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Desenvolvimento Histórico Do Direito Internacional Privado

 Antiguidade clássica
 Alta idade media
 Construção do Savigny

Desenvolvimento Histórico Do Direito Internacional Privado

O desenvolvimento histórico do direito internacional privado esta relacionado com a


delimitação do seu objecto e a origem nacional ou internacional, Para chegarmos ao
desenvolvimento histórico do direito internacional privado passou-se por um processo com
princípios e regras que dimensionam o direito internacional privado estuda aplicação da
aplicação de normas jurídicas diante de fatos socias que possuem pontos de contato com mais
de um ordenamento jurídico nacional, sua evolução histórica passou por fases que ao longo
dos seculos auxiliaram a sedimentar seu conceito e seu regime jurídico, o direito
internacional privado foi impulsionado pelo estudo dos fatos transfronteiriços de natureza
privada as , o renascimento comercial entre cidades europeias a partir do seculo XI, a sua
dimensão social exigiu que essa disciplina abragisse o estudo de novas faces o que se
revitaliza na acelerada globalização do seculo XXI, Para sistematizar o estudo das fases
históricas do direito internacional Privado, utilizou-se a divisão em quadro fases a fase
percursora, a fase iniciadora, a fase clássica, e a fase contemporânea.
Antiguidade clássica

Na antiguidade clássica em Roma havia uma inaplicabilidade do direito comum aos


estrangeiros, tinha uma separação do entre o direito que seria aplicado ao estrangeiro e ao
Romano o jus civil e jus jeregrinum, contudo o contato e a miscigenação entre romanos e
peregrinos forcou o corpo jurídico romano a editar para que tais relações fossem
disciplinadas , jus o gentium, destinado a disciplinar as relações de cidadãos romanos com
peregrinos e destes entre si, justamente por se tratar de um normas material e não normas
indicativas do direito aplicável o jus gentium contribui para a ciência do DIP pois mostra
determinada atenção a relações de uma comunidade com outra destinta.
Idade Media

Na idade media como a queda do império Romano e invasões dos bárbaros há desintegração
do regime jurídico romano, ai torna-se a aplicação universal o principio da personalidade
do direito, os invesores não procuraram impor os seus costumes as populações locais, os
diferentes povos incorporados na mesma unidade politica gozam do privilégio de viver
segundo as suas próprias leis cada pessoa ao descolocar se leva consigo as leis da sua raça ou
da sua origem, e este sistema é conhecido pela designação de sistema de personalidade das
leis , com feudalismo o principio da personalidade entra em decadência e vem a ser
substituído pela da territoriedade das leis, a partir dessa fragmentação normativa, surgiram
duvidas sobre o direito aplicável a situações envolvendo duas ou mais cidades, a solução
tradicional para regência de todos os fatos socias era o uso da regra do local no qual se
encontrava o interprete não podia se aplicar jamais uma regra estrangeira, assumindo o
regime feudal uma forte expressão territorialista e assim as normas jurídicas passam a ter um
âmbito territorial definido e eficaz.

Construção de Savigny

Savigny
Friedrich Carl von Savigny foi um dos mais respeitados e influentes juristas alemães do
século XIX. Maior nome da Escola Histórica do Direito, seu pensamento teve grande
influência no direito alemão, bem como no direito dos países de tradição romano-germânica,
especialmente no direito civil. Savigny é responsável pela criação e pelo desenvolvimento do
conceito de relação jurídica e de diversos conceitos relacionados, como o de fato jurídico,
tendo seu método histórico influenciado, entre outros movimentos, a jurisprudência dos
conceitos.
Savigny publicou extensos e valiosos estudos sobre o Direito Romano e sua história,
avançando para o estudo do direito também na Idade Média. Produziu, além disso, estudos
sobre hermenêutica jurídica, isto é, estudos técnicos importantes sobre a questão da
interpretação das leis. Mas do ponto de vista filosófico, o mais importante é sua contribuição
para uma formulação mais clara, firme e independente, de um posicionamento que até então
vinha se esboçando muitas vezes ainda preso ao jusnaturalismo, e algumas outras vezes preso
ao positivismo jurídico. A maior importância disto está na contribuição que oferece para
qualquer sociedade que esteja passando por períodos de crise ou de grandes transformações
em seus costumes, como períodos de pós-guerra ou, por exemplo, ou então períodos que se
seguem a grandes transformações políticas e que exigem a construção de costumes
democráticos em sociedades historicamente habituadas ao autoritarismo, à repressão e ao
abuso das autoridades este me parece um ponto que merece um destaque realmente especial e
uma especial atenção. Segundo Savigny, o direito já possui uma antiga instituição que pode
facilmente se fazer sensível aos novos costumes emergentes em uma sociedade, e que pode,
portanto, servir como "porta de entrada" dos costumes para a legislação, como passagem pela
qual os novos costumes podem ser absorvidos, juridicamente interpretados e formulados em
leis: a jurisprudência.
O que Savigny nos ensina é que, nas fases de transição, naquelas em que uma grande crise ou
algum grande acontecimento rompe as bases de costumes antigos e vai arrastando a sociedade
para uma reestruturação em direção a novos costumes, os juízes têm o dever de atuar como os
porta-vozes desses novos costumes que estão tendendo a se fixar.

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