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Nefrologia Felina
CAPÍTULO 3: DOENÇA RENAL CRÔNICA
CAPÍTULO 4: DOENÇAS DO TRATO URINÁRIO EM CÃES
CAPÍTULO 5: UROLOGIA EM MEDICINA FELINA
CAPÍTULO 6: NEFROLOGIA EM MEDICINA FELINA
CAPÍTULO 7: ANÁLISES LABORATORIAIS: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES E COMO
INTERPRETÁ-LAS
CAPÍTULO 8: ULTRASSONOGRAFIA DO SISTEMA URINÁRIO
CAPÍTULO 9: EXAME RADIOGRÁFICO DO SISTEMA URINÁRIO
CAPÍTULO 10: TERAPIAS POR DIÁLISE
CAPÍTULO 11: FLUIDOTERAPIA
CAPÍTULO 12: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
CAPÍTULO 13: ABORDAGEM NUTRICIONAL PARA CÃES E GATOS COM DOENÇAS RENAL
CRÔNICA
CAPÍTULO 14: UROLITÍASES E LITOTRIPSIA
CAPÍTULO 15: CUIDADOS PRÉ E PÓS-CIRÚRGICOS
CAPÍTULO 16: ONCOLOGIA
CAPÍTULO 17: CÉLULAS-TRONCO
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Cálices
Pelve renal
Artéria
renal - --------------- ---------
Medula
Veia
renal
Ureter
Córtex
TCP Espaço de Bowman (onde o filtrado cai) Ricamente vascularizados 25% de sangue
Cápsula glomerular proveniente do débito cardíaco !!!
Arteríola aferente
90% cortical (glomérulos) e 10% medular (túbulos).
(sangue chega pra ser filtrado)
Vasodilatação - Bradicinina
Capilares
Função renal depende adequado fluxo sanguíneo
glomerulares Mácula densa (TCD) aos rins.
Arteríola eferente Aumento da TFG e excreção renal !!!
(sangue já filtrado volta pra circulação)
Vasoconstrição - Angiotensina II
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07/12/2014
Filtração e Excreção
TFG e excreção
Paciente hígido
Vasodilatação
Pressão provocada pela Bradicinina
glomerular
Fluxo sanguíneo normal
PA: SRAA mantem a filtração distribuído em todos os
glomerular, o volume de água no
organismo e a [ ] de Na, glomérulos
mantendo a volemia
Filtração M
Reabsorção
Veia
Secreção DC renal
Excreção
AH
Urina
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Ureteres Ureteres
± 2,5 a 3,5 vezes (cão) e ± 2,4 a 3,0 (gato) o Superfície irregular, tamanho, cálculos.
comprimento do corpo da L2.
L2 L2
------
------
------------
------------
------------
------------
L2
LL VD
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07/12/2014
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Pós-renal obstrução ou ruptura do TU. Essencial conhecer a etiologia das doenças renais
diagnóstico precoce e realização de tratamento
adequado.
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Doenças Renais
Doenças congênitas:
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07/12/2014
Piometra.
Pseudocisto perinéfrico.
PIF
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P Ca x P = 68,44
Nefrotoxinas: AINES:
Doxorrubicina. Iatrogênico (“síndrome vet”). Journal of Feline Medicine and Surgery (2005) 7, 3-32
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Sequelas de IRA.
Obstruções ureterais cálculos (> 97% oxalato de Causas menos comuns tampões de tecidos
cálcio). moles, neoplasias, traumas, coágulos, fibrose,
estenose, ligadura acidental de ureter.
Raças persa e correlatas, siamês, maine coon. Alterar estrutura renal e/ou ureteral
(hidronefrose e/ou hidroureter)
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07/12/2014
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07/12/2014
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07/12/2014
Acidental necropsia.
Tratamento:
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Tratamento Cirúrgico
Obstrução total
ITU
Risco de morte
Uroabdome
Estenose ureteral
Falência renal
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Tratamento Clínico
Obstrução parcial
Paciente estável
Acompanhamento
Tratamento: Tratamento:
Tratamento:
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Tratamento: Prognóstico:
Considerações:
Diminuição súbita de função renal e inabilidade de Extensão isquemia, hipóxia, resposta inflamatória,
regular o balanço hidroeletrolítico e ácido-básico propagação das lesões.
várias causas (já citadas).
Manutenção sinais clínicos evidentes (2 a 3 sem),
DRC doença renal crônica. risco de morte oligúria ou não, morte por uremia.
Presença de lesão renal persistente pelo período Recuperação retorno da função renal adequada
mínimo de 3 meses. Perda definitiva e irreversível de próxima à normal ou evolução pra DRC. 2 a 5 dias / 3
massa funcional e/ou estrutural renal (1 ou ambos). semanas.
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Mortalidade de 47 a 64%.
“Parênquima”
“Hemodinâmica” Sinal clínico mais específico é a oligúria
Diminuição da
perfusão destruição tubular, com formação de cilindros e
“Deficiência na
eliminação da obstrução dos mesmos.
urina”
Hiperfosfatemia abrupta de pelo menos 15% Azotemia pré-renal, renal ou pós-renal !!!
daTFG.
Exames devem ser interpretados de acordo com o grau
Acidose metabólica reabsorção tubular de de hidratação do paciente.
bicarbonato e excreção de ácidos orgânicos.
Valores falsamente aumentados (hemoconcentração)
desidratação !!!
Anemia hemorragia do TGI. Ideal
Realizar exames antes e após a hidratação do paciente.
Acompanhamento da resposta à terapia instituída.
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Etc.
Tratamento: Tratamento:
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07/12/2014
Somente se o paciente estiver oligúrico ou anúrico. Diurético osmótico volume circulante com
consequente do fluxo sanguíneo renal.
Manitol e furosemida bastante cautela.
Efeitos renoprotetores varredura dos radicais
Só devem ser administrados após o paciente estar livres e vasodilatação.
hidratado e normovolêmico pesar antes, durante
e após, bem como mensurar PA !!!
Não deve ser usado mais do que uma vez, caso não Diurético de alça capaz de induzir diurese em
haja aumento do débito urinário evitar risco de pacientes oligúricos. Pode ser associado ou não ao
super expansão plasmática (sinais de super Manitol 1 mg/kg.
hidratação).
Gatos são muito sensíveis desidratação (com
0,25 a 0,5 g/kg bolus IV lento em 20-30 min consequente hipotensão e agravamento da IRA) e
efeito em 60 min. hipocalemia deve ser usado de forma bastante
criteriosa. Restabelecer volemia e hidratação antes !!!
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07/12/2014
Prognóstico só deve ser feito após a estabilização. 3 a 10 x maior risco em gatos do que cães
considerada evento “natural”, especialmente no
Algumas medidas terapêuticas só devem ser gato idoso. 50 a 60% alguma manifestação
realizadas após hidratação e restabelecimento da relacionada à disfunção renal.
volemia. E algumas medidas só após a crise.
2ª causa de óbito por afecção crônica + comum.
As principais ações terapêuticas são reidratação,
correção da oligúria, tratamento de ITU (quando Maioria desenvolve DRC como resultado do
presente) e manejo das complicações. próprio envelhecimento.
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07/12/2014
Náusea, vômito, emaciação ( ECC e muscular). Perda de peso, caquexia, desnutrição, condição ruim
da pelagem.
Diarreia, melena.
Poliomiopatia generalizada.
Estomatite (úlceras cavidade oral).
Pneumonite urêmica.
Constipação.
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07/12/2014
Sociedade internacional de Interesse Renal Paciente em jejum (6-8 hs, água à vontade).
(www.iris-kidney.com).
Normohidratado.
4 estágios da doença baseado no tempo de evolução
e presença de marcadores renais (especialmente Compensado (estável).
creatinina sérica).
Valores obtidos em 2 a 3 momentos distintos, ao
Aplicável apenas aos animais compensados com longo de algumas semanas.
DRC.
Para interpretação adequada: Creatinina (mg/dl) < 1,4 1,4 a 2,1 a 5,0 > 5,0
Canina 2,0
Causas pré e pós renais de azotemia devem ser
excluídas. Creatinina (mg/dl) < 1,6 1,6 a 2,9 a 5,0 > 5,0
Felina 2,8
Determinar se é aguda, crônica ou ou crônica
descompensada associar clínica, DU e imagem Azotemia Ausente Discret Moderada Intensa
(US). a
Função Renal 100 33 25 < 10
Remanescente (%)
Estágio I Estágio II
Creatinina (mg/dl) < 1,6 (gato) < 1,4 (cão) Creatinina (mg/dl) 1,6 e 2,8 (gato) 1,4 e 2,0 (cão)
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Gato + susceptível pelo maior catabolismo Manifestações sistêmicas da perda de função renal.
proteico muscular consequente da anorexia.
Alterações laboratoriais e sinais clínicos mais
Manifestações clínicas mais evidentes marcantes.
complicações como pielonefrite, nefrolitíase.
Desidratação crônica.
Estágio IV Estágio IV
Creatinina (mg/dl) > 5,0 (gato) > 5,0 (cão) Creatinina (mg/dl) > 5,0 (gato) > 5,0 (cão)
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07/12/2014
Proteinúria: Proteinúria:
Renal: Renal:
Proteinúria: Proteinúria:
Sedimento inativo!!! Coletar por cistocentese!!! Não serve dosar proteína por refratometria ou kit
Concentração de utilizado para dosagem no soro.
creatinina na urina (mg/dl)
= Valor com unidade
Concentração de adimensional Creatinina K determina de forma quantitativa a [
proteína na urina (mg/dl) ] de creatinina picrato alcalino - Jaffé.
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07/12/2014
Proteinúria:
Sedimento ativo:
Leucocitúria
Bacteriúria
?
Proteinúria
Cristalúria
RPC Terapia indicada
RPC 1,64
> 0,2 (gato e cão) Azotêmicos compensados > II
> 0,4 (gato) > 0,5 (cão) Azotêmicos compensados > II
> 2,0 (gato e cão) Não azotêmicos compensados
Proteinúria:
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07/12/2014
Aumento da Diminuição da
Pressão glomerular Pressão glomerular
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Midríase Bilateral / Cegueira Aguda / Hifema Unilateral (DRC) Midríase Bilateral / Cegueira Aguda (DRC)
Normal
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07/12/2014
Doença renal
Doença Renal crônica
Crônica - DRC
Doppler Oscilométrico
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Tratamento: Monitoramento:
IECA RVP e DC por inibição de AT II. Semanal até níveis de normalidade trimestral.
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07/12/2014
Doença renal
Doença Renal crônica
Crônica - DRC Doença renal
Doença Renal crônica
Crônica - DRC
Desidratação: Desidratação:
Extremamente susceptíveis (gatos), especialmente os Azotemia pré-renal associada favorece lesão renal
idosos. por má perfusão vômito, diarreia, febre, limitação
do acesso à ingestão de água, estresse, hipotensão, etc.
Inicialmente pontual e depois frequente PU +
intensa que PD compensatória piora lesão renal e Fluidoterapia !!!!
estado geral.
Atentar-se para doenças que possam evoluir concomitantemente
e favorecer a perda precoce da função renal.
Doença renal
Doença Renal crônica
Crônica - DRC Doença renal
Doença Renal crônica
Crônica - DRC
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07/12/2014
Doença renal
Doença Renal crônica
Crônica - DRC Doença Renal Crônica - DRC
Fluidoterapia: Fluidoterapia:
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Uremia:
Encefalopatia urêmica
Uremia:
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07/12/2014
Acidose metabólica:
Alterações cardiovasculares.
Hipocalemia: Hipocalemia:
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07/12/2014
Hipocalemia:
Doença renal
Doença Renal crônica
Crônica - DRC
Hipocalemia:
K próximo de 3,8
mEq/L
(limite inferior)
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07/12/2014
Hipocalemia: Hipocalemia:
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Constipação: Anemia:
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07/12/2014
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Anemia: Anemia:
Objetivo HT 30 (gato).
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Anemia: Anemia:
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Fórmula para transfusão (até 4 hs) de sangue: Antígenos anti-A na superfície das hemácias.
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07/12/2014
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Doador felino:
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
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07/12/2014
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença Renal Crônica - DRC
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença Renal Crônica - DRC
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07/12/2014
Melena
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Nutrição: Nutrição:
Anorexia > 3 dias (gatos) LIPIDOSE Especialmente na crise urêmica deve comer
HEPÁTICA. qualquer dieta, desde que respeitada quantidade
mínima de quilocalorias diárias necessárias.
Durante a hospitalização jamais oferecer dieta
terapêutica (só em fase de compensação) náusea REQUERIMENTO ENERGÉTICO BASAL (REB)
+ estresse associação negativa e aversão à dieta Gatos < 2 kg 70 x Peso (kg) + 70 ou 70 x Peso (kg)0,75
Gatos > 2 kg 30 x Peso (kg) + 70
não aceita nunca mais.
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07/12/2014
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Nutrição: Nutrição:
Gato com 3 kg
Dietas hipercalóricas: REB (30 x 3) + 70 = 160 kcal/dia
a/d (1,15 kcal/ml).
Dieta (Kcal diária) 160 / 1,15 (a/d) = 139,13 ml.
Recovery (1,18 kcal/ml).
Fracionar o total em 4 a 6 refeições dia 1 (25%),
Nutralife Intensiv (1,22 kcal/ml). dia 2 (50%), dia 3 (75%), dia 4 (100%). Alimento
morno!!! Capacidade gástrica (45 - 90 ml),
Salute (1 kcal/ml). esvaziamento (3 - 4 hs).
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
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07/12/2014
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Desnutrição: Desnutrição:
Maior causa de morbidade e mortalidade (III e IV). IRIS recomenda a partir do estágio II.
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07/12/2014
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Dieta terapêutica:
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Reduzir progressão das lesões renais. Teor proteico reduzido e de alto valor biológico
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença Renal Crônica - DRC
Hiperfosfatemia:
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07/12/2014
Hiperfosfatemia:
P Ca x P = 68,44
Hiperfosfatemia: Hiperfosfatemia:
Dieta hipofosfórica e/ou quelantes redução da II < 4,5 / III < 5,0 / IV < 6,0 (mg/dl).
progressão da DRC e aumento da sobrevida.
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07/12/2014
Ketosteril alguns pacientes não toleram Promove o sequestro de nitrogênio e seu desvio do
(vômitos). ciclo da amônio/ureia redução da ureia.
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07/12/2014
DRC pouco responsiva à terapia mas com Células capazes de auto-renovação e de gerar
condição clínica de boa à moderada e sem células diferenciadas de um determinado tecido.
comorbidades. Adoção do doador, alto custo,
terapia imunossupressora. Mais estudos são necessários.
SANTOS, J. P. A. Stem cell therapy in cats carriers of chronic kidney
disease: laboratorial and imaging evaluation [Terapia celular em gatos
portadores de doença renal crônica: avaliação laboratorial e
imagiológica]. 2012. 102f. Tese (Doutorado em Ciências)- Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2012.
Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC Doença
Doença renal
Renal crônica
Crônica - DRC
Monitoramento: Monitoramento:
Pacientes estáveis e sem sinais clínicos nos estágios Histórico médico desde a última avaliação.
I e II a cada 4 meses.
Revisão da terapia medicamentosa.
Pacientes com progressão da DRC (proteinúria ou
HAS) a cada 3 meses. Exame físico, avaliação nutricional, ECC e
muscular.
Estágios III e IV a cada 3 meses.
Hemograma, bioquímica sérica, PA e urinálise
(rotina, RPC e urocultura).
Considerações Finais
Identificar fatores que estão afetando a qualidade de
vida e que aumentam o risco de lesão renal
Grande importância na clínica alta prevalência. progressiva no indivíduo.
Essencial diagnóstico precoce, tratamento e Selecionar tratamentos, de modo individualizado
monitoramento adequados categorizar o (terapêutico ou dietético), que possam reduzir o
paciente, identificando o estágio da DRC em que o risco de lesão renal progressiva.
mesmo se encontra.
Objetivo principal aumentar a sobrevida com
Qualquer afecção que altere a hemodinâmica do qualidade.
organismo pode ocasionar alteração renal.
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Rins
Corpo
Ureteres Colo
Ápice
TUS
----------------------------------------
TUI
Bexiga
Uretra
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07/12/2014
Denominações: Prevalência:
Antiga SUF Síndrome Urológica Felina (FUS Representa boa parte da casuística de atendimento
Feline Urologic Syndrome). na clínica de felinos.
Disúria posição de micção por muito tempo, Estrangúria esforço pra urinar, micção lenta e
dificuldade de micção. dolorosa.
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07/12/2014
Disúria, Estrangúria
Apresentação clínica:
Hematúria Hematúria
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Periúria
Apresentação clínica:
Diagnóstico diferencial:
(http://hoteldegatos.blogspot.com.br/2011/07/o-seu-gato-urina-fora-da-caixa-de-areia.html)
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Posição de disúria
Fatores de risco - Sexo:
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Fatores de risco - Liteira e granulado sanitário: Fatores de risco - Liteira e granulado sanitário:
X
Síndrome de Pandora
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Machos e fêmeas com a mesma frequência, mais Diagnóstico de exclusão das demais causas
comum nos felinos castrados. potencialmente indutoras de inflamação do TUI.
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Impedem a
Semelhança à Cistite Intersticial Humana aderência de
microorganism
(idiopática) doença inflamatória de caráter os e cristais ao
urotélio vesical
neurogênico. Conscientização do proprietário! e limitam o
Epitélio de transição revestivo por uma
camada delgada de GAGs
deslocamento
transepitelial de
Alterações na interação entre SN, camada protetora proteínas e
outros solutos
da parede vesical (GAGs) e compostos presentes na urinários.
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Dieta específica faixa etária. Acostumar os gatos 1,5 bandeja por gato (n + 1 n = número de
desde filhotes a comerem alimentos secos e úmidos bandejas/gato + 1 = 1 bandeja para casa).
diariamente.
X Proporcional ao tamanho do gato.
Completa, balanceada, minerais.
Diferentes locais (tranquilo e escondido). Local
Alimento à vontade (mínimo 4 x ao dia) evitar
adequado gato se sinta seguro e com
grande onda alcalina pós-prandial ([ ] até 1,080).
privacidade.
Alta digestibilidade (- fezes, - perda hídrica).
4 5 6
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Enriquecimento ambiental (arranhador, brinquedo, Muito utilizada tanto para acalmar os felinos
local pra escalar, esconder, brincar e descansar). agressivos, bem como para excitar e exercitar os
mais apáticos.
Aumentar interação proprietário x gato.
Efeito maior nos 1os 10 minutos.
Feromônio facial sintético, erva do gato.
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Analgésico.
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Urolitíase Urolitíase
Urolitíase Urolitíase
SUPERSATURAÇÃO (solução instável)
solubilizados
Contém sais
Nucleação espontânea
Atividade do produto
não
Crescimento rápido de cristais e agregação
(produto de formação)
Concentração de íons (RSS)
do que o esperado
Nucleação heterogênea
Contém mais
Crescimento mínimo
soluto
Agregação mínima
Não há dissolução de cristais
Não há crescimento
Baixa
Urolitíase Urolitíase
Como promover a diluição urinária? Gatos com privação hídrica são + predispostos:
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07/12/2014
Urolitíase Urolitíase
Urolitíase Urolitíase
Radiopacos (RX simples, US). Podem ser únicos ou Contra-indicadas nefropatas crônicos, cardiopatas,
múltiplos. portadores de neoplasia, fase de crescimento, gestação
ou lactação.
Acidificação urinária (pH entre 6,0 e 6,5) e do
volume urinário com consequente redução da DU Afetam balanço de K e P (diminuem), diminuem [ ]
dissolvem os urólitos de estruvita. plasmática de taurina em gatos adultos.
Urolitíase Urolitíase
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Urolitíase
Cistotomia / coleta de urina no momento da cirurgia e
2 horas depois.
(Rafael Pinheiro)
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Urolitíase
Doris - PCB, 5 a, castrada, 5 kg, hematúria, disúria,
periúria.
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Urolitíase
Oxalato de cálcio:
Urolitíase Urolitíase
Níveis sanguíneos elevados de Ca recidivas, RSS > 12 (risco de oxalato de cálcio). Formação não
principalmente se for idiopática a hipercalcemia. ocorre em urina com baixa saturação.
Pequenos e múltiplos.
Urolitíase Urolitíase
Urina extremamente ácida (pH urinário menor que 6,2) Objetivo terapêutico prevenção a partir da inibição
fator de risco para formação por causar acidemia e do crescimento e a agregação destes cristais, já que a
calciúria, além de alterar a [ ] e função de substâncias sua formação não pode ser prevenida.
inibidoras de cristais (citrato, magnésio e pirofosfato).
Controle do pH da urina, aumento do volume urinário
Inibidores (citrato) formam sais solúveis com o Ca e consequente redução da DU, além do controle dos
ou ácido oxálico reduzindo a disponibilidade dos níveis de Ca e oxalato da dieta.
mesmos para que a precipitação ocorra.
Uma vez formado deve ser removido
cirurgicamente ou ser expelido espontaneamente (< 1
mm em gato e < 5 mm em gata).
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Urolitíase
Urolitíase
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07/12/2014
Causa muito frequente: uretrite (uretra bastante Após a micção completa do gato, só deve haver 0,2
contrátil ou espástica, espasmos uretrais) pós a 0,3 ml/kg de urina residual dentro da bexiga
desobstrução anatômica (urólito/plug) por (pequena ou indetectável à palpação e RX).
cateterização.
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Obstrução do TUI
Vômito, ptialismo e diarreia. Antídoto atropina. Íleo, vômito, retenção urinária, ptialismo.
Contraindicação obstrução urinária, espasmo uretral. Não administrar em glaucoma, HAS, obstrução TGI,
doença hepática e/ou renal, arritmias cardíacas.
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Prazosina (relaxante do músculo liso por antagonismo Acepromazina (ansiolítico, relaxante do músculo
α-1) 0,25 a 1,0 (0,5) mg/animal/VO/BID/TID (SID). esquelético - efeito neuroléptico, relaxante do músculo
Manipular !!! Convulsão. Não usar em cardiopata. liso - antagonista α) 1,1 a 2,2 mg/kg/VO/SID/TID
(SID). Oral no máximo 2 gotas/gato - independente do
Dantrolene (relaxante do músculo esquelético de ação peso! Muito sensíveis !!!
central) 0,5 a 2,0 mg/kg/VO/BID. Indisponível no
Brasil. Debilidade, alterações TGI, sedação, hepatotoxicidade. Sedação, hipotensão. Não usar em cardiopata,
Não usar em cardiopata. nefropata, desidratados ou hipotensos.
Sedação, excitação paradoxal, polifagia, necrose hepática Sedação, hipotensão, neutropenia, trombocitopenia,
fulminante (diazepam). retenção urinária, ganho de peso, aspecto ruim da pelagem.
Deve ser tratada como emergência óbito por Gatos obstruídos por + de 24 a 36 hs bastante
injúria pós-renal aguda. debilidade.
Ficam débeis, não comem, não bebem água e se Sinais clínicos de azotemia pós-renal (acidose
escondem. Ficam deprimidos e desidratados. metabólica, vômito, anorexia, depressão,
desidratação, hipotermia, hálito urêmico e até
Tornam-se progressivamente apáticos, entram em colapso).
coma, e finalmente morrem se ficarem sem
tratamento (2 a 6 dias). Casos mais graves proprietários observam a
impossibilidade total do felino em expelir a urina.
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Hipotermia uremia, hipercalemia, bradicardia. K deve ser mensurado antes e após a desobstrução
apresentam inicialmente hipercalemia
Grande desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido- (impossibilidade de excreção urinária) seguida de
básico. hipocalemia pós-desobstrução (por intensa diurese).
Alto grau de injúria renal aguda. Fraqueza generalizada, arritmia e/ou bradicardia
obstrução de longa duração em função da
Prestes a ter um colapso cardíaco hipercalemia. hipercalemia (>7mEq/L).
[K] = 3,8 – 4,5 mEq/L
Desidratação hipovolemia e choque.
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Obstrução Uretral
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Após todos os cuidados iniciais do paciente Azotemia pós-renal cautela com anestésicos
obstruído desobstrução uretral. excretados pelo rim. Dose inferior à recomendada.
Após sedação e boa higienização da região genital Em algumas situações massagem peniana (com
desobstrução com cautela e paciência, não sendo o pênis fletido caudalmente) é suficiente para a
necessário usar força. expulsão de tampão mucoso e/ou pequenos
urólitos presentes na uretra peniana.
Manuseio do pênis deve ser gentil para evitar o
agravamento da inflamação local já existente. Na maioria das vezes a sondagem é necessária.
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Em suspeita de ITU palpação vesical pode Apenas a porção inicial da sonda no início da uretra
induzir ao refluxo vesicouretral urinário, impelindo peniana deve ser introduzida.
microorganismos para o TUS.
Em seguida, injetar, por meio de seringa, solução
Aplicação de pressão digital contínua e suave da fisiológica acrescida de solução estéril lubrificante (à
uretra peniana em direção à bexiga resulta na base de água).
expulsão de tampão ou urólito do lúmen uretral,
após a uretra ter sido irrigada. A irrigação do lúmen vesical minimiza uma nova
obstrução uretral na presença de grandes
quantidades de debris, coágulos ou cristais.
O fluxo contínuo e vigoroso da solução salina é que Em casos de estenoses uretrais ou urólitos de
desobstrui, e não a sonda! oxalato de cálcio, de superfície irregular, alojados na
uretra pode não ser possível a desobstrução.
Não se deve forçar a entrada da sonda para o
interior do lúmen uretral até a remoção do material
obstrutor pode traumatizar a uretra, estenosá-la
e até mesmo rompê-la.
Obstrução Uretral
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Cerca de 50 ml de solução isotônica estéril são Ter cuidado não inserir grande quantidade da
injetadas e removidas até obtenção de urina clara e sonda uretral dentro da bexiga para evitar traumas
livre de cristais ou sangue. na sua parede ou mesmo a formação de um nó
(tendo o cateter que ser removido posteriormente
Lembrar volume de líquido suportado no de forma cirúrgica).
interior da bexiga felina é de ± 6 a 8 ml/kg e o
volume residual urinário após a diurese é de 0,2 a
0,5 ml/kg.
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Obstrução Uretral
Com sucesso
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Na maioria dos casos sonda flexível deve ser A bexiga deve ser "lavada" com solução salina.
fixada. Dependendo do quadro de estrangúria, ela
pode permanecer por até 48 horas. Sonda de demora é controversa previne nova
obstrução uretral imediata e facilita a monitoração
do fluxo urinário, entretanto, pode induzir à ITU e
à uretrite.
Colar elizabethano impedir que o gato remova Resistência ao fluxo urinário (sem relaxamento de
ou desconecte o cateter uretral. esfíncter uretral) por espasmo uretral
(inflamação e/ou irritação do agente obstrutor e da
Atonia do detrusor por hiperdistensão manter a própria cateterização diazepam.
sonda por 2 a 3 dias ou compressão manual vesical
a cada 4 a 6 horas, pelo mesmo período. Quando fixar a sonda uretral? Por quanto tempo?
Para não haver rompimento vesical só usar Fluxo urinário insatisfatório, hematúria e cristalúria
betanecol quando não houver mais obstrução intensa, suspeita de ruptura de uretra. 24-48hs / 7-10
urinária. dias em caso de ruptura uretral.
Após a desobstrução (ou mesmo durante a Controle da dor fundamental, deve ser feito
fluidoterapia) pode ocorrer hipocalemia (excesso inicialmente.
de diurese), sendo fundamental a reposição de
potássio. Ver aula de DRC. Dipirona, gabapentina, tramadol.
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Cistocentese.
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Obstrução Uretral
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Obstrução Uretral
Correção cirúrgica da estenose na uretra peniana Mínima dissecção da uretra intra-pélvica e transecção
uretrostomia perineal. dos músculos isquiouretralis e isquiocavernosos
próximos ao ísquio com preservação dos nervos
Estenose de uretra pélvica técnica de uretrostomia pudendos durante a dissecção ventral.
pré ou sub-púbica.
Na incapacidade da restauração da permeabilidade do
Técnica de Wilson e Harrison (1971) modificada lúmen uretral através das manobras clínicas pode-se
técnica base para obstrução uretral felina incorrigível suspeitar da presença de lesão mural ou periuretral em
clinicamente. um ou mais locais da uretra.
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Retirada dos pontos 15 a 20 dias. Monitoramento semestral (por toda a vida do gato)
urinálise, cultura e antibiograma. Risco de ITU
Papel toalha não adere à ferida cirúrgica. assintomática.
Obrigada !
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