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Bom dia.

Hoje estamos aqui para apresentar o livro “O Vendedor de passados”, livro escrito
por José Eduardo Agualusa. “RODRIGO – PARTE DA DESCRIÇÃO DO AUTOR”. Antes de
partirmos para a análise da obra, precisamos de nos enquadrar o momento político e social
que se vivia em Angola. A ação decorre durante a guerra civil angolana. Esta guerra começou
em 1975 e terminou em 2002. Basicamente, no início da década de 60 originaram-se 3 grupos
principais que tinham o objetivo de alcançar a independência da Angola. Quando este foi
alcançado, 2 destes 3 grupos, a MPLA e a UNITA entraram em confronto e originaram a guerra
civil. Analisando a capa. No fundo da capa podemos observar uma osga. Esta osga com nome
de Eulálio representa um homem que na sua vida passada nunca apreciou muito a vida nem
nunca se deu muito com pessoas. Durante toda a sua vida ele apensas se sentiu como um
observador e acabou por cometer suicídio, e por isso veio reencarnar numa osga. É ele que nos
narra toda esta história.

(se quiseres explicar o estado psicológico dele e ler um excerto – 2:30 na gravação)

Um dia, Félix estava tranquilo em sua casa até que tocam à campainha. Era um estrangeiro e
este nem sequer se apresentou. Apenas tirou um cartão do bolso que dizia “Félix Ventura –
Assegure aos seus filhos um passado melhor.”. A partir daqui concluímos que o Félix é, como
diz o título, “O vendedor de passados”. Por exemplo, imaginem que uma pessoa de uma classe
mais elevada que tenha um presente estável, mas tem um passado pobre (problemas de
família, problemas de corrupção, burlas …) e que se envergonha desse mesmo passado. O Félix
consegue reconstruir um passado completamente diferente. Então o estrangeiro, que era um
fotógrafo de guerra que já tinha corrido o mundo, pediu ao Félix para reconstruir o seu
passado de forma que fosse angolano. Entretanto, Félix responde dizendo que isso não seria
possível pois o estrangeiro era branco e não havia forma de se tornar um cidadão angolano
visto que as pessoas de angola são de cor negra. Imediatamente o estrangeiro responde
revoltado pois Félix é um homem negro com albinismo. Félix acaba por aceitar a proposta do
estrangeiro e assim, o estrangeiro torna-se no José Buchmann, cidadão nascido no sul de
Angola.

Com o passar do tempo José Buchmann fica demasiado empolgado com o seu novo passado
que começa a encará-lo como se fosse um passado verdadeiro. José começa a agir de forma
diferente, a andar de forma diferente, está constantemente em casa do Félix cada vez que
descobre uma informação ou alguma pista sobre o seu passado e deixa Félix assustado.

José Buchmann acaba por conhecer um mendigo. Leva o para casa de Félix mas mais tarde
Félix acaba por manda lo embora pois diz que Edmundo tem muitas conspirações e acha-o um
louco.

Mais tarde aparece Ângela Lúcia, uma mulher também fotógrafa profissional com interesse
amoroso por Félix. Ângela e Félix acabam por organizar um jantar em casa do Félix onde José
Bunchmann também foi convidado. Com o desenrolar do jantar, as profissões de José e de
Ângela acabam por ser reveladas. A partir daqui, uma grande revolução entre o mendigo e
José Bunchmann ocorre.
LER A MUSICA PG 14

Concluímos que o livro apresenta passados individuais (os passados das personagens) para
discutir o passado coletivo (passado da Angola). O livro pretende discutir os conceitos de etnia
e identidade (racismo) presentes nos anos 60 que ainda hoje está presente no mundo em que
vivemos.

Gostei muito de ler este livro. Acho um tema interessantíssimo que merece a atenção de nós
todos e o modo com que a história é narrada capta-nos a atenção. Esta livro é narrado com
uma linguagem metafórica, alegórica e representativa.

Um dos pontos positivos deste livro é que a história está dividida em 32 capítulos onde estes
são bastante curtos, o que permite uma leitura fácil e rápida do livro.

Um dos pontos negativos é a linguagem. O autor usa uma linguagem metafórica onde a
maior parte das informações não são claras e diretas. Temos de estar sempre atentos e a
pensar “o que é que ele quis dizer aqui?”. Pensar além.

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