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Caso 1:
Havia certos riscos epidemiológicos, a avó é HIV positiva, mas, mesmo assim não foi
feita investigação. O pré-natal não foi feito adequadamente. A criança nasceu de parto
normal, mas ficou internado cinco dias para fototerapia (nasceu com 2950g e 50cm),
mas não foi feito VDLR, além disso, a mãe também foi liberada sem realizar os
exames de rotina. Ambos tiveram negligência durante o pré-natal e pós-parto. É
recomendado fazer VDRL na primeira consulta do pré-natal, no início do primeiro
trimestre e um no parto, não foi o que aconteceu.
Caso 2:
A criança apresentou diversos sinais clínicos, dentre eles: a criança chegou ao pronto
atendimento com dor nos membros e inchaço (possíveis sinais de osteocondrite,
periostite e osteomielite sifilíticas), que foi se agravando até chegar à imobilização
dos membros superiores e inferiores esquerdos, que é chamado de Pseudoparalisia
de Parrot, foram feitos raios-x que mostravam metafisite e periostite nos punhos e
joelhos bilateralmente, mais pronunciada à esquerda. Além desses sinais, surgiu
também lesões pápulo-vesiculosas no tórax e abdome, nessa lesão a pele apresenta
exantemas (erupção cutânea). A criança apresenta hepatoesplenomegalia, que é
mais um dos sinais clínicos de sífilis congênita, o que explica os exames laboratoriais,
pois a criança está com anemia (hemoglobina 6,6%) e fosfatase alcalina elevada. O
VDLR da criança (1:512) e da mãe (1:64) deram positivos, também estando positivo
no líquor (O estudo do líquor é obrigatório para todos os casos onde o VDRL é positivo
no sangue) mas não apresentava nenhum comprometimento neurológico. A criança,
além do diagnóstico de sífilis congênita precoce, estava com o exame TORCH
positivo para herpes, apresentava monilíase oral (vulgarmente chamado de sapinho;
candidíase) e suas lesões cutâneas depois foram diagnosticadas como escabiose
(sarna).
Não havia risco epidemiológico identificado, mas, esse caso demostra o completo
descaso no pré-natal (não foi feito), foi feito somente um VDLR e sorologia para HIV
negativos três meses antes do parto, além da ausência dos exames de rotina tanto
na mãe quanto no bebê, que receberam alta sem fazê-los. É recomendado fazer
VDRL na primeira consulta do pré-natal, no início do primeiro trimestre e um no parto,
não foi o que aconteceu.
Caso 3:
A mãe relatou que exame de rotina para o trabalho mostrou que o pai era portador da
sífilis, ela e o marido foram tratados e a filha não. A mãe da criança levou a menina
ao pronto atendimento, porque o VDLR sempre dava positivo, mas era justificado
como cicatriz sorológica (é o termo utilizado para as situações nas quais o indivíduo,
comprovadamente tratado, mas ainda apresenta reatividade nos testes; mas, só é
possível determinar que se trata de cicatriz sorológica quando for comprovado que o
indivíduo teve sífilis e realizou tratamento adequado, que não foi o caso da criança),
desde os setes meses de idade.