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SBV E ENGASGO – LACTENTES, CRIANÇAS E ADULTOS

Na aula vamos discutir como reconhecer e iniciar o atendimento do SBV (sup


em lactentes, crianças e adultos. Para a américa hearth association os
lactentes são aqueles que vão de 29 dias à 1 ano de idade, criança vai de 1 a 8
anos ou nos primeiros sinais de puberdade e adultos a partir disso. Antes de 29
dias são os neonatos e se a gente não tem a técnica de neonatos vamos
socorrer o que temos com lactentes.
A outra coisa que vamos aprender na aula é utilizar o DEA que é um
desfibrilador externo automático, que é como se fosse o choque.
Outra coisa que vamos aprender é reconhecer e iniciar o atendimento ao
engasgo em lactentes, crianças e adultos.

O suporte básico de vida é um protocolo de atendimento, no qual, se


estabelecem o reconhecimento e a realização das manobras de ressuscitação
cardiopulmonar (RCP). Com o objetivo de manter a vítima de para
cardiorrespiratória (PCR) viva, até a chegada de uma unidade de transporte
especializada.
Se uma pessoa fica com ausência de batimentos cardíacos e respiração, a
cada minuto ela tem a chance de perder 10% da capacidade de sobreviver, ou
seja, teoricamente, a chance de sobreviver depois de 10 minutos é pequena,
mas mesmo assim devemos prosseguir com o protocolo. Sabemos que com 4
minutos de hipóxia ele pode ter lesões de órgãos nobres, então é algo que tem
que ser realizado de maneira imediata.
Através do fluxograma extra hospitalar, a primeira coisa que devemos fazer é
iniciar o movimento das massagens e pedir por ajuda. Por organização, eu
identifico uma possível vítima, peço por ajuda etc.

Quando se tem algo que a gente precisa ajudar a primeira coisa que devemos
fazer é checar a segurança do local porque pode causar outros acidentes,
como sinalizar na estrada, não tocar em um paciente que morreu eletrocutado,
devemos chamar a Cemig primeiro por exemplo, em ambiente familiar se tiver
socorrer alguém devemos ver se tem algum risco com animais domésticos por
exemplo.
Na sequência vamos checar a responsividade, ou seja, eu vou bater e tentar
despertar esse paciente encostando no ombro por exemplo. No lactente eu vou
testar a responsividade na região plantar porque nela tem muitas terminações
nervosas e em crianças e adultos vamos chamar nos ombros.
Checando a responsividade e o paciente não respondendo devemos chamar
por ajuda.
Com isso também devemos ver se o paciente respira e tem pulso central e
devemos buscar o pulso carotídeo e em alguns casos o femoral. Se não sabe
checar pulso e não tem respiração já começa a massagem. Por mais que tenha
o risco de ter uma fratura da costela, ele já está em parada, portanto devemos
tentar reanima-lo. Devemos verificar a respiração e o pulso simultaneamente, e
as vezes o paciente tem movimentos respiratórios irregulares e eu vou
considerar como parada respiratória também, assim como se ele não tiver
movimentos respiratórios e pode ser também que o paciente está com uma
respiração agônica, evoluindo para uma parada respiratória. Nós temos de 5 a
10 segundos para verificar isso. Lembrando que se não tiver respiração
devemos ir para a massagem.
O pulso é algo que devemos checar. O pulso nas crianças e adultos eu checo o
carotídeo e nos lactentes devemos ir no braquial.
Na criança e no lactente que estão com frequência cardíaca abaixo de 60 e
com sinais de hipoperfusao como mãos frias, cianóticos, ela ainda não está em
parada cardíaca mas já devemos iniciar a massagem porque o coração está
batendo mas está parando.
O próximo passo depois desses é providenciar o desfibrilador externo
automático (DEA) e devemos solicita-lo quando pedimos ajuda.
Lembrando que pode ser que o pedido de ajuda esteja antes ou depois de
checar o pulso e respiração.

Agora vamos ver cada um desses passos de maneira detalhada.


Agora vamos avaliar a responsividade e expansão torácica.
Nós checamos e o paciente não responde, ou seja, não responsivo e sem
movimentos respiratórios, devemos checar o pulso central, sendo que nesse
caso seu pulso está ausente, portanto o paciente está em situação de parada
cardiopulmonar e devemos iniciar a ressuscitação cardiopulmonar.
Quando o paciente tem pulso, mas não responde e não tem movimentos
respiratórios ele tem uma parada respiratória, com isso a gente tem que
garantir que o paciente continue ventilando e devemos tentar uma mecânica
pra ver se ele volta a respirar e se ele não voltar, pode virar uma parada
cardiorrespiratória.
Dependendo da posição do paciente ele perde a consciência e faz uma queda
da base da língua que obstrui a via respiratória e o que devemos fazer é
reposicionar o paciente, ou seja, eu faço uma hiperextensão cervical e tento
anteriorizar a mandíbula.

Então se o paciente não responde, não está respirando e encontro o pulso e


está 50 devemos iniciar a massagem. Devemos iniciar a RCP pelas
compressões torácicas com o posicionamento correto e com compressões
eficientes, com frequência de 100 a 120/min, deprimindo o tórax em 5 a 6 cm
no adulto, 4 a 5 cm na criança e 4 cm no lactente e devemos garantir o retorno
completo do tórax.
Quanto ao posicionamento do paciente, devemos posicionar em superfície lisa
e dura.
Devemos colocar uma mão sobre a outra com cotovelos completamente
estendidos e devemos fazer a massagem quase que com a forca do corpo
também. Devemos entrelaçar os dedos e ficar abaixando e levantando e
devemos manter um ângulo entre o umbigo e o nariz. As compressões devem
ser feitas a níveis do esterno, sendo que devemos fazer aproximadamente
acima do apêndice xifoide uns 2 cm porque a região do esterno é mais flexível
e permite uma maior flexão em relação as outras áreas. Toda vez que eu fizer
a compressão eu devo voltar para permitir a expansibilidade do tórax e do
coração para ele se encher e esvaziar. Devemos fazer em uma frequência de
100 a 120 por minuto, mas não necessariamente devemos fazer 100 a 120 em
um minuto, sendo que paramos para avaliar.

Devemos fazer o movimento explicado em adultos, mas em crianças e não


devemos fazer dessa forma. Devemos fazer com o calcanhar de apenas uma
mão e com a outra mão devemos apoiar sua cabeça. Em lactentes devemos
fazer com o dedo médio e indicador ou médio e anular e isso ocorre quando se
tem um socorrista. Com 2 socorristas vai ficar um na parte respiratória e outro
na cardíaca, com isso podemos usar os polegares. De novo acima do apendice
xifoide na regiao medio esternal.

Agora nós vamos ver técnicas para ventilação. Eu preciso de alguma forma
para tentar ventilar esse paciente e não é obrigatório ventilar mas ventilar
garante uma maior oxigenação e a efetividade da terapêutica, principalmente
em crianças e lactentes porque crianças e lactentes para por hipóxia, engasgo,
afogamento, então geralmente elas param por falta de oxigênio, então garantir
oxigênio para cliente e lactente é importante. Já os adultos param por
problemas cardíacos.
Os métodos possíveis para ventilar o paciente temos a ventilação boca a boca,
em que devemos fazer uma leve extensão no pescoço, devemos fazer boca de
peixe, tampar as narinas do paciente, fechar bem a boca dele e assoprar.
Devemos soprar numa quantidade suficiente para ter a elevação do tórax. Ela
não é tão efetiva porque tem baixa concentração de O2.
Existe uma mascara chamada de Pocket Mark, ela tem uma vantagem de
simular a respiração boca a boca mas ela tem uma válvula que não permite o
retorno do ar na sua direção, então o ar vai mas não volta na sua direção.
Em ambiente hospitalar vamos fazer com reanimador manual (ambú), tem
também a bolsa válvula mascara, em que se tem a bolsa que vamos insuflar, a
máscara e a válvula.
No lactente a gente pode pegar boca nariz boca, que no caso devemos
assoprar seu nariz e sua boca. Temos também o reanimar manual (ambú) e o
método boca-máscara.

Quanto aos protocolos. Para o PCR devemos fazer 30 compressoes e 2


ventilações em que temos de 5 a 10 segundos para fazer 2 ventilacao e cada
ventilacao vai durar 1 segundos e depois de fazer uma, contamos até 5 e
fazemos outra. Portanto devemos fazer 30 compressoes, 2 ventilacoes, 30
compressoes, 2 ventilacoes. Nesse caso, com um socorrista só, vai ser isso
pra todo mundo, essa descricao supracitada.
Quando se trata de uma crianca ou lactente e tem dois socorristas devemos
priorizar a respiracao porque é o que mais acomete a criança, portanto
devemos fazer 15 compressoes e 2 ventilacoes quando são dois socorristas. E
nesse caso pode-se trocar de funcao a cada 2 minutos.
Quanto a parada respiratoria devemos fazer uma ventilacao a cada 3 a 5
segundos em lactentes e criancas e 1 ventilacao a cada 5 a 6 adultos.

O DEA deve ser posicionado do lado da orelha porque o socorrista estaria


acima da cabeca do paciente e outro do lado, entao ele não pode atrapalhar o
socorrista. O outro socorrista já pega o DEA, posiciona ele, liga o botao.
Enquanto ele liga o botao, vai ter uma maletinha e dentro dela tem um
prestobarba para tirar o pelo rapidinho e tem uma toalha porque as vezes ele
está com torax suado.
Entao voltando, já posiciona o DEA enquanto o outro esta massageando e tem
as partes para crianca e as partes para adulto, sendo que quando não tem o de
crianca podemos usar o de adulto mas devemos posicionar uma pá na parte
anterior e outra na parte posterior.
Quando o DEA ligar vai comecar a apitar e falar favor conectar a pá, com isso
nos conectamos a pá. Depois vai falar “favor colocar as pás no torax do
paciente”, então colocamos a pá no torax do paciente, na sequencia ele fala
“analisando o ritmo” e vai analisar e depois vai avisar “ritmo chocavel, ritmo não
chocavel” e se der ritmo chocavel vai acender a luzinha, vamos checar se tem
alguem perto e disparamos o choque. Imediatamente depois disso devemos
voltar a massagear o paciente.
Os ritmos chocaveis, com base na imagem, são os dois primeiros e eles são os
mais comuns, que são chamados de fibrilacao ventricular e taquicardia
ventricular.
A atividade eletrica sem pulso é quando o coracao vai parando, mas chega a
um ponto que o coracao está batendo mas não tem pulso.
No ritmo de baixo o coracao não tem mais atividade eletrica e não tem pulso.
Nos encontramos isso com o desfibrilador, em que colocamos as pás e
checamos o ritmo.
Portanto, é bom lembrar que assistolia não se choca.
OBSTRUCAO DE VIAS AEREAS POR CORPOS ESTRANHOS-
OVACE é o nome que se da à obstrução de vias aéreas por corpos estranhos
em que devemos suspeitar em episodio testemunhado de engasgo ou sinais de
sufocação e com isso devemos avaliar a severidade.
Se é uma obstrução leve não precisa fazer manobra nenhuma e vamos orientar
o paciente tossir e jogar pra fora.
O problema é quando evolui pra uma obsturcao grave, em que o paciente está
consciente e não consegue falar. Pode não respirar ou apresentar respiração
ruidosa, tosse silenciosa e/ou incosciencia e nesse caso devemos inicar as
manobras.

Quando se tem a manobra de Heimlich devemos nos posicionar atrás do


paciente, deixar o punho cerrado, vamos deixar a perna entre as pernas do
paciente, em que o quadril vai ficar no dorso do paciente e vamos fazer uma
manobra pra dentro e pra cima para tentar forçar uma expiração.
Então posicionar uma das mãos fechadas, com a face do polegar encostada na
parede abdominal, entre apêndice xifoide e cicatriz umbilical.
Em pacientes muito obeso e gestante a gente faz compressões torácicas.
Em crianças devemos fazer a mesma manobra com mais cuidados.
No caso de lactentes a gente vai no dorso do bebe e bate com o calcanhar da
mão e depois viro e bebe e vou no tórax dele fazendo com dois dedos cinco
vezes.

Agora o paciente perdeu a consciência mesmo com as manobras e não


devemos mais fazer massagem.
Quando isso acontece eu vou posicionar o paciente em decúbito dorsal em
uma superfície rígida, executar 30 compressões torácicas para que esse corpo
estranho seja expelido. Quando eu terminar as 30 compressoes eu vou abrir a
boca do paciente e vou observar, se eu vou o corpo estranho eu faço uma
pinça, levo o dedo e puxo. Se eu não ver o corpo estranho, eu não posso ficar
procurando ele com o dedo e sim vou iniciar uma ventilação com a válvula
máscara para soprar.

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