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Meios de contraste

Profº Cláudio Souza


O que são meios de Contraste?

São substância que pelas características físico-


químicas são capazes de absorver raios-x e
quando introduzidas no corpo, permitem a
visualização de estruturas, tais como vasos
sanguíneos, cérebro, rins, fígado, estomago, alças
intestinais, entre outros.
Preparo

Quando falamos em administração de MC (Meio de Contraste) em


tomografia computadorizada o 1º passo que deve ser realizado com
tamanha atenção é a anamnese.
Anamnese

È a junção de duas palavras que tem origem grega.

Ana = trazer
Mnesis= memória

Ou seja colher dados do paciente através de um questionário já


previamente elaborado com o intuito de colher informações
importantes para a realização do exame. Dentro do setor devemos ter
um questionário especifico para a utilização do MC.
Anamnese
Importância

Uma anmnese “mal” feita pode levar a diversas complicações


no andamento do exame desde uma nefropatia até mesmo a
morte do cliente.
Principais informações
Sempre que o exame necessitar de M.C por V.E existem muitos riscos quando
comparados por outras vias, porém se obtivemos as seguinte informações podemos
minimizar alguns esses riscos.

Exame laboratorial
È imprescindível que antes da injeção do MC sabermos os valores de uréia e
creatinina, que são substratos metabólicos que quando encontrados na corrente
sanguínea em alta concentração são indicativos de alguma debilidade na função
renal.
Uréia e creatinina

Ureia
È um composto organico , cristalino, incolor, de fórmula (NH2)2CO,
Tóxica, a ureia forma-se principalmente no figado, Uréia é livremente filtrada pelos glomérulos
renais, 40 a 50% são reabsorvidos no túbulo contornado proximal
Valores
Os valores de uréia considerados dos normais são de 10 a 45 mg/dl
Creatinina
é um produto da degradação da fosfocreatina (creatina fosforilada) no músculo, e é geralmente
produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo — taxa diretamente proporcional à
massa muscular da pessoa: quanto maior a massa muscular, maior a taxa. Através da medida da
creatinina do sangue, do volume urinário das 24 horas e da creatinina urinária é possível calcular
a taxa de filtração glomerular, que é um parâmetro utilizado em exames médicos para avaliar a
função renal
Valores de 0,80 mg/dl a 1,30 mg/dl
Revisão
de
anatomia e fisiologia renal
Rins
Temos dois rins, que estão
localizados em região
A.Renal D
retroperitoneal, sendo um a Córtex
direita e outro a esquerda. Os Pelve
rins tem como principal
função a produção de urina,
mais também tem grande
importância na regulação da
pressão arterial aliviando ou
aumentando a pressão
hidrostatica, e também e nele
que ocorre a reabsorção de
eletrólitos que foram
“perdidos” no aparelho
digestivo.
Ureter Medula
Néfron
Túbulo contorcido proximal
Néfron Glomérulo
O néfron, também denominado
nefrónio, é a menor unidade renal
responsável pela filtração e formação
da urina. Em cada rim existem cerca
de 1 a 4 milhões de néfrons que
funcionam alternadamente, de maneira
a seguir a necessidades do organismo Cápsula de
no momento. Esta estrutura é formada Bowman Túbulo
por um corpúsculo renal, que contorcido distal
compreende o glomérulo e a cápsula
de Bowman e, por túbulos renais, que
compreende o túbulo contorcido
proximal, alça de Henle, túbulo Duto coletor
contorcido distal e túbulo coletor.
Alça de henle
Produção de urina
Classificação dos contrastes iodados

Administramos contraste em TC para diferenciar estruturas e tecidos normais dos


anormais, através da alteração das características de atenuação de cada uma delas
Características essenciais do contraste:
Ser hidrossolúvel
Fácil eliminação
Baixa toxicidade
Efeito radiopaco
Tipos:
Iônicos = são aqueles que quando se encontram em soluções se dissociam em íons. Podem causar
problemas por sua elevada osmolalidade (no. de partículas por Kg de solução e não depende da
temperatura)
A osmolalidade varia de 4 a 8 vezes em relação ao plasma sanguíneo, por isso a sensação de
desconforto associado a injeções cardíacas ou periféricas, como dor ou sensação de calor
transitório.
Não iônicos = existem apenas uma partícula ativa de osmolalidade para cada 3 átomos de iodo.
Apresenta baixa reação adversa, mas seu custo é mais elevado.
O iodo dentro da radiologia

A descoberta pela propriedade radiopaca do


iodo (I) foi feita por acaso, na década de 1920.
Nesta época, um paciente que fazia tratamento
de sífilis com iodeto de sódio teve de se
submeter a um exame radiográfico da coluna
lombar. Ao examinar a radiografia, o
radiologista se surpreendeu, pois conseguiu
delinear os contornos dos rins, ureteres e até da
bexiga. Teve início então a história dos Meios de
Contrastes radiopacos iodados.
Fatores de risco

1. Doença renal pré-existente (Cr > 1,5 mg/dL);


2. Diabetes mellitus;
3. Desidratação;
4. Doença cardiovascular;
5. Idade avançada (> 70 anos);
6. Hipertensão;
7. Hipertireoidismo

Metformina
O uso da metformina não aumenta o risco da nefropatia induzida pelo contraste. O risco da
utilização do contraste é a indução de redução da função renal, que pode acarretar em diminuição
da eliminação deste medicamento, que tem 90% de sua depuração pelos rins. Isto pode aumentar
o risco para desenvolver acidose lática. Recomenda-se que este medicamento seja suspenso por
48 h antes a injeção do contraste iodado. Pacientes com boa função renal e sem fatores de risco
para acidose lática podem reintroduzir o medicamento após 48h. Em pacientes com algum fator
de risco ou com disfunção renal prévia deve-se assegurar que não houve nefropatia induzida pelo
contraste antes de se reintroduzir o medicamento.
È preciso saber:

O técnico ou tecnólogo deve ter o conhecimento da existência da


metformina e também de seus nomes em comercialização, pois nem
sempre o cliente sabera o principio ativo de seu medicamento.
Glucoformin
Glucofage
Dimefor
Glucovance
Distribuição do MC no organismo

Todo e qualquer material quando administrado por via endovenosa é


levado ao coração pela veia cava .
Distribuição
Veia cava Superior
Átrio Direito
Válvula Tricúspide
Ventrículo direito
Válvula semilunar
Artéria pulmonar leva através dos brônquios até
os alvéolos onde haverá a hematose
Veia pulmonar
Átrio esquerdo
Válvula mitral ou bicúspide
Ventrículo esquerdo
Válvula semilunar
Arco da aorta onde dará início a distribuição de sangue arterial por todo o sistema
Distribuição do MC no organismo
Extravasamento

O extravasamento do MC não deve ser uma constante dentro do CDI


(centro de diagnóstico por imagem), mas o técnico e o tecnólogo deve
saber como proceder em uma situação como esta.
Extravasamento Cutâneo do Meio de Contraste
A maioria dos casos tem volume menor que 10 mL, sendo rapidamente absorvidos. Mesmo
grandes volumes (100 a 150 ml) são bem tolerados e a reabsorção ocorre entre 1 e 3 dias.
Tratamento inicial:
• elevar a extremidade afetada acima do nível do coração;
• gelo por 15 a 30 minutos (depois 3X/dia; 1 a 3 dias consecutivos);
• observação por 2 a 4 h (se volume maior que 10 mL);
Sintomas
• dor residual;
• bolha no local;
• vermelhidão cutânea ou mudança de cor da pele no local;
• endurecimento/retração cutânea no local da injeção;
• alteração da temperatura (frio ou calor) no sítio do extravasamento
(pedir para que compare com área normal no outro membro);
• mudança de sensibilidade.
Imagem
Reações Adversas aos MC

As reações adversas ou
efeitos colaterais mais
freqüentes relacionadas
ao uso de contrastes são
classificadas em:
Leves
Moderadas
Graves
Perguntas

1. O que é anamnese?
2. Quais os tipos de contrastes iodados?
3. Qual o tratamento inicial para extravasamento do MC no subcutâneo
4. Qual o iodo “menos” agressivo para o organismo?
E por que?
5. Qual a unidade funcional dos rins?
6. Quais são valores aceitáveis de Uréia e creatinina?
7. Por que deve se suspender o uso de metformina?
8. Descreva a distribuição do MC apartir da veia cava.
9. Quais são as reações adversas?
10. Cite quais medicamentos são comercializados com
A metformina como principio ativo.

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