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INSTRUMENTOS DIAGNÓSTICOS EM PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 12/03/2021 08:12

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Psiquiatria Infantil

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INSTRUMENTOS DIAGNÓSTICOS EM PSIQUIATRIA


DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

ESCALAS DE AVALIAÇÃO EM PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E DA


ADOLESCÊNCIA
ESCALAS DIAGNÓSTICAS
Conforme refere Jorge (1998), uma série de instrumentos de avaliação foi criada, principalmente
naquelas culturas mais pragmáticas, envolvendo diversos aspectos da psiquiatria e da saúde mental, sendo
utilizados, muitas vezes, em outras culturas, sem os cuidados necessários para que seus resultados sejam
considerados fidedignos. Isso corresponde aquilo que, na maioria das vezes, é feito em nosso país, onde
esses instrumentos são, no mais das vezes, simplesmente traduzidos, sem os mínimos cuidados
necessários, e aplicados em populações variadas, sendo os resultados obtidos generalizados de maneira
irreal e, via de regra, pouco responsável, uma vez que, para que se possa escolher o instrumento adequado
para um determinado estudo, é importante conhecer os conceitos de validade e confiabilidade (Menezes,
1998), bem como o de adaptação do mesmo à realidade estudada.
As escalas diagnósticas, ditas escalas de avaliação, constituem-se como questionários ou checklists
de sintomas que, uma vez preenchidos apontam, de maneira mais precisa, para uma patologia específica.
No Brasil, poucas delas foram desenvolvidas ou adaptadas para a população infantil.
Dessa maneira, damos a seguir algumas das existentes em condições de utilização em nosso meio,
para que os usuários deste site possam ter, em mãos, instrumentos que lhe facilitem a pesquisa clínica.

I. QMPI - QUESTIONÁRIO DE MORBIDADE PSIQUIÁTRICA INFANTIL (PARA CRIANÇAS


DE 5 A 14 ANOS) - ALMEIDA FILHO, 1985
Desenvolvido especialmente para estudos epidemiológicos de transtornos mentais na população
infantil, apresenta algumas limitações, caracterizadas pelo próprio autor, que refere não ser este
instrumento sensível a certos tipos de transtornos psiquiátricos menos comuns, bem como ineficaz na
detecção de condições monossintomáticas, assinalando somente sintomas de conhecimento do informante,
no caso circunscrito, ao ambiente familiar.

Ref: ALMEIDA FILHO, N. - Epidemiologia das desordens Mentais da Infância no Brasil. Salvador:
Centro Editorial e Didático da Universidade Federal da Bahia, 1985.

Não=0 pouco=1 mais ou menos=2 muito=3.


SEU FILHO:

1. demorou a andar?
2. não consegue ficar quieto?
3. tem (ou teve) dificuldade de falar?
4. tem (ou teve) gagueira?

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5. urina na cama ou nas calças?


6. faz cocô nas calças?
7. tem tiques, cacoetes?
8. chupa dedos?
9. rói unhas?
10. tem manias?
11. mente?
12. rouba?
13. é nervoso?
14. zanga-se com facilidade?
15. não se dá bem com os de casa?
16. é brigão, agressivo?
17. é cruel com menores e/ou animais?
18. é uma criança triste?
19. tem medo de muitas coisas?
20. tem muito medo de algumas coisas?
21. tem dificuldade de dormir?
22. acorda gritando, tem pesadelos?
23. é tímido, retraído?
24. acha que é pouco estimado?
25. é excessivamente preocupado?
26. chora com facilidade?
27. dá "ataques" quando chora?
28. sente falta de ar (se contrariado)?
29. tem dor de barriga (se contrariado)?
30. tem dor de cabeça freqüentemente?
31. tem "desmaios", perde a consciência?
32. tem crises convulsivas?
33. é esquecido, não presta atenção às coisas?
34. tem dificuldade de aprender?
35. é retardado, abobalhado?

O ponto de corte 17 representa suspeita de transtorno psiquiátrico na infância, devendo-se, então,


instituir exploração mais detalhada do quadro em questão.

ESCORE TOTAL: ( ) APROVADO ( ) REPROVADO

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II. ESCALA DE TRAÇOS AUTÍSTICOS - Ballabriga et al., 1994; adapt. Assumpção et al., 1999.

Esta escala, embora não tenha o escopo de avaliar especificamente uma função psíquica, é
utilizada para avaliação de uma das patologias mais importantes da Psiquiatria Infantil - o Autismo. Seu
ponto de corte é de 15. Pontua-se zero se não houver a presença de nenhum sintoma, 1 se houver apenas
um sintoma e 2 se houver mais de um sintoma em cada um dos 36 itens, realizando-se uma soma simples
dos pontos obtidos.

I. DIFICULDADE NA INTERAÇÃO SOCIAL


O desvio da sociabilidade pode oscilar entre formas leves como, por exemplo, um certo negativismo e a
evitação do contato ocular, até formas mais graves, como um intenso isolamento.
1. Não sorri
2. Ausência de aproximações espontâneas
3. Não busca companhia
4. Busca constantemente seu cantinho (esconderijo)
5. Evita pessoas
6. É incapaz de manter um intercâmbio social
7. Isolamento intenso

II. MANIPULAÇÃO DO AMBIENTE


O problema da manipulação do ambiente pode apresentar-se em nível mais ou menos grave, como, por
exemplo, não responder às solicitações e manter-se indiferente ao ambiente. O fato mais comum é a
manifestação brusca de crises de birra passageira, risos incontroláveis e sem motivo, tudo isto com o fim
de conseguir ser o centro da atenção.

1. Não responde às solicitações


2. Mudança repentina de humor
3. Mantém-se indiferente, sem expressão
4. Risos compulsivos
5. Birra e raiva passageira
6. Excitação motora ou verbal (ir de um lugar a outro, falar sem parar)

III. UTILIZAÇÃO DAS PESSOAS A SEU REDOR


A relação que mantém com o adulto quase nunca é interativa, dado que normalmente se utiliza do adulto
como o meio para conseguir o que deseja.

1. Utiliza-se do adulto como um objeto, levando-o até aquilo que deseja.


2. O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que deseja (p.ex.: utiliza o adulto como apoio para
pegar bolacha)
3. O adulto é o meio para suprir uma necessidade que não é capaz de realizar só (p.ex.: amarrar sapatos)
4. Se o adulto não responde às suas demandas, atua interferindo na conduta desse adulto.

IV. RESISTÊNCIA A MUDANÇAS


A resistência a mudanças pode variar da irritabilidade até franca recusa.

1. Insistente em manter a rotina


2. Grande dificuldade em aceitar fatos que alteram sua rotina, tais como mudanças de lugar, de vestuário
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e na alimentação
3. Apresenta resistência a mudanças, persistindo na mesma resposta ou atividade

V. BUSCA DE UMA ORDEM RÍGIDA


Manifesta tendência a ordenar tudo, podendo chegar a uma conduta de ordem obsessiva, sem a qual não
consegue desenvolver nenhuma atividade.

1. Ordenação dos objetos de acordo com critérios próprios e pré-estabelecidos


2. Prende-se a uma ordenação espacial (Cada coisa sempre em seu lugar)
3. Prende-se a uma seqüência temporal (Cada coisa em seu tempo)
4. Prende-se a uma correspondência pessoa-lugar (Cada pessoa sempre no lugar determinado)

VI. FALTA DE CONTATO VISUAL. OLHAR INDEFINIDO


A falta de contato pode variar desde um olhar estranho até constante evitação dos estímulos visuais

1. Desvia os olhares diretos, não olhando nos olhos


2. Volta a cabeça ou o olhar quando é chamado (olhar para fora)
3. Expressão do olhar vazio e sem vida
4. Quando segue os estímulos com os olhos, somente o faz de maneira intermitente
5. Fixa os objetos com um olhar periférico, não central
6. Dá a sensação de que não olha

VII. MÍMICA INEXPRESSIVA


A inexpressividade mímica revela a carência da comunicação não verbal. Pode apresentar, desde
uma certa expressividade, até uma ausência total de resposta.

1. Se fala, não utiliza a expressão facial, gestual ou vocal com a freqüência esperada
2. Não mostra uma reação antecipatória
3. Não expressa através da mímica ou olhar aquilo que quer ou o que sente.
4. Imobilidade facial

VIII. DISTÚRBIOS DE SONO


Quando pequeno dorme muitas horas e, quando maior, dorme poucas horas, se comparado ao padrão
esperado para a idade. Esta conduta pode ser constante, ou não.

1. Não quer ir dormir


2. Levanta-se muito cedo
3. Sono irregular (em intervalos)
4. Troca ou dia pela noite
5. Dorme poucas horas.

IX. ALTERAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO


Pode ser quantitativa e/ou qualitativa. Pode incluir situações, desde aquela em que a criança deixa de se
alimentar, até aquela em que se opõe ativamente.

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1. Seletividade alimentar rígida (ex.: come o mesmo tipo de alimento sempre)


2. Come outras coisas além de alimentos (papel, insetos)
3. Quando pequeno não mastigava
4. Apresenta uma atividade ruminante
5. Vômitos
6. Come grosseiramente, esparrama a comida ou a atira
7. Rituais (esfarela alimentos antes da ingestão)
8. Ausência de paladar (falta de sensibilidade gustativa)

X. DIFICULDADE NO CONTROLE DOS ESFÍNCTERES


O controle dos esfíncteres pode existir, porém a sua utilização pode ser uma forma de manipular ou
chamar a atenção do adulto.

1. Medo de sentar-se no vaso sanitário


2. Utiliza os esfíncteres para manipular o adulto
3. Utiliza os esfíncteres como estimulação corporal, para obtenção de prazer
4. Tem controle diurno, porém o noturno é tardio ou ausente

XI. EXPLORAÇÃO DOS OBJETOS (APALPAR, CHUPAR)


Analisa os objetos sensorialmente, requisitando mais os outros órgãos dos sentidos em detrimento da
visão, porém sem uma finalidade específica

1. Morde e engole objetos não alimentares


2. Chupa e coloca as coisas na boca
3. Cheira tudo
4. Apalpa tudo. Examina as superfícies com os dedos de uma maneira minuciosa

XII. USO INAPROPRIADO DOS OBJETOS


Não utiliza os objetos de modo funcional, mas sim de uma forma bizarra.

1. Ignora os objetos ou mostra um interesse momentâneo


2. Pega, golpeia ou simplesmente os atira no chão
3. Conduta atípica com os objetos (segura indiferentemente nas mãos ou gira)
4. Carrega insistentemente consigo determinado objeto
5. Se interessa somente por uma parte do objeto ou do brinquedo
6. Coleciona objetos estranhos
7. Utiliza os objetos de forma particular e inadequada

XIII. FALTA DE ATENÇÃO


Dificuldades na atenção e concentração. Às vezes, fixa a atenção em suas próprias produções sonoras ou
motoras, dando a sensação de que se encontra ausente.

1. Quando realiza uma atividade, fixa a atenção por curto espaço de tempo ou é incapaz de fixá-la
2. Age como se fosse surdo
3. Tempo de latência de resposta aumentado. Entende as instruções com dificuldade (quando não lhe
interessa, não as entende)
4. Resposta retardada
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5. Muitas vezes dá a sensação de ausência

XIV. AUSÊNCIA DE INTERESSE PELA APRENDIZAGEM


Não tem nenhum interesse por aprender, buscando solução nos demais. Aprender representa um esforço
de atenção e de intercâmbio pessoal, é uma ruptura em sua rotina.

1. Não quer aprender


2. Cansa-se muito depressa, ainda que de atividade que goste
3. Esquece rapidamente
4. Insiste em ser ajudado, ainda que saiba fazer
5. Insiste constantemente em mudar de atividade

XV. FALTA DE INICIATIVA


Busca constantemente a comodidade e espera que lhe dêem tudo pronto. Não realiza nenhuma atividade
funcional por iniciativa própria.

1. É incapaz de ter iniciativa própria


2. Busca a comodidade
3. Passividade, falta de interesse
4. Lentidão
5. Prefere que outro faça o trabalho para ele

XVI. ALTERAÇÃO DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO


É uma característica fundamental do autismo, que pode variar desde um atraso de linguagem até formas
mais graves, com uso exclusivo de fala particular e estranha.

1. Mutismo
2. Estereotipias vocais
3. Entonação incorreta
4. Ecolalia imediata e/ou retardada
5. Repetição de palavras ou frases que podem (ou não) ter valor comunicativo
6. Emite sons estereotipados quando está agitado e em outras ocasiões, sem nenhuma razão aparente
7. Não se comunica por gestos
8. As interações com adulto não são nunca um diálogo

XVII. NÃO MANIFESTA HABILIDADES E CONHECIMENTOS


Nunca manifesta tudo aquilo que é capaz de fazer ou agir, no que diz respeito a seus conhecimentos e
habilidades, dificultando a avaliação dos profissionais.

1. Ainda que saiba fazer uma coisa, não a realiza, se não quiser
2. Não demonstra o que sabe, até ter uma necessidade primária ou um interesse eminentemente específico
3. Aprende coisas, porém somente a demonstra em determinados lugares e com determinadas pessoas
4. Às vezes, surpreende por suas habilidades inesperadas

XVIII. REAÇÕES INAPROPRIADAS ANTE A FRUSTRAÇÃO


Manifesta desde o aborrecimento à reação de cólera, ante a frustração.
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1. Reações de desagrado caso seja esquecida alguma coisa


2. Reações de desagrado caso seja interrompida alguma atividade que goste
3. Desgostoso quando os desejos e as expectativas não se cumprem
4. Reações de birra

XIX NÃO ASSUME RESPONSABILIDADES


Por princípio, é incapaz de fazer-se responsável, necessitando de ordens sucessivas para realizar algo.

1. Não assume nenhuma responsabilidade, por menor que seja


2. Para chegar a fazer alguma coisa, há que se repetir muitas vezes ou elevar o tom de voz

XX. HIPERATIVIDADE/ HIPOATIVIDADE


A criança pode apresentar desde agitação, excitação desordenada e incontrolada, até grande passividade,
com ausência total de resposta. Estes comportamentos não tem nenhuma finalidade.

1. A criança está constantemente em movimento


2. Mesmo estimulada, não se move
3. Barulhento. Dá a sensação de que é obrigado a fazer ruído/barulho
4. Vai de um lugar a outro, sem parar
5. Fica pulando (saltando) no mesmo lugar
6. Não se move nunca do lugar onde está sentado

XXI. MOVIMENTOS ESTEREOTIPADOS E REPETITIVOS


Ocorrem em situações de repouso ou atividade, com início repentino.

1. Balanceia-se
2. Olha e brinca com as mãos e os dedos
3. Tapa os olhos e as orelhas
4. Dá pontapés
5. Faz caretas e movimentos estranhos com a face
6. Roda objetos ou sobre si mesmo
7. Caminha na ponta dos pés ou saltando, arrasta os pés, anda fazendo movimentos estranhos
8. Torce o corpo, mantém uma postura desequilibrada, pernas dobradas, cabeça recolhida aos pés,
extensões violentas do corpo

XXII. IGNORA O PERIGO


Expõe-se a riscos sem ter consciência do perigo

1. Não se dá conta do perigo


2. Sobe em todos os lugares
3. Parece insensível à dor

XXIII. APARECIMENTO ANTES DOS 36 MESES (DSM-IV)

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III. ESCALA PARA AVALIAÇÃO DE DEPRESSÃO EM CRIANÇAS (CDRS-R)


Corresponde a uma entrevista estruturada contendo 17 itens, através dos quais as crianças
reportam seu estado afetivo, e sua conduta é observada pelo observador.
Foi elaborada por Posznanski (1979), baseada na escala de depressão de Hamilton, revisada em
1985 e adaptada ao nosso meio por Barbosa et al. (1997), com ponto de corte igual a 40.

Obter informações de todas as fontes disponíveis, por exemplo, entrevistas com as crianças, pais,
professores e outros. Se as opiniões diferirem, utilizar o julgamento clínico. Se nenhuma dessas
subcategorias parecerem ser aplicáveis, utilizar as escalas [1-5] ou [1-7] como uma escala não estruturada
e avaliar a gravidade. Sob as categorias: AFETO DEPRIMIDO, RETARDO DA LINGUAGEM,
HIPOATIVIDADE, avaliar segundo as observações realizadas somente durante a entrevista. TRABALHO
ESCOLAR
Avaliar em que grau os problemas de concentração, motivação e comportamento na classe afetam o
trabalho escolar. Freqüentemente irritável? Facilmente provocado? Demasiado tranqüilo? Continuamente
em sonho? EXCLUIR a contribuição das dificuldades para aprender e da hiperatividade por si.

0 - Incapaz de avaliar
1 – Prestação concordante com a habilidade
2–
3 – Interferência menor em alguns temas
4–
5 – Interferência importante na maioria dos temas
6–
7 – Não motivado para fazer algo

2. CAPACIDADE DE SE DIVERTIR

Não confundir com a ânsia de escapar do ambiente local.

0 – Incapaz de avaliar
1 – Interesse e atividade apropriada para a idade, personalidade e ambiente social. Não demonstra
nenhuma mudança apreciável durante a enfermidade atual ou durante os últimos meses.
2–
3 – Descreve algumas atividades realisticamente acessíveis, várias vezes na semana, mas não cada dia.
Mostra interesse, mas não entusiasmo.
4–
5 – Aborrece-se facilmente. Queixa-se de “nada a realizar”. Participa em atividade estruturada com
uma atitude de “deixar-se levar”. Não apresenta entusiasmo nem interesse real. Expressa interesse em
atividades que não são acessíveis (realisticamente) de uma forma usual.
6–
7 – Não tem iniciativa para participar em nenhuma atividade. Primariamente passivo. Contempla
como os demais os jogos ou assiste televisão, mas tem pouco interesse pelo programa. Requer que
alguém o pressione para participar de uma atividade.

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3. REPRESSÃO SOCIAL

EXCLUIR as situações de incapacidade para estabelecer relações.

0 – Incapaz de avaliar. Nunca tem tido relações adequadas com crianças de sua idade.
1 – Nenhuma. Custa-lhe uma boa amizade com outras crianças na escola e em casa.
2–
3 – Tem diversos amigos, mas suas relações parecem ser deficientes ou tem um ou dois amigos que
não têm os requisitos para ser especialmente relacionáveis ou íntimos.
4–
5 – Não busca afeição nas amizades. Espera que outros iniciem uma relação. Observador, mais que
participante, em grupos. Freqüentemente perde oportunidades para uma interação desejável com
outros ou cria situações em que o desejo é inevitável.
6–
7 – Não se relaciona com outras crianças. Afirma que “não tem amigos”ou deseja ativamente amigos
novos ou do passado.

4. SONO

Informação usualmente muito confiável mediante entrevista da criança.

0 – Incapaz de avaliar
1 – Nenhuma dificuldade, ou só ocasional (caso durma no prazo de meia hora ou menos).
2–
3 – Freqüentemente tem uma leve dificuldade com o sono (a criança ou os pais podem comunicá-la).
4–
5 – Dificuldade moderada com o sono quase cada noite (a criança tem aspecto cansado. Pode existir
evidência de falta de sono).

5. APETITE OU PADRÃO DE COMIDA

0 – Incapaz de avaliar
1 – Ausência de problemas ou de mudança no padrão da comida (considera-se que a criança pode ter
sido sempre caprichosa com a comida ou que existe um padrão familiar de comer excessivamente).
2 – Mudança moderada em relação aos hábitos habituais na comida no prazo do começo dos atuais
problemas comportamentais.
4 – Claramente anoréxico. A maioria das vezes não tem apetite ou come excessivamente desde o
começo dos problemas comportamentais.

6. FADIGA EXCESSIVA/SINTOMAS GERAIS

Não confundir com a fadiga ocasional relacionada com a falta de sono.

0 – Incapaz de avaliar
1 – Não se queixar de se sentir cansado
durante o dia.
2 – Queixas ocasionais de fadiga durante o dia 4 –
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4 – Freqüentemente se queixa de estar cansado durante o dia. Voluntariamente faz a sesta depois da
escola, apesar de ter dormido suficientemente durante a noite.
6 – Se queixa de se sentir cansado boa parte do dia. Não tem energia para realizar atividades que
anteriormente gostava.

07 - QUEIXAS FÍSICAS

Dores gástricas, cefaléias e outras dores sem base orgânica. Avaliar a freqüência e a distraibilidade em
relação a essas moléstias.

0 – Incapaz de avaliar
1 – Nenhuma.
2 – Ocasionalmente se queixa, mas se tranqüiliza facilmente.
4– Freqüentemente se queixa, mas não pode ser distraído ou tranqüilizado.
5 – Preocupado por suas dores; pode se reprimir de ter outras atividades.

08. IRRITABILIDADE

Facilmente “contrariado”. Os adultos podem descrever como uma queixa ou como uma atitude de
“ressentido”. Avaliar segundo uma freqüência.

0 – Incapaz de avaliar.
1 – Rara.
2 – Ocasional
3 – Episódica; uma vez por semana.
4 – Freqüente; várias vezes por semana.

09. CULPA

0 – Incapaz de avaliar
1 – Não manifesta nenhum sentimento indevido de culpa.
2 – Ocasionalmente se sente culpado. A culpa parece apropriada ao acontecimento precipitante.
3 – Exagera a culpa e/ou vergonha desproporcional com o acontecimento descrito.
4 – Se sente culpado de coisas que não estão sob seu controle.

10. AMOR PRÓPRIO

Segundo expressão em termos concretos, é dizer se ele gosta ou não de sua própria aparência, inclusive
detalhes específicos tais como o cabelo, os olhos, a cor, etc.; se gosta ou não das demais crianças ou
adultos. Os matizes afetivos em relação às respostas são importantes.

0 – Incapaz de avaliar
1 – Autodescreve-se em termos positivos.
2 – Autodescreve-se em termos mais positivos que negativos.
4 – Autodescreve-se com uma preponderância de termos negativos. Dá respostas afáveis a essas questões.
5 – Se refere a si mesmo em termos depreciativos. Manifesta que outras crianças falam dele utilizando
apelidos depreciativos. Evita completamente qualquer questão relativa ao amor próprio, própria imagem,
o conceito de si mesmo.
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11. SENTIMENTOS DEPRIMIDOS (verbal)

Diz que se sente infeliz, “deprimido”, triste. Se a criança utiliza o termo “mal”, tratar de compreender o
que quer dizer, por exemplo infeliz, enjoado, culpado.

0 – Incapaz de avaliar
1 – Períodos ocasionais de infelicidade que não duram o dia inteiro. O incidente pode estar relacionado
com uma decepção importante.
2–
3 – Descreve períodos de infelicidade que são levemente anormais em freqüência e/ou gravidade, ou nega
que alguma vez se sente infeliz nem sequer durante períodos de tempo curtos.
4–
5 – Sente-se infeliz uma parte significativa do tempo.
6–
7 – Sente-se infeliz a maior parte do tempo. Acompanhado de dor psíquica, diz “não posso suportá-la”.

12. IDEAÇÃO MÓRBIDA

0 – Incapaz de avaliar
1 – Nenhuma.
2–
3 – Tem alguns pensamentos mórbidos, todos os quais se relacionam com um acontecimento recente ou
real.
4–
5 – Tem pensamentos mórbidos freqüentemente, em casa, ou durante a entrevista.
6–
7 – Fala de temas de morte ou de pensamentos mórbidos que são elaborados, amplos e estranhos.

13. ATOS SUICIDAS E IDEAÇÃO SUICIDA


A maioria dessas crianças conhece o significado da palavra “suicídio”, a menos que sejam muito jovens
ou isolados dos meios informativos.

0 – Incapaz de avaliar.
1 – Compreende a palavra “suicídio”, mas não aplica o termo a si mesmo.
2–
3 – Tem pensamentos sobre o suicídio, usualmente quando está desgostoso.
4–
5 – Pensa repetidamente no suicídio. Se está moderadamente deprimido, nega intensamente que
pensa no suicídio.
6–
7 – Tem realizado intentos de suicídio nos últimos meses, ou está ativamente suicida.

14. CHORO

Perguntar à criança/adolescente sobre sentimentos como o choro.

0 – Nenhuma informação
1 – Normal para a idade.
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2–
3 – Declaração sugestiva de que a criança chora, ou sentido como se o choro fosse mais freqüente para sua
idade.
4–
5 – Chora ou se sente como se chorasse freqüentemente, mais do que razoável para sua idade ou como
uma provocação.
6–
7 – Chora quase todo dia.

15. AFETO DEPRIMIDO (não verbal)

O afeto pode ser estimulado ou suprimido (triste, desamparado, melancólico, angustiado). Anotar a
expressão facial, contato ocular, posição corporal. AVALIAR SÓ COM BASE NA ENTREVISTA.

0 – Incapaz de avaliar
1 – Claramente não deprimido. Expressão facial e voz animada durante a entrevista.
2 – Supressão leve do afeto. Certa perda da espontaneidade.
3 – Perda global da espontaneidade. Aspecto claramente infeliz durante a entrevista. Todavia, pode ser
capaz de sorrir quando se conversa sobre áreas não ameaçadoras.
4–
5 – Restrição moderada do afeto durante a maior parte da entrevista. Tem períodos mais longos ou mais
freqüentes de aspecto claramente infeliz.
6–
7 – Grave. Aspecto triste, deprimido. Interação verbal mínima durante toda a entrevista. Chora ou pode
estar choroso.

16. TEMPO DE LINGUAGEM

Fazer referência primariamente a um possível retardo psicomotor da linguagem. Considerar a bagagem


cultural e a inteligência da criança. Considerar a quantidade e a qualidade do material verbal. AVALIAR
SOMENTE COM BASE NA ENTREVISTA.

0 – Incapaz de avaliar.
1 – Normal.
2 – Lento.
3 – Lento; atrasa a entrevista.
4–
5 – Grave; lento, marcada interferência com a entrevista.

17. HIPOATIVIDADE

AVALIAR SOMENTE A PARTIR DA ENTREVISTA.

0 – Incapaz de avaliar.
1 – Nenhuma
2–
3 – Leve. Movimentos corporais lentos.
4–
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5 – Moderada. Retardo motor claro.


6–
7 – Grave. Está a maior parte do tempo sentado ou repousa na cama.

IV. ESCALA DE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA PARA MESTRES (ESDM)


Elaborada por Domenéch e Polaino-Lorente (1990) e adaptada e validada por Barbosa et al.
(1997), em nosso meio, corresponde a um instrumento para detecção de sintomatologia depressiva
infantil, a partir de informação de professores.

Nome: Data de aplicação:


Idade: Sexo:
Escola:

0 = quase nunca
1 = algumas vezes
2 = quase sempre

Marque com uma cruz os itens que melhor descrevem o comportamento do aluno, segundo a pontuação
acima descrita:
1. Ele nunca está atento em classe
2. Ele nunca entende as explicações dadas em classe
3. Os amigos de classe não gostam dele
4. Ele nunca se diverte
5. Não o considero apto para as tarefas
6. Seu trabalho escolar é insatisfatório
7. Vejo-o sempre cansado
8. Ele se julga inferior aos outros alunos
9. Ele discute e briga
10. Tem tendência a se culpar
11. Custa tomar uma decisão
12. Muda de humor.

O ponto de corte referido por Barbosa et al. (1997) é igual a 15

V- QUESTIONÁRIO DE DEPRESSÃO INFANTIL


Corresponde a escala para a própria criança, elaborada por Kovacs (1983), validada em nosso meio
por Barbosa, tendo como ponto de corte 17, e pontuação de 0 a 2 para cada item.

1. ( ) Eu fico triste de vez em quando


( ) Eu fico triste muitas vezes
( ) Eu estou sempre triste

2. ( ) Para mim tudo se resolverá bem


( ) Eu não tenho certeza se as coisas darão certo para mim
( ) Nada vai dar certo para mim

3. ( ) Eu faço bem a maioria das coisas


( ) Eu faço errado a maioria das coisas
( ) Eu faço tudo errado
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4. ( ) Eu me divirto com muitas coisas


( ) Eu me divirto com algumas coisas
( ) Nada é divertido para mim

5. ( ) Eu sou mau de vez em quando


( ) Eu sou mau com freqüência
( ) Eu sou sempre mau

6. ( ) De vez em quando eu penso que coisas ruins vão me acontecer


( ) Eu tenho medo que coisas ruins me aconteçam
( ) Eu tenho certeza de que coisas terríveis me acontecerão

7. ( ) Eu gosto de mim mesmo


( ) Eu não gosto de mim mesmo
( ) Eu me odeio

8. ( ) Normalmente eu não me sinto culpado pelas coisas ruins que acontecem


( ) Muitas coisas ruins que acontecem são por minha culpa
( ) Tudo de mau que acontece é por minha culpa

9. ( ) Eu não penso em me matar


( ) Eu penso em me matar, mas não o faria
( ) Eu quero me matar

10. ( ) Eu sinto vontade de chorar esporadicamente


( ) Eu sinto vontade de chorar freqüentemente
( ) Eu sinto vontade de chorar diariamente

11. ( ) Eu me sinto entediado esporadicamente


( ) Eu me sinto entediado freqüentemente
( ) Eu me sinto sempre entediado

12. ( ) Eu gosto de estar com as pessoas


( ) Freqüentemente eu não gosto de estar com as pessoas
( ) Eu não gosto de estar com as pessoas

13. ( ) Eu tomo decisões facilmente


( ) É difícil para mim tomar decisões
( ) Eu não consigo tomar decisões

14. ( ) Eu tenho boa aparência


( ) Minha aparência tem alguns aspectos negativos
( ) Eu sou feio

15. ( ) Fazer os deveres de casa não é um grande problema para mim


( ) Com freqüência eu tenho que ser pressionado para fazer os deveres de casa
( ) Eu tenho que me obrigar a fazer os deveres de casa

16. ( ) Eu durmo bem à noite


( ) Eu tenho dificuldades para dormir à noite freqüentemente
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( )Eu sempre tenho dificuldades para dormir à noite

17. ( ) Eu me canso de vez em quando


( ) Eu me canso freqüentemente
( ) Eu estou sempre cansado

18. ( ) Alguns dias eu não tenho vontade de comer


( ) Quase sempre eu não tenho vontade de comer

19. ( ) Eu não temo sentir dor


( ) Eu temo sentir dor com freqüência
( ) Eu estou sempre temeroso de sentir dor

20. ( ) Eu não me sinto sozinho


( ) Eu me sinto sozinho com freqüência
( ) Eu sempre me sinto sozinho

21. ( ) Eu me divirto na escola freqüentemente


( ) Eu me divirto na escola de vez em quando
( ) Eu nunca me divirto na escola

22. ( ) Eu tenho muitos amigos


( ) Eu tenho muitos amigos mas gostaria de ter mais
( ) Eu não tenho muitos amigos

23. ( ) Meus trabalhos na escola são bons


( ) Meus trabalhos na escola não são tão bons quanto eram antes
( ) Eu tenho me saído mal nas matérias em que eu costumava ser bom

24. ( ) Meu nível é tão bom quanto o das outras crianças


( ) Meu nível pode ser tão bom quanto o das outras crianças, se eu quiser
( ) Meu nível nunca é tão bom quanto o das outras crianças

25. ( ) Eu tenho certeza que sou amado por alguém


( ) Eu não tenho certeza se sou amado por alguém
( ) Ninguém gosta de mim realmente

26. ( ) Eu sempre faço o que me mandam


( ) Eu faço o que me mandam com freqüência
( ) Eu nunca faço o que me mandam

27. ( ) Eu não me comunico bem com as pessoas


( ) Eu me envolvo em brigas com freqüência
( ) Eu estou sempre me envolvendo em brigas.

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VI. ESCALA DE CONNERS


Destinada a pais e professores, visando o diagnóstico da hiperatividade, adaptada e validada no
Brasil por Barbosa (1995).

versão para pais – ponto de corte igual a 58

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nunca = 0 ; às vezes = 1
freqüentemente = 2; sempre = 3

Comportamento habitual em casa


1. Desperta à noite
2. Tem medo diante de novas situações
3. Tem medo de gente
4. Tem medo de estar sozinho
5. Preocupa-se com doenças e mortes
6. Mostra-se tenso e rígido
7. Apresenta sacudidas ou espasmos musculares
8. Apresenta tremores
9. Sente dores de cabeça
10. Sente dores de estômago
11. Tem vômitos
12. Queixa-se de enfermidades e dores
13. Deixa-se levar por outras crianças
14. Desafia e intimida os demais
15. É valente (arrogante) e desrespeita seus superiores (insolente)
16. É descarado com os adultos
17. É tímido diante dos amigos
18. Teme não agradar seus amigos
19. Tem amigos
20. É malicioso com seus irmãos
21. Briga constantemente
22. Critica muito outras crianças
23. Aprende na escola
24. Gosta de ir à escola
25. Tem medo de ir à escola
26. Desobedece as normas da escola
27. Mente, culpando os demais dos seus erros
28. Realiza roubos de seus pais
29. Realiza roubos na escola
30. Rouba em lojas, em barracas e em outros lugares
31. Tem problemas com a polícia
32. Pretende fazer tudo bem feito (perfeito)
33. Necessita fazer sempre as coisas da mesma maneira
34. Tem objetivos muito altos (sonhar alto)
35. Distrai-se facilmente
36. Mostra-se nervoso e inquieto
37. Não pode ficar quieto
38. Sobe em todas as partes
39. Desperta-se muito cedo
40. Não fica quieto durante as refeições
41. Se começa a fazer alguma coisa, repetitivamente, é impossível parar
42. Seus atos dão a impressão de serem movidos por um motor

Versão para professores – ponto de corte igual a 62

1. Comportamento na sala de aula

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1. Constantemente se mexendo
2. Emite sons, ruídos
3. Pedidos tem que ser imediatamente atendidos
4. Coordenação motora comprometida, fraca
5. Inquieto, superativo
6. Excitável, impulsivo
7. Desatento, facilmente distraído
8. Não termina o que começa
9. Extremamente sensível
10. Extremamente sério, triste
11. Sonha acordado
12. Mal-humorado, rabugento
13. Chora com freqüência e facilidade
14. Perturba outras crianças
15. Provoca confusões
16. Humor muda drasticamente com rapidez
17. Matreiro, faz-se de esperto
18. Destrutivo
19. Furta
20. Mente
21. Explosões de raiva, comportamento imprevisível, explosivo.

II. Participação em Grupo

22. Isola-se de outras crianças


23. Parece não ser aceito pelo grupo
24. Parece se deixar levar com facilidade
25. Não tem "espírito esportivo"
26. Parece não ter liderança
27. Não se relaciona bem com o sexo oposto
28. Não se relaciona bem com crianças do mesmo sexo
29. Provoca outras crianças ou interfere com as suas atividades

III. Atitude em relação a autoridades

30. Submissa
31. Desafiadora
32. Atrevida
33. Tímida
34. Medrosa
35. Excessiva exigência da atenção do professor
36. Teimosa
37. Excessivamente ansiosa para agradar
38. De não cooperação.
39. Falta à aula com freqüência.

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VII. AUQEI - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS E


ADOLESCENTES (MANIFICAT E DAZORD, 1996)

Traduzida e validada no Brasil por Assumpção et al., 2000, trata-se de escala destinada à avaliação da
qualidade de vida de crianças de 4 a 12 anos de idade, considerando a subjetividade dos pacientes
envolvidos. Seu ponto de corte é 48.

Ref: MANIFICAT, S & DAZORD, A. - "Evaluatión de la qualité de vie de l'enfant: validation d'un
questionaire, premiers résultats." Neuropsychiatr Enfance Adolesc, 45(3): 106-114, 1997.

Algumas vezes você está muito infeliz? Diga por quê:

Algumas vezes você está infeliz? Diga por quê:

Algumas vezes você está feliz? Diga por quê:

Algumas vezes você está muito feliz? Diga por quê:

Diga como você se sente: Muito infeliz Infeliz Feliz Muito feliz
1. à mesa, junto com sua família. ( ) ( ) ( ) ( )
2. à noite, quando você se deita. ( ) ( ) ( ) ( )
3. se você tem irmãos, quando brinca com eles ( ) ( ) ( ) ( )
4. à noite, ao dormir. ( ) ( ) ( ) ( )
5. na sala de aula. ( ) ( ) ( ) ( )
6. quando você vê uma fotografia sua. ( ) ( ) ( ) ( )
7. em momentos de brincadeiras, durante o
recreio escolar. ( ) ( ) ( ) ( )
8. quando você vai a uma consulta médica. ( ) ( ) ( ) ( )
9. quando você pratica um esporte. ( ) ( ) ( ) ( )
10. quando você pensa em seu pai. ( ) ( ) ( ) ( )
11. no dia do seu aniversário. ( ) ( ) ( ) ( )
12. quando você faz as lições de casa. ( ) ( ) ( ) ( )
13. quando você pensa em sua mãe. ( ) ( ) ( ) ( )
14. quando você fica internado no hospital. ( ) ( ) ( ) ( )
15. quando você brinca sozinho (a). ( ) ( ) ( ) ( )
16. quando seu pai ou sua mãe falam de você. ( ) ( ) ( ) ( )
17. quando você dorme fora de casa ( ) ( ) ( ) ( )
18. quando alguém te pede que mostre alguma
coisa que você sabe fazer. ( ) ( ) ( ) ( )
19. quando os amigos falam de você. ( ) ( ) ( ) ( )
20. quando você toma os remédios. ( ) ( ) ( ) ( )
21. durante as férias. ( ) ( ) ( ) ( )
22. quando você pensa em quando tiver crescido. ( ) ( ) ( ) ( )
23. quando você está longe de sua família. ( ) ( ) ( ) ( )
24. quando você recebe as notas da escola. ( ) ( ) ( ) ( )
25. quando você está com os seus avós. ( ) ( ) ( ) ( )
26.quando você assiste televisão. ( ) ( ) ( ) ( )

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VIII. ESCALA PARA DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO ALIMENTAR

Esta escala, ainda em fase de validação em nosso meio (por Busse, ainda sem dados estatísticos), destina-
se exclusivamente à detecção de transtornos alimentares. Embora existam, seus pontos de corte
específicos para anorexia e bulimia ainda não se encontram estabelecidos, uma vez que o trabalho ainda se
encontra em fase de análise.

Gostaríamos de saber como você se sente em relação a sua aparência nas últimas quatro semanas.
Leia com atenção cada pergunta e marque com um X ao lado da resposta. Por favor, responda todas as
perguntas.
Muito obrigado.

Nome: ...........................................................................................................................................................
Data de Nascimento: ........................................... Cidade onde nasceu: ...........................................
Endereço: .........................................................................................................................................
Telefone para contato:.............................................. Escola: ...........................................................
Série: ....................................Período: ..............................................................................................
Data de preenchimento: ...................................................

Em todos os itens deve se responder


1.nunca ( )
2.raramente( )
3.às vezes( )
4.freqüentemente( )
5.muito freqüentemente( )
6. sempre( )

1) Quando você está "cheio", se preocupa com sua forma física?


2) Você tem estado preocupado com sua forma física a ponto de sentir que precisa fazer regime?
3) Você tem sentido medo de ficar gordo(a) ou ainda mais gordo(a)?
4) Você acha que suas coxas, quadril ou nádegas são grandes demais para o resto do seu corpo?
5) Você se preocupa se o seu corpo não está muito firme?
6) O fato de ter comido bem em uma refeição, já faz com que se sinta gordo(a)?
7) Você já chorou porque se sentiu mal com seu corpo?
8) Ao correr você se sente mal, pois imagina que as gorduras ficam evidentes?
9) Estar com mulheres magras (homens magros) faz você se sentir preocupado(a) com seu físico?
10) Quando você se senta, tem a sensação de ver suas coxas grandes?
11 Você já se sentiu gordo(a) mesmo comendo pouco?
12) Você tem reparado no físico de outras mulheres (outros homens) e, quando o faz, sente-se mal?
13) Eu só penso no meu físico, impedindo-me de fazer outras coisas.
14) Estar nu (nua), por exemplo, durante o banho, faz você se sentir gordo(a)?
15) Você tem evitado usar roupas que fazem notar as formas do seu corpo?
16) Você se imagina tirando partes de seu corpo?
17) Comer doces, bolos ou outros alimentos ricos em calorias faz você se sentir gordo?
18) Você se sente excessivamente grande e arredondado?
19) Você já deixou de participar de eventos sociais (festas), porque se sentiu mal em relação ao seu
físico?
20) Você já teve vergonha de seu corpo?
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21) A preocupação com seu físico o leva a fazer regime?


22) Você se sente mais contente em relação ao seu físico quando está de estômago vazio (exemplo, de
manhã)?
23) Você acha que seu físico atual é por causa da falta de autocontrole?
24) Você se preocupa que outras pessoas possam estar vendo dobras na sua cintura, estômago e outras
partes do seu corpo?
25) Você acha injusto que outros mulheres (homens) sejam mais magros(as) que você?
26) Você já vomitou para sentir mais magro(a)?
27) Quando acompanhado(a), fica preocupado(a) em estar ocupando muito espaço(sentado em uma
cadeira, sofá, banco de ônibus)?
28) Você se preocupa se estiverem aparecendo dobrinhas no seu corpo?
29) Ver seu reflexo (num espelho ou na vitrine de uma loja) faz você se sentir mal em relação ao seu
corpo?
30) Você belisca seu corpo para ver quando tem de gordura?
31) Você evita situações nas quais as pessoas possam ver seu corpo(praias, piscinas, vestiários)?
32) Você toma laxantes para se sentir mais magro(a)?
33) Você fica mais consciente de seu corpo quando está na companhia de outras pessoas?
34) A preocupação com seu corpo leva você a fazer exercícios (ginástica, musculação, outros...)?

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IX - ESCALA DE AVALIAÇÃO DA REAÇÃO DE RETRAÇÃO PROLONGADA DA CRIANÇA


PEQUENA
Esta escala foi validada em nosso meio por Assumpção Jr et al., 2002. No entanto, ainda não foi
estabelecido um ponto de corte. Cada item está ao lado de um número de 0 a 4. As indicações são
fornecidas somente a título de indicação, em casos onde hajam dúvidas entre dois valores da escala:

A. Guedeney, Neuropsychiatr Enfance Adolescence (1-2): 63-71

0: Normal
1: Dúvida sobre o caráter patológico
2: Sinal patológico mais discreto
3: Evidente para todos observadores
4: Intenso
A escala é melhor preenchida pelo próprio observador, com base em suas próprias observações logo após
a consulta. Avaliam-se os comportamentos espontâneos, após a reação aos estímulos (sorriso, voz, gestos,
toques, etc.) e a evolução das reações no decorrer do exame. O valor corresponde à reação mais
significativa durante toda a observação.

1. Expressão facial: avaliação da redução da expressividade facial:

0: a face é, espontaneamente, móvel, expressiva, animada por freqüentes mudanças de expressão


1: face móvel, expressiva mas sem mudanças freqüentes de expressão
2: Pouca mobilidade facial espontânea
3: Face imóvel, triste
4: Face imóvel, fria, ausente ou tendo um ar de envelhecimento prematuro

1. Contato visual: Avaliação da redução do contato visual:

0: Contato visual espontâneo, fácil e prolongado


1: Contato visual espontâneo, porém breve
2: Contato visual possível, mas somente quando provocado
3: Contato visual fugaz, vago, fugidio
4: Recusa total do contato visual

3. Atividade corporal: Avaliação da redução da atividade da cabeça, torso e membros sem considerar-se a
atividade de mãos e dedos:

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0: Movimentos freqüentes e espontâneos do torso, cabeça e membros


1: Atividade geral espontânea ligeiramente reduzida
2: Pouca ou quase nenhuma atividade espontânea
3: Atividade falha na resposta aos estímulos
4: Imóvel e congelada, independentemente dos estímulos

4. Gestos de auto-estimulação: Avaliação da freqüência com a qual a criança brinca com seu próprio corpo
(dedos, mãos, cabelos, sucção do polegar, fricções repetidas, etc.) de maneira automática e sem prazer, em
comparação com a atividade geral:
0: Ausência de auto-estimulação, a atividade de auto-exploração é ligada harmoniosamente com o nível de
atividade geral
1: Auto-estimulação não identificável com certeza
2: Auto-estimulação pouco freqüente, porém evidente
3: Auto-estimulação freqüente
4: Auto-estimulação constante

5. Vocalizações: Avaliação da redução das vocalizações traduzindo o prazer (gargalhadas, risos, lalação,
balbucios, gritos agudos de prazer, etc.)

0: Vocalizações positivas espontâneas freqüentes, alegres, moduladas; gritos ou choros breves em resposta
a uma sensação desagradável
1: Vocalizações espontâneas breves; gritos ou choro intermitente
2: Choro quase que constante
3:Vocalizações de desprazer raras e breves, somente em resposta a um estímulo
4: Nenhuma vocalização

6. Vivacidade das reações aos estímulos: Avaliação da redução da vivacidade da reação à estimulação
agradável ou desagradável, no decorrer do exame (sorriso, voz, toque):

0: Reação adaptada, viva e rápida


1: Reação ligeiramente retardada
2: Reação marcadamente retardada
3: Reação muito lentificada, mesmo com estimulação desagradável
4: ausência total de reação

7. Relação: Avaliação da redação da criança ao iniciar a relação com o observador, médico ou qualquer
pessoa apresentada, exceção feita àquela que lhe cuida. A relação é avaliada pelo comportamento, contato
visual, reação aos estímulos e a reação ao fim da seqüência.

0: A relação é rápida e marcadamente estabelecida (após uma eventual fase de ansiedade), equilibrada e
evolutiva
1: Relação identificável, freqüentemente positiva mas não acentuada
2: Relação pouco acentuada, retardada, às vezes negativa e não evolutiva
3: Dúvida sobre a existência de uma relação
4: Ausência de relação identificável

8. Atratividade: Avaliação da impressão geral que o contato com a criança fornece:

0: A criança atrai a atenção sobre si de forma ativa, inspirando sentimentos de interesse e prazer
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1: Inspira interesse, porém não sentimento de prazer


2: Não inspira interesse sobre si
3: Contato desagradável, com impressão de ser mantido à distância
4: Contato ausente, impressão de ser uma criança inatingível

TOTAL:
NOME: RG:
IDADE:...........meses..............dias
EXAMINADOR:

X. ESCALA DE RASTREAMENTO POPULACIONAL PARA DEPRESSÃO (CES-D)

Desenvolvida pelo National Institute of Mental Health, foi traduzida e validada em nosso meio, com
população adolescente, por D.X.Silveira e M.R.Jorge, sendo publicada na Revista de Psiquiatria Clínica
25(5):251-261, 1998.
Constitui-se num instrumento de rastreamento que visa identificar humor depressivo em estudos
populacionais, obtendo-se um ponto de corte de 15.

CES-D
Segue abaixo uma lista de tipos de sentimentos e comportamentos.
Solicitamos que você assinale a freqüência com que tenha se sentido dessa maneira durante a semana
passada.
(Raramente - menos que 1 dia; durante pouco tempo - 1 ou 2 dias; durante um tempo moderado - 3 a 4
dias; durante a maior parte do tempo - de 5 a 7 dias)

1. Senti-me incomodado com coisas que habitualmente não me incomodam


2. Não tive vontade de comer; tive pouco apetite
3. Senti não conseguir melhorar meu estado de ânimo mesmo com a ajuda de familiares e amigos
4. Senti-me, comparando-me às outras pessoas, tendo tanto valor quanto a maioria delas
5. Senti dificuldade em me concentrar no que estava fazendo
6. Senti-me deprimido
7. Senti que tive que fazer esforço para dar conta de minhas tarefas habituais
8. Senti-me otimista com relação ao futuro
9. Considerei que minha vida tinha sido um fracasso
10. Senti-me amedrontado
11. Meu sono não foi repousante
12. Estive feliz
13. Falei menos que o habitual
14. Senti-me sozinho
15. As pessoas não foram amistosas comigo
16. Aproveitei minha vida
17. Tive crises de choro
18. Senti-me triste
19. Senti que as pessoas não gostavam de mim
20. Não consegui levar adiante minhas coisas

XI - INVENTÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS DISLÉXICOS EM PRÉ-ESCOLARES:


PERCEPÇÃO DO PROFESSOR
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Construído a partir das indicações sugeridas pela British Dyslexia Association por Minervino
(1999), identifica sinais de dislexia na pré-escola, em crianças de 4 a 6 anos de idade, com aplicação
individual, com uma soma total de respostas entre zero e 120, ponto de corte de 54, com a menor
pontuação encontrada sendo igual a 7 e a maior igual a 102.

Dados gerais de identificação


Sexo
1 – masculino
2 – Feminino

Idade

anos meses

Comportamentos observáveis
Percepção do Professor

Item 1: Em sala de aula, seu aluno é


0 – Tão quieto, que passa desapercebido
1 – Pouco ativo
2 – Ativo
3 – Muito ativo
4 – Ativo demais

Item 2: Você apresentou as vogais, seu aluno tem que associar o grafema ao fonema...
0 – Associa com êxito, sem dificuldades
1 – Associa corretamente
2 – Associa, após demonstração
3 – Possui dificuldade para efetivar a associação corretamente
4 – Não associa

Item 3: Seu aluno


0 – Fala claramente, de forma adequada para a idade
1 – Fala bem, mas quando está nervoso (por exemplo) troca letras ou gagueja
2 – Fala, mas preciso (o professor) me esforçar para entendê-lo
3 – Fala usando monossílabos, está abaixo do nível da turma
4 – Fala sempre trocando as letras (t/d;f/v;r/l); noto atraso no desenvolvimento da linguagem

Item 4: Ainda a respeito da fala, de seu aluno


0 – Constrói frases, usando começo, meio e fim
1 – Inicia uma frase, mas não consegue finalizar
2 – Inicia uma frase sobre um determinado assunto e termina com outro assunto diferente
3 – Não utiliza verbos adequadamente durante sua fala
4 – Não consegue construir frases claras, adequadamente para sua idade

Item 5: Quando tem que tomar uma decisão, seu aluno


0 – Executa o comando rapidamente
1 – Executa o comando, sem demonstrar que refletiu sobre o mesmo
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2 – Pensa antes de executar o comando, demorando para executar


3 – Ao receber o comando, pensa e questiona tentando compreender, depois executa
4 – Não consegue compreender o comando demorando para executar (mesmo após segunda
explicação)

Item 6: Seu aluno escreve ou desenha com...


0 – A mão direita
1 – A mão esquerda
2 – A mão direita, mas as vezes usa a esquerda
3 – A mão esquerda, mas as vezes usa a direita
4 – Não tem preferência, usa as duas mãos

Item 7: Se você pede para que coloque a bola em cima da mesa


0 – Coloca, sem hesitar, o objeto em cima da mesa, após pedido verbal do professor
1 – Reflete e depois coloca o objeto em cima da mesa
2 – Após a segunda explicação verbal, coloca o objeto em cima da mesa
3 – Só coloca o objeto em cima da mesa depois que um colega o faz (visualização)
4 – Não consegue seguir a orientação verbal de colocar o objeto em cima da mesa

Item 8: Em uma atividade onde tem que pintar a figura que está embaixo da mesa:
0 – Pinta sem dificuldade, seguindo a orientação verbal do professor
1 – Reflete sobre a orientação e executa a tarefa corretamente
2 – Pinta corretamente após a segunda orientação verbal do professor
3 – Após observar um colega realizando a tarefa, emite a resposta esperada (visualização)
4 – Não consegue pintar de acordo com a orientação verbal do professor

Item 9: Em atividade concreta, você pede para que fique dentro do círculo:
0 – Fica dentro do círculo, após orientação verbal do professor
1 – Reflete sobre a orientação e executa a tarefa corretamente
2 – Entra no círculo corretamente, após uma segunda orientação verbal do professor
3 – Após observar um colega realizando a tarefa emite a resposta esperada (visualização)
4 – Não consegue realizar a atividade de acordo com a orientação verbal do professor

Item 10: Em uma atividade onde tem que pintar a figura que está fora da caixa:
0 –Pinta a figura sem dificuldades, após orientação verbal do professor
1 – Reflete sobre a orientação e executa a tarefa corretamente
2 – Entra no círculo corretamente, após uma segunda orientação verbal do professor
3 – Após observar um colega realizando a tarefa emite a resposta esperada (visualização)
4 – Não consegue realizar a atividade de acordo com a orientação verbal do professor

Item 11: Seu aluno


0 – Realiza desenhos comuns à idade
1 – Desenha uma figura com os principais componentes
2 – Desenha usando detalhes
3 – Desenha usando muitas cores
4 – Desenha com detalhes e fazendo uso de muitas cores

Item 12:Seu aluno (a) na escola...


0 – Orienta-se sem dificuldades
1 – Esporadicamente pede ajuda
2 – Pede ajuda, mas consegue encontrar o local que procura
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3 – Apresenta dificuldades em se orientar na escola, o faz com ajuda de colegas


4 – Perde-se com freqüência

Item 13: Em uma tarefa visual de identificar diferenças ( ex.:b/ d e d/b):


0 – Identifica facilmente, após única orientação verbal do professor
1 – Identifica, após segunda orientação verbal
2 – Identifica, após visualizar a atividade de um colega
3 – Possui dificuldade para identificar as diferenças
4 – Não identifica as diferenças

Item 14: Ao pedir para seu aluno contar uma história que acabou de ouvir, ele...
0 – Reproduz muito bem, inclusive com detalhes
1 – Reproduz, com suas palavras, as partes principais
2 – Reproduz, com sentido
3 – Possui dificuldades para reproduzir a história
4 – Não consegue reproduzir a história, com começo, meio e fim

Item 15: Em uma tarefa visual para identificar a grafia semelhante(ex.: p/q e b/q):
0 – Identifica facilmente, após única orientação verbal do professor
1 – Identifica, após segunda orientação verbal
2 – Identifica, após visualizar a atividade de um colega
3 – Possui dificuldade para identificar as diferenças
4 – Não identifica as diferenças

Item 16: Ao entrar na sala:


0 – Senta em seu lugar, sem dificuldades
1 – Senta em seu lugar, após conversar com alguns colegas
2 – Senta em seu lugar, após pedido da professora
3 – Senta em seu lugar, derrubando alguns objetos ao passar
4 – Derruba objetos, bate nas cadeiras, às vezes chega a cair, até que se senta

Item 17: Como você percebe seu aluno em relação à organização do material escolar:
0 – Muito organizado com o seu material escolar, quando comparado ao restante da turma
1 – Organizado como os demais alunos de sua turma
2 – Nem sempre organizado
3 – Desorganizado
4 – Desorganizado, em relação aos seus colegas. Perde o material, deixa o material cair de sua
mesa com freqüência

Item 18: Em relação às suas tarefas escolares:


0 – Muito limpas e organizadas, raramente usa a borracha
1 – Limpas e tenta não amassá-las, usa a borracha adequadamente
2 – Às vezes suja-as e amassa-as, usa a borracha com dificuldade
3 – Raramente apresenta uma tarefa limpa, sem estar amassada. Usa muito a borracha
4 – Sempre sujas e amassadas, usa freqüentemente a borracha, ao ponto de chegar a rasgar o papel
pelo uso excessivo

Item 19: Ao pintar sua tarefinha:


0 – Pinta o desenho, adequadamente para a sua idade, usa mais ou menos quatro cores diferentes
1 – Pinta o desenho sem que haja preocupação com limites, usa mais ou menos quatro cores
2 – Pinta o desenho sem que haja preocupação com cores
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3 – Pinta sem se preocupar com os limites ou com as cores, porém usa mais cores diferentes
4 – Pinta com acentuada criatividade e bom senso para o uso de cores

Item 20: No parque com os colegas:


0 – É muito bem aceito nas brincadeiras, sempre sendo requisitado e organizando as regras
1 – Gosta de brincar com os colegas, é aceito e entende as regras
2 – Demonstra timidez, mas consegue se inserir nas brincadeiras, quando requisitado
3 – Possui dificuldades para se inserir nas brincadeiras, possui dificuldades para entender as regras
4 – Não é bem aceito nas brincadeiras, pois não consegue entender as regras impostas pelo grupo

Item 21: Habilidade nas brincadeiras:


0 – Demonstra mais habilidade e interesse com bonecos, bola, carrinhos
1 – Demonstra mais habilidade e interesse com jogos de corda
2 – Demonstra mais habilidade e interesse com jogos com as mãos
3 – Demonstra mais habilidade e interesse com quebra-cabeças
4 – Demonstra mais habilidade e interesse com “lego”,blocos de montar, videogames,
computadores

Item 22: Em relação aos livros:


0 – Demonstra muito interesse e curiosidade em saber o que está escrito nos livros
1 – Demonstra interesse pelas letras
2 – Raramente demonstra interesse ou curiosidade pelos livros
3 – Gosta de escutar as histórias, mas não se interessa pelos livros ou pelas letras neles contidas
4 – Nunca se interessa ou demonstra curiosidade pelo que está escrito nos livros ou pelo
significado de suas letras

Item 23: em datas comemorativas, como Dia das Mães, tem que aprender pequenas rimas, por exemplo:
“Batatinha quando nasce esparrama pelo chão, levo papai no bolso e mamãe no coração”:
0 – Facilmente reproduz corretamente rimas infantis
1 – Reproduz as rimas infantis logo após escutá-las
2 – Reproduz as rimas infantis com auxílio
3 – Tenta reproduzir rimas infantis, mas esquece partes importantes
4 – Não consegue reproduzir adequadamente rimas infantis

Item 24: Brincando de rimar palavras (por exemplo, rato rima com pato), a criança:
0 – Realiza rima com palavras simples, sem dificuldades
1 – Realiza rima com palavras simples, após orientação verbal do professor
2 – Realiza rima com palavras simples, após ouvir um colega realizar a tarefa
3 – Rima com muitas dificuldades
4 – Não consegue realizar rima com palavras simples adequadamente

Item 25: Você apresenta (oralmente) a seguinte seqüência (por ex., GATO-GARFO-PATO- RATO):
1 – Identifica sem dificuldade
2 – Após orientação verbal do professor
2 – Identifica após verificar um colega fazê-lo
3 – Identifica após várias tentativas sem sucesso
4 – Não identifica

Item 26: Você emite uma mensagem para ser entregue a outra pessoa. Seu aluno...
0 – Facilmente transmite a mensagem corretamente
1 – Transmite a mensagem correta
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2 – Pergunta novamente para poder gravar a mensagem e transmite corretamente


3 – Possui dificuldades para memorizar a mensagem
4 – Não consegue transmitir a mensagem corretamente

Item 27: Você pede para que imite uma minhoca no chão:
0 – Facilmente rasteja como uma minhoca, após orientação verbal do professor
1 – Rasteja após segunda orientação verbal do professor
2 – Espera que os colegas façam para depois realizar a atividade
3 – Sente muita dificuldade para rastejar
4 – Não consegue rastejar

Item 28: Em um exercício de seqüência (por ex., O ÿ O ÿ 0)


0 – Segue a seqüência das cores sem dificuldades, após orientação verbal do professor
1 – Segue a seqüência após duas explicações verbais do professor
2 – Espera que os colegas façam a atividade e depois realiza a seqüência
3 – Possui muita dificuldade, atrapalhando-se ao seguir a seqüência
4 – Não consegue seguir a seqüência adequadamente

Item 29: Em relação ao humor de seu aluno, como você o considera?


0 – Feliz
1 – Feliz, mas com raros momentos de tristeza
2 – Triste, mas com raros momentos de felicidade
3 – Sempre triste
4 – Instável, ora feliz, ora triste

Item 30: Você considera que...


0 – Sua inteligência está muito abaixo da média da turma
1 – Sua inteligência está abaixo da média da turma
2 – Sua inteligência está na média da turma
3 – Sua inteligência está acima da média da turma
4 – Meu aluno parece muito inteligente

C.A.S.M.Minervino - “Identificação de sinais disléxicos em Pré-Escolares: Percepção do professor.”


Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento humano, Universidade Federal da Paraíba; 1999.

Uma série de outras escalas, inventários ou entrevistas estruturadas são ainda utilizadas em nosso meio.
Entretanto, não sabemos a respeito de suas respectivas validações nem mesmo traduções realizadas com o
conhecimento ou o aval dos respectivos autores.

XII. ESCALA TRAÇO-ANSIEDADE INFANTIL – validada por Assumpção & Resch (em vias de
publicação), visa avaliar forma de reação ansiosa na criança, sem que se constitua em um Transtorno Ansioso.
Apresenta ponto de corte igual a 41, no qual observamos sensibilidade de 0,733 (73,3%) e
especificidade de 0,733 (73,3%).

Nome:
Sexo: Idade: Data:

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Vocês encontrarão aqui indicações descrevendo os comportamentos infantis ou seus problemas. Leiam
atentamente as indicações e escolham o grau de sofrimento da criança em relação ao problema apresentado.
Indique 0: ausente; 1: raramente; 2: freqüentemente; 3: sempre.

1) Tem tendência a se mostrar inquieto ou a ficar preocupado a propósito de qualquer coisa (exames,
competições, doenças de pessoas próximas, brigas entre os pais...).
2) Tem tendência a preocupar-se, evitar ou recusar situações novas.
3) Tem tendência a ter dores de barriga.
4) Tem tendência a se preocupar ou evitar pessoas que não lhe são familiares.
5) Tem tendência a perguntar muito a respeito de fatos cotidianos.
6) Tem tendência a se preocupar com a volta às aulas, as idas ao quadro negro, os exames.
7) Queixa-se de dores de cabeça.
8) Queixa-se de vários tipos de dores.
9) Tende a ser irritável, nervoso, reclamando de tudo.
10) Tem a tendência de perguntar muito no que se refere a temas insólitos ou surpreendentes.
11) Queixa-se, espontaneamente, de esquecimento ou lacunas de memória.
12) Preocupa-se com o que os outros pensam a seu respeito (colegas, professores, instrutores etc.).
13) Recusa-se a ficar sozinho ou tem medo da solidão.
14) Abandona rapidamente as tarefas iniciadas.
15) Chora facilmente
16) Procura situações de segurança (por contato físico, pela presença e pessoa familiar, por encorajamento).
17) Tem medo de escuro.
18) É sensível às críticas.
19) Apresenta recusas sistemáticas e apresenta “caprichos” (para levantar-se pela manhã, para se vestir, para
lavar-se, para fazer as lições da escola etc.).
20) Duvida de seu valor e de seu sucesso (escolar, esportivo etc.).
21) Justifica os maus resultados escolares por esquecimento ou falhas de memória.
22) É instável, agitado, superexcitado.
23) Tem tendência a apresentar problemas digestivos (náuseas, vômitos, diarréias).
24) Tem dificuldades para se alimentar (apetite caprichoso, recusas alimentares).
25) Preocupa-se em ter mau desempenho ou fazer mau aos outros (exames, competições, relacionamento
com os colegas ou professores).
26) Tende a se distrair ou apresenta dificuldades em se concentrar.
27) Rói unhas.
28) Queixa-se de opressão no peito ou dificuldades em respirar (independentemente de esforço físico).
29) Tem dificuldades de sono (recusa-se a deitar, tem rituais de adormecimento, exige companhia).
30) Dificuldades em engolir (queixa-se de uma bola na garganta).
31) Sobressalta-se com ruídos.
32) Apresenta pesadelos freqüentes.
33) Queixa-se de que o coração bate muito forte (independente de esforço físico).
34) Tem tendência a apresentar movimentos nervosos (tremores, tiques).

(A. Bouden; MB Halayem; R. Fakhfakh. Neuropsychiatrie de I’Enfance et de I’Adolescence; 2002; 50 (2):


25-30

XIII – SCARED (Screen for Child Anxiety Related Emotional Disorders), validada por Barbosa (2002) com
ponto de corte igual a 37 pontos.

01 – quando tem medo, não pode respirar bem


02 – quando está na escola, queixa-se de dores de cabeça

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03 – não gosta de estar com pessoas que não conhece bem


04 – dá-lhe medo dormir em outras casas
05 – preocupa-se com o que pensam dele
06 – quando tem medo, sente que vai desmaiar
07 – é uma criança nervosa
08 – acompanha-me a toda parte aonde vou (“é como minha sombra”)
09 – as pessoas dizem que meu filho é nervoso
10 – fica nervoso com as pessoas que não conhece bem
11 – quando está na escola, sente dores de estômago (barriga)
12 – quando tem medo, sente –se como se fosse enlouquecer
13 – preocupa-se se tem que dormir sozinho
14 – preocupa-se em ser tão bom como os demais colegas
15 – quando tem muito medo, sente como se as coisas não fossem reais
16 – sonha que algo de ruim vai acontecer com seus pais
17 – preocupa-se quando tem que ir à escola
18 – quando tem medo, seu coração bate mais rápido
19 – treme de medo
20 – sonha que algo de ruim vai lhe acontecer
21 – preocupa-lhe como vão sair as coisas que faz
22 – quando tem medo transpira muito
23 – preocupa-se demais
24 – sente medo sem nenhum motivo
25 – dá-lhe medo estar sozinho em casa
26 – custa-lhe falar com pessoas que não conhece
27 – quando tem medo, sente que não pode engolir
28 – as pessoas dizem que meu filho se preocupa em demasia
29 – não gosta de estar separado de sua família
30 – dá-lhe medo ficar com pânico
31 – preocupa-lhe que algo de ruim possa acontecer com seus pais
32 – fica envergonhado quando está com pessoas que não
conhece 33 – preocupa-se com o futuro
34 – quando tem medo, sente vontade de vomitar
35 – preocupa-lhe saber se faz bem as coisas
36 – tem medo de ir a escola
37 – preocupa-se com o passado
38 – quando tem medo, sente-se enjoado, mareado

(Barbosa, GA; Gaião e Barbosa, A; Gouveia, VV. Transtorno de Ansiedade na infância e adolescência: um
estudo de prevalência e validação de um instrumento (SCARED) de triagem – INFANTO 2002; 10(1): 34-47)

XIV - AVALIAÇÃO DE CLASSE SOCIAL – PELOTAS

Iniciais: RG: - DATA: / / Classe social:

Conta própria:
na construção civil proletariado típico

nos demais setores da produção de bens materiais


com formação universitária nova pequena
burguesia sem formação universitária
com estabelecimento pequena burguesia
tradicional sem estabelecimento
c/ conhecimento do ofício pequena burguesia tradicional

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s/ conhecimento do ofício subproletariado

no comércio e serviços
com formação universitária nova pequena
burguesia sem formação universitária
com estabelecimento pequena burguesia
tradicional sem estabelecimento
c/ conhecimento do ofício pequena burguesia
tradicional s/ conhecimento do ofício subproletariado

Assalariados:
na produção de bens materiais
relação direta c/ construção
na construção civil
c/ form. universit. e/ou postos diretivos nova pequena
burguesia s/ form. universit. e postos diretivos
c/ conhec. de ofício proletariado típico
s/ conhec. de ofício subproletariado
nos demais setores de prod. de bens materiais
c/ form. universit. e/ou postos diretivos nova pequena
burguesia s/ form. universit. e postos diretivos proletariado típico
relação indireta c/ produção
c/ form. universit. e/ou postos diretivos nova pequena
burguesia s/ form. universit. e postos diretivos proletariado não típico
em serviços domésticos subproletariado
em comércio e serviços (exceto domésticos)
c/ form. universit. e/ou postos diretivos nova pequena
burguesia s/ form. universit. e postos diretivos proletariado não típico

Empregadores:
com 5 ou mais empregados e renda igual ou superior a 15 SM burguesia
até 4 empregados e/ou renda inferior a 15 SM
com formação universitária nova pequena burguesia
sem formação universitária pequena burguesia tradicional

ANEXO I

COMPOSIÇÃO DAS CLASSES SOCIAIS UTILIZADA NO PRESENTE ESTUDO. VERSÃO MODIFICADA DA PROPOSTA
DE BRONFMAN E TUIRÁN*
A burguesia está constituída por todos os proprietários de meios de produção que, sem estar eles mesmos sujeitos à
exploração, empregam força de trabalho assalariada', exercendo uma função de exploração de tipo capitalista que se expressa na
apropriação de uma porção de tempo de trabalho do operário. Os requisitos exigidos para pertinência a esta classe, são:
a) empregar cinco ou mais pessoas; e
b) ter renda individual superior a quinze salários mínimos (pontos de corte arbitrário, porém' com base nas características
sócio- econômicas de Pelotas).
A nova pequena burguesia engloba os agentes sociais que ocupam os postos de mais alto nível técnico e de tomada de decisões,
especificamente:
a) os trabalhadores assalariados que desempenham, no plano econômico, funções próprias do capital, como são as de direção,
organização e vigilância do processo de trabalho e da produção, como, por exemplo, os diretores de empresas, os gerentes,
administradores, chefes de departamentos, e outros, que cumprem a função de organizar a exploração da força de trabalho;
b) os trabalhadores assalariados que exercem funções de direção dentro do setor público. Este grupo é composto por agentes
sociais que tem como função planejar, instrumentar e/ou executar políticas que contribuam para a reprodução das relações
de produção capitalista. A alta oficialidade do exército e da polícia, os quadros diretivos da burocracia política, os
legisladores, os agentes responsáveis pela execução da justiça nos tribunais, e outros, são exemplos destes agentes sociais;
c) os trabalhadores assalariados que exercem funções as quais, apesar de não serem de direção, requerem uma formação
profissional de nível universitário. Neste grupo encontram-se os agentes que detêm o controle técnico dos meios de
produção
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(engenheiros, cientistas, agrônomos, e outros) e aqueles cuja função é servir de veículo transmissor da ideologia dominante
(jornalistas, professores, publicitários, e outros);
d) os profissionais autônomos que são portadores de práticas especializadas que lhes permitem vender seu trabalho, ainda que
não sua força de trabalho. Pertencem a este grupo, agentes, tais como os profissionais e técnicos que trabalham por conta
própria, como médicos, engenheiros, advogados, dentistas, e outros. Estes agentes podem até possuir meios de produção e
contratar mão de obra assalariada, mas diferenciam-se da burguesia por empregarem menos de cinco pessoas e/ou por terem
renda individual inferior a quinze salários mínimos.
A pequena burguesia tradicional é composta pelos agentes sociais que, sem possuir formação universitária, possuem a
capacidade de reproduzir-se de maneira independente por disporem de meios de produção próprios. A reprodução desta classe
baseia-se na utilização da força de trabalho do grupo familiar. Podem contratar força de trabalho assalariada, mas diferenciam-se
dos burgueses por contratarem menos de cinco empregados e/ou por sua renda individual ser inferior a quinze salários mínimos.
Geralmente, as unidades de produção e comercialização que pertencem a esta classe operam em uma escala de reprodução
simples, que lhes permite apenas recuperar o capital e o trabalho invertidos no processo. Desta forma asseguram, por uma parte,
sua continuidade no processo econômico e, por outra, a reprodução de sua força de trabalho e de sua família. Este grupo
encontra-se integrado pelos agentes da indústria artesanal, pelos pequenos comerciantes, e pelos proprietários independentes do
setor serviços.
O proletariado inclui todos os agentes sociais que, estando submetidos a uma relação de exploração, não exercem eles
mesmos nem direta nem indiretamente função de exploração. Trata-se de trabalhadores que: I) não dispõem de meios de
produção e de trabalho; 2) vendem sua força de trabalho para poder sobreviver; 3) são objeto da extração de uma proporção do
produto de seu trabalho, e 4) não possuem formação de nlvel superior. De acordo com a natureza e forma concreta como os
indivíduos realizam seu trabalho, distingue-se dois diferentes subconjuntos: a) proletariado típico; e b) proletariado não-típico.
No primeiro caso, trata- se de trabalhadores que desempenham atividades diretamente vinculadas com a produção e o transporte
de mercadorias (pedreiros, operários, motoristas) enquanto que ao segundo grupo pertencem aqueles assalariados que somente
têm relação indireta com a produção (bancários, trabalhadores de escritório, funcionários públicos).
Por último, a classe denominada subproletariado inclui todos os agentes sociais que desempenham uma atividade
predominantemente não assalariada, em geral instável, com a qual obtém salários e/ou rendimentos inferiores ao custo mínimo da
reprodução da força de trabalho. A esta classe pertencem:
a) os agentes que possuem simples artefatos ou instrumentos rudimentares para desempenhar seu trabalho. Este setor
caracteriza-se por operar com uma produtividade marcadamente inferior à dos padrões vigentes, devendo vender sua escassa
produção a preços que não alcançam, em geral, a retribuir o trabalho invertido nem recuperar parte do valor - capital
transferido às mercadorias. Este grupo não forma parte da pequena burguesia tradicional, pois carece da solvência
necessária para manter sua atividade econômica em uma escala de reprodução simples;
b) os agentes sociais que não possuem meios de produção e que se inserem em ocupações não assalariadas,
predominantemente instáveis, que não exigem qualificação alguma. Este grupo encontra-se integrado por vendedores
ambulantes, trabalhadores em serviços domésticos, engraxates, e outros;
c) os agentes sociais que não possuem meios de produção e que, pela natureza do ofício que desempenham, transitam
constantemente entre ocupações por conta própria e ocupações assalariadas não qualificadas, como os serventes da
construção e empregados domésticos.
Enquanto que a classificação de Bronfman e Tuiráns inclui tanto as classes e frações agrícolas como não-agrícolas, o presente
estudo limitou-se a famílias urbanas, das quais apenas 3,2% dependiam primariamente de agricultura. Estas foram incluídas nas
classes ou frações não-agrícolas. Outro aspecto a destacar é a inserção da classe dos trabalhadores na indústria da construção
civil, que sofreu alterações em relação ao modelo utilizado no México, conforme está detalhado no Anexo 2.
Foram consideradas como não classificáveis, 74 famílias (1.4%), pois nos questionários constava apenas que os chefes de
família eram pensionistas, estudantes ou donas-de-casa.
ANEXO 2

ALTERAÇÕES EM RELAÇÃO À PROPOSTA DE BRONFMAN E TUIRÁN*


As modificações realizadas no modelo de Bronfman e Tuiráns são de natureza técnica e não teórico-metodológica, e referem-
se, principalmente, a algumas variáveis que não estavam disponíveis, já que a adaptação da classificação original foi feita após a
coleta de dados do estudo longitudinal de Pelotas (15, 16). Outras modificações deveram-se às particularidades da formação
econômico-social de Pelotas.
Ressalta-se que estas modificações não descaracterizam a proposta daqueles autores, nem introduzem vícios que levam a
ambigüidades na discrição de classe da pessoa de maior renda na família. Ao contrário, o modelo adaptado tem a vantagem de
evidenciar que com um menor número de variáveis é possível chegar a uma operacionalização mais concisa de classe social, mais
facilmente reproduzível e utilizável. Portanto, o presente modelo mantém um alto poder de discriminação de diferenciais, de
saúde-doença na população, sem cair em simplificações.
A seguir, estão descritas as alterações realizadas.
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1. Em relação às variáveis.
Em Pelotas, não foram consideradas as seguintes variáveis:
a. Para as pessoas que trabalhavam por conta própria:
localização e tamanho do estabelecimento, propriedade de máquinas, instrumentos e instalações de trabalho.
b. Para os assalariados: tamanho do estabelecimento e separação entre formação profissional e tipo de posto de trabalho.
c. Para empregadores: nível de responsabilidade na função, tipo de ocupação e propriedade de estabelecimento,
maquinaria e instrumentos.
2. Em relação às características da formação econômico-social. Em Pelotas, foi criado um fluxo específico para classificar os
trabalhadores na construção civil. Isto ocorreu em função das características da indústria da construção civil em nosso meio,
onde há uma alta rotatividade de mão-de-obra entre os serventes, que tanto podem trabalhar na construção como em outros
setores de atividade, dependendo das oscilações do mercado. Por isso os serventes foram classificados como subproletários.
Já os oficiais (pedreiros, azulejistas, encanadores, parqueteiros, mestres-de-obras, e outros) são profissionais bastante
disputados no mercado, geralmente encontrando-se em atividade durante todos os meses do ano, pois quando não estão
empregados em obras de maior porte, trabalham em reformas ou em pequenas obras. Em função disso, foram classificados
como proletários típicos.
No México, esses trabalhadores foram agrupados juntamente com outros assalariados na indústria, sendo classificados
como proletários típicos.
Além disso, em Pelotas não foi utilizado um esquema exclusivo para o setor agrícola, por este apresentar um número
inexpressivo, que não justificava sua classificação em separado. Os assalariados agrícolas foram incluídos no proletariado
típico, pois, nessa região, as relações sociais de produção no campo são tipicamente capitalistas. Os pequenos proprietários
agrícolas foram incluídos na pequena burguesia tradicional, e os grandes proprietários na burguesia. Na classificação
utilizada no México, há um quadro específico para as classes sociais agrícolas.
3. Em relação aos critérios de descrição de classe.
a. Para os assalariados, no México, a distinção entre nova pequena burguesia e proletariado (típico e não típico) é feita
com base na responsabilidade no serviço (alta/baixa), enquanto que em Pelotas considera-se a formação
(universitária/não-universitária) e o tipo de função exercida (diretiva/não-diretiva).
b. Para os empregadores, em Pelotas, a distinção entre burguesia, nova pequena burguesia e pequena burguesia
tradicional leva em conta apenas três variáveis (renda do chefe de família, número de empregados e formação). Ao
passo que no México, a primeira variável não foi considerada, sendo usadas além das duas últimas, outras que não
eram disponíveis em nossos dados.
4. Em relação a denominação das classes resultantes. "Subproletariados" foi a denominação utilizada para o que foi chamado
no México de "força de trabalho livre não-assalariada".
Em Pelotas, no "proletariado típico" está agrupado o proletariado típico tanto de estabelecimentos maiores quanto de
estabelecimentos menores.
ANEXO 3

DEFINIÇÕES DE TERMOS UTILIZADOS NA PRESENTE CLASSIFICAÇÃO


1. Estabelecimento. Foi definido como a existência de área construída que se destina exclusivamente ao exercício da atividade,
podendo ser na residência ou não. Por exemplo, um armazém ou uma oficina mecânica que ocupam uma dependência da
residência são considerados como estabelecimentos. Por outro lado, doceiras que utilizam a cozinha da residência ou
costureiras que têm seus instrumentos de trabalho em dependências também utilizadas para outros fins, são classificados
como sem estabelecimento. Além disso, os veículos automotores usados para o exercício profissional, como táxis e
caminhões de transporte de mercadorias, também são considerados estabelecimentos.
2. Conhecimento de ofício. A diferenciação entre indivíduos com e sem conhecimento de oficio foi feita tendo como base o tipo
de ocupação. São incluídas aquelas que exigem anos de experiência, cujo aprendizado requer muito tempo, ou então cursos
técnicos de nível médio. Como exemplo de ocupações que exigem conhecimento de oficio podemos citar eletrotécnicos,
marceneiros e azulejistas. Exemplos de ocupações sem conhecimento de ofício seriam peões da construção civil,
trabalhadores na limpeza de vias públicas, ascensoristas, e outros.
3. Indivíduos com formação universitária. São aqueles que possuem curso universitário completo e exercem funções
relacionadas com sua área de conhecimento. Por exemplo, um engenheiro civil, que seja proprietário de um armazém ou
cuja ocupação principal seja a de representação comercial, não será enquadrado nesta definição.

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