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A primeira vídeo aula aborda a produção cultural do corpo e tem por objetivo a melhor
compreensão da influência das culturas e a função da escola na criação das identidades corporais.
O corpo é a cultura estão conectados, dado que a cultura de determinado lugar, grupo social,
grupo racial ou religião, consegue compor um corpo de diversas maneiras. O corpo pode se
apropriar das cultura e dos saberes, um exemplo interessante exposto na aula, são as micro técnicas
que os sujeitos aprendem no ensino infantil, como esses sujeitos vão se apropriando dessas micro
técnicas e como elas constroem seu corpo de estudante durante os anos escolares.
Outro exemplo relacionado ao corpo e cultura é o caso das meninas lobo, que desde bebês
foram criadas por lobos, e com o passar dos anos elas se apropriaram da cultura desses lobos. Esse
exemplo deixa explícito a construção do corpo através da cultura.
Durante a explanação são citados três fatores importantes, que nos permitem compreender o
processo de construção da identidade corporal, são eles: vivências corporais, discursos e as
experiências estéticas. Esses fatores influenciam o sujeito de formas diferentes, entretanto, os
sujeitos não lhes reagem da mesma forma, ou seja, cada indivíduo se concebe sujeito na medida que
vai interagindo com esses fatores.
O que mais reflete sobre os sujeitos são as políticas da identidade corporal, ou seja, tem-se
um discurso muito forte da produção de uma certa identidade corporal, no entanto, deve-se defender
o direito à diferença, defender que todas as identidades são legítimas, dado que a sociedade é para
todos. Enfim, é preciso defender uma escola que coloque em ação uma experiência curricular a
favor das diferenças.
A segunda vídeo aula fala sobre a produção da identidade corporal, onde é discutido como
se dá, a produção da identidade corporal com base em um campo teórico específico, o campo
teórico dos estudos culturais no seu aspecto pós-estruturalista.
O professor expôs várias imagens em seus “slides”, que mostraram as representações dos
corpos, reforçando a ideias de que todos os corpos são legítimos, revelando a variedade das formas
de existir, do ponto de vista corporal.
Para os estudos culturais a cultura funciona de dois modos, são eles: regulação pela cultura e
a regulação da cultura. A regulação da cultura age no seguinte conjunto, ela estabelece uma
regulação normativa, sistemas classificatórios e a constituição de novos sujeitos.
A aula leva a pensar como o discurso médico, discurso pedagógico, discurso psicológico e o
discurso econômico produzem o corpo. Essa produção se da enquanto cada indivíduo interage com
esses discursos e enquanto esses discursos vãos se posicionando como sujeito de um certo modo.
O poder e o saber estão entrelaçados e as relações sociais são, na verdade, relação de poder e
saber. Os discursos citados acima, colocam em circulação uma vontade de controlar os corpos da
população, ou seja, o conhecimento é uma vontade de controlar.
Por fim, as imagens apresentadas no início da aula são assuntos novamente, elas expõem
marcadores sócias da diferença, entre eles podemos citar a classe, raça, gênero, orientação sexual,
religião. Na sociedade, alguns desses marcadores são definidos como identidades e outros como
diferença, o que deve ser repensado se desejamos uma sociedade democrática.
Pode concluir que uma escola que prioriza uma formação democrática, é uma escola que irá
ajudar seus estudantes a entender que todos os corpos são legítimos. Dito isso, se faz necessário a
criação de um projeto que formem sujeitos que reconhecem e valorizam todas as formas de
existência.
Referências
Educação Física Cultural GPEF-FEUSP. Vídeo aula 2- A produção cultural do corpo. YouTube,
18 de setembro de 2020. Disponível em: https://youtu.be/KIPNzeXv9qoAcesso. em: 20 de jul.
2021.
Educação Física Cultural GPEF-FEUSP. Vídeo aula 3- A produção de identidade corporal.
YouTube, 25 de setembro de 2020. Disponível em : https://youtu.be/iTbmO9zQVBg. Acesso em:
20 de jul. 2021.