíaco, ou podem recorrer a medicamentos para
reduzir o número de plaquetas.
Figura 18– Imagem microscópica onde é possível visualizar um número
excessivo de plaquetas

Fig.17- https://www.misistemainmune.es/inmunologia/componentes/que-papel-juegan-las-plaquetas-en-el-sistema-inmune
Fig.18- https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/896

18
A cor do sangue

Por sua vez, na trombocitose reativa, a medula óssea também é estimulada a fabricar plaquetas em
excesso devido a outros distúrbios, tais como, infeções, inflamações crônicas (fig.19), deficiência de ferro e
cancro. O aumento destes fragmentos celulares, geralmente não aumenta o risco a coagulação ou a hemorragias.
Neste caso, não é necessário um tratamento específico.1

Figura 19– Inflamações crónicas em várias zonas do corpo humano

Por outro lado, a trombocitopenia caracteriza-se pela diminuição do número de plaquetas na corrente
sanguínea e as suas causas podem variar, desde doenças na
medula óssea, alguns tipos de anemia, até à exposição a alguns
vírus. Alguns sintomas desta doença são, por exemplo, o
aparecimento de nódoas negras com facilidade de hemorragias
anormais (fig.20), elevada perda de sangue com um pequeno corte,
sangramento nasal ou das gengivas e hemorragia abundante
durante a menstruação.
Figura 20– Hematoma na pele
2

Fig.19 - https://www.tuasaude.com/inflamacao/
Fig.20 - https://garce.org.br/hematomas-surgem-com-frequencia-em-voce-isso-pode-ser-sintoma-de-uma-dessas-doencas/

19
A cor do sangue

Em relação à disfunção das plaquetas (fig.21), as pessoas têm o número correto de trombócitos, mas
estes não funcionam normalmente.

Figura 21– Visão microscópica da disfunção plaquetária

Fig.21 - https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/hematologia-e-oncologia/trombocitopenia-e-disfun%C3%A7%C3%A3o-plaquet%C3%A1ria/vis%C3%A3o-geral-das-
disfun%C3%A7%C3%B5es-plaquet%C3%A1rias

20
A cor do sangue

Glóbulos Brancos
Os glóbulos brancos ou leucócitos desempenham um papel importante na defesa do corpo humano
contra organismos infeciosos e contra substâncias estranhas.
Tal como todas as células sanguíneas, os glóbulos brancos são produzidos, sobretudo, na medula óssea
e desenvolvem-se a partir de células-tronco (pre-
cursoras), que posteriormente amadurecem e
transformam-se num dos cinco principais tipos de
glóbulos brancos (fig.22): neutrófilos, linfócitos,
monócitos, eosinófilos e basófilos.
1

Figura 22– Diferentes tipos de glóbulos brancos

Em situações normais, as pessoas produzem cerca de 100 bilhões de glóbulos brancos por dia e a contagem
total de leucócitos, varia, normalmente, entre 4.000 e 11.000 células por microlitro. Uma quantidade muito
elevada ou muito baixa de glóbulos brancos na corrente
sanguínea indica um distúrbio.
A leucopenia (fig.23) caracteriza-se por uma diminui-
ção do número de glóbulos brancos (inferior a 4.000 célu-
las por microlitro de sangue) e, torna as pessoas mais sus-
cetíveis a infeções.
Figura 23– Comparação de um sangue normal com um sangue com
leucopenia

Fig.22- https://www.todamateria.com.br/leucocitos/
Fig.23- https://www.vectorstock.com/royalty-free-vector/leukopenia-vector-11562760

21
A cor do sangue

A leucocitose, aumento no número de glóbulos brancos (superior a 11.000 células por microlitro de
sangue), muitas vezes é causada pela normal resposta do corpo ao ajudar a combater uma infeção ou em
resposta a certos medicamentos, como os corticosteroides. No entanto, o aumento do número de leucócitos
também pode ser causado pelo cancro da medula óssea (como leucemia) (fig.24), onde ocorre a libertação de
glóbulos brancos imaturos ou anormais da medula óssea para o sangue.

Figura 24 – Comparação entre o sangue de uma pessoa sem a doença e o


sangue de uma pessoa que sofre leucemia

Fig.24-https://www.tuasaude.com/leucemia/

22
A cor do sangue

Glóbulos Vermelhos / hemoglobina


Ao aumento da produção de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, designamos por eritrocitose. A eritro-
citose primária (fig.25) surge, como consequência, da policitemia vera, isto é, uma neoplasia mieloprolifera-
tiva, em que células anormais da medula óssea produzem excessivamente glóbulos vermelhos, glóbulos bran-
cos e plaquetas.

Figura 25– Variação do valor do hematócrito e doses de hidroxiureia (mg/kg) durante oito anos de
tratamento de eritrocitose primária num cão

Por outro lado, a eritrocitose secundária resulta de um distúrbio que aumenta a secreção de eritro-
poietina 1 e pode ter diversas causas, como a privação de oxigénio, que pode resultar, por exemplo de:
 Intoxicação por monóxido de carbono;

 Tabagismo;

 Defeitos congênitos do coração;

 Grandes altitudes;

 Graves doenças pulmonares.

Consequentemente, a privação de oxigénio causa um aumento de eritropoietina que irá estimular a


medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos para permitir um maior transporte de oxigénio pelo sangue.
No entanto, existem outras causas de eritrocitose secundária que incluem:
 O tratamento com hormonas masculinas, como a testosterona;

 Problemas renais, incluindo tumores, cistos e estreitamento das artérias que irão parar os rins;

 Distúrbios genéticos que afetam a produção de eritropoietina (eritrocitose congênita).

1Eritropoietina: hormona produzida nos rins que estimula a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea
Fig.25-https://www.tuasaude.com/leucemia/

23
A cor do sangue

A eritrocitose congênita está presente no nascimento e é geralmente causada por um distúrbio gené-
tico hereditário que afeta a afinidade da hemoglobina 11 por oxigénio ou a resposta à hipoxia que ocorre quando
o nível de oxigénio no sangue é reduzido.
Na eritrocitose relativa não há glóbulos vermelhos em excesso, mas estes aparentam numa concen-
tração elevada uma vez que há menos plasma na corrente sanguínea. A diminuição do nível de plasma pode
resultar em queimaduras, vômitos, diarreia, ingestão inadequada de líquidos e da utilização de medicamentos
que aceleram a eliminação de sal e de água pelos rins.

1Hemoglobina: molécula que se encontra no interior dos glóbulos vermelhos e que transporta oxigénio

24
A cor do sangue

Eletrólitos

Os eletrólitos são minerais que possuem carga elétrica quando estão dissolvidos no sangue. Os eletró-
litos sanguíneos (fig.26) – sódio, potássio, cloreto e bicarbonato – ajudam a regular as funções dos nervos e
dos músculos; a manter um equilíbrio ácido-base e a manter um equilíbrio hídrico.

O sódio ajuda, principalmente, o corpo a manter os níveis normais de líquido no interior das células,
no espaço em torno das células e no sangue. Se a concentração de eletrólitos for alta, o líquido move -se, por
osmose, para um determinado compartimento. Mas, se a sua concentração for baixa, o líquido desloca-se para
fora desse compartimento.

Os rins ajudam a manter em equilíbrio as concentrações de eletrólitos, através da filtragem de mine-


rais e de água, devolvendo parte deles para a corrente sanguínea e excretando o excesso pela urina.

Alguns distúrbios podem surgir se o equilíbrio de eletrólitos for perturbado. Por exemplo, um desequi-
líbrio eletrolítico pode ser causado:

 Pela desidratação ou híper-hidratação;

 Pela toma de certos medicamentos,

 Por distúrbios específicos no coração, no rim ou no fígado;

 Pela hidratação ou alimentação via intravenosa em quantidades inadequadas.

Figura 26 – Principais eletrólitos presentes no corpo humano


1

Fig.26- https://pt.dreamstime.com/os-eletr%C3%B3litos-testam-ilustra%C3%A7%C3%A3o-do-vetor-o-l%C3%ADquido-de-corpo-etiquetou-exemplo-diagrama-image133545859

25
A cor do sangue

Imunoglubina
Existem diversos tipos de imunoglobulinas (fig.27), como por exemplo, a IgA, a IgD, a IgE, a IgG e a
IgM. Cada classe ajuda a proteger, de forma diferente, o organismo contra certas infeções.

Figura 27– Diferentes tipos de imunoglubinas

A deficiência seletiva de imunoglobulina é, geralmente, herdada e resulta dos baixos níveis de um


específico anticorpo - imunoglobulina - mesmo que os níveis das restantes classes estejam normais. Este dis-
túrbio pode ser causado por uma mutação genética ou por um medicamento específico, como a fenitoína
(usada para tratar convulsões) ou sulfassalazina (usada no tratamento de artrite reumatoide). A maioria das
pessoas com deficiência seletiva de IgA pode apresentar poucos, ou até nenhuns, sintomas, mas algumas delas
têm infeções pulmonares crônicas, sinusite entre outros distúrbios, que podem ser tratados com o uso de
certos medicamentos, como os antibióticos.

Pode-se verificar um aumento da IgA quando existem alterações nas mucosas, principalmente nas mu-
cosas gastrointestinais e respiratória. Já a diminuição da quantidade de IgA na corrente sanguínea é, normal-
mente, genética e não leva ao desenvolvimento de sintomas relacionados com essa alteração, sendo conside-
rada deficiência quando a sua quantidade é inferior a 5 mg/dL no sangue.
1

Fig.27- https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/anticorpos.htm

26
A cor do sangue

Capítulo IV - Doenças identificadas em exames laboratoriais

Anemia

A anemia é a condição na qual a hemoglobina no sangue se encontra num valor abaixo do valor de
referência, tendo em consideração a idade e o sexo. Esta doença ocorre sempre que o corpo humano não dispõe
dos glóbulos vermelhos necessários ao seu normal funcionamento, quer por uma menor produção na medula
óssea, quer por uma excessiva perda ou destruição. As causas de anemia podem variar desde a falta de ferro,
doenças crónicas até doenças intestinais.

Numa fase inicial, pode passar despercebida, sendo confundida com cansaço e falta de energia. À medida
que a doença vai evoluindo, o paciente poderá sentir falta de ar, o coração acelerado, dor no peito, cãibras,
entre outros.
O tratamento da anemia depende das suas causas e da sua gravidade, sendo necessária a reposição dos
níveis normais de hemoglobina e de glóbulos vermelhos. A partir das análises sanguíneas, caso seja possível
confirmar que a anemia é provocada por insuficiência de ferro, o tratamento deverá consistir na administração
de suplementos de ferro, por via oral ou injetável. A Vitamina C (fig.28) presente nos citrinos, kiwis e brócolos,
também tem um papel importante na absorção do ferro. O mesmo se aplica à deficiência em vitamina B12 que
poderá ser corrigida mediante a administração de suplementos.

Legenda:
1- Grupo hidroxilo
2- Grupo éster

Figura 28– Fórmula estrutural da vitamina C


1

Fig.28- http://www.ensinandoeaprendendo.com.br/wp-content/uploads/2014/05/vitaminaC.jpg

27
A cor do sangue

Caso a situação seja mais grave, poderá ser necessário recorrer a transfusões sanguíneas. Para além disso,
o paciente deve ter uma dieta equilibrada, onde sejam incluídas carnes, peixes, frutos e vegetais verdes,
permitindo, em muitos casos, reverter o processo que causou a anemia.
De acordo com as análises da figura 29, podemos verificar que o utente tem melhorado os seus níveis de
hemoglobina, apesar de atualmente estes ainda se encontrarem num valor inferior ao aconselhável.

Figura 29– Exame sanguíneo com registo de anemia

28
A cor do sangue

Diabetes

A diabetes é a mais comum das doenças não transmissíveis, com elevada prevalência e incidência
crescente. Esta caracteriza-se pelos seus elevados níveis de açúcar no sangue (glicose), que se devem à
diminuição de produção de insulina1.
Quando a insulina não atua, o organismo entra em hiperglicemia 2, deteriorando progressivamente os
vasos sanguíneos. Por esta razão, as doenças cardiovasculares como o enfarte agudo do miocárdio e a morte
cardíaca súbita, são mais frequentes em doentes diabéticos do que na população em geral. Com o tempo, os
níveis elevados de glicose no sangue podem provocar danos em vários tecidos do corpo, originando problemas
limitadores e potencialmente fatais.
Esta doença pode ser diagnosticada através de testes sanguíneos (fig.30) como a glicemia em jejum, a
prova de tolerância à glicose oral e a hemoglobina glicada.

Figura 30– Teste de glicemia capilar

1Insulina: hormona responsável pela passagem da glicose para o interior das células
2Hiperglicemia: excesso de açúcar no sangue
Fig.30- https://www.news-medical.net/image.axd?picture=2021%2F2%2Fshutterstock_1912929745.jpg

29
A cor do sangue

 Pré-diabetes
A pré-diabetes é uma situação que antecede a diabetes, não causando qualquer sintoma. Serve de alerta
para evitar a progressão da doença e pode ser detetada a partir da observação dos níveis de glicose num exame
sanguíneo. Analisando o exemplo da análise
apresentada (fig.31), podemos verificar que
os níveis de glicose, ainda em jejum, são de
116 mg/dL, encontrando-se entre 100 e 125
mg/dL, intervalo que deteta a pré-diabetes.
Pela análise dos dados de anos anteriores,
podemos concluir que o paciente não
apresentava pré-diabetes, apesar dos níveis
de glicose aumentarem de ano em ano.

Figura 31 – Exame sanguíneo com registo pré-diabetes

De modo a impedir o desenvolvimento da doença, os hábitos de vida das pessoas, como a representada
nestas análises clínicas (fig.31), deverão ser modificados. Entre os cuidados a ter, deve-se começar uma dieta
com redução de calorias, gorduras saturadas e carboidratos e também recorrer a atividade física. Caso a
situação esteja mais agravada, o médico poderá também optar por iniciar um tratamento com medicação como,
por exemplo, a acarbose (fig.32) e a metformina (fig.33).

Legenda:
1- Amina
Legenda:
1- Grupo Hidroxilo

Figura 33– Fórmula de estrutura da metformina


1
Figura 32– Fórmula de estrutura da acarbose

Fig.32- https://www.researchgate.net/profile/BulatYalaev/publication/321169496/figure/fig1/AS:760153687212033@1558246170776/Acarbose -chemical-structure.ppm


Fig.33- https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo/estrutura-da-metformina.jpg

30
A cor do sangue

 Diabetes tipo 1
A diabetes tipo 1, antigamente conhecida como diabetes juvenil ou diabetes insulinodependente, é uma
condição crónica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina (fig.34). Deste modo, qualquer pes-
soa com esta doença precisa de fazer uma administração de insulina através de, por exemplo, uma bomba
ou caneta de insulina.

Legenda:
1- Grupo hidroxilo
2- Grupo carbonilo

Figura 34– Fórmula de estrutura da aspirina

Vários fatores podem contribuir para a diabetes tipo 1, incluindo fatores genéticos e a exposição a
determinados vírus. Embora a diabetes tipo 1 apareça, normalmente, na infância ou na adolescência, também se
pode desenvolver em adultos.
Os sintomas desta doença podem aparecer de repente e podem incluir aumento da sede e micção
frequente, fome extrema, perda de peso, fadiga e visão turva.
De modo a tratar a diabetes tipo 1 deve-se, tal como na pré-diabetes, ter uma alimentação saudável com
monitorização dos hidratos de carbono e uma prática diária de atividade física, para além da monitorização do
nível de açúcar no sangue. Podem também ser prescritos fármacos para pressão arterial elevada, fármacos que
diminuem o colesterol ou aspirina para proteger o coração.

Fig.34- https://www.blogdovestibular.com/wp-content/uploads/2018/01/aspirina-estrutura.png

31
A cor do sangue

Pela análise do exame sanguíneo representado na figura 35, podemos verificar que a percentagem de
Hemoglobina Glicosidada, que mede a média da glicemia nos últimos 2 a 3 meses, é de 7,4%, sendo superior a
6,5%, valor a partir do qual se regista a presença da diabetes. Esta percentagem diminui a partir de 2016, tendo-
se mantido desde então constante. Para além disso, os níveis de glicose, ainda em jejum, são de 264 mg/dL, ou
seja, superiores a 126 mg/dL. Analisandos os resultados históricos, verificámos que ocorreram oscilações
significativas ao longo, sendo o valor atual superior aos valores anteriores. 1

Figura 35– Exame sanguíneo com registo de diabetes tipo 1

32
A cor do sangue

Aterosclerose
Através da análise deste exame sanguíneo (fig.36), podemos concluir que o paciente provavelmente
sofrerá de aterosclerose. Esta é uma doença relacionada com o endurecimento das arteríolas provocado pelo
depósito de materiais gordurosos como, por exemplo, os triglicerídeos, que estão a um nível bastante superior
àquele que é mais indicado.
Para além disso, o utente apresenta um alto
valor de colesterol, sendo o mais elevado o colesterol
LDL, que se distingue do HDL por fazer uma ação
contrária, prendendo-se nas paredes das artérias
através da formação de placas de gordura.

Na aterosclerose as placas de gordura


provocam estragos diferentes dependendo do local
onde comprometem a circulação sanguínea. Alguns
sinais e sintomas dessa doença são: arritmia cardíaca,
palpitações, fadiga, dor no peito e aumento da
pressão artéria. Figura 36– Exame sanguíneo com registo de aterosclerose

De modo a prevenir a obstrução de uma artéria, é aconselhável ter uma alimentação equilibrada, uma
rotina de exercícios físicos regulares e uma baixa ingestão de gordura e sal. Podem também ser recomendados
diferentes tipos de medicamentos, como as levastatinas (fig.37), caso os níveis de LDL sejam muito altos ou
quando existe um alto risco cardiovascular.

Legenda:
1- Grupo éster
2- Grupo hidroxilo

1
Figura 37– Fórmula de estrutura da Lovastatina

Fig.37- https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ae/Lovastatin-Strukturformel.png/200px-Lovastatin-Strukturformel.png

33
A cor do sangue

Ferritina

A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado, responsável pelo armazenamento do ferro no
organismo. Caso a sua quantidade no nosso organismo seja muito elevada, pode surgir uma doença chamada
Hiperferritinemia, que não provoca sintomas, mas
estes podem existir, dependendo de alguma doença
subjacente responsável pelo aumento da ferritina.
Neste caso, apesar do valor de ferritina não ser
muito superior ao valor de referência (fig.38), o
paciente deverá ter atenção à sua alimentação, às
bebidas alcoólicas que possa consumir e ao
sedentarismo, pois estas são as principais causas dos
níveis elevados de ferritina.

Figura 38– Exame sanguíneo com registo de ferritina ligeiramente elevada

Se os valores sofrerem um aumento significativo, poderá ser necessário o uso de medicamentos


quelantes de ferro, como o deferasirox (fig.39), que se ligam ao ferro no organismo e impedem que esse nutriente
se acumule e prejudique outros órgãos, como fígado, pâncreas e coração.

Legenda:
1- Grupo hidroxilo
2- Grupo carboxilo
1

Figura 39– Fórmula de estrutura do deferasirox

Fig.39- https://pfarma.com.br/images/noticias/deferasirox-generico.jpg

34
A cor do sangue

Capítulo V - O exercício físico e o sangue

Durante a prática de exercício físico, a chegada de O2 bem como a remoção do excesso de calor e de CO2
do organismo requerem a ação integrada de vários mecanismos cardiovasculares e respiratórios. A ventilação,
que ocorre em três fases (fig.40), aumenta subitamente com o início do exercício; em seguida, após uma breve
pausa, o aumento torna-se mais gradual; os exercícios moderados elevam, sobretudo, a profundidade da
respiração, acompanhada do aumento da frequência respiratória quando o exercício é mais intenso. Durante o
exercício, a quantidade de O2 que entra no sangue e nos pulmões aumenta devido à maior quantidade de O2
adicionada a cada unidade de sangue e do fluxo sanguíneo pulmonar por minuto. Como o fluxo sanguíneo por
minuto aumenta, a quantidade total de O2 que chega ao sangue vai de 250 ml/min (valor em repouso) a, em
alguns casos, 4000 ml/min. Por sua vez, a quantidade de CO2 retirada de cada unidade de sangue também é maior
fazendo com que a sua excreção também aumente.

No final do exercício, a ventilação diminui abruptamente e, após uma breve pausa, a queda torna-se mais
gradual e a ventilação retorna aos níveis do pré-exercício. A frequência respiratória só se normaliza após a
compensação do débito de O2. Após o exercício, o estímulo ventilatório não é a PCO2 arterial (pressão parcial de
dióxido de carbono) nem a PO2 arterial (oxigénio), mas sim a concentração de H+, induzido pela acidez lática
resultante da fermentação que ocorre nas células musculares.

Os desportos podem ser aeróbios,


anaeróbios ou até mesmo os dois,
dependendo da modalidade praticada. A
principal diferença entre os estes deportos é a
via energética.

Figura 40- Três fases do aumento da ventilação por minuto durante o exercício. Fase I:
aumento rápido. Fase II: elevação exponencial mais lenta, começa cerca de 20 segundos após
o início do exercício. Fase III: os principais mecanismos reguladores já alcançaram valores
1 estáveis.

Fig.40 -file:///C:/Users/Convidado/Documents/Para%20o%20Cora%C3%A7%C3%A3o/Downloads/637-1932-1-PB.pdf

35
A cor do sangue

Exercícios físicos aeróbios

Nos exercícios físicos aeróbios, a via de energia utilizada é oxidativa. A produção de energia é realizada
com a ajuda do oxigénio, utilizando como principal fonte os carboidratos, as gorduras ou as proteínas.

Ao iniciar a prática desportiva, os batimentos cardíacos aumentam para serem capazes de transportar
uma maior quantidade de oxigénio e de substrato para as células produzirem energia e retirar os metabólitos1
produzidos. Consequentemente, a respiração irá ser mais acelerada, permitindo o aumento da troca gasosa de
oxigénio e de dióxido de carbono. Com o aumento dos batimentos cardíacos, os vasos sanguíneos dilatam-se para
transportarem uma maior quantidade de sangue para os músculos e, assim, manter a pressão arterial controlada.
O movimento originado provoca o aumento da temperatura corporal e, para controlar essa temperatura, as
glândulas sudoríparas libertam o suor, que ao evaporar vai retirar o excesso de calor do corpo.

Alguns exemplos de exercícios aeróbios são: caminhar, correr, dançar, nadar, entre outros.

1Metabólitos: substâncias resultantes do processo de metabolismo

36
A cor do sangue

Exercícios físicos anaeróbios

Nos exercícios físicos anaeróbios a via energética utilizada é ATP-CP. Este tipo de exercício não necessita
de oxigénio para conceber energia, e até a produzem muito rápido, mas por um tempo limitado; usando como
substrato o ATP ou a glicose.

Durante os exercícios anaeróbios, são utilizados os hidratos de carbono sob a forma de glicogénio
muscular ou glicose. O glicogénio quebra-se em glicose que, por sua vez, é rapidamente quebrado na ausência
de oxigénio para levar à formação de ATP e ácido lático. Cada molécula de glicose é capaz de produzir duas
moléculas de ATP e apesar deste sistema permitir a produção de energia de forma rápida acontece em pequenas
quantidades, tornando-o ineficiente.

Depois de produzido o ácido lático, acaba por se dividir em lactato e iões de hidrogénio. A acumulação
dos iões de hidrogénio acabará por dificultar a contração muscular e causar fadiga muscular. Assim, conclui-se
que quanto maior a produção de ácido lático, maior a acumulação de iões de hidrogénio e mais rapidamente
teremos uma fadiga muscular.

Um exemplo deste tipo de exercício é a musculação.

37
A cor do sangue

Substâncias produzidas durante o exercício físico

Ao longo da realização de exercício físico são libertadas várias substâncias no corpo, desde hormonas,
enzimas ou proteínas. Cada uma destas substâncias produz um efeito diferente e um benefício para o organismo.
Alguns exemplos dessas substâncias são:

 Cortisol (fig.41) - é conhecido como hormona do stress porque prepara o corpo para
fugir e lutar. Tem um efeito catabólico, trabalhando para preservar as reservas de
glicogénio.
Figura 41– Fórmula de estrutura do cortisol

 GH- é a hormona do crescimento. Tem um efeito anabólico e estimula o crescimento celular. Outra função
importante desempenhada por esta hormona é o facto de que estimula o uso de gordura como fonte de
energia.

 Adrenalina e noradrenalina (fig.42) - são hormonas libertadas pelo cérebro e são


responsáveis pelo aumento do metabolismo e da respiração, por manter o corpo em
alerta e pela libertação de glicose e gorduras para a produção de energia.
Figura 42– Fórmula de estrutura da noradrenalina

 Insulina- é responsável por levar a glicose para dentro da célula. Se a insulina não for produzida a glicose irar-
se-á acumular no sangue, originando a doença diabetes. Outro papel desempenhado pela insulina é
transformar o excesso de glicose no sangue em triglicéridos, ou seja, armazenar gordura.

 Glucagon (fig.43) - é responsável pela gliconeogénese. Esta hormona


aumenta a quantidade de glicose no sangue através da quebra do
glicogénio que se encontra armazenado nos músculos. Também é
responsável pela produção de glicólise no fígado.
Figura 43– Fórmula de estrutura do glucagon

Fig.41 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Cortisol
Fig.42 - https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/noradrenalina.htm
Fig.43 - http://www.chemnet.com/cas/pt/64790-15-4/Glucagon%20(19-29)%20(human,%20bovine,%20porcine).html

38
A cor do sangue

Conclusão

A realização deste trabalho foi extremamente importante para a nossa aprendizagem, uma vez que
ficamos a conhecer e a compreender melhor as características, as propriedades e as diversas particularidades
acerca do sangue (fig.44) e dos seus constituintes. Todo o conteúdo presente ao longo deste projeto foi
desenvolvido a partir dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos ao longo deste ano letivo, sobretudo nas
disciplinas envolvidas.

Este projeto, também permitiu que nós, os alunos, desenvolvêssemos a cooperação em grupo, a
distribuição de tarefas e o trabalho em equipa, aprimorando, assim, a comunicação, a investigação e a
organização.

Ao longo dos vários capítulos, abordamos um vasto leque de conhecimentos com o objetivo de manter
toda a população informada sobre a real importância de se realizar exames médicos, prevenindo, assim, o
desenvolvimento de certas doenças, sobre os sintomas e os possíveis tratamentos para certos distúrbios
relacionados com o sangue, e sobre a importância de se praticar exercício físico com regularidade acompanhado,
sempre, de uma alimentação saudável, evitando o aparecimento dessas patologias.

Em síntese, podemos concluir que os todos os objetivos deste trabalho foram atingidos.

Figura 44– Bolsa de sangue


1

Fig.44 - https://eshoje.com.br/tribunal-de-justica-do-es-promove-audiencias-publicas-sobre-transfusao-de-sangue/bolsa_de_sangue/

39
A cor do sangue

Webgrafia

 Delboni Auriemo. Triglicerídeos alto: o que é e como evitar. Consultado em 4 de maio de 2021. Disponível
em https://delboniauriemo.com.br/saude/triglicerideos-alto
 Portal Educação. Principais componentes do sangue. Consultado em 4 de maio de 2021. Disponível em
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/principais-componentes-do-san-
gue/63579
 Toda Matéria. Biomoléculas. Consultado em 4 de maio de 2021. Disponível em https://www.todamate-
ria.com.br/biomoleculas/
 Wikipédia. Globulina. Consultado em 20 maio de 2021. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Glo-
bulina
 UOL. Composição do sangue - plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. Consultado em 4 de maio de
2021. Disponível em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/composicao-do-sangue-plasma-
hemacias-leucocitos-e-plaquetas.htm
 MAGALHÃES, Lana. Albumina. Consultado em 20 de maio de 2021. Disponível em https://www.todama-
teria.com.br/albumina/
 DIAS, Diogo Lopes. Colesterol. Consultado em 20 de maio de 2021. Disponível em https://www.manual-
daquimica.com/curiosidades-quimica/colesterol.htm
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Glicose. Consultado em 4 de maio de 2021. Disponível em https://mundo-
educacao.uol.com.br/biologia/glicose.htm
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Vitamina A. Consultado em 20 de maio de 2021. Disponível em
https://www.biologianet.com/biologia-celular/vitamina-a.htm
 Laboratório Unidos. Você sabe qual é a importância da Vitamina B12 para o organismo? Consultado em
25 de maio de 2021. Disponível em https://www.unidos.com.br/voce-sabe-qual-e-importancia-da-vita-
mina-b12-para-o-organismo/
 ZANIN, Tatiana. (abril de 2021). Vitamina D: para que serve, quanto consumir e principais fontes. Consul-
tado em 25 de maio de 2021. Disponível em https://www.tuasaude.com/para-que-serve-a-vitamina-d/
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Vitaminas. Consultado em 25 de maio de 2021. Disponível em
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/vitaminas.htm
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Hormônios. Consultado em 20 de maio de 2021. Disponível em
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/hormonios.htm
 Porto Editora. Atividade hormonal. Consultado em 20 de maio de 2021. Disponível em https://www.in-
fopedia.pt/$atividade-hormonal

40
A cor do sangue

 BEIRÃO, Dr. Daniel. (7 de março de 2019) Colesterol no sangue: problemas e soluções. Consultado em 25
de maio de 2021. Disponível em https://www.hospitaldaluz.pt/pt/guia-de-saude/dicionario-de-
saude/C/80/colesterol-sangue-problemas-solucao
 Cuf. Hipoglicemia. Consultado em 25 de maio de 2021. Disponível em https://www.cuf.pt/saude-a-z/hi-
poglicemia
 KUTER, David J. (julho de 2020). Considerações gerais sobre distúrbios das plaquetas. Consultado em 4 de
maio de 2021. Disponível em https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-do-san-
gue/dist%C3%BArbios-das-plaquetas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-dist%C3%BArbios-das-
plaquetas
 Cuf. (20 de novembro de 2020). Plaquetas baixas: o que pode significar. Consultado em 4 de maio de 2021.
Disponível em https://www.cuf.pt/mais-saude/plaquetas-baixas-o-que-pode-significar
 TERRITO, Mary. (janeiro de 2020). Considerações gerais sobre distúrbios dos glóbulos brancos. Consultado
em 4 de maio de 2021. Disponível em https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-do-
sangue/dist%C3%BArbios-dos-gl%C3%B3bulos-brancos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-
dist%C3%BArbios-dos-gl%C3%B3bulos-brancos
 LIESVELD, Jane. (setembro de 2020). Eritrocitose. Consultado em 20 de maio de 2021. Disponível em
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-mieloprolife-
rativos/eritrocitose
 FERNANDEZ, James. (dezembro de 2019). Deficiência seletiva de imunoglobulina. Consultado em 20 de
maio de 2021. Disponível em https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/doen%C3%A7as%20imu-
nol%C3%B3gicas/doen%C3%A7as-decorrentes-de%20%20imunodefici%C3%AAncia/defici%C3%AAncia-
seletiva-de-imunoglobulina
 Diabetes 365º. Diabetes tipo 1: tudo o que precisa de saber. Consultado em 27 de maio de 2021. Disponível
em https://www.diabetes365.pt/cuidar/diabetes-tipo-1-tudo-o-que-precisa-de-saber/
 Médicos e outros profissionais clínicos da Rede Hospital da Luz. (8 de março de 2019) Diabetes: como se
faz o diagnóstico? Consultado em 27 de maio de 2021. Disponível em https://www.hospitalda-
luz.pt/pt/guia-de-saude/dicionario-de saude/D/90/diabetes-diagnostico
 JESUS, Dra. Cláudia Ribeiro. (12 de novembro de 2018). Diabetes: Quais os sintomas e riscos. Consultado
em 27 de maio de 2021. Disponível em https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/diabetes-
quais-os-sintomas-e-riscos/
 One Touch. O que é a diabetes? Consultado em 27 de maio de 2021. Disponível em https://www.one-
touch.pt/sobre-a-diabetes/Inicie-a-sua-viagem/o-que-e-a-diabetes

41
A cor do sangue

 SOARES, Andressa Heimbecher. (19 de junho de 2020). Pré-diabetes: sintomas, tratamentos e causas. Con-
sultado em 27 de maio de 2021. Disponível em https://www.minhavida.com.br/saude/temas/pre-diabe-
tes
 Grupo Sanfil. Pré-diabetes. Consultado em 27 de maio de 2021. Disponível em https://www.sanfil.pt/pre-
diabetes/
 Grupo Sanfil. Diabetes do tipo 1. Consultado em 28 de maio de 2021. Disponível em https://www.san-
fil.pt/diabetes-do-tipo-1/
 Unimed. (19 de julho de 2016). O que você precisa saber sobre ferritina. Consultado em 4 de junho de
2021. Disponível em https://www.unimedvtrp.com.br/o-que-voce-precisa-saber-sobre-ferritina/
 LEMOS, Marcela. (abril de 2021). Ferritina: o que é e porque pode estar alta ou baixa. Consultado em 4 de
junho de 2021. Disponível em https://www.tuasaude.com/ferritina/
 ABREU, Mafalda. (agosto de 2019). Remédios para baixar o Colesterol. Consultado em 4 de junho de 2021.
Disponível em https://www.tuasaude.com/remedios-para-baixar-o-colesterol/
 TENORIO, Goretti Tenorio; PINHEIRO, Chloé. (30 de outubro de 2019). O que é aterosclerose: tratamento,
causas, sintomas e prevenção. Consultado em 4 de junho de 2021. Disponível em
https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-aterosclerose-tratamento-causas-sintomas-e-prevencao/
 PINHA, Flávio Cataldi. (16 de abril 2021). Colesterol alto: o que é, causa, sintomas, o que comer e fazer?.
Consultado em 4 de junho de 2021. Disponível em https://www.minhavida.com.br/saude/temas/coleste-
rol
 JESUS, Dra. Cláudia Ribeiro. (22 de fevereiro de 2019). Anemia: causas, sintomas e tratamento. Consultado
em 4 de junho de 2021. Disponível em https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/anemia-cau-
sas-sintomas-e-tratamento/
 Atlas da Saúde. (2 de julho de 2019). Obstrução das artérias: Aterosclerose. Consultado em 4 de junho de
2021. Disponível em https://www.atlasdasaude.pt/artigos/aterosclerose
 Medis. (7 de maio de 2018). Colesterol: O bom, o mau e o vilão. Consultado em 4 de junho de 2021. Dis-
ponível em https://www.medis.pt/mais-medis/dieta-e-nutricao/colesterol-o-bom-o-mau-e-o-vilao/
 Da Reportagem. (3 de julho de 2016). Metabolismo anaeróbico vs. metabolismo aeróbico. Como funcio-
nam? Consultado em 27 de maio de 2021. Disponível em https://www.diariodolitoral.com.br/noticias/me-
tabolismo-anaerobico-vs-metabolismo-aerobico-como-funcionam/86016/

 BTFIT APP. (23 de novembro de 2018). Atividades físicas: como nosso corpo reage aos exercícios? Entenda!
Consultado em 27 de maio de 2021. Disponível em https://blog.bt.fit/atividades-fisicas-como-nosso-
corpo-reage-aos-exercicios-entenda/

42
A cor do sangue

Bibliografia

 OSÓRIO, Lígia Silva. Prepara os testes: Biologia e Geologia 10. Areal Editores. Porto.
 MOREIRA, Jacinta Rosa; MARTINS, Hélder. Preparar o Exame Nacional: Biologia e Geologia 11. Areal Edi-
tores. Porto.
 DANTAS, Maria da Conceição; RAMALHO, Marta Duarte. Novo Jogo de Partículas. (1ª edição). Texto Edi-
tores. Lisboa.
 MATIAS, Osório; MARTINS, Pedro. Biologia 10. (1ªedição). Areal Editores. Porto.

43

Você também pode gostar