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SONIA REGINA NICOLI DOS SANTOS

OAB/SP Nº 101.297

EXCELENTISSÍMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO


DA 9ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL I – SANTANA - SP

PROCESSO Nº 0015862-47.2019.8.26.0001
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

ANTONIO CARLOS SILVERIO e OUTRO, já qualificados


nos autos do CUMPRIMENTO DE SENTENÇA acima epigrafado,
promovido contra CARLOS ALBERTO RODRIGUES VALENZA e NEUSA
HIDENI GUSHIKEN VALENZE, em tramite perante esse MM. Juízo e
respectivo cartório, vem mui respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, por sua advogada que esta subscreve, em atendimento à
Decisão de fls. 409, apresentar

CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO

interposto pelos Apelantes, consubstanciado nas razões anexas, que


requer sua juntada e regular processamento.

Por oportuno, requer-se, após cumpridas as


formalidades legais, sejam os autos remetidos à apreciação da Superior
Instância.

Nestes termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 21 de fevereiro de 2022.

SONIA REGINA NICOLI DOS SANTOS


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CONTRARRAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO

APELANTES: CARLOS ALBERTO RODRIGUES VALENZE e NEUSA


HIDENI GUSHIKEN VALENZE

APELADOS: ANTONIO CARLOS SILVÉRIO e ANTONIO MANOEL DIAS


DOS SANTOS

Origem: 9ª Vara Cível do Foro Regional I - Santana – SP


Processo nº 0015862-47.2019.8.26.0001

Egrégio Tribunal,

Colenda Câmara,

Ínclitos Julgadores.

Inobstante os argumentos trazidos pelo


Recorrente, na R. Sentença de fls. 391, deverá ser mantida
integralmente, haja vista a inexistência de qualquer vício, ilegalidade,
nulidade ou dissonância com o posicionamento jurisprudencial desta C.
Corte, bem como dos Tribunais Superiores.

I - BREVE SÍNTESE

Conforme se depreende da Sentença


proferida, o Juízo “a quo” julgou IMPROCEDENTE A IMPUGNAÇÃO de
fls. 162/166, reconhecendo ao acolher os Embargos Declaratórios
ofertados pelos Apelados, que não houve excesso de execução,
mediante os seguintes termos:

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“Vistos.

Antonio Carlos Silvério e outro, já qualificada nos autos, ofereceu


embargos de declaração da decisão de pág. 385, com base no art.
1.022 e seguintes do Código de Processo Civil, alegando, em síntese,
que houve contradição na decisão uma vez que sobre o valor
encontrado pelo Sr. Perito e homologado por este Juízo já havia sido
descontado o valor depositado pelos executados.

Analisando atentamente o laudo pericial, verifico que possuem razão


os embargantes.

Os exequentes apresentaram o valor remanescente do débito como


sendo de R$86.697,92.

Os executados impugnaram o valor apresentado pelos exequentes e


efetuaram o depósito do valor de R$43.264,13.

Foi determinada a realização da perícia.

O Sr. Perito encontrou o valor do débito como sendo de R$58.093,60,


valor esse que foi homologado por este Juízo.

Entretanto, conforme constatado pelos embargantes, o Sr. Perito, em


seus cálculos, descontou o valor depositado pelos executados
(R$43.264,13). Assim, sem o desconto do valor depositado, o valor do
débito é de R$101.357,73.

Assim, recebo e acolho os embargos para julgar improcedente a


impugnação oposta pelos executados.

Diante da sucumbência, condeno os executados/impugnantes ao


pagamento das custas, despesas processuais do incidente, se
houverem, e ao pagamento de honorários advocatícios de 10% dobre o
valor da diferença da impugnação, qual seja, R$58.093,60, nos termos
do art. 85, § 2º, I, II, III e IV, do Código de Processo Civil, sobre os
quais incidirão juros de mora de 1% ao mês, contados do trânsito em
julgado da decisão, devendo ser observada eventual gratuidade
deferida.

No mais, persiste a decisão tal como está lançada.


...”

Posteriormente, inconformados com a


respeitável decisão, os Apelantes interpuseram o RECURSO DE
APELAÇÃO, reiterando os argumentos da impugnação de fls. 162/166 e
demais manifestações, sem contudo, impugnar, especificamente, os
fundamentos da R. Sentença proferida, demonstrando evidente escopo
procrastinatório do presente apelo.

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“Data vênia”, não merece prosperar o recurso


apresentado, tendo em vista a consistência das razões que seguem,
devendo ser mantida intocada a R. Sentença proferida pelo Juízo “a
quo”, senão vejamos:

II – PRELIMINARMENTE: DA OFENSA AO PRINCÍPIO DA


DIALETICIDADE – MERA REPETIÇÃO DE ARGUMENTOS ANTERIORES

Nota-se nos argumentos do Recurso de


Apelação, que os Apelantes, simplesmente repetiram todos os
argumentos anteriormente trazidos, senão vejamos:

DA IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA:


... (fls. 163/164)

Diante da omissão do julgado a correção monetária, a mesma deve ser


calculada não de acordo com o IGPM como pretendem os Exequentes, mas sim
de acordo com a Tabela Prática do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, eis que o índice consensualmente adotado pela Corte Paulista e
porque menos oneroso ao Devedor (artigo 805 do NCPC).

A diferença dos alugueres são devidos desde maio de 2017 e assim restou
definido na Sentença de Embargos de fls. 442, devendo o valor dos
alugueres serem atualizados monetariamente dessa mesma data e, também,
de acordo com a Tabela Prática do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo.

Estranhamente, ou não, na Planilha de fls. 12 os Exequentes não fizeram


o abatimento do pagamento das custas e das despesas processuais da qual
foram condenados no último tópico da sentença de fls. 430, certo que
estão comprovadas nas fls. 10/11, fls. 12/13, fls. 14/15, fls. 84 e 287 do
Caderno Processual Físico sendo: fls. 10/11 – Custas Iniciais – R$
910,74 (AM) – 12/2016 -; fls. 12/13 – Mandato Judicial – R$ 21,68
(AM) – 12/2016 -; fls. 14/15 - Diligência – R$ 229,80(AM) – 12/2016
– fls. 84 - FEDTJ – R$ 26,71 (AM) – fev/2017 e fls. 287 – Deposito
Judicial – R$ 8 547,71 (AM) – 19 07 2018 - que, atualizado para agosto
de 2019, temos a soma devida líquida de R$ 9 736,64 (nove mil,
setecentos e trinta e seis reais e sessenta e quatro centavos).

Por fim, não foi deduzido/abatido das diferenças locatícias a inacreditável


e inconstitucional exigência das “Luvas”, no valor de R$ 21 000,00(vinte e
um mil reais), com a determinação e emissão de 03(três) cheques de R$ 7
000,00, todos datados de 05 06 2013 – Banco Santander Master, emitidos
pela esposa do Locatário/Devedor e entregues à referida Administradora, certo
que todos os chegues compuseram o pedido constitutivo e estão acostados às
fls. 32, fls. 33 e fls. 34.
...”

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DO RECURSO DE APELAÇÃO
“... (fls.400/401)

O Recorrente Sr. Carlos Alberto impugnando com veemência do Laudo Pericial


de fls. 325/334 e Planilha de fls. 335/336, uma vez que restou ferido
frontalmente a Sentença de Mérito de fls, 428 usque 428 (fls. 07/11 do
Cumprimento de Sentença), pois restou constado a cobrança indevida dos
meses de Jan/2017, Fev/2017/, Março/2017 e Abril/2017, sendo imutável que
às diferenças dos alugueres são devidos desde maio de 2017 e assim restou
definido na Sentença de Embargos de fls. 442, devendo o valor dos alugueres
serem atualizados monetariamente dessa mesma data e, também, de acordo
com a Tabela Prática do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, eis que o
índice consensualmente adotado pela Corte Paulista e porque menos oneroso
ao Devedor (artigo 805 do NCPC).

Não bastasse isso, a Planilha de fls. 335/336 e fixada pelo Sr. Expert – Jersiel
da Silva – CRC 1SP 1332730/0-9 – CNPC 1719, estranhamente, ou não, não
fez os abatimentos dos pagamentos das custas e das despesas processuais da
qual foram condenados no último tópico da sentença de fls. 430 (fls. 07/11 do
Cumprimento de Sentença), certo que estão comprovadas na origem e nas fls.
10/11, fls. 12/13, fls. 14/15, fls. 84 e 287 do Caderno Processual sendo: fls.
10/11 – Custas Iniciais – R$ 910,74 (AM) – 12/2016 -; fls. 12/13 – Mandato
Judicial – R$ 21,68 (AM) – 12/2016 -; fls.14/15 - Diligência – R$ 229,80(AM) –
12/2016 – fls. 84 - FEDTJ – R$ 26,71 (AM) – fev/2017 e fls. 287 – Deposito
Judicial – R$ 8 547,71 (AM) – 19 07 2018 - aliás, devidamente comprovadas
na Planilha de Cálculos que acompanhou a Impugnação de fls. 167/170.

Por fim, não foi deduzido/abatido as diferenças locatícias devidamente


atualizadas a inacreditável e inconstitucional exigência das “Luvas”, no valor
de R$ 21 000,00(vinte e um mil reais), com a determinação e emissão de
03(três) cheques de R$ 7 000,00, todos datados de 05 06 2013 – Banco
Santander Master, emitidos pela esposa do Locatário/Devedor e entregues à
referida Administradora, certo que todos os chegues compuseram o pedido
constitutivo e estão acostados às fls. 32, fls. 33 e fls. 34, certo que todos
lançados e comprovadas na Planilha de Cálculos que acompanhou a
Impugnação de fls. 167/170.
...”

Notório que a Jurisprudência caminha no


mesmo sentido, qual seja, o de que a mera repetição dos argumentos da
peça anterior não é suficiente para desconstituir a decisão que se
pretende combater, sendo que, a regra, é a manutenção da decisão por
seus próprios fundamentos, eis que os Apelantes não demonstraram as
razões pelas quais a decisão merece ser desconstituída, senão vejamos:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – Falta de impugnação específica – Razões


dissociadas – Recurso que versa sobre fraude em operação bancária –
Ofensa ao princípio da dialeticidade – Não conhecimento – Sentença
mantida – Não se conhece de recurso que não ataca especificamente os
fundamentos da decisão recorrida, em infringência ao princípio da
dialeticidade – Inobservância ao art. 1.010, inc. II e III, do CPC/2015.
Recurso não conhecido.
(TJSP; Apelação Cível 1000635-67.2015.8.26.0315; Relator (a): João
Batista Vilhena; Órgão Julgador: 17ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Laranjal Paulista - 1ª Vara; Data do Julgamento: 17/02/2022; Data de
Registro: 17/02/2022)

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APELAÇÃO – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – AÇÃO CIVIL PÚBLICA –


EXECUÇÃO INDIVIDUAL – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – Falta de
impugnação específica – Razões dissociadas – Ofensa ao princípio da
dialeticidade – Não conhecimento – Infringência ao princípio da
dialeticidade. APELAÇÃO – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – AÇÃO CIVIL
PÚBLICA – EXECUÇÃO INDIVIDUAL – Execução individual – Inadequação
do rito adotado para liquidação de sentença, necessidade de observância
do disposto no art. 475-E, do CPC/1973, hoje o art. 509, inc. II, do
CPC/2015 – Descabimento, contudo, do reconhecimento da nulidade do
procedimento. APELAÇÃO – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – AÇÃO CIVIL
PÚBLICA – EXECUÇÃO INDIVIDUAL – LEGITIMIDADE ATIVA – Necessidade
de filiação ao IDEC – Descabimento – Possibilidade de ajuizamento de ação
executiva individual por todos os poupadores – Entendimento pacificado
pelo STJ em análise de recurso repetitivo – Suspensão determinada no
REsp 1.438.263 – Perda de eficácia, ante a desafetação de tal recurso do
rito dos recursos repetitivos. APELAÇÃO – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS –
AÇÃO CIVIL PÚBLICA – EXECUÇÃO INDIVIDUAL – MÁ-FÉ – Inocorrência.
Recurso conhecido em parte, e nesta desprovido.
(TJSP; Apelação Cível 1000340-73.2015.8.26.0333; Relator (a): João
Batista Vilhena; Órgão Julgador: 17ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Macatuba - Vara Única; Data do Julgamento: 17/02/2022; Data de
Registro: 17/02/2022)

Assim, segundo Nelson Nery Junior, “tendo


em vista que o recurso visa, precipuamente, modificar ou anular a
decisão considerada injusta ou ilegal, é necessário a apresentação das
razões pelas quais se aponta a ilegalidade ou injustiça da referida
decisão judicial” (Princípios fundamentais: teoria geral dos recursos,
São Paulo: RT, 2000, p.150),

O Apelante não cumpriu com o princípio da


dialeticidade, pois deixou de enfrentar os fundamentos da decisão
recorrida.

Por outra banda, ao examinar os


pressupostos de admissibilidade intrínsecos (cabimento, legitimidade
recursal, interesse recursal), e extrínsecos (tempestividade, preparo,
regularidade formal e inexistência de fato impeditivo), verifica-se na
espécie dos autos não estar presente a regularidade formal exigida,
ante a ausência de razões de fato e de direito contrariando os
fundamentos da decisão recorrida, impedindo o conhecimento do
recurso, por ofensa ao princípio da dialeticidade, como acima foi
relatado.

Também é nesse sentido que se posiciona o


Superior Tribunal de Justiça:

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RECURSO - Apelação – Não conhecimento – Razões de apelação


dissociadas do julgado recorrido equivalem, em seus efeitos práticos, a
recurso sem motivação – Falta de impugnação específica dos fundamentos
da sentença recorrida – Deveria o recorrente apontar as razões de fato e
de direito que justificassem a reforma do julgado, mas apresentou razões
absolutamente genéricas – Recurso não conhecido.
(TJSP; Apelação Cível 1034365-62.2020.8.26.0196; Relator (a): Álvaro
Torres Júnior ; Órgão Julgador: 20ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Franca - 4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 17/02/2022; Data de
Registro: 17/02/2022)

*RECURSO – Agravo regimental – Apelação não conhecida – Falta de


preenchimento dos requisitos insertos no art. 1010 do CPC – Decisão
monocrática que especificou todas as razões de decidir – Recurso não
provido*
(TJSP; Agravo Regimental Cível 1001490-02.2021.8.26.0100; Relator
(a): Maia da Rocha; Órgão Julgador: 21ª Câmara de Direito Privado; Foro
de Osasco - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 17/02/2022; Data de
Registro: 17/02/2022)

Deste modo, houve ferimento ao Princípio da


Dialeticidade, já que os Apelantes não alegaram e nem demonstraram
que a decisão recorrida não está correta, limitando-se, como já dito,
apenas a repetir os argumentos anteriormente apresentados no Juízo
“a quo”.

Repita-se que, além da manifesta reprodução


dos argumentos apresentados em defesa, os Apelantes não rebataram
as razões de decidir constantes da sentença, tampouco justificaram os
motivos do inconformismo em relação ao julgado.

Sem que haja impugnação da decisão, nos


limites em que ela foi proferida, deve ser reconhecida a impossibilidade
de se conhecer do Recurso de Apelação interposto, por ausência de
requisitos legais, em razão de violação ao princípio da dialeticidade.

Neste sentido é o artigo 1.010 do Código de


Processo Civil, que estabelece “in verbis”:

“Artigo 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida


ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de decretação
de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão”.

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Patente, portanto, a não configuração da


regularidade formal do Recurso, sob o prisma do princípio da
dialeticidade, haja vista a ausência de impugnação específica às razões
adotadas na sentença, circunstância que impede o conhecimento do
apelo.

III – DA PERÍCIA CONTÁBIL PARA APURAÇÃO DAS DIFERENÇAS

Alegam os Apelantes que o perito judicial


ultrapassou os limites da sentença ao apresentar seu laudo contábil,
especifica os pontos que entendem como uma afronta ao seu direito.

Insistem os Apelantes em apontar erros


inexistentes no laudo elaborado pelo perito judicial, a correção
monetária aplicada foi feita com base na Tabela Prática do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, como bem demonstrou sua planilha e
apêndices, não restam dúvidas que os cálculos apresentados pelo
perito judicial estão corretos.

O laudo pericial demonstra com clareza que o


IGPM, só foi utilizado para corrigir o valor dos alugueis, conforme
determinado em sentença, que manteve ...“válidas todas as demais
cláusulas e condições previstas no contrato anterior, inclusive no que
diz respeito ao indexador”... Portanto, também neste sentido, correto se
encontra o laudo apresentado pelo perito judicial.

As diferenças dos meses de janeiro, fevereiro,


março e abril de 2017, também foram calculadas de forma correta pelo
senhor perito judicial, uma vez que ficou demonstrado no feito, que as
bonificações concedidas finalizaram em dezembro de 2016, e a partir
daí, o valor do aluguel voltou a ser cobrado pelo valor normal, sem
bonificações, portanto, correto o entendimento do perito que apurou
tais diferenças e procedeu suas atualizações.

Já o questionamento da falta do desconto do


valor das “LUVAS”, os Apelantes de forma maliciosa insistem num
direito que sequer foi discutido no feito ou deferido em sentença. O que
se percebe é que os Apelantes agem de má fé, insistindo num direito
inexistente.

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Assim, não resta dúvida, que o Juízo “a quo”


considerou e analisou o laudo pericial apresentado pelo perito, e
constatou que não houve excesso de execução por parte dos Apelados,
que apresentaram um total à época de R$ 86.697,92.

O Laudo pericial apurou sem o depósito


efetuado pelos Apelantes, o valor de R$ 101.357,73, que deduzidos
deste depósito de R$ 43.264,13, restou um saldo de R$ 58.093,60, valor
homologado pelo Juizo “a quo”.

IV - MÉRITO

Os Apelantes repetem sua impugnação, suas


manifestações e demais peças juntadas no feito, não apresentando
qualquer fundamento plausível para reforma do julgado.

CONCLUSÃO

Os argumentos apresentados em sede de


Recurso de Apelação pelos Apelantes, são destituídos de qualquer
fundamentação plausível e objetivam beneficiar somente os interesses
do mesmo, independentemente da realidade dos fatos.

Assim, requerem os Apelados o


indeferimento ao RECURSO DE APELAÇÃO manejado pelos Apelantes,
por ausência de requisitos legais, em razão da violação ao princípio da
dialeticidade.

A R. Sentença proferida pelo Juízo “a quo”,


portanto, há de ser confirmada, pelos seus próprios fundamentos, para
que, na remota hipótese de conhecimento, seja NEGADO PROVIMENTO
AO RECURSO DE APELAÇÃO interposto pelo Apelante.

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Em razão do exposto, por qualquer ângulo


que se observe, forçoso que está Colenda Câmara afaste a pretensão
dos Apelantes, motivo pelo qual, através das razões apresentadas,
confiam os Apelados que Vossas Excelências irão refutar os
argumentos expendidos no Recurso de Apelação apresentado,
mantendo-se intacta a R. Sentença proferida, no que pertine aos tópicos
esposados, para que reste negado provimento a estes, como medida da
mais pura

JUSTIÇA!

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 21 de fevereiro de 2022.

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