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1.4. Infraestrutura
Os alunos contam com pelo menos duas quadras abertas, uma quadra
fechada e um pátio fechado. Todos esses espaços podem ser acessados durante o
intervalo das turmas para fins recreativos e também podem ser reservados para os
professores em casos de aulas diferenciadas ou aulas de educação física. As
quadras abertas aparentam ser “improvisadas” sendo pintadas no topo dos prédios e
gradeadas para que a bola não saia das limitações da quadra. A quadra fechada fica
mais distante, próxima ao prédio da EI.
O Pátio fechado também conta com uma cantina onde são vendidos
salgados, lanches, doces e bebidas. Esse pátio é a junção entre as duas
propriedades que antes eram separadas, de forma que metade do pátio possui piso
frio e a outra metade se assemelha a uma garagem subterrânea que foi pintada e
adaptada para o convívio dos alunos. Existem rampas de acesso para esse espaço,
o chão é de concreto, não há um acabamento no teto, de forma que é possível ver
algumas vigas e encanamentos passando por ali.
A escola não possui uma sala dedicada à informática porém conta com uma
certa quantidade de Chromebooks (computadores simples e baratos com sistema
operacional mais leve do que um notebook elaborado pelo google com o intuito de
auxiliar na educação) que podem ser distribuídos aos alunos nas aulas em que
forem necessários. A maior parte dos professores acaba não usando os dispositivos
com os alunos pelo mesmo motivo da falta de uso do laboratório de ciências. Os
computadores acabam sendo usados pelos próprios professores para projetar
imagens e atividades em sala, fazer anotações próprias e consultar a apostila digital
oferecida pelo site do Anglo.
2. Documentos Escolares
3. Observações
Falando sobre a atitude dos alunos durante a aula, não há diferença aparente
entre as turmas consideradas boas e difíceis pelo professor. A única turma de
primeiro ano conta com o dobro de alunos se comparada com a média de alunos por
sala. Mesmo os alunos sentados de frente para a mesa do professor se
encontravam entretidos por atividades paralelas. Dos quase 40 alunos da turma, o
professor só conseguia a atenção dos 6 a 10 alunos mais próximos a ele. Essa é
considerada a turma mais difícil da escola por diversos professores.
Por fim, o 3º ano é uma turma única com média de presença de 28 alunos por
aula. Assim como o 2º ano B, a turma quase toda demonstra um desinteresse
descarado, especialmente com as disciplinas consideradas difíceis (Matemática,
Física, Química e algumas outras). Nessa turma, o professor garantiu que os alunos
costumam prestar atenção, porém, Rubens tinha acabado todo o conteúdo da prova
e estava dando os conteúdos do final da apostila, que são considerados “não
essenciais" pela administração central da Rede Decisão. Os alunos sabem que esse
conteúdo não cai em provas e tem baixíssima incidência no vestibular, portanto não
prestam atenção. Mesmo assim a turma era quieta e alguns alunos prestavam
atenção nas primeiras carteiras, enquanto o resto da turma conversava, lia, ouvia
música ou jogava jogos.
Vale notar que as quatro primeiras palestras foram disponibilizadas pelo canal
do YouTube “GT07 - SBEM”.
Um ponto importante, ao qual foi dado bastante ênfase, foi a distinção entre
jogos e outras atividades. Segundo Regina, o jogo é descompromissado, possui
regras e possui um desafio, ou com outros ou consigo mesmo. Assim é possível
perceber que diversas atividades em sala são somente interativas e não jogos
propriamente ditos. A professora apresentou algumas experiências com jogos de
tabuleiro e jogos físicos como xadrez, mancala, tangram etc. além de um exemplo
com jogos computacionais, apesar das ressalvas feitas pela comunidade acadêmica.
Em todos os casos foi enfatizada a importância do registro de jogo com algum tipo
de contextualização ou propósito.
Na Rede Decisão, o padrão das aulas dadas pela maioria dos professores
ficou muito claro: correção da lição de casa, apresentação de conteúdo, resolução
de exemplos e exercícios e correção dos exercícios. Outros colegas estagiários
tiveram percepções diferentes em escolas menores ou escolas públicas, onde o
cronograma do professor não é delimitado por um sistema apostilado rígido e uma
busca contínua por resultados quantificáveis e palpáveis.
Aulas de revisão não são o tipo de aula ideal para uma regência de estágio,
ainda mais nas condições apresentadas, com toda a pressão da semana de provas
e final do período letivo. Além disso, os professores de redes particulares focados
nos resultados de vestibular acabam relevando o conteúdo números complexos, já
que a incidência desse conteúdo nos grandes vestibulares é baixa e, mesmo quando
ocorre, são exercícios simples que podem ser tratados como uma simples questão
de “valor numérico de expressão algébrica”.
8. Plano de Aula
Ementa:
Equação de segundo grau; expressões algébricas, números imaginários, números
complexos, representação de números complexos no plano de Argand-Gauss.
Atividades:
1. Introdução:
As aulas referentes aos números complexos costumam ser tratadas como uma
mera curiosidade pelos professores de matemática do ensino médio. Muitas vezes
essas aulas são meramente demonstrativas de que uma raiz de n-ésimo grau terá
n raízes, reais ou não. É importante notar que a BNCC não faz nenhuma
referência direta aos números complexos, o que impacta diretamente a aparição
desse conteúdo em provas de vestibular ou no ENEM.
b. Segunda Aula
A discussão mais pertinente desta aula deve ser sobre outros lugares em que é
possível observar valores cíclicos, onde o professor deve guiar as conclusões da
turma para dois temas, preferencialmente: as funções trigonométricas de seno e
cosseno que também variam entre 1 e -1 e o conceito de corrente alternada, onde
os números complexos são usados para delimitar o valor da corrente que segue
em duas direções, (“positiva” e “negativa”).
Apesar desses conceitos não serem o foco da aula, é importante que os alunos
entendam que os números complexos possuem usos reais no cotidiano e estão
presentes no funcionamento dos objetos de uso diário deles. A relação de euler
não é algo simples de ser ensinado no EM, mas pode ser introduzido com ideias
mais simples que podem ser mais elaboradas ao se abordar o plano de
Argand-Gauss.
c. Terceira Aula
3. Conclusões de Aplicação
A segunda aula contou com mais discussões do que exercícios, sendo que no
segundo ano A alguns alunos conseguiram comparar as potências de i às funções
trigonométricas antes da minha sugestão. Em ambas as turmas os alunos
apontaram que o professor de física havia mencionado algo sobre números
complexos durante as aulas de física elétrica, mas que não fora algo aprofundado
e nem cobrado em provas, por se tratar de um conteúdo bastante avançado.
A última aula foi a mais caótica, de forma que o professor interveio em meu favor
pelo menos uma vez em cada uma das turmas. Os alunos pareceram
relativamente seguros dos procedimentos matemáticos utilizados, mas sem noção
do motivo deles funcionarem. Para a maioria deles era como se eu tivesse
mudado o assunto da aula para geometria plana.
Formas Previstas de Avaliação: Não há formas previstas de avaliação por se
tratar de uma aula de revisão de conteúdos para a prova da escola. A avaliação se
dará pelo desempenho dos alunos na prova.
Referências: