EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 04ª VARA DO TRABALHO

DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

Autos: 0000869-42.2022.5.09.0122
Reclamante: ELENICE GOMES
Reclamada: PROADEC BRASIL LTDA

ELENICE GOMES, já qualificada nos autos supra, em trâmite

perante essa MM. Vara do Trabalho, vem, por seu procurador subscrito,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, impugnar documentos
apresentados com as Contestações nos seguintes termos:

I – IMPUGNAÇÃO A DOCUMENTOS

Impugna(m)-se o(s) documentos(s) de:

a) prints utilizados no corpo da petição de Contestação de fls. 45 a 69, uma vez

que não há qualquer elemento que comprove a sua autenticidade e/ou a
possível manipulação das imagens, eis que apócrifos e destituídos de fé
pública.

Ademais, a mera juntada unilateral por uma das partes não serve
como prova, haja vista ausência de autenticação da veracidade do seu
conteúdo, em face da possível manipulação das informações.

b) fls. 84 a 139, referentes a Controles de Jornada, tendo em vista que os

horários consignados nos mesmos não refletem a real jornada de trabalho
desempenhada pela autora, nos termos detalhadamente expostos em petição
inicial.

Ademais, é importante destacar que não houve efetivo afastamento

da reclamante através do INSS, diferentemente do que consta nos pontos
posteriores a julho de 2022.

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RUA XV DE NOVEMBRO, Nº 2737, CENTRO – SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – PR. – CEP: 83.005-000 FONE: (41) 3282-2425
 Pelo contrário, a reclamante se reapresentou ao seu posto de
trabalho munida da comunicação de indeferimento do auxílio-doença e
consequente alta médica para exercer as suas atividades.

Contudo, a reclamada não aceitou o retorno da reclamante e

determinou que a reclamante fizesse novo pedido de afastamento através do
INSS.

A reclamante, por sua vez, fez duas novas tentativas de afastamento,

as quais restaram infrutíferas.

Ao se reapresentar após esses novos indeferimentos do INSS, a

reclamante foi novamente impedida de exercer suas atividades e na sequência
foi comunicada de seu desligamento.

As alegações anteriores seguem chanceladas pelo CNIS anexados

aos autos, nos quais se observam os referidos indeferimentos.

Portanto, resta nítido que as atitudes da ré foram imensamente

prejudicais à reclamante, a qual, mesmo apta ao trabalho, além de ter sido
impedida de trabalhar por duas vezes, ficou sem receber salários e benefícios
previdenciários por insistência da reclamada, além do constrangimento de ter
sido barrada no seu habitual posto de trabalho.

c) fls. 140 e 197/198, relativos, respectivamente, a Contrato de Experiência e

Ficha de Registro, eis que as informações constantes no mesmo, não refletiram
a realidade laboral da autora, principalmente no que tange às funções e as
jornadas efetivamente desempenhadas.

d) fls. 142 a 196, relativos a Recibos de Pagamento, eis que não contemplam a
totalidade dos valores remuneratórios devidos e requeridos através da presente
reclamatória trabalhista.

e) fls. 199/202, referente à TRCT, tendo em vista que não contempla os valores
efetivamente devidos a título de verbas rescisórias e de todas as verbas
devidas e pugnadas através da presente reclamatória trabalhista.

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II – DEMONSTRATIVO DE HORAS EXTRAS IMPAGAS

Primeiramente, reitera-se que a parte autora não concorda com a

jornada apresentada nos controles formais de jornada trazidos aos autos pela
ré (fls. 84 a 139) por não refletir a realidade laboral da autora.

Ademais, resta irregular a compensação de jornada perpetrada,

conforme já declinado e verificado dos próprios controles de jornada trazidos
pela ré.

Inobstante ao exposto, apresenta-se demonstrativo de horas

impagas nos seguintes termos:

Referente ao mês de março/abril de 2020, o controle de jornada de

fl. 132, não consigna montante de horas trabalhadas em regime extraordinário:

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 Em demonstrativo de pagamento (fl. 190), há pagamento de 07:59
horas extras com adicional de 110%:

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 Contudo, considerada a jornada consignada no referido controle, o
correto somatório de horas extras com adicional de 65%, considerando-se a
redução da hora noturna e o intervalo intrajornada, o montante devido e não
pago de horas extras é de 06h48min conforme planilha a seguir:

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 Diante do exposto, apresentado e detalhado não pagamento de
horas extras devidas, pugna-se pelo deferimento de horas extras em favor do
reclamante.

Termos em que,
r.
pede deferimento.

São José dos Pinhais, 13 de março de 2023.

Carlos Vanderlei Mühlstedt Guilherme Augusto de Araújo

OAB/PR - 16.540 OAB/PR - 40.892

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