Você está na página 1de 44

BIOQUÍMICA

U02T01

CLÍNICA
Avaliação Laboratorial da Função Renal

Marcus Vinicius Nascimento


DOCENTE
FUNÇÃO RENAL

 Funções dos Rins: filtração, reabsorção, homeostase, funções endocrinológicas e


metabólicas, excreção.
 Têm como função principal a regulação da homeostasia através reabsorção de
substâncias e íons filtrados pelos glomérulos, regulando assim o meio interno.
FUNÇÃO RENAL

 Como analisar se os rins estão em bom funcionamento?


 Taxa de Filtração Glomerular (TFG): expressa pelo volume plasmático de uma
substância completamente filtrada pelos rins em uma unidade de tempo.

FONTE: http://i.makeagif.com/media/11-13-2015/uBWBXC.gif
FONTE: https://lh5.ggpht.com/-bV4RY_FPfIo/UripDFh4WEI/AAAAAAAAQPQ/h55gl3il4AI/Untitled%2525201%25255B2%25255D.png?imgmax=800
UREIA

 Principal metabólito nitrogenado gerado


pela degradação de aminoácidos e
proteínas.
 90% eliminada pelos rins, o restante
será eliminado através da pele e do trato
gastrointestinal.
 Normalmente se utiliza a razão
ureia/creatinina sérica.
 Informações sobre patologias renais e do
trato urinário, mas também pode indicar
moléstias extrarenais.

FONTE: http://musicurology.com/wp-content/uploads/2018/09/KIDNEY.png
CREATININA

 Produto final da decomposição da fosfocreatina, e


é excretada pela urina.
 É no tecido muscular que ocorre a transformação
diária da creatina em creatinina, cerca de 1 a 2%
de creatina se converte em creatinina
 Concentração de creatinina produzida é
dependente da massa muscular.

 Tanto a concentração sérica de creatinina como


a sua depuração renal (“clearance de creatinina”)
têm sido utilizadas como marcadores da taxa de
filtração glomerular (TFG).

FONTE: http://www.hst.web3sites.net/web3gestor/imagens_conteudo/1525645698sem-t-tulo-1.jpg
CREATININA

 Taxa de Filtração Glomerular


 TFG = (concentração urinária X volume) /concentração plasmática – ajuste por tempo
e superfície corporal
ÁCIDO ÚRICO

 O ácido úrico é o principal produto do


catabolismo de purinas (adenina e guanina) no
homem.
 Uma alta concentração de urato no soro é
conhecida como hiperuricemia.
 O ácido úrico e o urato são moléculas
insolúveis que precipitam prontamente nas
soluções aquosas, como a urina e o líquido
sinovial. A consequência desse fato é uma
condição clínica denominada gota.

FONTE: https://static.tuasaude.com/media/article/wd/yq/acido-urico_29714_l.jpg
FONTE: https://d3043uog1ad1l6.cloudfront.net/uploads/2020/08/Gota-Acumulo-de-cristais-de-acido-urico-no-p%C3%A9-Sanar.jpg
ANÁLISES BIOQUÍMICAS
 Exame Químico de Urina
 Simples de realizar
 Triagem

FONTE: https://media.maestrus.com/ckeditor/aclerton%40hotmail.com/2018/03/17/urina.jpg
SEDIMENTO URINÁRIO

 Elementos figurados pode apresentar relação com


algumas condições clínicas:

 Hemácias
 Leucócitos
 Células Epiteliais
 Cristais
 Cilindros

FONTE: https://lh3.ggpht.com/-Xu2YNe3qjME/UC6L_mXC1zI/AAAAAAAAIlI/c5YWS7EBFZ0/251%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800
FONTE: https://docplayer.com.br/docs-images/58/42255893/images/24-0.png
BIOQUÍMICA
U02T02

CLÍNICA
Avalição Laboratorial da Função Hepática

Marcus Vinicius Nascimento


DOCENTE
FUNÇÃO HEPÁTICA

 O fígado é um órgão que apresenta um


papel de suma importância nos processos
metabólicos de digestão, desintoxicação e
eliminação de substâncias do organismo.

 Lesão Hepática
 Insuficiência Hepática
 Colestase

FONTE: https://content.presentermedia.com/content/animsp/00006000/6629/liver_rotating_300_wht.gif
DOENÇA HEPÁTICA

 Lesões hepáticas podem ser assintomáticas


 Podem levar a icterícia

 Bilirrubina não conjugada (indireta)


 Bilirrubina conjugada (direta)
 Bilirrubina total

FONTE: https://www.doutora-cegonha.com/wp-content/uploads/2019/10/Ictericia-II-01-1.jpg
FONTE: https://static.wikia.nocookie.net/aia1317/images/5/55/Olho.jpg/revision/latest?cb=20131119024416&path-prefix=pt-br
PADRÕES DE LESÃO

 Lesão dos hepatócitos: extravasamento de conteúdo intracelular e perda de função

 Lesão: Aminotransferases e ALP


 Função: TP, Albumina
 Colestase: ALP e Bilirrubinas
DOENÇA HEPÁTICA
AGUDA
 Insuficiência hepática aguda: grande emergência
 Fármacos, toxinas e hepatites virais.
 Sobrecarga de substâncias tóxicas no organismo.
 Fígado não executa suas funções metabólicas.
DOENÇA HEPÁTICA
CRÔNICA

 Inflamação dos hepatócitos por mais de seis meses


DOENÇA HEPÁTICA
CRÔNICA

 Hepatite Crônica: Fibrose e Inflamação


 Perda de função do tecido hepático
BIOQUÍMICA
U02T03

CLÍNICA
Avalição Laboratorial da Diabetes e Hipoglicemia

Marcus Vinicius Nascimento


DOCENTE
METABOLISMO DA
GLICOSE Adulto Jejum: 70 a 99 mg/dL
Adulto Pós-Prandial: 120 a 140 mg/dL

 Carboidratos ingeridos são processados a monossacarídeos para serem absorvidos


 A glicose é o monossacarídeo de maior importância para o metabolismo
 A função principal dos carboidratos é gerar energia

 Os fenômenos envolvidos no metabolismo da glicose são:


 Glicólise: quebra da glicose
 Glicogênese: síntese do glicogênio
 Glicogenólise: quebra do glicogênio
 Gliconeogênese: glicose via subst. não glicídicas

FONTE: livro didático


METABOLISMO DA
GLICOSE

FONTE: https://proteopedia.org/wiki/images/2/22/Glut4mechanism1.jpg

FONTE: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/60/Glicemia.svg/1200px-Glicemia.svg.png
DIABETES MELLITUS

 Síndrome metabólica caracterizada


por hiperglicemia oriunda de
resistência à insulina, falta relativa
ou ainda falta absoluta de insulina.

 Níveis iguais ou acima de 126 mg/dL


de glicose no sangue (glicemia de
jejum) estão associados a diabetes
mellitus.

 Dividida em dois tipos distintos:

FONTE: livro didático


TESTES LABORATORIAIS

 Glicemia em jejum
 Hemoglobina glicada (HbA1c)
 Teste oral de tolerância a glicose (TOTG)

FONTE: livro didático


GLICEMIA DE JEJUM

 O objetivo do exame é medir a concentração de glicose presente na corrente sanguínea.


 A coleta de sangue deve ser realizada com o paciente me jejum de 8 a 12 horas de alimentos e
bebidas, exceto água.

 Intervalos de referência:
 Glicemia de jejum normal: inferior a 99 mg/dL;
 Glicemia de jejum alterada: entre 100 mg/dL e 125 mg/dL;
 Diabetes: igual ou superior a 126 mg/dL;
 Hipoglicemia: igual ou inferior a 70 mg/dL.

FONTE: https://bkt-sa-east-1-cms-drupal.s3.sa-east-1.amazonaws.com/delboniauriemo.com.br/2021-08/glicose.png?FdJx_iaIYa5Lz4I3Sc0Eo1f11FU3AneV,%20baixa%20e%20normal:%20entenda%20o%20que%20significa%22%20typeof=%22foaf:Image%22/%3E
HBA1C

 Utilizada no monitoramento e
acompanhamento dos casos de diabetes
mellitus.
 A hemoglobina glicada derivada da formação
com a hemoglobina A (HbA) + açúcar.
 Níveis elevados de A1C não fazem,
obrigatoriamente, diagnóstico de diabetes
mellitus (DM), mas permitem a estimativa da
glicemia média pregressa, cerca de 120 dias.

FONTE: livro didático


TOTG
320

270

 O teste consiste em submeter o indivíduo a uma 220

sobrecarga de glicose e em seguida a verificação 170

do perfil da glicemia em um tempo determinado.


120

70
 Principais Indicações:
20
 Glicemia em jejum de 100 a 125 mg/dL, ou pós- JJ 30 60 90 120

Normoglicêmico Diabético
prandial maior de 140 mg/dL;
 Glicosúria (glicose na urina) persistente; 120 minutos
Normal: inferior a 140 mg/dl;
 Mulheres grávidas (DMG); Pré-diabetes: entre 140 e 199 mg/dl;
Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dl.
BIOQUÍMICA
U02T04

CLÍNICA
Avalição Laboratorial das Dislipidemias

Marcus Vinicius Nascimento


DOCENTE
METABOLISMO DA
GLICOSE
 Lipídeos: armazenamento energético, componentes estruturais, sinalizadores.
 São imiscíveis em meios aquosos (sangue).
 São transportados através de lipoproteínas.

FONTE: https://chubaoyolu.org/wp-content/uploads/2017/03/istock-494471168.jpg
FONTE: https://cdn-prod.medicalnewstoday.com/content/images/articles/321/321844/blood-cells-and-lipid-particles-in-artery-to-represent-dyslipidemia.jpg
FONTE: Livro didático.
LIPOPROTEÍNAS

 Sua função é o transporte de lipídios para os tecidos e órgãos.


 São separadas em via exógena e endógena

 Os grupos principais de proteínas do plasma são:


 Quilomícrons,
 VLDL (very low density lipoproteins),
 LDL (low density lipoproteins),
 HDL (high density lipoproteins).

FONTE: Livro didático.


LIPOPROTEÍNAS

FONTE: Livro didático.


LIPOPROTEÍNAS

FONTE: https://uploads-ssl.webflow.com/5f7c5ad0f02de81be2e6417c/61576de1aefde3d6e54c5aa8_NwWN1naanV6HBh-vT8e3bZ0NMmk22g2laVRQumZK-kegteNjkw3-Hzm9VzIYQ_j0-18GKeoc2tK0CPKQnEro5EdlQGKT8PxmibKCuPAdO6mtovswsJlfa0fA5wTMbF
FISIOPATOLOGIA

 Dislipidemias: presença de níveis elevados de lipídios no


sangue – associadas a risco para doença arterial
coronariana.
 Primária: fatores genéticos.
 Secundária: secundárias a alguma condição.

 Hipertrigliceridemia: aumento dos triglicerídeos –


lipoproteínas com maior concentração de triglicérides.
 Hipercolesterolemia: aumento do colesterol –
lipoproteínas com maior concentração de colesterol.
 Hiperlipidemia mista: aumento do colesterol e
triglicerídeos.

FONTE: https://onl.st/como-alimentarse-para-prevenir-la-aterosclerosis/assets/2.gif
FONTE: https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/53053f46e4b00959e1531556/1526304370437-1P1C8P10NNRO6EICGL5G/coracao-colesterol.jpg
TESTES LABORATORIAIS

 Métodos enzimáticos
 Amostra de sangue: normalmente 12 horas de jejum (tri e LDL).
 Interferentes: Ingestão de álcool e atividade física
 Perfil lipídico: CT total, CT-HDL, CT-LDL, CT-VLDL e TG.

 Fórmula de Friedwald:
TESTES LABORATORIAIS
BIOQUÍMICA
U02T05

CLÍNICA
Avalição Laboratorial das Doenças Cardiovasculares

Marcus Vinicius Nascimento


DOCENTE
SÍNDROMES CORONARIANAS
AGUDAS

 O termo síndrome é comumente utilizado em pacientes que


Fatores de Risco: apresentam várias formas de doenças cardíacas instáveis.
Idade;
 Na maioria dos casos, essas síndromes ocorrem devido a uma
Tabagismo;
Alta taxa de colesterol; obstrução na artéria coronária.
Hipertensão;  A principal causa de obstrução dessas artérias é a aterosclerose,
Diabetes mellitus;
Dislipidemias;
que resulta no infarto agudo do miocárdio (IAM).
Obesidade;
Estresse e depressão;
Histórico familiar Obstruçã
Isquemia Necrose
o

FONTE: Livro didático.


SÍNDROMES CORONARIANAS
AGUDAS

 Critérios para diagnóstico do IAM:


 Alteração no perfil bioquímico de
biomarcadores cardíacos
(preferencialmente troponina),
juntamente com evidência de
isquemia.

FONTE: https://www.cepic.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/04/Act_CEPIC_blog_648x430-648x410.png
BIOMARCADORES NO
IAM
 Troponinas
 Proteínas estruturais da musculatura esquelética e
cardíaca.
 O complexo de troponina cardíaca (cTn)
apresenta três tipos de proteínas, a troponina I, C
e T. As subunidades I e T são as específicas do
tecido muscular cardíaco.
 Dosadas através de imunoensaios.
 Coleta seriada (3, 6, e 9 horas) – Curva.
 Apresentam um aumento de 4 a 6 horas após o
episódio de dor precordial, atingindo o pico
máximo em 12 horas.
FONTE: https://1.bp.blogspot.com/-8Wrv4MT5LUI/XjHLG9WhYWI/AAAAAAAAGjU/UjJoYa-2eQAtzVhd0oaDDvH-fxBfx-qlQCLcBGAsYHQ/s1600/29.png
BIOMARCADORES NO
IAM

FONTE: https://i1.wp.com/cardiopapers.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Aumento-de-troponina-acima-do-limite-da-normalidade.-Fez-curva.png?resize=810%2C339&ssl=1
BIOMARCADORES NO
IAM

 Creatina Quinase e Isoenzimas CK-MB


 Composta por subunidades B e/ou M.
 Subunidade CK-MB: maior relevância em casos de IAM.
 Coleta seriada (9 e 12 horas).
CK-BB
 Preferencialmente Massa (não atividade).
 Limite de referência (massa): 5 ng/mL.

CK-MM

FONTE: https://www.brainline.org/sites/all/modules/custom/bl_brain/images/brain-lateral.png
FONTE: https://images.theconversation.com/files/440924/original/file-20220114-28-2c4vs6.png?ixlib=rb-1.1.0&q=45&auto=format&w=320&h=384&fit=crop
FONTE: https://www.nicepng.com/png/full/938-9383870_skeletal-muscle-human-body-skeleton-transprent-png-muscular.png
BIOMARCADORES NO
IAM
 Mioglobina
 Proteina globular presente nas células musculares.
 Não específica para IAM.
 Resultado associado a outros marcadores.
 Níveis elevados nas primeiras horas após o início da dor (cerca de 1 a 2 horas).
 Pico máximo em 12 horas.
 Seu limite de referência é de 0,15 ng/mL.
BIOMARCADORES NO
IAM
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
CONGESTIVA

 A ICC ocorre devido a uma alteração no


sistema de bombeamento do coração,
causando refluxo do sangue.
 Causas: IAM, hipertensão arterial,
cardiomiopatias, lesões valvares, entre
outras.
 Fatores de risco: diabetes mellitus,
tabagismo, abuso de álcool e drogas.
 A falta de perfusão dos tecidos de uma
maneira geral pode causar lesão e perda da
função do órgão.

FONTE: https://wl-incrivel.cf.tsp.li/resize/728x/jpg/faa/47d/55b3f856c484792d7baaf85588.jpg
BIOMARCADORES NA
ICC
 BNP (brain natriuretic peptide)
 Neuro-hormônio, produzido em maior quantidade pelo
ventrículo esquerdo do coração.
 O BNP é liberado devido à pressão ou expansão exercidas
sobre os ventrículos cardíacos, portanto, utilizado como um
biomarcador na clínica para o diagnóstico de ICC
 Os exames medem a concentração do BNP ou do N-terminal
pró-peptídeo natriurético tipo-B (NT-próBNP).
 Normalmente, o coração libera pequenas quantidades de
proteína precursora pró-BNP, essa proteína é então clivada e
libera no sangue o hormônio BNP ativo e o fragmento
inativo, NT-próBNP.
Distensão Cardiomióctos  O intervalo de referência para o BNP varia de 0 a 70 pg/mL.
BNP

FONTE: https://wl-incrivel.cf.tsp.li/resize/728x/jpg/faa/47d/55b3f856c484792d7baaf85588.jpg
AVA

FONTE: https://portal.uniasselvi.com.br/storage/app/noticia/293/capa/1280x962-20180220141413-Leo%20APP%20800x800.png

Você também pode gostar