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INDÍCE
1 Introdução
1.1 Considerações Iniciais
2 Economia
2.1 Aspectos Gerais
2.2 Fundamentos da Economia Considerações Iniciais
Leis da Economia
Sistemas Econômicos
Classificação dos Bens
Tipos de Estruturas Mercados
Barreira à Entrada e Saída de Mercado
3 Administração
Conceitos de Administração
Teorias da Administração
Função da Administração
Estruturas Organizacionais
Tipos de Organogramas
Fluxogramas
Cronogramas
Manuais de Procedimentos
4 Administração e Controle da Produção
Administração da Produção
Produtividade x Qualidade
Eficiência e Eficácia no Processo Produtivo
Sistema de Produção
Quadro de Características dos 3 Sistemas
Planejamento e Controle da Produção
Aspectos Gerais
Conceito de Controle
Conceito de PCP
Princípios Fundamentais do PCP
Fases do PCP
Conceito de Planejamento da Produção
Finalidade do Planejamento da Produção
Organização do Planejamento da Produção
As 4 Fases do Planejamento da Produção
Elaboração do Plano de Produção
Programação da Produção
Conceito de Programação da Produção
Técnicas de Programação da Produção
Fases da Programação da Produção
Emissão de Ordens de Produção
Liberação da Produção
Controle da Produção
Finalidade do Controle da Produção
Fases do Controle da Produção
Métodos de Controle da Produção
Principais Tipos de Controle da Produção
5 Administração e Controle da Manutenção
Conceitos Básicos
Políticas e finalidades
Manutenção de Máquinas e Equipamentos
Organização da Manutenção
Organograma da Manutenção
Sistemas Básicos de Manutenção
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Manutenção por Área
Manutenção por Departamento
Manutenção Centralizada
Manutenção Combinada
Planejamento da Manutenção
Documentos da Manutenção
Ordem de Serviço
Back-Log da Manutenção
Programação da Manutenção
Diagrama Espinha de Peixe
Diagrama de Gantt
Método Pert-COM
Custos de Manutenção
Histórico da Manutenção
Tipos de Manutenção
Corretiva
Preventiva
Preditiva
Planos de Manutenção
Planos de Lubrificação
Planos de Inspeções
Parâmetros para Manutenção Preditiva
Técnicas para Manutenção Preditiva
6 Administração dos Recursos Humanos
Relacionamento Interpessoal
Comunicação
Verdade
Autoconhecimento
Percepção x Feedback
Liderança
Grupos x Equipes
Transmissão de uma Mensagem
Como participar ou Desenvolver uma Reunião
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PLANEJAMENTO E GESTÃO DO PROCESSO INDUSTRIAL
1. INTRODUÇÃO
Este fato dá origem à formação de oligopólios (na estrutura industrial dos tempos
atuais predominam os grandes grupos nacionais e internacionais que buscam
uma exploração aos diversos pontos do globo terrestre, dividindo a área de
atuação de cada participante, determinando o preço e criando técnicas que
subtraem as possibilidades de algum industrial poder atuar de acordo com as
suas condições econômicas. A estes são chamados de oligopólios que utilizam a
ditadura do poder para formarem as big corporations, que vivem numa constante
guerra, quer preço ou extra-preço, para sua sobrevivência e fortaleza, na
predisposição de usurpar e dominar os mercados concorrentes. Inegavelmente,
as grandes empresas, ou multinacionais levam vantagens sobre as médias e as
pequenas, ao considerar os ganhos de escala que elas possuem, em primeiro
lugar, pelo seu tamanho, e, em segundo, por facilidades adquiridas, pelo volume
de escala da produção que é gerada na atividade industrial que trabalha com a
técnica da padronização, ou standart.), que são as estruturas de mercado mais
comuns nas indústrias atualmente.
2 - FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
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2.1.2 - Objetivos principais da Economia
- Estabilidade de preços;
- Eficiência produtiva;
Sabemos que o objetivo de uma empresa é produzir bens e serviços para que
possam ser vendidos e assim, fazer com que a empresa obtenha lucro.
Os bens e serviços podem ser divididos de acordo com a sua categoria em:
Bens livres (Bens não Econômicos): São aqueles bens intangíveis, de livre acesso a
todos e que não possuem valor, Ex: o ar, o mar, a luz solar.
Bens econômicos: Diferentemente dos bens livres, estes são aqueles bens úteis que
possuem preços, são relativamente escassos e são atribuídos a algum esforço
humano.
Os bens econômicos, ou seja, aqueles que possuem um valor ou preço se dividem em:
Bens materiais: São aqueles que como o próprio nome diz, são materiais e tangíveis.
Ex: roupas, carros, alimentos, etc.
Serviços (Bens Imateriais): São aqueles que possuem preço, porém são intangíveis,
como por exemplo: um serviço de advogado, uma consulta de médico, etc.
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2.3 - Leis da Economia
2.3.1 - Demanda
A demanda pode ser interpretada como procura, mas nem sempre como
consumo, uma vez que é possível demandar (desejar) e não consumir (adquirir) um
bem ou serviço.
- O seu preço;
- O gosto do consumidor;
- a relação entre o preço do bem - quanto maior, menor será a procura pelo mesmo;
- a relação de seu preço com o preço de bens substitutos. Ex.: o preço da manteiga e
da margarina;
2.3.2 – Oferta
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2.3.3 - Mercados
Outro tipo possível de barreira à entrada diz respeito à diferenciação do produto aliada
à promoção agressiva das vendas.
Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica de
organização de uma sociedade.
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- Concorrência pura (sem interferência do governo);
3 - ADMINISTRAÇÃO
3.1 – Conceitos
3.2 - Organização
Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que
seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina,
um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos
exemplos de organizações.
O ambiente estável e previsível que moldou o mundo até algumas décadas atrás
permitiu as condições ideais para o aparecimento de dois modelos de organização
empresarial. O primeiro deles, o chamado modelo clássico, surgiu de diferentes
movimentos gerados por dois pioneiros da teoria administrativa: Taylor nos Estados
Unidos e Fayol na França.
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No decorrer das quatro primeiras décadas do nosso século, o modelo clássico
pontificou tranqüilamente como o figurino único da administração das empresas.
O sinal de que havia alguma coisa diferente no horizonte apareceu em 1961. Naquele
ano, dois sociólogos ingleses publicaram o resultado de uma pesquisa feita em 20
indústrias da Inglaterra, focalizando a relação entre as práticas administrativas
utilizadas e alguns aspectos específicos do ambiente externo em que essas indústrias
operavam. Impressionados com os resultados, classificaram as indústrias em dois
tipos: as organizações mecanísticas e as orgânicas.
- Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas, com atribuições fixas,
definidas e delimitadas;
- Sistema rígido de controle, com estreita amplitude administrativa pela qual cada
supervisor tem um número determinado de subordinados;
- Ênfase nas regras e procedimentos formalizados por escrito e que servem para definir
o comportamento das pessoas de maneira prévia, definitiva e estável. As
comunicações devem ser formalizadas por escrito para poder comprovar e documentar
sua existência. As comunicações verbais têm pouca importância, geralmente não são
aceitas e precisam ser confirmadas por escrito;
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- Ênfase nos princípios universais de administração, tal como foram formulados através
do conceito tradicional;
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A adlocracia constitui exatamente a antiburocracia, ou seja, o oposto da burocracia.
Na realidade, o desenho de uma organização não é escolhido livremente, mas é
determinado pelas circunstâncias externas que o ambiente impõe à empresa. Em
outros termos, o formato organizacional da empresa é contingencial em relação
ao ambiente que a rodeia. Esta é a base fundamental de toda a chamada teoria da
contingência.
4 - EMPRESAS
Uma empresa é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma atividade
particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens e ou serviços,
com o objetivo de atender a alguma necessidade humana.
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4.1.2 - Fase da Industrialização
O ferro é substituído pelo aço, como fonte básica da indústria, e o vapor é transferido
pela eletricidade e derivados de petróleo. O desenvolvimento do motor de explosão e
do motor elétrico, estabelecem uma relação entre a ciência e o avanço tecnológico das
empresas. Isto fez com que se desse o desenvolvimento dos transportes e das
comunicações, o que permitiu encurtar as distancias entre diferentes áreas, o que
permite o desenvolvimento rápido do intercambio comercial.
Surgem os navios cada vez mais sofisticados e de grande porte, grandes redes
ferroviárias e auto-estradas cada vez mais acessíveis.
O automóvel e o avião tornam-se veículos cada vez mais usuais / correntes, e com o
aparecimento da televisão as distâncias encurtam-se.
4.2 - Especialização
O grau de especialização das empresas tem sido crescente. é uma tendência quando o
mercado se torna mais exigente e mais maduro. Por especialização compreende-se a
prestação de um serviço ou bem onde antes era um componente prestado por outras
empresas.
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4.4 - As Empresas ainda podem ser classificadas quanto à:
O proprietário da empresa pode ser apenas uma pessoa, caso das empresas
individuais, como podem ser mais de uma, formando sociedades. Existem as seguintes
modalidades na legislações:
A empresa pode ser ainda categorizada pelo seu tamanho, de acordo com um ou uma
série de critérios, como o número de empregados, volume de negócios, etc. Uma forma
rápida para traduzir genericamente este compêndio de critérios é dizer que a empresa
pode ser:
Microempresa
Pequena empresa
Empresa de médio porte
Macroempresa
Grande empresa
Fim lucrativo
Fim não lucrativo
Todavia, deve-se levar em conta uma nota em relação a uma certa confusão sobre o
que é uma empresa sem fim lucrativo.
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Uma empresa ao declarar que ter lucros não é um fim em si próprio, não implica que a
empresa não crie lucros, mas antes que esses lucros não irão ser redistribuídos pelos
dono(s) da empresa. A empresa pode aplicar esses lucros para poder suportar os
custos da sua atividade, e o restante (o chamado lucro) poderá muito bem ser aplicado
na expansão da sua atividade (alargamento), aumentos de eficiência (melhoria da
qualidade de funcionamento), ou ainda como também tem sido muito praticado: praticar
um preço igual ao custo. Esta é uma das razões muito apontadas para falência
financeira deste tipo de empresas, pois não incorporam o custo de inovação e de
eficiência.
Por outro lado, a especialização vertical trouxe a hierarquia, com o surgimento dos
diferentes níveis hierárquicos, como a supervisão, chefia, gerência e direção,
provocando diferenciação do poder para atender à necessidade de integração das
áreas empresariais e manter a unidade organizacional.
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Os novos tempos vieram para ficar. A estabilidade e a previsibilidade desapareceram
do mapa tão logo acabou a 2ª Guerra Mundial. A partir da metade da década de 1940,
e ganhando uma aceleração gradativamente maior, começou a surgir a instabilidade e
a imprevisibilidade, frutos do dinamismo e da complexidade do novo mundo que
emergia das cinzas. O mundo se tornou um imenso sistema aberto e enormemente
complexo. Porém, a maior mudança está ocorrendo em um campo invisível que
paira acima de nossos olhos. Exatamente na cabeça das pessoas. Principalmente
daquelas que trabalham e que se sentem cerceadas pelo ambiente de trabalho. E
essa mudança está chegando ao chão das fábricas. Juntamente com uma enorme
preocupação ecológica, está surgindo uma profunda conscientização a respeito da
qualidade de vida dentro das organizações. E o seu impacto tem sido muito grande. E
deverá aumentar muito mais. A empresa voltada para o futuro deverá se basear no
modelo orgânico ou organicista. Sua estrutura organizacional deverá se adequar ao
fluxo informacional mais intenso e dinâmico. O número de níveis hierárquicos deverá
ser pequeno. O indispensável. A informação passa a ser o fator de integração entre
as várias áreas e os poucos níveis hierárquicos.
- Empregados: são as pessoas que contribuem com seu tempo e esforço para a
organização, fornecendo habilidades e conhecimentos em troca de salários e de outros
incentivos alicientes que a organização proporciona;
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- Fornecedores: são as pessoas ou instituições que contribuem com recursos para a
produção, sejam materiais, matérias-primas, tecnologia, serviços (como consultorias,
assessoria, propaganda, manutenção, etc), energia elétrica, componentes, etc. em
troca de alicientes como remuneração de seus produtos/serviços e condições de
continuidade de suas operações;
A concepção de uma empresa, seja ela grande ou pequena, com ou sem fins
lucrativos, não se torna possível sem a adoção de uma série de princípios
administrativos que irão dar origem a organização e o conseqüente desenvolvimento
da empresa.
Segundo a Teoria Sistêmica, esses princípios administrativos são dados por quatro
fatores:
Planejamento
Organização
Direção
Controle
4.5.1 - Sistema
4.5.2 - Planejamento
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O planejamento é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a
realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o
trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina.
Uma atividade premeditada exige deliberação quando se volta para novas situações ou
tarefas e objetivos complexos ou quando conta com ações menos familiares.
Objetivos do Planejamento
• Definir missão
• Formular objetivos
• Programar as atividades
4.5.3 - Controle
Objetivos do Controle
• Definir padrões
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• Monitorar o desempenho
• Avaliar o desempenho
• Ação corretiva
4.6 - Organogramas
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4.8 - Estrutura Organizacional
Estrutura organizacional: Forma pela qual as atividades de uma organização são divididas,
organizadas e coordenadas.
- Condições motivadoras.
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4.8.2 – Tipos de Estrutura
Formal:
Informal:
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4.8.5 - Agrupamento Por Localização Geográfica
4.9.0 - Comunicação
O objetivo básico que persegue a função de Recursos Humanos (RH) com estas
tarefas é alinhar as políticas de RH com a estratégia da organização, que reservará
para implantar a estratégia através dos povos.
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4.10.2 - Recrutamento, Seleção, Admissão e Demissão
4.10.3 - Treinamento
Objetivos do Treinamento
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• Avaliar o estágio de desenvolvimento atual e estabelecer metas futuras para sua
evolução na carreira profissional.
- uma descrição do cargo por escrito, declarando o que o ocupante do cargo realiza,
além de como e por que realiza;
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4.10.7 - Comportamento Organizacional
“As pessoas são seres que estão vivendo, pensando e sentindo que trabalham
na organização para atingirem a seus objetivos”. O ambiente é o meio onde a
empresa interage.
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4.10.9 – Terceirização
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- entendimento mais simples e objetivo que o de outros métodos descritivos;
- facilitar a localização das deficiências, pela fácil visualização dos passos, transportes,
operações, formulários, etc.;
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Há muitos tipos diferentes de fluxograma. Cada um para cada aplicação
específica. Você precisa entender pelo menos quatro destas técnicas para ser
eficaz. São elas:
Como as tarefas para processos específicos não estão delineadas, pode ocorrer de
algum colaborador “pular” algum passo importante do processo, ou mesmo realizar
alguma ação incorreta, por fim, pode resultar em re-trabalho e baixa eficiência. Outro
ponto importante a salientar, a longo prazo a organização pode sofrer problemas em
relação a aplicação de mecanismos de melhoria continua, ou simplesmente não
conseguir encontrar problemas devido a desorganização ou não padronização dos
processos.
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Fases para Levantamento e Elaboração de Fluxogramas de
Processos
Durante o levantamento, deve-se anotar tudo o que julgar relevante para o seu
desenvolvimento, como: falhas, incoerências, idéias de melhorias, ou seja, pontos
positivos e negativos. Após o levantamento passar o fluxograma a limpo e em seguida
conferir os dados fluxogramados com os entrevistados (usuários que prestaram as
informações), bem como confirmá-los com as chefias.
SÍMBOLO SIGNIFICADO
Operação (etapa ou subdivisão do processo). Uma operação é realizada
quando algo é criado, alterado, acrescentado ou subtraído. Ex.: emissão de
doc, grampeamento de vias de formulários, anotação de um registro,
aposição de uma assinatura, etc.
(seta ou pequeno
círculo)
Significa uma inspeção, verificação ou controle, seja de quantidade ou de
qualidade, sem que haja, necessariamente, a realização de uma operação.
Ex.: conferência de um doc ou assinatura.
Com o vértice para baixo ou para cima, representa quase uma parada
definitiva ou muito prolongada. Pode ser um armazenamento (materiais) ou
um arquivamento (documentos).
Símbolos utilizados em fluxograma Vertical
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GRÁFICO DE GANTT
Planejado
Atual
Atividade I
Início
Fim
Atividade II hoje
Atividade
III
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Dias
Vantagens:
Simples entendimento;
visualização de atrasos com facilidades;
escala de tempo bem definida.
Desvantagens:
É uma técnica de avaliação e revisão programada que corresponde a um gráfico onde existem
as atividades inerentes ao projeto (conhecidas como nós) e as dependências entre tais
atividades (conhecidas como setas).
Trata-se dum poderoso aliado do gestor como forma de identificar a necessidade de deslocar o
cronograma, além de permitir que o mesmo verifique tendências no projeto.
As redes PERT/CPM são muito úteis, e não só para projeto de grande monta.
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Exemplo: gráfico PERT/CPM de uma determinada atividade:
Atividade Atividade
Atividade Atividade
Atividade Atividade
Vantagens:
- propicia clareza e facilidade de compreensão por parte dos clientes e demais interessados;
O CPM, corresponde ao caminho mais longo (que leva mais tempo) para a realização do
projeto.
Obs.: As atividades críticas não podem atrasar, pois acarretam em atrasos globais ao projeto.
O SISTEMA DE PRODUÇÃO
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capital, as máquinas e equipamentos, as instalações, o conhecimento técnico dos
processos, etc.
Produtividade
Produtividade e eficiência
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Produtividade e Eficácia
Verificamos também que a eficácia está ligada não à atividade, mas aos
resultados alcançados. Por exemplo, a produtividade da mão-de-obra poderia ser
reduzida caso as 100 unidades fabricadas em uma hora passassem para 80 no mesmo
tempo. É uma redução de eficiência. Porém, se os preços de venda fossem elevados
em 25%, teríamos melhores resultados financeiros, apesar da eficiência menor. A
eficácia deve ser considerada em todo programa de produtividade. Todavia, se
eficiência é a relação entre produção e os recursos aplicados e eficácia é a
relação entre a produção e os resultados alcançados, o programa de
produtividade deve utilizar um conceito mais abrangente – o da efetividade – que
constitui o somatório da eficiência e da eficácia. A efetividade relaciona os
recursos inicialmente aplicados com os resultados finalmente alcançados.
Introdução
Podemos afirmar que o P.C.P. é um dos sistemas mais importantes da empresa, pois é
considerado o sistema nevrálgico da organização. Cuida da organização e tem como
função básica à articulação do planejamento entre vendas e produção. Com base
nas ordens ou nas previsões de vendas, e sabendo da capacidade produtiva, elabora a
programação da produção. Faz o acompanhamento de todas as etapas programadas
até o final da linha de programação.
O planejamento feito pelo PCP estará concluído quando forem respondidas as seguintes
indagações:
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de pessoas envolvidas, as horas trabalhadas – por pessoa e máquina - o material
utilizado etc.
Figura 8.1
Tipos de Produção
Quando a indústria define o produto a ser fabricado, define também o tipo de produção.
Esse tipo de produção tem a vantagem da entrega ocorrer efetivamente tão logo o
pedido seja feito pelo cliente, mas traz o inconveniente de exigir da empresa um maior
capital de giro, devido ao investimento em produção para armazenamento. A
capacidade financeira tem de ser compatível com os níveis de produção e estoque.
Ao contrário do que acontece com a produção para estoque, que tem seu preço de
venda previamente estabelecido, a produção sob encomenda normalmente quantifica o
preço após apreciação prévia do que está sendo solicitado, por meio de levantamento
do custo atualizado.
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Um veículo é feito para estoque. Há sempre alguém querendo adquiri-lo e a
concessionária informa seu preço imediatamente. Um guarda-roupa residencial é feito
sob encomenda. É difícil encontrá-lo nas dimensões desejadas. O preço só é definido
depois que o fornecedor toma conhecimento das especificações.
Documentos de Controle
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Além disso, como mencionado, deve oferecer condição ao registro de informações
geradas durante o processo de fabricação (como tempo efetivo gasto na execução do
trabalho, quantidade real produzida e em condições de ser comercializada, número
rejeitado pela inspeção de qualidade, número real de pessoas utilizadas – com horas
produtivas e improdutivas, horas-máquina etc.), dados que procedem das linhas
acompanhando a OF quando esta retorna ao PCP. Essas informações, ao nível de
execução, são prestadas por um inspetor previamente treinado ou então pelo
encarregado de setor, quando houver condições. A primeira hipótese é mais freqüente
devido à não-responsabilidade do inspetor com o volume produzido. O encarregado,
por causa do envolvimento com o número fabricado e da meta a cumprir ao final da
jornada, pode manipular os números de modo a favorecê-lo, dificultando o controle.
A Função do PCP
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Comercial: engloba basicamente o recebimento da previsão de vendas e o
fornecimento do prazo de entrega dos pedidos.
Recursos humanos (ou relações industriais): solicita o recrutamento e
treinamento de mão-de-obra necessária à produção, como também controla o quadro
de pessoal da indústria.
Suprimentos: informa as necessidades dos insumos a serem comprados,
indicando quantidade e prazo de atendimento.
Tempos e métodos recebe informações de possíveis alterações no tempo de
execução das operações, já que a sua modificação interfere diretamente na quantidade
produzida por período.
Custos: troca informações sobre o comportamento das despesas inerentes à
produção, de forma que haja controle e posicionamento na busca de menores custos.
Financeiro: recebe informações sobre a quantidade de recursos que poderá ser
utilizada e que vai possibilitar a definição do nível de produção e de estoque.
Almoxarifado: é responsável pelo recebimento dos dados de controle dos
estoques de materiais utilizados na produção.
Produção: expõem os planos, as metas a serem atingidas e recebe informações
sobre o andamento do processo produtivo.
Controle de quantidade: informa a programação de produção para que o CQ tome
as providências necessárias ao controle.
Expedição: é responsável pela informação do estoque de produtos acabados
existentes.
Alta direção: participa do planejamento global da empresa.
O PCP, como órgão controlador, deve identificar pessoas que não estão
atingindo o nível aceitável. Em “Estudos dos tempos e Métodos”, menciona-se que
quando o tempo padrão é determinado, através dele pode-se chegar a uma quantidade
de produção por período e que quando o operador atingisse nível produtivo 25%
abaixo do esperado isso seria caracterizado como falta de treinamento. Como os
números estão sendo controlados pelo PCP, ele reúne condições de apontar ao setor
de treinamento as pessoas inaptas ao trabalho.
A tabela a seguir mostra como o controle individual dos operadores pode ser feito,
avaliando cada um em relação média do setor em que trabalha, na unidade de tempo.
PRODUÇÃO INDIVIDUAL
OPERADOR ÍNDICE*
(unidades)
1 115 0,67
2 160 0,93
3 170 0,99
4 185 1,08
5 180 1,05
6 190 1,10
7 175 1,02
8 165 0,96
9 185 1,08
10 195 1,13
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Total 1.720
Analisando a tabela:
Observe que não foi utilizada a produção obtida pelo tempo padrão, embora nada
impedisse que isto fosse feito. O exercício é perfeitamente aplicado quando o setor
está ajustado, controlado através da produção padrão.
Os índices que avaliam desempenho são emitidos relacionando produção efetiva com
recursos utilizados para obtê-la.
Exercício
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Resolução:
Produção (P) = ?
Sabe-se que: Ei + P – Co = Ef
Então:
P = Ef + Co – Ei
A empresa precisa produzir 36.000 unidades para atender à precisão da área comercial
e ficar com estoque para um mês.
O estoque final de cada item será igual ao nível de venda mensal estimada:
Chapa = 22.000 m2
Parafuso = 44.000 peças
Arruelas = 88.000 unidades
Ei + compra – Co = Ef
Operando oito horas/dia, durante 20 dias/mês, cada pessoa soma 160 horas mensais
de trabalho (8 x 20). Como em uma hora um homem produz 8,85 unidades, em 160
horas o mesmo homem produz 1.416 unidades. Nesse ritmo, 36.000 por 1.416.
Suponhamos, por exemplo, uma empresa que trabalha dez hora diárias, 20 dias no
mês, totalizando 200 horas/mês. Essa empresa, ao efetuar sua programação, fixou em
12.000 unidades a quantidade a ser fabricada no mês. Se o controle for feito com base
em longos períodos, uma semana por exemplo, o número a ser perseguido
semanalmente será de 3000 unidades ( 12.000/quatro semanas). Havendo algum
atraso na produção, só será constado depois de transcorrido 25% do tempo total
reservado a produção.
Utilizando curtos intervalos de tempo, uma hora, por exemplo, o número a ser
perseguido será de 60 unidades/hora ( 12.000:200 horas).
Isso significa que a cada intervalo de uma hora é possível controlar o nível de produção
e identificar problemas que possam impedir o alcance das metas estabelecidas.
Garantida a produção em uma hora (pequeno intervalo), estará assegurada qualquer
quantidade num tempo múltiplo desse intervalo, garantindo a meta. Ressalte-se que
quando o trabalho é efetuado por equipes este controle é efetuado pelo próprio grupo
bem como o planejamento.
41
Por outro lado, além do custo unitário de preparação, para que seja mantida
determinada produção, a empresa precisa de área de armazenamento que será maior
quanto maior for a quantidade estocada. Para resguardar seu investimento, a empresa
faz seguro, que também é proporcional ao volume armazenado. Além disso, a indústria
investe para aumentar seu estoque, imobilizando capital. Quando a produção aumenta,
o capital aplicado também cresce. O gráfico da figura 8.4 representa o comportamento
do custo de manter estoque (unitário), que cresce com a quantidade produzida e
armazenada.
Pelos gráficos das Figuras 8.3 e 8.4, nota-se que um custo decresce com a
quantidade, enquanto o outro cresce. Observa-se também que os dois acontecem
simultaneamente e que, por isso, para que se possa chegar a alguma conclusão,
devem ser analisados conjuntamente, pela soma de ambos.
A figura 8.5 apresenta a soma dos custos unitários de preparação e do custo para
manter estocada a produção. M indica o ponto em que o custo é mínimo,
correspondente à quantidade Qec do lote econômico.
42
Figura 8.5
Suponhamos, por exemplo, uma industria com produção diária de 250 produtos e Qec
calculada em 3.162 unidades. Esse total só será atingido com a empresa trabalhando
12,6 dias (3.162/250 ), e nem toda empresa dispõe de pedidos que possibilitem operar
nesse nível continuamente. Na prática, isso pode ocorrer.
No tópico 8.5 foi mostrado o gráfico de controle da produção individual, por operador. A
seguir são apresentadas outras formas de controle.
Disponibilidade de Máquina
Ao chegar novo pedido, cuja fabricação é realizada na linha A, uma simples consulta
ao gráfico indicará que a produção só poderá ter início no dia 14 de maio. Em função
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da quantidade de pedido e do tempo padrão, o PCP determina o prazo de conclusão
da nova encomenda, lançando-o no gráfico.
Dia do
3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21
Mês
// // // // //
Máquina 1
OP 79
// // // // // // // // //
Linha A
OP 76 OP 78
Figura 8.6
Observe na Figura 8.6 que os dias colocados correspondem aos cinco dias úteis da
semana, não considerando sábados e domingos – dias em que normalmente as
empresas param. Se a jornada for de sete dias por semana, todos eles devem ser
considerados.
Dia da
S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S
Semana
Dia do
3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21
Mês
Máquina 1 // // // // // // //
OP
Máquina 2 // // // //
81
Máquina 3 // // // // //
Figura 8.7
Embora estejam indicados tendo o dia como período de tempo, os gráficos de controle
podem ser representados em horas, semanas ou qualquer outro modo desejável. Cada
empresa tem sua própria característica.
Gráfico de Desperdício
O controle do desperdício será tão mais necessário quanto maiores forem os custos
dos itens a serem controlados.
% de Perda 0,8
0,7
0,6
0,5
0 1 2 3 4 5 6
Dias de Produção
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Figura 8.8
Gráfico de Gantt
Há um cursor (V) que indica a data atual. No exemplo, a data atual corresponde
ao final do dia 6.
Estão programadas três ordens de produção – números 40, 41 e 42, que
deverão ser trabalhadas entre os dias 4 e 7 de outubro, nas máquinas 1, 2
e 3.
O OP 40 tem programada 400 unidades/dia. A OP 41, 100 unidades/dia,
enquanto a OP 42 fixa em 150 unidades/dia a quantidade a ser fabricada.
A linha B indica o trabalho realizado no dia. A máquina 1, por exemplo, diz que no dia 4
de outubro a produção foi de 400 unidades, conforme havia sido programada, e que no
dia 5 de outubro a fabricação foi maior do que a prevista – 450 produtos contra 400.
O gráfico de Gantt, portanto, permite acompanhar todo o desenrolar das tarefas programadas e
saber do posicionamento de cada uma na data da consulta.
V V V
46
OP 40 OP 40 OP 40 PO 40
A Quant.400 Quant. 400
Quant. 400 Quant.400
Mapa de Produtividade
O quadro da figura 8.10 mostra como se pode montar um mapa que permite avaliar o
desempenho da produção durante determinada tarefa.
Cada grupo de pessoas tem uma produtividade esperada, calculada pela utilização do
tempo padrão da tarefa ou pela capacidade padrão produtiva do equipamento de
trabalho.
O sistema é tão mais eficiente quanto mais próximo o índice alcançado estiver do
padrão. Índices baixos refletem má utilização dos recursos da empresa, trazendo
elevação no custo por unidade produzida.
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Aplicação Gráfica na Maximização do Lucro
Considere uma empresa que produz dois produtos X e Y utilizando três equipamentos
distintos: um torno ( T ) , uma prensa ( P ) e uma furadeira (F). Cada máquina conta
com 180, 240 e 600 horas disponíveis, respectivamente, sendo que cada produto é
obrigado a passar por todas elas. O produto X passa três horas em T, duas horas em P
e seis horas em F. O produto Y passa duas horas em T, quatro horas em P e cinco
horas em F. Quanto a empresa deve produzir de X e Y de forma a ter lucro de X é de $
39,00 e de Y é de $ 60,00?
Resolução:
A combinação de produtos X e Y deve ser tal que a carga horária de cada máquina
seja respeitada.
O torno T, por exemplo, pode ser utilizado no máximo por 180 horas. Obedece
portanto, à equação 3X + 2Y <=180; ou seja, a quantidade de peças X multiplicada
pelo tempo que cada peça passa no torno T reflete o temo gasto pelo torno na
execução de todos os produtos X. Analogamente, a quantidade de produtos Y, vezes o
tempo que cada um ocupa o torno, reflete o tempo gasto pelo torno na execução de
todas as peças Y. A soma desses dois tempos não pode separar 180 horas. No
máximo pode ser igual.
3X + 2Y <=180
2X + 4Y <=240
6X + 5Y <=600
Além dessas equações, há ainda aquela através da qual o lucro pode ser
determinado:
L = 21X + 20Y
Para traçar o gráfico que solucionará a questão, devem ser colocadas num eixo
cartesiano as quatro equações anteriores. Os pontos que definem cada reta são:
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Equação 1 Quando X => 0 = 3 x 0 + 2Y = 180 ou Y = 90
Igualmente:
120-
3
110-
100-
90- Lucro
1 arbitrado
60-
45- x
30-
2
10-
0 30 60 100 120
Figura 8.11
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A Figura 8.11 registra graficamente as quatro retas. A reta da equação 1, por exemplo,
diz que todos os pontos abaixo dela satisfazem a equação 3X + 2Y < = 180.
O gráfico do lucro inicialmente traçado não representa o lucro real, pois o valor 2.100
foi arbitrado. Pode-se garantir, no entanto, que o lucro máximo será representado por
uma reta paralela à arbitrada (na equação da reta y = ax + b, o coeficiente angular não
muda quando b é alterado e, no caso, o que está sendo mudado é o valor b = 2.100).
O ponto procurado, de maior lucro, será o ponto em que a reta paralela à do lucro
arbitrado tocar o polígono no ponto máximo.
A equação 3, da prensa, não é totalmente atendida, o que equivale a dizer que essa
máquina está ociosa. Ela dispõe de 600 horas, mas só está utilizando 406 (6 x 30 + 5 x
45). Há 195 horas disponíveis que podem ser usadas em outra produção. A equação
do lucro, portanto, foi igualada a 2.100 apenas para ser possível traçar uma reta
qualquer relacionada com o lucro real. No caso, as duas são paralelas por conter o
mesmo coeficiente angular. A escolha do número 2.100 visava somente determinar
pontos com números inteiros. Poderia ser qualquer outro.
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MPS - Master Production Schedule
Planejamento Mestre de Produção
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Em termos do esquema geral, representado pala Figura 2, o bloco de gestão de
demanda representa os sistemas de previsão de demanda, recebimento de pedidos e
promessas de entrega da empresa. Isto inclui todas as atividades que representam
necessidades a serem atendidas pela empresa. Estas necessidades podem ser
pedidos firmes ou previsões de pedidos, tanto de clientes como de setores internos e
externos á empresa, sejam pedidos de produtos finais ou partes (partes para
reposição, demonstração, cortesia etc. ).
O registro do MPS
Além disso, este formato é compatível com o registro do MRP (a ser apresentado em seção
subseqüente deste livro). A tabela 1 representa um registro simplificado de MPS, com um
estoque inicial do produto em questão de 20 unidades, previsão de vendas estável e uniforme de
10 unidades por semana, com MPS também de 10 unidades por semana. A linha MPS representa
o momento em que a ordem deve ser completada, ou seja, se MPS traz 10 unidades na semana 3,
isto significa que as 10 unidades devem ser completadas durante a semana 3. O registro mostra
um período de 12 semanas (horizonte de planejamento).
Semana Número
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Previsão 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Disponível 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
MPS 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
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Plano Outras fontes
de demanda
Mestre
Estoques Caracter.
MP, Pr, PA Itens
Estrutura
Compras
MaterialRP Produtos
Centros
Trabalho CapacityRP Calend.
Fábrica
Recursos/
Ferrament Roteiros
Fabric.
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