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Resumo - Escola da Exegese

Surgimento:
➔ Sec XIX - França
➔ Contexto da Revolução Francesa - desordem no ordenamento jurídico
deste país, prejuízos à burguesia
➔ Código Napoleônico - a burguesia patrocinou a criação de um código
civil que consolidou as conquistas burguesas da Revolução (escola da
exegese foi a principal escola criada a partir desse código)
➔ A Escola da Exegese não se desenvolveu de maneira exclusiva na
Europa pós-iluminista - outras correntes que possuíam grandes
similaridades com a escola supracitada: Escola Pandectista, na
Alemanha, e a Escola Analítica, na Inglaterra

Fases
➔ Primeira: desde a outorga do Código Napoleônico até meados da
década de trinta do século XIX; instauração da Escola da Exegese e a
definição das suas características elementares
➔ Segunda: iniciou-se logo após a primeira e durou até os anos oitenta
do século XIX; período áureo da Escola da Exegese, sendo
publicadas, nessa época, as principais obras dessa corrente
hermenêutica
➔ Terceira: de 1880 até os últimos anos do século XIX; declínio da
Escola da Exegese e a ascensão de um novo jusnaturalismo

Características
3 palavrinhas chaves e cheias: imutabilidade, inviolabilidade, universalidade
➔ Direito universal, rígido e atemporal
➔ Teoria da Plenitude da Lei: não aceitavam a existência de lacunas na
lei, pois, por ser fruto da razão, ela alcançaria todo o ordenamento
jurídico
➔ Princípio da autoridade: destaque dado à vontade do legislador
(expressa de modo ​seguro e completo e aos operadores do direito por
meio da norma codificada) - para estabelecer a vontade do legislador o
jurista deve tomar o texto legal como uma proposição e procurar
desdobrá-lo em todas as suas implicações, obedecendo às regras da
lógica
➔ Importância cedida ao princípio da separação de poderes - o intérprete
da lei não poderia usar outro tipo de interpretação a não ser a
lógico-gramatical, caso contrário adentraria no poder legislativo
➔ Estado com a única fonte do direito
➔ Direito como possuidor de três elementos básicos: o fato, a norma e a
sentença
➔ Caráter pioneiro na divulgação do ​positivismo​ jurídico

Contribuições no direito brasileiro:


➔ A ênfase na importância da lei na busca pela segurança jurídica
➔ A importância na criação do conceito de ​estado democrático de direito
➔ Fortalecimento do princípio da legalidade (apareceu pela primeira vez
na Magna Carta inglesa em 1215)
➔ Artigo 4º do Código de Napoleão: “O juiz que se recusar a julgar sob o
pretexto do silêncio, obscuridade ou insuficiência da lei, tornar-se-á
passível de ser processado sob a acusação de uma denegação da
justiça.” - impossibilidade do juiz poder se eximir de julgar um caso
alegando uma insuficiência da lei

Referências:
https://jus.com.br/artigos/23137/a-escola-da-exegese-origem-caracteristicas-e-contri
buicoes
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo
_id=9031
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1038/Escola-da-Exegese-breves-conside
racoes-sobre-sua-natureza-jusnaturalista

vídeo bem enrolação (melhor pular pra metade)mas reforça uns conceitinhos:
https://www.youtube.com/watch?v=y9pQiJMaBgg
HISTÓRIA

A Escola da Exegese teve seu surgimento na França, durante o século XIX.


O que poderia conduzir a tal ascensão? O contexto da Revolução. Havia desordem
no ordenamento jurídico do país e efetivos prejuízos à burguesia. Logo foi preciso
fazer o que esta classe queria. E o que seria? Um código civil para consolidar suas
próprias conquistas. Assim nasceu o Código Napoleônico, e com ele a Escola da
Exegese. A Escola possuía muitas características que procuravam firmar sua tese.

(DESENHO)

Três palavras-chave resumiam sua essência: imutabilidade, inviolabilidade e


universalidade...seria inocência? Para a referida escola, o direito só poderia se
configurar de maneira universal, rígida e atemporal. Essas características
constituíam fortemente seu ideal.
Em meio a esse cenário, consolidou-se a Teoria da Plenitude da Lei. Não era
aceito nenhum tipo de lacuna, pois isso não coaduna com o que a Escola traz de
maneira oportuna, ou seja, a própria voz da lei. Por ser fruto da razão, ela alcançaria
todo o ordenamento jurídico e o papel do intérprete seria apenas tomá-la como
proposição.
Pelo princípio da autoridade, a vontade do legislador se destaca. Não há
linguagem opaca! As palavras dizem o que devem dizer, de maneira transparente e
sem equívoco. Ao jurista, portanto, cabe tomar o texto legal como unívoco. Pela
codificação, é descoberta a vontade do legislador, que na Escola da Exegese tem
exímio valor.

(DESENHO)

Outra característica relevante é a importância do princípio da separação de


poderes. Afinal, o intérprete da lei somente pode usar o tipo de interpretação
lógico-gramatical; caso contrário, adentraria as atribuições do Poder Legislativo, o
que não é permitido.
O Estado, enfim, seria a única fonte do direito e seu conceito envolve três
elementos escorreitos: o fato, à norma e a sentença. E onde se encontra a vontade
do intérprete? Escondida. Perfeito?! Suspeito…

(DESENHO)

A Escola da Exegese teve caráter pioneiro na divulgação do ​positivismo


jurídico. Era o único paradigma verídico? Não, mas correspondia às expectativas da
época. No Brasil, o positivismo ganhou relevância devido à busca por segurança.
Houve fortalecimento do princípio da legalidade, o que deu respaldo à dignidade.
Instaurou-se o E​stado Democrático de Direito​ e o país ficou satisfeito.

(DESENHO)

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