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INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica, (HAS) é uma condição clínica multifatorial, que tem
associação com a alterações funcionais em órgãos como coração, encéfalo, rins e vasos
sanguíneos, levando a alterações metabólicas nessas estruturas. É caracterizada por valores de
pressão arterial (PA) maiores ou iguais 140/90 mmHg. (oliveira 2017)
A PA pode ser determinada pelo produto entre o débito cardíaco (DC) e da resistência
vascular periférica RVP. O debito cardíaco pode ser influenciado por condições relacionadas
ao sistema cardiovascular, como o volume de sangue circulante, a frequência cardíaca e a
contratilidade e relaxamento do miocárdio. Já a RVP está relacionada aos mecanismos
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vasoconstritores, vasodilatadores, sistema nervoso simpático e sistema renina-angiotensina
(SANJULIANI, 2002)
O controle da pressão arterial pelo organismo se dá por uma série de mecanismos, oque
faz com que a HAS seja uma condição clínica tão complexa, uma vez que pode ser origida de
inúmeros fatores, ou mesmo da junção destes ( TOCI 2017).
Assim pode-se dizer que para a manutenção dos níveis pressóricos elevados devem
ocorrer variações ou do débito cardíaco ou da resistência periférica ou de ambos. Os
diferentes fatores já citados estão envolvidos na variação momento a momento da pressão
arterial, regulando o calibre e a reatividade vascular, a distribuição de fluido dentro e fora dos
vasos e o débito cardíaco (IRIGOYEN; CONSOLIM-COLOMBO; KRIEGER, 2001). Tudo
isso envolve uma série de sistemas, como cardiovascular, renal, neural e endócrino, o seu
controle pelo organismo é extremamente complexo. Assim para entender o surgimento da
hipertensão é preciso levar em consideração diversos fatores que influenciam na PA
(SANJULIANI, 2002).
Cerca de 90% a 95% de todos os casos de hipertensão são ditos de hipertensão primária,
também conhecida como hipertensão arterial essencial, que se apresenta sem uma causa
definida. Em contraste, todas as demais formas de hipertensão, chamadas secundárias, estão
associadas a outras patologias ou formas conhecidas e compreendidas, como a obesidade,
envelhecimento, diabetes melitos, insuficiência renal crônica e dislipidemias (MARTELLI
2008).
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neurotransmissores podem modular a frequência cardíaca e, consequentemente, o débito
cardíaco, são responsáveis ainda por modificação na contratilidade do coração devido a
liberação da noradrenalina nos vasos circulantes, modificando assim a resistência vascular
periférica (ANGELIS; SANTOS; IRIGOYEN, 2004).
O rim tem ainda função primordial no controle do volume de líquido extracelular. Esta
relação entre diurese e controle da pressão arterial foi uma das primeiras a ser elucidada,
sendo de grande importância no entendimento da regulação e no tratamento da hipertensão.
em um resumo simples o rim consegue perceber quedas de pressão, que são compensadas pela
diminuição da natriurese, esta por sua vez leva a um aumento do volume extracelular
aumentando o debito cardíaco oque acarreta no aumento da pressão (GUYTON 1972).
Este mecanismos de controle atua a fim de manter a homeostase de sódio nos fluidos
corporais, balanceando a entrada de sódio com a eliminação, entretanto quando o indivíduo
consome mais sódio do que sua capacidade excretora ocorre um desbalanceamento, da
ingestão/excreção que acarreta a retenção de sódio e por conseguinte de água, elevando assim
a volemia e por conseguinte a pressão arterial. (COFMAN; CROWLEY 2014)
São substâncias com ação sobre os rins, atuando de forma a aumentar o volume
urinário, consequentemente a excreção urinária de solutos, em especial o sódio e cloreto. Seu
efeito primário consiste em diminuir a reabsorção de sódio pelos túbulos, causando natriurese
(maior débito de sódio), o que por sua vez, causa diurese (maior débito de água), sendo o
aumento da perda de água secundário à excreção aumentada de sódio, já que o sódio
remanescente nos túbulos age de forma osmótica, diminuindo a reabsorção de água.
(GOODMAN E GILMAM 12 EDIÇÃO).
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O presente trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos dos diuréticos sobre a
hipertensão arterial sistêmica, levando em consideração as especificidades de cada um dos
grupos de medicamentos seu uso em associação e monoterapias.
FARMACOTERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA
O tratamento da hipertensão pode variar tanto de acordo com a presença de
comorbiddaes, quanto de acordo com os valores pressóricos apresentados pelo paciente.
Quando a pressão arterial estiver no estágio I (140 x 90) as diretrizes indicam a utilização de
monoterapia dando preferencia para medicamentos que apresentem posologia de dose única
podendo estas serem almentadas de acordo com a resposta do paciente. Para os pacientes em
estágio II e III pode-se utilizar da combinação de dois ou mais medicamentos anti-
hipertensivos. (RICCIO 2003)
Um estudo realizado com 332 pacientes no Rio de Janeiro demonstrou que pacientes
em utilização de monoterapia apresentam maior incidência de níveis pressóricos > 130/80
mmHg quando comparados a pacientes que utilizam dois ou mais medicamento. A terapia
medicamentosa mais utilizada entre os participantes contavam com a associação de dois ou
mais medicamentos anti-hipertensivos. A maioria dessas associações de baseiam na utilização
de medicamentos que possuem mecanismos de ação complementares, para um efeito aditivo
ou sinérgico foram ainda abservadas associações que não a´presentavam racionalidade
farmacêutica, demosntrando a necessidade de estratégias que promovam a prescrição racional.
(NOVELLO 2016)
Os dados apresentados neste estudo estão ainda de acordo com outros encontrados na
literatura, quanto a preferencia pela prescrição dos diuréticos e dos inibidores da ECA, sendo
que entre os diuréticos a classe mais utilizada são os tiazidicos, que são utilizados em
associação tanto com os IECA quanto com diuréticos poupadores de potássio. (NETTO 2009)
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REGULAÇÃO RENAL DA PA
FISIOLOGIA RENAL
O conhecimento da organização funcional do néfron é essencial para compreender os
mecanismos de ação dos diuréticos, tendo em vista que esses fármacos atuam sobre cada um
dos quatro segmentos do túbulo renal.(ALMEIDA 2017) O rim atua pela excreção de resíduos
metabólicos do sangue, função que se relaciona com seu papel essencial na regulação do
volume dos fluidos corporais. (MORAIS 2007).
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A parede glomerular é formada por um endotélio fenestrado formando uma membrana
com grande capacidade de filtração, ela permite livre passagem de água e pequenos solutos,
através de suas fenestras, retendo apenas proteínas e outras moléculas de alto peso
(WILLIAM M. DEEN 2004)
TÚBULOS RENAIS
O túbulo contorcido proximal é formado por células cilíndricas que possuem micro
vilosidades, conhecidas como borda em escorva, capazes de aumentar a superfície de contato
de seu epitélio com o filtrado glomerular. Estas células possuem alta permeabilidade para
sódio e água. Lateralmente ao túbulo proximal, as células do instício apresentam uma série de
transportadores do tipo Na-K que atuam mantendo a concentração de sódio no interior do
túbulo baixa o suficiente dentro da célula para manter a entrada passiva de sódio da luz para
a célula em todos os processos do passo. A entrada de sódio no interstício ocorre por meio de
múltiplas vias. Do ponto de vista quantitativo, a maior parte do sódio entra pelo antiportador
de sódio-prótons (isoforma NHE3). A diferença de gradiente de concentração que é formado
gera uma força osmótica que leva ao movimento da água para fora da luz do túbulo, através
destes mecanismos fazem reabsorção maciça do filtrado liberando para a porção descendente
da alça de Henle 40% do volume que foi inicialmente filtrado. (DOUGLAS C. EATON
JOHN P. POOLER).
O ramo ascendente espesso da alça de henle, conta com intenso transporte ativo de
sódio e cotransporte de potássio, cloreto e outros íons da luz para o interstício. O resultado
deste transporte é a criação de uma grande diferença de gradiente de concentração, uma vez
que esta porção é impermeável a água. Na porção ascendente delgada da alça, que também é
impermeável à água ocorre certa reabsorção de loreto de sódio oque também contribui para a
concentração de solutos no interstício renal. A porção final da alça, ramo descendente, é
bastante permeável à água oque gera um rápido influxo de água da luz para o interstício
tornando o filtrado novamente isosmótico. (GUYTON, 2002).
Os ductos coletores possuem duas porções, uma cortical e outra medular, sofrem
alterações hormônio dependentes que levam a variação de sua ação sobre o volume. O
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hormônio antidiurético da neuro-hipófise aumenta a permeabilidade à água dos ductos
coletores. Este ormonio causa alterações rápidas em vesículas contidas no citoplasma pas
céulas do epitélio do túbulo levando a liberação de aquaporinas, que por sua vez forma poros
permeáveis a água, como o filtrado de encontra hipotônico acorre a reabsorção de água para o
interstício levando desta forma a concentração do filtrado. Quando a vasopressina está
ausente, o epitélio do ducto coletor é relativamente impermeável à água. O líquido, por isso,
permanece hipotônico.( Barrett, Kim E)
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
Esta classe atua através da inibição da reabsorção de sódio e secreção de potássio nos
ductos coletores, semelhante aos inibidires da aldosterona. No entanto seu mecanismo de ação
é diferente e se dá pelo bloqueio direto dos canais de sódio nas células do epitélio tubular. A
diminuição do fluxo celular destes íons leva a uma diminuição na atividade da Na/K atepease
(MARTELLI et al., 2008). A inibição deste transporte leva aos efeitos dos fármacos, tanto de
diminuir a reabsorção de Na, quanto a excreção de potássio, fazendo com que esta classe seja
também considerada como poupadores de potássio (LONGO et al., 2011).
DIURÉTICOS DE ALÇA:
são atualmente os medicamentos com maior potencial de diurese disponívei,s, uma vez
que atuam na porção do túbulo onde ocorre a maior absorção de sódio. (MARTELLI 2008),
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................1
FARMACOTERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA................................................................................................5
REGULAÇÃO RENAL DA PA.....................................................................................................................6
FISIOLOGIA RENAL..................................................................................................................................6
Túbulos renais........................................................................................................................................7
Diuréticos e sua ação no controle da PA................................................................................................8
REFERENCIAS........................................................................................................................................10
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