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Resenha crítica

MASSETO, Marcos Tarciso (2000). Mediação Pedagógica e Uso da Tecnologia.


Novas tecnologias e mediação pedagógica, Campinas, p. 133-173.

Lilia Nara Santos Sena¹1

O artigo científico, “Mediação Pedagógica e Uso da Tecnologia”, é um artigo


de leitura fácil, escrito por Marcos Tarciso Masseto e publicado em 2000 pela revista
Novas tecnologias e mediação pedagógica. Assim, o artigo se divide em quatro
tópicos, sendo eles: Tecnologia e processo de aprendizagem; Tecnologia e
mediação pedagógica; Tecnologia, avaliação e mediação pedagógica; O professor
como mediador pedagógico.

Nessa conjuntura, o trabalho é centrado em analisar o emprego das


tecnologias no processo de aprendizagem, sendo ele cercado de preconceito graças
a uma visão tecnicista que envolve esse processo e privilegia a transmissão de
conhecimentos. Em face disso, em virtude dessa prática, percebe-se por parte dos
discentes, em suas graduações, a valorização do domínio de conteúdo das áreas
específicas em detrimento das disciplinas pedagógicas. Por sua vez, com o
surgimento da informática e da telemática essa discussão voltou à tona,
reproduzindo, no entanto, o mesmo sistema de aulas expositivas, favorecendo mais
o ensino do que a aprendizagem.

Sob esse viés, é conveniente destacar que a tecnologia deve ser utilizada
como um instrumento facilitador da prática pedagógica, tendo em vista que ela
sozinha não é capaz de solucionar todos os problemas existentes na Educação.
Nesse contexto, convém enaltecer que, o foco dos docentes deveria estar na
aprendizagem de seus alunos e não somente no processo de ensino, com o objetivo
de desenvolver no aprendiz maior autonomia e crescimento. Logo, professor e aluno
adquirem novos papéis, sendo o do professor o de mediador, facilitador, incentivador
e motivador dessa aprendizagem.

1
Aluna do quinto semestre do curso de Letras da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral/CE.
narasena4@gmail.com.
Nesse âmbito, segundo o autor, essa mediação pedagógica deve acontecer
tanto nas técnicas convencionais, quanto nas novas tecnologias, utilizando as de
modo que garanta ao aluno os meios de produzir novos conhecimentos, além de
possibilitar o desenvolvimento pessoal através de debates, a discussões, diálogos, e
a construção da reflexão pessoal. Outrossim, é importante enfatizar que não se pode
pensar no uso de uma tecnologia sozinha ou isolada, haja visto que o planejamento
do processo de aprendizagem precisa ser feito em sua totalidade e em cada uma de
suas unidades. Assim, requer uma organização detalhada, de tal forma que as
várias atividades integrem-se em busca dos objetivos pretendidos para que a
aprendizagem aconteça.

Ademais, é válido ressaltar ainda a necessidade de o processo de avaliação


ser um motivador da aprendizagem, e não um retrato do fracasso dos alunos
naquela disciplina. Sob essa ótica, muitas vezes o que acontece é a perda de todo
um trabalho docente inovador por não haver um cuidado coerente com o processo
de avaliação, ou seja, perde-se todo um trabalho novo porque a avaliação é feita do
modo mais tradicional e convencional que se conhece. Portanto, é preciso eliminar a
ideia de que as avaliações correspondem a um conjunto de provas e trabalhos com
o único intuito de reprovar ou aprovar o aluno.

Diante disso, o autor apresenta diversos exemplos de ferramentas que


podem ser utilizadas em prol do processo de aprendizagem, mas sempre
resguardando o lugar do professor dentro dessa dinâmica. Além disso, o processo
de ensino deve estar mais voltado para a aprendizagem do aluno, assumindo que o
aprendiz é o centro desse processo, bem como, criando um clima de mútuo respeito
para os participantes. Assim, através de novas ideias, professores e alunos podem
revolucionar o sistema educacional de ensino, com o intuito de formar cidadãos
responsáveis e proativos em suas comunidades.

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