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Vara Judicial do Plantão

Protocolo-Geral n
Autora:
Objeto:

MM. Julgador:

Consta da inicial ajuizada:

Em que pesem os argumentos articulados não há


maiores elementos que indiquem para a existência de urgência no exame do
presente feito - pressuposto primeiro para a atividade do serviço de plantão.

Neste sentido, consta na alínea “f” do art. 1º da


Resolução nº 71/2009 do Conselho Nacional de Justiça que “medida cautelar,
de natureza cível ou criminal, que não possa ser realizada no horário normal
de expediente ou de caso em que da demora possa resultar risco de grave
prejuízo ou de difícil reparação”.

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Ademais, consta da Resolução n.º 83/93 do Conselho
da Magistratura, no seu artigo 1º, inc. III: “A jurisdição do serviço de Plantão
compreenderá: III – matéria relacionada com: A) prisões em flagrante e
preventiva; B) aplicação provisória de medidas de segurança; C) medidas
cautelares; D) tutelas antecipadas, quando o fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação reclame medida urgente; E) liminares em
mandado de segurança e ações possessórias; F) despachos ordenatórios de
citação no cível para impedir prescrição; G) providências em geral a respeito
de menores, desde que se revistam de caráter de urgência ante prejuízo
irreparável, em caso de demora, e sejam apresentadas fora do expediente
forense; H) outros casos que, segundo prudente arbítrio, não possam aguardar
a retomada do expediente, sem manifesto prejuízo à parte interessada”.

Resta ainda informar que, nos casos de situações de


risco do Estatuto da Criança e do Adolescente há outro caminho a ser seguido
para aplicação das medidas de proteção. Estando presente a situação de risco
(art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente), a autoridade competente
para aplicar medidas de proteção (art. 101 do ECA, I a VII) e medidas aos pais
e responsáveis (art. 129 do ECA, I a VII) é o Conselho Tutelar (art. 136 do
ECA), que deve ser acionado diretamente.

Por tais motivos, opina o Ministério Público pela


redistribuição do feito, a fim de que seja apreciado pela vara judicial com
competência para tanto.

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Se outro for o entendimento, requer nova vista.

Nestes termos, é a promoção do Ministério Público.

Em 25 de outubro de 2021.

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